Os bispos, representantes de organismos do Povo de Deus, assessores e convidados se reuniram na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, de 21 a 23 de novembro, para a última reunião do Conselho Permanente do ano. O arcebispo dom Geremias Steinmetz participou do encontro representando o Regional Sul 2 da CNBB, do qual é presidente.

O Conselho Permanente da CNBB é uma instância de coordenação abaixo apenas da Assembleia da instituição. “O Conselho Permanente tem a missão de avaliar e encaminhar as decisões tomadas pelos bispos brasileiros na Assembleia da CNBB”, explicou o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.

Entre os assuntos presentes na pauta da reunião estiveram as análises de conjuntura eclesial e social, a acolhida aos imigrantes venezuelanos e o relatório sobre a primeira etapa do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro em Roma. “Fizemos uma análise interessante apresentada pelo dom Jaime Spengler, presidente da CNBB. O texto, que é uma síntese do que foi feito no sínodo já está rodando o Brasil, o mundo”, destacou dom Geremias.

“Um trabalho muito bom de revisão, planejamento, análise também da nossa pastoral, as grandes questões que envolvem a Igreja Católica no nosso país”, finalizou dom Geremias.

Pascom Arquidiocesana

Foto: Divulgação

Em novo vídeo, o assessor jurídico da civil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dr. Hugo Cysneiros, apresentou novas informações sobre a atuação da entidade no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442. A ação está na pauta de julgamento virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) e tem por objetivo descriminalizar o aborto no Brasil. Hugo manifestou “indignação” e “estranheza técnica” diante de incoerências na condução do processo pela Suprema Corte. 

O advogado contou que o STF tomou uma decisão sobre a acolhida dos amicus curiae, entidades que apoiam o processo com indicações sobre o tema, após a divulgação do último vídeo, no qual ele destacava a omissão da Suprema Corte sobre a participação de entidades nessa contribuição ao processo.

Entretanto, o prazo para manifestação só foi conhecido pelas entidades após já ter sido finalizado. O julgamento terá início à meia noite desta sexta-feira, 22 de setembro, de forma virtual.

“Temos aqui, portanto, um prazo impossível de ser cumprido. Diversas instituições já se manifestaram acusando esse problema procedimental, esta clara nulidade processual, e estamos esperando algum tipo de pronunciamento do Supremo Tribunal Federal”, destacou Hugo Cysneiros.

O advogado também destacou “com estranheza” o fato de ser um julgamento virtual sobre um tema tão importante naquilo que pra ele “talvez seja a mais importante ação judicial julgada nos últimos anos pelo STF, que diz respeito ao direito à vida”.

“Por que conduzir um processo como esse em ambiente virtual, sem sessão plenária presencial, onde claramente a sociedade brasileira terá acesso e conhecimento aos argumentos das partes dos amicus curiae e também dos senhores e senhoras, ministros e ministros do Supremo Tribunal Federal? Fica aqui a nossa indignação, a nossa estranheza técnica, sobretudo, e esperamos dar seguimento a essa luta com resultado favorável, a fim de que o Estado Democrático de Direito seja preservado”, salientou.

Confira o vídeo na íntegra:

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, nesta quinta-feira, 14 de setembro, sobre o pedido de inclusão em pauta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação pleiteia a possibilidade de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. No texto, os bispos reafirmam o posicionamento contrário ao pedido feito na ADPF: “jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto”.

“Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim”, reforçam os bispos. Na nota, também recordam a posição “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, diz um trecho do documento.

Outro destaque é o entendimento que os pedidos da ADPF 442 “foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional”.

A Presidência da CNBB salienta que “se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal”.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DA CNBB

VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL

“Propus a vida e a morte; escolhe, pois a vida” (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Presidência, reafirma sua posição em favor da vida desde a concepção.

Diante do pedido de inclusão em pauta da ADPF 442 (2017), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, reafirmamos que “o aborto constitui a eliminação de uma vida humana, trata-se, pois, de uma ação intrinsecamente má e, portanto, não pode ser legitimada como um bem ou um direito” (Vida: Dom e Compromisso II: fé cristã e aborto, Edições CNBB, 2021, n.96).

Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim. “Ninguém nunca poderá reivindicar o direito de escolher o que mais convém por meio de uma ação direta que elimine uma vida humana, pois nenhuma pessoa tem o direito de escolha sobre a vida dos outros” (Vida: Dom e Compromisso II, n. 97).

“A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má, do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom” (Evangelium Vitae, n. 57).

Como já nos manifestamos em 2017, por meio de Nota “Pela vida, contra o aborto”, reiteramos nossa posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. Entendemos que os pedidos da ADPF 442 foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional, pois se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal.

De qualquer forma, jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, ajude-nos na missão de escolher a vida, como dom de Deus e compromisso de toda humanidade.

Brasília- DF, 13 de setembro de 2023

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia – GO
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

Dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB (Foto: CNBB)

Tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou nova data, próxima quarta-feira, 23 de agosto, para a retomada do julgamento que discute se é crime o porte de drogas para consumo próprio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reitera a sua posição contra a descriminalização do uso das drogas, expressa pela instituição em nota publicada em 26 de agosto de 2015.  

Na nota citada, a CNBB conclama o Estado e o povo brasileiro à necessária lucidez no trato deste tema tão grave para a sociedade. A Conferência dos Bispos do Brasil pede o engajamento da comunidade católica do Brasil para disseminar o vídeo, com link abaixo, no qual o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, reforça as posições da Instituição sobre o tema da descriminalização do uso de drogas no Brasil.

Sobre este tema, o Papa Francisco, aponta como uma forma de degradação. O Santo Padre expressou,  com muita clareza, que “a droga não se derrota com droga. A droga é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos.”

Na carta encíclica Laudato Si’,  o Papa Francisco constata, com tristeza, que são numerosas as pessoas provadas por condições de vida indigentes, que exigem atenção e o compromisso solidário. Atesta, ainda, que a “a própria vida humana é um dom que deve ser protegido das várias formas de degradação” (Carta enc. Laudato si’, 120).

Impacto na saúde, família e sociedade

O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, reafirmou, por meio de vídeo, as posições da instituição manifestadas na nota de 2015. “O uso indevido de drogas interfere gravemente na estrutura familiar e social. Está entre as causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental, de afastamento da vida social”.

A mensagem do vídeo reforça ainda que “a dependência que atinge, especialmente, os adolescentes e os jovens, é fator gerador da violência social, provoca no usuário alteração de consciência e de comportamento. O consumo e o tráfico de drogas são apontados como causa da maioria dos atentados contra a vida”.

De acordo com o secretário-geral da CNBB, a não punibilidade do porte de drogas, mesmo para consumo próprio, tendo como argumento a preservação da liberdade da pessoa, poderá agravar o problema da dependência química, escravidão que hoje alcança números alarmantes.

“A liberação do consumo de drogas facilitará a circulação dos entorpecentes. Haverá mais produtos à disposição, legalizando uma cadeia de tráfico e de comércio, sem estrutura jurídica para controlá-la”, salientou.

No vídeo, dom Ricardo recorda a posição da CNBB de que a vida em todas as suas dimensões deve ser preservada. “Confiantes na graça misericordiosa de Deus e na materna proteção da Virgem de Aparecida, conclamamos o Estado e o povo brasileiro à necessária lucidez e responsabilidade no trato deste tema tão grave para a sociedade”.

Assista o vídeo na íntegra:

A 3ª edição do Missal Romano tem entre suas principais novidades um novo calendário do Próprio dos Santos, que estabelece as missas para os santos e santas. No livro litúrgico traduzido para o Brasil estão os novos santos incluídos no Calendário Universal e também os santos brasileiros ou que possuem expressiva devoção no país, dentre eles Nossa Senhora Aparecida e São josé de Anchieta. As dioceses e paróquias poderão contar com o material a partir de agosto, mas já podem fazer sua reserva junto à Edições CNBB.

De acordo com o padre Leonardo Pinheiro, assessor que colaborou com a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no último período da tradução, o novo calendário dos santos têm gerado “grande interesse” nas formações oferecidas pelo Brasil.

Confira as datas das celebrações dos santos:

Calendário Próprio do Brasil

São José de Anchieta (9 de junho)

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (9 de julho)

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires (17 de julho)

Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)

Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira, leigo, e companheiros mártires (3 de outubro)

São Benedito, o Negro (5 de outubro)

Nossa Senhora da Conceição Aparecida (12 de outubro)

São Pedro de Alcântara (19 de outubro)

Santo Antonio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro)

São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo (19 de novembro)

Próprio dos Santos – Ciclo Eclesiológico: novos santos incluídos no Calendário Universal

Santíssimo Nome de Jesus (3 de janeiro)

Santa Josefina Bakhita (8 de fevereiro)

São Gregório de Narek (27 de fevereiro)

Sâo João de Ávila (10 de maio)

Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio)

São Cristóvão Magalhães e comp. mártires (México, 21 de maio)

Santa Rita de Cássia (22 de maio)

São Paulo VI (29 de maio)

Santo Agostinho Zhao Rong e comp. mártires (China, 8 de julho)

Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo – atualização: festa

Santa Maria Madalena – atualização: festa

São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho)

Santos Irmãos marta, Maria e Lázaro (29 de julho)

Santa Teresa Benedita da Cruz (9 de agosto)

São Ponciano e Santo Hipólito (12 de agosto)

Santíssimo Nome da Bem-aventurada Virgem Maria (12 de setembro)

Santa Hildegarda de Bingen (17 de setembro)

São Pio de Pietrelcina (23 de setembro)

Santa Faustina Kowalska (6 de outubro)

São João XXIII (11 de outubro)

São João Paulo II (22 de outubro)

Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro)

São João Diego (9 de dezembro)

Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto (10 de dezembro)

Festividade móvel

Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja – memória a ser celebrada na segunda-feira após Pentecostes.

CNBB

Imagem: CNBB

Os membros do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeram, durante reunião realizada em Brasília-DF, de 20 a 22 de junho, os bispos que irão integrar a Comissão Episcopal para Ação Sociotransformadora da entidade no quadriênio 2023-2027. Todos bispos que integrarão as Comissões Episcopais permanentes e especiais da CNBB foram votados pelos membros do órgão da CNBB.

Os prelados se somarão ao trabalho realizado pelo presidente da comissão,  o bispo de Brejo (MA), dom José Valdeci Santos Mendes (o primeiro na foto da esquerda para a direita), reeleito na 60ª Assembleia Geral da entidade, em abril deste ano. A Comissão tem a atribuição de fortalecer a participação da Igreja na formação do desenvolvimento humano integral, na construção de uma sociedade justa e solidária, promovendo o respeito aos Direitos Humanos, à luz do Evangelho, da Doutrina Social da Igreja e da opção pelos pobres. Abaixo, um breve currículo dos bispos eleitos.

Dom José Ionilton de Oliveira (na foto, o segundo da esquerda para direita)

Nasceu em 9 de março de 1962, na Fazenda Chã, em Araci – Bahia. Em 19 de abril de de 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM). Ele pertence à Congregação dos Padres Vocacionistas – Sociedade das Divinas Vocações (SDV).

Em 19 de abril de 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM). Ele pertence à Congregação dos Padres Vocacionistas – Sociedade das Divinas Vocações (SDV). É referencial da CNBB para a Comissão Pastoral da Terra (CPT), desde abril de 2021. Na congregação tem grande histórico de animador e educador vocacional, foi ecônomo e provincial, secretário e redator da revista Vocacional Espírito. Foi eleito, em 9 de junho de 2022, para integrar a presidência da Rede Eclesial Pan-Amazônica no Brasil (Repam-Brasil).

Dom Limacedo Antônio da Silva (na foto, o terceiro da esquerda para direita)

Dom Limacêdo nasceu no dia 20 de setembro de 1960, em Nazaré da Mata, zona da mata pernambucana. Estudou Filosofia no Instituto Filosófico Estrela Missionária, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e Teologia na Escola Teológica São Bento de Olinda, em Olinda. Foi ordenado presbítero no dia 12 de dezembro de 1986, em Limoeiro (PE) e exerceu seu ministério sacerdotal na diocese de Nazaré da Mata.

O bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife possui mestrado em Dogmática na Universidade Pontifícia Gregoriana em Roma, na Itália (2001-2003), e doutorado em Dogmática pela Universidade Pontifícia Gregoriana em Roma (2004-2007). Sua tese de dissertação foi: “Inculturação e Missão da Igreja no Brasil: Teologia e práxis a partir das Diretrizes Gerais da CNBB”.

Dom José Reginaldo Andrietta (na foto, o quarto da esquerda para direita)

Dom Reginaldo é natural de Pirassununga (SP). Ordenado presbítero na paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 18 de março de 1983. Foi nomeado bispo para a diocese de Jales, pelo Papa Francisco, no dia 21 de outubro de 2015, com ordenação realizada no dia 27 de dezembro de 2015, em Americana (SP). Na CNBB, o bispo integra a Comissão Sociotransformadora desde 2019.

Possui licenciatura plena em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e bacharelado em Teologia pela mesma universidade.  Possui especialização em catequese pelo Instituto Internacional de Catequese e Pastoral Lumen Vitae, de Bruxelas, Bélgica (de 2001 a 2007), com diploma de estudos especializados em Catequese e Pastoral pela Universidade Católica de Lovaina (Francófona), Louvain-la-Neuve, Bélgica (2008). Possui também mestrado em Teologia Pastoral pela Universidade Católica de Lovaina (Flamenga), Leuven, Bélgica (de 2008 a 2009). Diploma Canônico de Mestrado e Estudos Avançados em Teologia e Estudos Religiosos (2009). O bispo publicou o livro “Os Jovens Trabalhadores Conquistando Trabalho e Justiça”, pela Edições Paulinas, São Paulo, em 1985.

Dom João Aparecido Bergamasco (na foto, o sexto da esquerda para direita)

Dom João nasceu na área rural do município de Umuarama (PR).  Graduou-se em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia Santa Maria (embrião da Faculdade Palotina de Santa Maria), em Santa Maria, Rio Grande do Sul, de 1987 a 1988, e em Teologia, de 1990 a 1993, na mesma instituição. Professou na Sociedade do Apostolado Católico em 25 de março de 1990 e foi ordenado presbítero em 26 de dezembro de 1993.

Em 19 de dezembro de 2018, o Papa Francisco escolheu padre João para ser o novo bispo da diocese de Corumbá (MS). Sua sagração episcopal se deu em 3 de março deste ano, na catedral do Divino Espírito Santo, em Umuarama, sua terra natal. No dia 26 de abril deste ano, durante a 60ª AG CNBB, os bispos do regional Oeste 1, elegeram, dom João Bergamasco, como vice-presidente do regional.

Dom Geremias  Steinmetz

Dom Geremias nasceu em 26 de fevereiro de 1965, em Sede Ouro, Sulina (PR).  No dia 9 de fevereiro de 1991, em sua terra natal, foi ordenado padre por dom Agostinho José Sartori. Foi ordenado bispo em 25 de março de 2011. Tomou posse na Diocese de Paranavaí (PR) em 9 de abril de 2011. Enquanto bispo de Paranavaí foi eleito vice-presidente do Regional Sul II da CNBB e bispo referencial da Cáritas Regional.

No dia 14 de junho de 2017 o Papa Francisco nomeou dom Geremias Steinmetz como arcebispo de Londrina, transferindo-o da Diocese de Paranavaí. Em 12 de agosto de 2017, dom Geremias tomou posse como quinto arcebispo de Londrina. À frente da arquidiocese de Londrina, foi eleito, em 2019, presidente do Regional Sul 2 da CNBB (Paraná), tomando posse em 10 de maio de 2019. No dia 14 de março, os bispos do Regional Sul 2 reconduziram dom Geremias para mais um mandato como presidente. Dom Geremias foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da CNBB e bispo referencial regional da Cáritas, da Pastoral do Migrante e da Comissão Pastoral da Terra.

CNBB

Nesta quarta-feira, 21 de junho, às 20h, a Pascom do Paraná promove um encontro formativo on-line com dom Reginei José Modolo, bispo referencial da Pascom Regional Sul 2 da CNBB.

Todos os agentes de Pascom e comunicadores das paróquias da Arquidiocese de Londrina estão convidados a participar. O encontro será um grande momento de formação, mas também de interação, confraternização e de comunhão entre os comunicadores e principalmente com o bispo dom “Zico” que está a frente da Pascom do Paraná.

Participe desse momento de formação.

Pascom Arquidiocese de Londrina

______
SERVIÇO:
Encontro Formativo da Pascom Regional Sul 2 da CNBB
Modo: On-line
Palestrante: Dom Reginei (Zico)
Data: 21/06 (quarta-feira)
Horário: 20h
Participação: Todos agentes e comunicadores das dioceses
Evento gratuito

Os bispos do Brasil estiveram reunidos no Santuário Nacional de Aparecida, de 19 a 28 de abril, para a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na pauta, uma análise da caminhada da entidade nos últimos anos e assuntos da vida da Igreja. Os bispos também elegeram a nova presidência da CNBB, além de presidentes das comissões episcopais e representantes da CNBB no CELAM e no Sínodo dos Bispos.
O arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz, comenta os principais assuntos da assembleia, a dinâmica das votações e os frutos que a assembleia traz para a arquidiocese.

Reportagem: Juliana Mastelini Moyses
Imagens: Karina de Carvalho
Edição: Tiago Queiroz

A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeu o bispo de Campo Mourão (PR), dom Bruno Elizeu Versari, para presidir a Comissão Episcopal para a Vida e a Família até 2027. Membro da Comissão e referencial no Regional Sul 2 durante o quadriênio de 2019 a 2023, dom Bruno foi eleito na tarde desta quarta-feira, 26 de abril.

Ao ser perguntado se aceita o ofício confiado pelo episcopado, dom Bruno respondeu:

“Eu agradeço os votos, espero corresponder e digo sim!”

Biografia
Dom Bruno Elizeu Versari nasceu no dia 30 de maio de 1959, na cidade de Cândido Mota (SP). Ainda na sua infância, a família migrou para o Paraná. No ano de 1980, marcado pelo testemunho de São João Paulo II, entrou no Seminário Propedêutico em Maringá. Estou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e Teologia no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina, entre os anos 1984 e 1987. Foi ordenado presbítero em 3 de janeiro de 1988, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Floresta (PR).

No exercício do seu ministério presbiteral atuou como vigário; colaborou na formação dos seminaristas no Seminário de Filosofia Nossa Senhora da Glória, em Maringá; pároco; ecônomo arquidiocesano; vigário geral; membro do Colégio de Consultores e do Conselho de Presbíteros; e diretor da Rádio Colméia de Maringá.

Dom Bruno tem especialização em Educação Especial; pós-graduação em Teologia Bíblica, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Maringá, e em Teologia Bíblica – Novo Testamento, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Maringá.

No dia 19 de abril de 2017, foi nomeado bispo coadjutor da diocese de Campo Mourão. Recebeu a ordenação em 25 de junho do mesmo ano, tomando posse em 9 de julho de 2017. Meses depois, em 6 de dezembro de 2017, com a aceitação da renúncia de dom Francisco Javier ao governo pastoral de Campo Mourão, dom Bruno assumiu oficialmente a função de bispo diocesano.

Em 2019, foi escolhido pelo Conselho Permanente da CNBB membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. No período, colaborou na produção e revisão dos materiais produzidos pela Comissão, foi responsável pelo acompanhamento administrativo da Secretaria Nacional da Pastoral Familiar (Secren/CNPF) e aplicou na diocese o Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para o Sacramento do Matrimônio sendo ele mesmo o catequista de dois casais de noivos.

Os bispos do Brasil seguem reunidos em sua 60ª Assembleia Geral, até a próxima sexta-feira, 28 de abril, em Aparecida (SP).

A Comissão
A Comissão Episcopal para a Vida e a Família tem como atribuição promover e defender a vida em todas as suas etapas e dimensões e os valores da pessoa, do matrimônio e da família. Ela também é a responsável pela organização e estrutura da Pastoral Familiar no Brasil. Sua missão é a evangelização e a promoção integral da pessoa e da família, através da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), da Secretaria Executiva Nacional da Pastoral Familiar (SECREN) e do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (INAPAF).

CNBB

Uma data notável para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 2023 a entidade celebra a edição de número 60 das suas assembleias gerais, iniciadas em agosto de 1953, em Belém (PA), simultaneamente ao VI Congresso Eucarístico Nacional.

Nas palavras do arcebispo emérito de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da conferência entre 2009 e 2011, uma longa história marcada pelo clima de ação de graças. “Uma bênção de Deus para a Igreja do Brasil. É um momento bonito, principalmente na expressão da comunhão eclesial”.

Dom Geraldo Lyrio faz memória das Assembleias das quais participa desde a 23ª edição (1985). | Foto: Luiz Lopes – Comunicação 60ª AG CNBB.

Dom Geraldo Lyrio, que participa desde a 23ª edição, em 1985, destaca que a assembleia geral é o evento mais significativo da Igreja no Brasil, porque nela se definem as linhas comuns da ação da Igreja no país. Para isso, os bispos não olham apenas para dentro da Igreja, “mas mantém também os olhos abertos para o mundo, para a realidade, especialmente para a realidade nacional. Uma Igreja voltada para o mundo”, explica.

Nesses anos, mudou a fisionomia da conferência, o modo de tratar as questões, os meios, que foram aperfeiçoados e facilitam o trabalho, fala dom Geraldo. “[Mudaram] coisas acidentais. E o que permanece: o essencial. Há uma linha condutora que marca todas as assembleias, e que se chama comunhão eclesial”, continua.

Por isso, na visão de dom Geraldo Lyrio, a Igreja em saída é a característica mais marcante da assembleia. “Olhos voltados para a nossa realidade, olhos voltados para o contexto social, político, econômico do nosso país. Olhos voltados para a realidade de nossas famílias, para a juventude, para as classes dirigentes, para as classes trabalhadoras. Olhos voltados para os povos indígenas, para os negros, para os afrodescendentes de modo geral.” Enfim: “olhos voltados para a vida. Para a vida concreta e como ela vai se desenrolando no momento atual”.

Por isso, desde a primeira assembleia, em 1953, que tratou sobre a responsabilidade em face da imigração, os bispos tem o cuidado pastoral de escolherem temas de importância para as comunidades do país. Um olhar que não é apenas de uma espécie de associação, e sim dos sucessores dos apóstolos no Brasil. “Esta assembleia é muito peculiar, porque é no clima de fé que nós nos encontramos. Marcados pela esperança de vermos a Igreja no Brasil realizando sempre de modo cada vez melhor a sua própria missão, e num clima de amor fraterno e comunhão que deve sempre caracterizar o encontro entre os pastores.”

A assembleia reúne todos os membros da conferência, ou seja, todos os bispos que estão na ativa, tanto titular como auxiliares. Podem ser convidados os bispos eméritos e bispos não-membros da entidade, de qualquer rito, mas em comunhão com a Santa Sé com residência no Brasil.

Locais onde foram realizadas

Primeira assembleia realizada em Aparecida (SP). | Fotos: arquivo CDI CNBB.

Depois de 1953, as assembleias foram realizadas em cidades diferentes, seis capitais brasileiras e no Distrito Federal, e em Roma, durante os trabalhos do Concílio Vaticano II. A partir da 14ª, os bispos passaram a se reunir no Mosteiro de Itaici, município de Indaiatuba (SP). E a partir da 49ª edição, em 2011, são realizadas no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP).

“No casarão da Vila Kostka [em Itaici], os jesuítas sempre nos acolheram com espírito eclesial e nos serviram com dedicação e amor. Acertada foi a decisão de virmos nos reunir aos pés da Padroeira do Brasil. Acolhidos sob seu manto materno, experimentaremos o fervor dos romeiros que acorrem ao Santuário Nacional, e aqui poderemos vivenciar experiência semelhante à dos Apóstolos que, com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos no cenáculo de Jerusalém aguardando a vinda do Paráclito”, falou dom Geraldo Lyrio Rocha na abertura da 49ª Assembleia Geral.

Assembleia no Jubileu dos 500 anos do Brasil
Marcando o jubileu do ano 2000, a 38ª assembleia foi realizada em Porto Seguro, berço do descobrimento do Brasil em 1500. Ao final, os bispos enviaram uma carta ao povo intitulada “Brasil – 500 anos: Diálogo e Esperança”. Na carta, os prelados recordaram o passado e a ação dos missionários que iluminaram esta terra com valores cristãos. Abordaram a situação da época, tocando nos efeitos negativos da globalização, o aumento da violência e a permissividade moral. Por outro lado, expressaram as virtudes do nosso povo, que sabe acolher, ser solidário e enfrentar as vicissitudes quotidianas.

A mensagem também convida a um olhar para os tempos futuros, destacando que compete à Igreja colaborar com as demais forças vivas da sociedade, para que todos tenham vida digna. Na parte final, os bispos convocam as comunidades a renovar a esperança em Jesus Cristo, presente no meio de nós, e a assumir, com ardor, a nova evangelização, à luz da exortação apostólica “Igreja na América”. Em sintonia com o pontífice da época, Papa São João Paulo II, incentivam os cristãos a um encontro com Cristo, caminho de conversão e santidade, de comunhão fraterna, solidariedade e zelo missionário e diálogo ecumênico e inter-religioso.

Um capítulo especial: o Documento de Aparecida
No início de maio de 2007, a 45ª assembleia foi em vista da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, realizada em Aparecida, de 13 a 31 de maio de 2007. Inaugurada pelo Papa Bento XVI, a Conferência de Aparecida recorda que “os discípulos, que por essência são também missionários em virtude do Batismo e da Confirmação, são formados com um coração universal, aberto a todas as culturas e a todas as verdades, cultivando a capacidade de contato humano e de diálogo” (DAp 377).

Destaque para a participação do então cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Bueno Aires, hoje Papa Francisco. Desde a fundação da CNBB, há 70 anos, e a realização de 60 Assembleias Gerais, o Brasil recebeu a visita de três Papas: João Paulo II (1980, 1991, 1997); Bento XVI (2007) e Francisco (2013).

2021: primeira assembleia on-line
Dentre os momentos históricos da Assembleia Geral, em 2021 aconteceu a primeira assembleia virtual, em razão da pandemia de COVID-19. Em 2020 a reunião não aconteceu. “A 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entrou para a história como a primeira a ser realizada totalmente de forma virtual, numa plataforma on-line”, descreveu o site da conferência. “Os bispos conectados de Norte a Sul do Brasil, enfrentando as dificuldades com sistemas e a rede, encarando as novidades impostas pelos tempos de pandemia, mas no desejo de aumentar o espírito fraterno e a unidade na diversidade em vista do anúncio de Jesus Cristo”, descreveu.

Em 2021, aconteceu a primeira edição da assembleia no formato totalmente on-line em função da pandemia. | Foto: print.

60ª AG CNBB eletiva

O tema central deste ano é a avaliação global da caminhada da CNBB nos últimos quatro anos. Ao encerrar o quadriênio iniciado em 2019, a atual presidência apresenta o relatório das atividades realizadas e encaminha as eleições dos seus novos membros (presidente, 1º e 2º vice-presidentes e secretário-geral) e dos presidentes das 12 Comissões Episcopais Permanentes.

Dom Geraldo Lyrio recorda que, a assembleia mesmo sendo eletiva e com um episcopado numeroso, é conduzida no clima de comunhão eclesial, diálogo, compreensão e fraternidade. “Não está em jogo interesse particular de ninguém, o que está na mira de todos nós é o bem da Igreja. Isso faz a diferença, e grande diferença!”, destaca.

Manter a comunhão na diversidade é a marca registrada da CNBB ao longo da sua história e ao longo do período de realização das 60 assembleias, fala dom Geraldo. “Esta deve ser sempre a característica de todas as iniciativas na vida da Igreja, manter a comunhão na diversidade, na liberdade, mas sem romper a caridade”, finaliza dom Geraldo.

Exposições fazem memória das Assembleias
A 60ª AG CNBB faz memória desta data com duas exposições sobre a história das assembleias. Uma no saguão do Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário, e outra no subsolo, onde os bispos fazem o lanche no intervalo das sessões. Depois de encerrada a assembleia, a exposição ficará no Santuário Nacional.

Juliana Mastelini Moyses
Comunicação 60ª AG CNB

Fotos: Luiz Lopes – Comunicação 60ª AG CNBB