Na Solenidade de Cristo Rei, dia 22 de novembro, a coleta da missa será destinada a sustentar projetos de solidariedade e evangelização da Igreja em todo Brasil 

 

Todos os anos, duas coletas das missas nas comunidades do Brasil têm destinações especiais. A primeira, Coleta da Solidariedade, é feita no Domingo de Remos, encerrando a quaresma, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade. É destinada a sustentar projetos sociais da Igreja. A segunda, Coleta da Evangelização, é realizada no terceiro domingo do Advento e financia os projetos de evangelização da Igreja.  

 

Por conta da pandemia do novo coronavírus, na data prevista para a coleta da CF 2020, dia 5 de abril, as igrejas estavam fechadas para celebrações com fiéis, por isso teve que ser adiada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que adiou a coleta, unificando-a com a Campanha da Evangelização. 

 

Com o tema “É tempo de Cuidar da Evangelização” e olema “Conheceis a generosidade de Cristo” (2 Cor 8,9), a Coleta do Bem também está em sintonia com a Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil, uma iniciativa da CNBB e Cáritas Brasileira. 

 

“Cada cristão é chamado a viver e refletir essa generosidade com amor, fé e co-responsabilidade”, afirma padre Patriky Samuel Batista, secretário executivo das Campanhas da CNBB, sobre o lema da Coleta do Bem. A inspiração do lema vem das últimas catequeses do Papa Francisco, que tratam da solidariedade na perspectiva cristã. 

 

A Coleta do Bem será realizada no fim de semana da Solenidade de Cristo Rei, dias 21 e 22 de novembro. Durante todo mês a proposta é refletir sobre três realidades: evangelização dos Pobres; Anúncio da Palavra e Vida em plenitude. 

 

“O que inspira esse cuidado é a própria generosidade de Cristo que, sendo rico, como diz São Paulo, esvaziou-se de si mesmo e se doou a nós nos ensinando a fazer de nossas vidas uma oferta generosa da presença de Deus que é bondoso, compassivo e carinhoso (Sl 102). Como Igreja cuidamos do Anúncio da Palavra, dos Pobres e da Vida, dom de Deus para ser cultivado e compromisso a ser assumido”, afirma padre Patriky. 

 

“Nesta época de pandemia é tempo de cuidar da Evangelização. De uma evangelização que se faz, que acontece também por meio do cuidado para com a Palavra de Deus e no cuidado litúrgico com as celebrações, mas também no cuidado com os pobres no horizonte da caridade cristã. A Evangelização supõe também recursos financeiros. Por esta razão nossa contribuição chega a diversos irmãos e irmãs que, com a pandemia, estão sofrendo ainda mais.”, afirma padre Patriky. 

 

Destinação dos Recursos 

 

No que tange à destinação dos recursos, do total arrecado com esta Coleta do Bem, 50% será da Coleta da Solidariedade e os outros 50% da Coleta da Evangelização. Da porcentagem destinada à da Soliedariedade, 60% serão destinados ao Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), para financiar projetos da própria arquidiocese, e 40% para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). “Com esse recurso a CNBB apoia diversos projetos pelo Brasil afora”, aponta padre Patriky. 

 

Já os outros 50% que dizem respeito à Coleta da Evangelização, 45% serão destinados à diocese, 35% para a CNBB e 20% para o regional. 

 

 

Oração para a Campanha da Evangelização 2020 

  

Bendito sois, Deus da vida, 

auxílio dos pobres e vulneráveis, 

amparo daqueles que esperam em vós. 

Ajudai-nos a testemunhar a alegria da evangelização, 

em meio aos desafi os do tempo presente. 

Batizados e enviados para anunciar a Palavra, cuidar da vida e 

evangelizar os pobres, vivendo 

em comunidades eclesias missionárias, 

queremos renovar nossa responsabilidade com a missão da Igreja. 

Renovai nossa esperança, 

fortalecei nosso chamado, 

enviai-nos em missão. 

Por Jesus Cristo, 

na força do Espírito Santo. 

Amém. 

 

COMO DOAR?

1 – Nas celebrações deste fim de semana na Solenidade de Cristo Rei, nos dias 21 e 22 de novembro.

 

2 – Através do site da campanha: https://doe.cnbb.org.br

 

3 – Por meio de depósito bancário:

Banco Bradesco
Agência 0484-7
Conta Corrente 4188-2
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
CNPJ: 33.685.686/0001-50

 

 

 

 

Pascom Arquidiocesana

Referência: CNBB 

 

Missão São Paulo VI, temas de relevância social e pastoral estiveram em pauta entre o episcopado paranaense

 

Os bispos do Paraná iniciaram o segundo dia de sua assembleia com a oração das laudes no auditório do Instituto Paulo VI, em Londrina, sede do encontro. Em seguida, o primeiro tema a ser abordado pelos bispos foi a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África. O envio das novas missionárias e o início do funcionamento do Jardim Infantil Irmã Clara, que acontecerá em outubro, foram pauta da discussão. Por meio de uma teleconferência, os bispos também conversaram com os missionários na Guiné-Bissau: Pércio Pereira Vitória, Márcia Pereira Vitória e Danúbia Alves.

Ainda durante a manhã, aconteceram três teleconferências com autoridades da sociedade civil, com quem dialogaram temas de relevância social como a questão das reintegrações de posse que ocorrem no Estado do Paraná. Na parte da tarde, os bispos dedicaram-se sobre assuntos referentes a caminhada pastoral da Igreja do Paraná e questões de ordem administrativa do Regional Sul 2 da CNBB.

O arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Geremias Steinmetz, manifestou alegria e gratidão pela oportunidade de acolher os bispos do Paraná em sua arquidiocese. “As assembleias dos bispos paranaenses tem sido momentos muito importantes de diálogo, de confraternização, de partilha de problemas, de soluções e do nosso trabalho e ministério nas diferentes dioceses. Então estamos aqui tentando fazer um caminho comum, nos encontrando em diversas atividades e projetos pastorais”, disse Dom Geremias.

Dom Severino Clasen
Dom Severino Clasen, arcebispo de Maringá, que participa pela primeira vez de uma assembleia como bispo do Regional Sul 2, manifestou que o momento é de alegria e gratidão: “Estou sendo muito acolhido, livre e com muita esperança de comungar essa fraternidade episcopal, anunciando o Reino de Deus para o povo junto aos nossos bispos do Paraná”, afirmou.

 

As atividades do dia encerraram-se com a missa presidida pelos Bispos da presidência: Dom Geremias Steinmetz, Dom José Antônio Peruzzo e Dom Amilton Manoel da Silva. Por iniciativa da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Londrina, pela primeira vez, a missa particular de uma assembleia dos bispos do Paraná foi transmitida pelas redes sociais do Regional Sul 2 da CNBB e mais de mais de dez arqui/dioceses do Paraná. Ao final da celebração, padre Valdecir Badzinski, secretário executivo da CNBB Sul 2, entregou nas mãos de Dom Sergio Braschi, bispo de Ponta Grossa e referencial para a dimensão missionária, a logo do Jardim Infantil Irmã Clara para ser abençoada e, posteriormente, enviada para a Guiné-Bissau.

 

A assembleia dos bispos do Paraná se conclui nesta terça-feira, 29 de setembro, com o almoço.

 

Karina de Carvalho
Assessora de Comunicaçãoo da CNBB Sul 2

Fotos: Karina de Carvalho

Missa de envio de três leigas para a Missão na África marca o início da Assembleia dos bispos do Paraná, em Londrina

 

Uma missa na Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Londrina, marcou o início da Assembleia dos Bispos do Paraná, no final da tarde deste domingo, 27 de setembro. A missa também foi ocasião para o envio das leigas Andréia Salvador, Berenice Cheniski e Elzira Riva para a Missão São Paulo VI na Guiné-Bissau, África. Dom Sergio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa e referencial para a dimensão missionária no Paraná, foi o presidente da celebração, que foi aberta à comunidade, com a restrição de pessoas ao que é permitido na Catedral e também contou com a transmissão pelas redes sociais.

 

Sergio frisou em sua homilia que as missionárias chegam na cidade de Quebo, onde está localizada a Missão São Paulo VI, no momento em que inicia o ano letivo do Jardim Infantil Irmã Clara. Na Guiné-Bissau, o ano letivo inicia em outubro, quando cessa o período das chuvas.  

 

Após a homilia, as três missionárias subiram ao presbitério para receber a bênção proferida por Dom Sergio que, em seguida abençoou os crucifixos e os Evangelhos na língua crioula, que foram entregues a cada uma pelos bispos de suas dioceses. Dom Mário Spaki, bispo de Paranavaí, entregou à Andréia; Dom Celso Antônio Marchiori, bispo de São Jose dos Pinhais, à Elzira Riva e Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba, à Berenice Cheniski.

 

Arcebispos e Bispos de 18 dioceses do Paraná reúnem-se na Arquidiocese de Londrina até terça-feira, 29 de setembro, a fim de dialogar e deliberar sobre temas referentes ao magistério episcopal e à caminhada pastoral da Igreja no Paraná. A assembleia acontece no Instituto Paulo VI, o qual oferece condições propícias para que os bispos possam se reunir com segurança, acatando todas as recomendações das autoridades sanitárias quanto à prevenção ao Coronavírus.

Karina de Carvalho
Assessora de comunicação da CNBB Sul 2

 


Fotos: Terumi Sakai – Pascom Arquidiocese de Londrina

A busca da Sinodalidade

Marcando a 20ª live do arcebispo dom Geremias com as pastorais e movimentos da arquidiocese, hoje a conversa é sobre o Regional Sul 2 da CNBB, que compreende a Igreja do Paraná.

A live tem participação especial do padre Valdecir Badzinski, secretário executivo do regional e da jornalista da Arquidiocese de Londrina, Juliana Mastelini Moyses.

“Para que todos sejam um” (Jo 17, 21)

Libras: Márcio Ferri Dutra.

 

Sobre o aborto induzido da criança de 10 anos ocorrido no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, ligado à Universidade de Pernambuco, no Recife, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira disse ser lamentável presenciar aqueles que representam a Lei e o Estado com a missão de defender a vida, decidirem pela morte de uma criança de apenas cinco meses, cuja mãe é uma menina de dez anos.

Segundo ele, o caso encerra dois crimes hediondos. “A violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se explica, diante de todos os recursos existentes e colocados à disposição para garantir a vida das duas crianças. As omissões, o silêncio e as vozes que se levantam a favor de tamanha violência exigem uma profunda reflexão sobre a concepção de ser humano”, afirmou.

Em oração, dom Walmor pediu consolação a Deus para todos os envolvidos nessa desafiadora e complexa situação existencial, que feriu de morte a infância, consternando todo o país. Para o presidente da CNBB, o precioso dom da vida precisa ser, incondicionalmente, respeitado e defendido. “Ante a complexidade do ocorrido, devemos ser humildes, reconhecendo as limitações humanas, e sempre compassivos- sejamos sinais do amor de Deus”, afirmou.

O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, escreveu artigo questionando a decisão de interrupção da gravidez de uma menina de dez anos que sofreu abuso sexual, em São Mateus (ES).

“É uma história que precisa ser esclarecida. É um processo que precisa ser desvendado. Duas crianças que poderiam viver… teve laudo técnico a favor da vida, teve suporte profissional a favor da vida, teve hospital disposto a cuidar até o fim da gestação, tiveram todas as condições de salvar as duas vidas, mas, de repente, uma transferência, de um Estado para o outro, e toda uma mobilização para que o aborto fosse realizado. Nas mãos de quem ficou a tutela dessa menina, quem decidiu tudo por ela?”, questiona o bispo.

Outros bispos também se manifestaram a respeito do caso. Durante esta semana, o Portal da CNBB vai divulgar uma série de notícias e artigos abordando a temática da defesa da vida, da proteção dos menores, da luta contra os abusos sexuais e do trabalho pastoral da Igreja neste contexto tão desafiador.

 

 

Confira o texto de dom Ricardo na íntegra:

Por que não viver?

Desde o momento que soube do assassinato da bebê de mais de 5 meses, de São Mateus (ES), com uma injeção de potássio na cavidade cardíaca da criança, em Recife (PE), cuja mãe é uma menina de dez anos, fiquei pensando, como explicar esse crime hediondo.

Por que não foi permitido esse bebê viver? Que erro ele cometeu? Qual foi seu crime? Por que uma condenação tão rápida, sem um processo justo e fora da legalidade? Por que o desprezo a tantas outras possibilidades de possíveis soluções em prol da vida? Foram muitos os envolvidos, mas o silêncio e omissão dos órgãos institucionais que têm a prerrogativa de defender a vida, se entregaram às manobras de quem defende a morte de inocentes. Por quê?

É uma história que precisa ser esclarecida. É um processo que precisa ser desvendado. Duas crianças que poderiam viver… teve laudo técnico a favor da vida, teve suporte profissional a favor da vida, teve hospital disposto a cuidar até o fim da gestação, tiveram todas as condições de salvar as duas vidas, mas, de repente, uma transferência, de um Estado para o outro, e toda uma mobilização para que o aborto fosse realizado. Nas mãos de quem ficou a tutela dessa menina, quem decidiu tudo por ela?

Por que a obsessão de apresentar uma única saída? Por que burlar as leis para alcançar esse objetivo de usar de uma criança para um intento assassino?

Difícil raciocinar o que aconteceu, como aconteceu e porque terminou assim!

Ministério Público do Espírito Santo, Conselho Tutelar, Secretários Municipais da Saúde de Vitória e Recife e Secretários Estaduais da Saúde do Espírito Santo e de Pernambuco têm muitas explicações a dar à sociedade brasileira. Por que foi rejeitado um laudo técnico de profissionais e o suporte dos mesmos, obrigando o hospital a dar alta e subitamente transferir a menina-mãe para um hospital em outro Estado? Há claramente um abuso de poder que merece ser investigado.

Mas, de tudo isto, ainda resta a pergunta: por que o bebê não pôde viver? Por que foi sentenciado à morte, mesmo sendo inocente, e tendo todas as condições para vir à vida com os devidos cuidados e com o apoio técnico profissional à disposição? Por que optaram pela morte e não pela vida, desrespeitando a lei, pois se tratava de um bebê de 22 semanas?

Se não somos capazes nem de defender a nossa própria espécie, que tipo de humano estamos nos tornando? Estamos negando nossa própria humanidade. A violência do estupro e do abuso sexual é infame e horrenda, mas a violência do aborto provocado em um ser inocente e sem defesa é tão terrível quanto. Ambos são crimes. Apontam como sinais da degradação moral e da decadência dos costumes, ferindo os valores mais sublimes como o respeito à dignidade do ser humano e a sacralidade do valor da vida!

Mesmo sendo rechaçados pelo nosso discurso religioso em prol da vida, quero dizer que não se trata de nenhum fundamentalismo, mas do uso da reta razão. Quando vem à mente um tema tão básico, tão racional, tão científico, tão antigo, de uma regra de ouro que é uma verdade basilar e aceita por qualquer sociedade civilizada: “Não matarás um inocente”, então nos perguntamos: Por que estão matando nossas crianças? Ou perdemos o fio da história ou nos tornamos reféns de uma razão autodestrutiva, que se odeia e, por isso, mata o seu futuro antes dele nascer…

Hoje faço uma prece por todas as crianças que gostariam nascer, brincar, chorar e viver, mas, foram assassinadas antes de nascer! Esperamos explicações e respostas sobre esse caso. Chega de violência! Não ao aborto! Escolhe, pois, a vida (Dt, 30,19).

Rio Grande (RS), 17 de agosto de 2020.
Dom Ricardo Hoepers
Presidente da Comissão Vida e Família da CNBB

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e a Verbo Filmes estão produzindo uma série de vídeos sobre a Exortação Apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia’’. O projeto consiste em apresentar o Documento do Papa Francisco, em vídeos curtos, segundo sua estrutura.

O primeiro vídeo cujo título é “Querida Amazônia: Os sonhos do Papa Francisco para a Pan-Amazônia” apresenta o sonho social do pontífice para a região e seus povos. Nesta edição, catorze pessoas de seis países da Pan-Amazônia (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) gravaram suas reflexões: sete mulheres e sete homens.

Devido à pandemia, o formato do programa é especial: as próprias pessoas que deram depoimento foram encarregadas de fazer a gravação, utilizando a câmera do celular. Houve, ainda, uma interação direta quanto a captação de imagens.

Confira o vídeo na íntegra:

Os sonhos do Papa

Com a Exortação Apostólica “Querida Amazônia”, o Santo Padre abre uma janela para o futuro da Amazônia formulando quatro sonhos: social, cultural, ecológico e  eclesial. Sonhos para um “todo plurinacional interligado” que inclui Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Perú, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa.

O primeiro sonho do Santo Padre para a Amazônia é o social. Diz o Papa na sua Exortação: “Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida”.

Nele, Francisco propõe o “diálogo social” como o método “para encontrar formas de comunhão e luta conjunta”. Um diálogo que comece “pelos últimos”, pois são eles os “principais interlocutores”. “A sua palavra, as suas esperanças, os seus receios deveriam ser a voz mais forte em qualquer mesa de diálogo sobre a Amazônia”, declara o Papa.

CNBB

Neste ano de 2020, mesmo que haja alterações de datas no calendário eleitoral, serão realizadas as eleições para escolha de prefeitos e vereadores dos 5570 municípios brasileiros e o Distrito Federal. Como de costume, o Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece uma cartilha com orientações políticas para os cristãos católicos. A produção do material tem a participação e colaboração da Assessoria Política da CNBB Nacional, a pedido da presidência da entidade.

O subsídio é destinado a eleitores e candidatos, grupos de reflexão, paróquias e comunidades. Com o título “Os cristãos e as eleições”, a cartilha tem como tema “A boa política está a serviço da vida e da paz”.

“O objetivo do subsídio é contribuir para a formação de uma sadia consciência política, motivar a participação no processo político e fornecer critérios de orientação para as eleições municipais”, informa o Regional Sul 2 da CNBB.

 

 

Colaboração

A cartilha foi elaborada por uma equipe de especialistas nas áreas do Direito Constitucional, Direito Eleitoral, Filosofia, Sociologia, História e Cultura, Fé e Política, e visa contribuir para a formação de uma sadia consciência política e motivar a participação no processo político em vista das eleições municipais de 2020.

De acordo com o Assessor Político da CNBB, padre Paulo Renato Campos, a participação da Assessoria Política da CNBB ocorre desde as últimas eleições, em 2018, quando colaborou na elaboração da cartilha.

É um material regional, mas que é oferecido à Igreja e que tem uma aceitação muito boa dos regionais e dos bispos. E por isso a gente faz parte na elaboração, neste ano com um olhar atento ao conteúdo. A ideia é aproveitar o material produzido pelo regional que possa ser oferecido a todo o Brasil“, explica.

 

 

Conteúdo

Dividida em três partes, a cartilha aborda temas relevantes da atualidade, como a cultura da polarização e as fake news, as mudanças na legislação eleitoral e a descrição das funções dos cargos em disputa. Possui linguagem de fácil compreensão com indicações básicas sobre o universo da política, a partir do olhar da Igreja Católica, que não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político.

 

 

 

 

A Pastoral Familiar convida todas as famílias a participarem do 10º Simpósio Nacional das Famílias, no próximo sábado, 23 de maio, com transmissão ao vivo pelo Youtube da Pastoral familiar:  https://www.youtube.com/user/PastoralFamiliarCNBB.

 

Confira o convite do padre Crispim Guimarães, assessor da Comissão Vida e Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil):

 

Diante da possibilidade de ser colocada em votação medida provisória 910/19 que altera regras da regularização fundiária de imóveis da União e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), emitiu nota em que pede ao Congresso que, no momento de crise sanitária do Coronavírus, não coloque a MP em votação.

No texto, o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reitera a posição da entidade que , no seu dever cristão de defender a vida, principalmente dos pobres, e da natureza pede, mais uma vez, que se reconheça o momento inapropriado para se debater esse tema e que não ponha a medida provisória (MP) em votação.

Segundo a Câmara dos Deputados, o texto, editado em dezembro no ano passado, perde a validade na terça-feira próxima semana (19), se não for votado.

 

 

Leia a nota na íntegra:

 

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no seu dever cristão de defender a vida, principalmente dos pobres, e da natureza, dom de Deus, inspirada pelos cinco anos da Encíclica Laudato Si’ –sobre o cuidado com a Casa Comum, clama pelo bom senso do parlamento na análise da Medida Provisória 910, que trata da regularização fundiária. É um tema complexo, que envolve o patrimônio da união, questões ambientais, grilagem de terras e, consequentemente a violência no campo, bem como, diversos interesses.

 

Ao Congresso, que vem respondendo com atenção as demandas desse contexto singular de crise sanitária, econômica e política, atravessado pelo Brasil, a CNBB pede, mais uma vez, que se reconheça o momento inapropriado para se debater esse tema. Diante da atual crise, não se paute para ser votada a MP 910, apelidada por alguns como MP da Grilagem.

 

Reforçamos a nossa disponibilidade para o diálogo, a partir dos princípios da Laudato Si’ e da Doutrina Social da Igreja, e contribuir com as reflexões sobre esse importante tema, buscando a proteção dos pobres, de nossa Casa Comum e a promoção da paz, sempre na perspectiva de uma ecologia integral.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB