“Não desvies o rosto de nenhum pobre” (Tb 4,7), é a reflexão central da VII Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres, realizado no domingo, 19 de novembro de 2023. A Igreja no Brasil, por meio das Pastorais Sociais e Organismos ligados à Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB), propõe a VII Jornada Mundial dos Pobres em preparação ao Dia Mundial dos Pobres, que neste ano será realizada de 12 a 19 de novembro

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Seguindo a convocação do Papa Francisco, a Cepast-CNBB reafirma: “O Dia Mundial dos Pobres, sinal fecundo da misericórdia do Pai, vem pela sétima vez alentar o caminho das nossas comunidades. Trata-se duma ocorrência que se está a radicar progressivamente na pastoral da Igreja, fazendo-a descobrir cada vez mais o conteúdo central do Evangelho. Empenhamo-nos todos os dias no acolhimento dos pobres, mas não basta; a pobreza permeia as nossas cidades como um rio que engrossa sempre mais até extravasar; e parece submergir-nos, pois o grito dos irmãos e irmãs que pedem ajuda, apoio e solidariedade ergue-se cada vez mais forte. Por isso, no domingo que antecede a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, reunimo-nos ao redor da sua Mesa para voltar a receber d’Ele o dom e o compromisso de viver a pobreza e servir os pobres”.

As pastorais, organismos e iniciativas que articulam e animam a VII Jornada Mundial dos Pobres, são: 6ª Semana Social Brasileira, Cáritas Brasileira, Assessoria de Comunicação da CNBB, Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Conselho Pastoral dos Pescadores, Instituto Migrações e Direitos Humanos, Pastoral da Comunicação, Pastoral da Criança, Pastoral do Povo de Rua, Pastoral Operária, Serviço a Pastoral do Migrante, Setor de Mobilidade Humana da CNBB e Tv Evangelizar e Signis Brasil.

Confira o convite feito presidente da Comissão Episcopal para Ação Sociotransformadora:

Após quatro semanas de XVI Assembleia Geral Ordinária no Vaticano, Francisco concluiu os trabalhos na noite deste sábado (28), na Sala Paulo VI. O último dia foi de leitura, aprovação e apresentação do Relatório de Síntese, que passou por votação eletrônica e secreta

O Papa Francisco participou da Congregação Geral da tarde deste sábado (28) da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos naquele que foi o último dia após quatro semanas de trabalho. Dia também de leitura e aprovação do Relatório de Síntese, que passou por votação eletrônica e secreta, com apresentação do documento de 40 páginas – em versão oficial em italiano e inglês – em coletiva de imprensa. Essa foi a primeira vez que os não bispos tiveram o direito de voto, como as mulheres.

A conclusão dos trabalhos do Sínodo foi feita pelo próprio Papa Francisco na noite desse sábado (28), na Sala Paulo VI. Em espanhol, agradeceu pela dedicação de todos e disse:

“Quero recordar que o protagonista do Sínodo é o Espírito Santo. Sugiro que levem consigo os textos de São Basílio, que nos preparou o Padre Davide Piras, e continuem meditando-o, porque isso pode ajudá-los. Quero agradecer o trabalho de todos e de cada um: cardeal Grech, não dormiu à noite; cardeal Hollerich, mestre dos noviços; Nathalie Becquart e Luis Marín de San Martín, Giacomo Costa, Riccardo Battocchio, Giuseppe Bonfrate, Irmã Maria Grazia Angelini, Timothy Radcliffe, que nos manifestaram um saber espiritual conosco, e aos escondidos, aqueles que estão aqui atrás, que não vemos e que possibilitaram tudo isso. Obrigado de coração a todos. Muchas gracias.”

Missa de encerramento neste domingo

O Papa Francisco presidiu a celebração eucarística de conclusão do Sínodo dos Bispos no Vaticano no domingo, 29 de outubro, e exortou cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos a crescer na adoração a Deus e no serviço ao próximo: “é aqui que está o coração de tudo” para fazer “a Igreja que somos chamados a sonhar: uma Igreja serva de todos, serva dos últimos. Uma Igreja que acolhe, serve, ama. Uma Igreja com as portas abertas, que seja porto de misericórdia”.

Cerca de 5 mil fiéis estiveram na Basílica São Pedro para rezar com o Papa Francisco. A homilia foi especialmente dirigida aos cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos que, durante um mês, se viram empenhados na Sala Paulo VI, no Vaticano, para a XVI Assembleia Geral Ordinária. O pedido do Pontífice, segundo a reflexão do Evangelho do dia (Mt 22, 36) sobre “o princípio inspirador de tudo”, foi de “crescer na adoração a Deus e no serviço do próximo”.

De fato, quando nos interrogamos sobre «Qual é o maior mandamento?» (Mt 22, 36), explica o Papa, a resposta de Jesus é clara: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22, 37-39). Com a conclusão do Sínodo, “é importante fixar o «princípio e fundamento», do qual uma vez e outra tudo começa: amar a Deus com toda a vida e amar o próximo como a si mesmo”. Mas, questiona o próprio Papa, como traduzir tal impulso de amor? Francisco propõe “dois verbos, dois movimentos do coração”: adorar e servir.

A adoração é essencial na Igreja

A adoração “é a primeira resposta que podemos oferecer ao amor gratuito” de Deus e, infelizmente, neste momento, disse o Papa, “perdemos o hábito da adoração”: “esta maravilha própria da adoração é essencial na Igreja”.

“Que esta seja uma atividade central para nós, pastores: dediquemos diariamente um tempo à intimidade com Jesus, Bom Pastor, diante do sacrário. Adorar. Que a Igreja seja adoradora! Adore-se o Senhor em cada diocese, em cada paróquia, em cada comunidade! Porque só assim nos voltaremos para Jesus, e não para nós mesmos.”

Mas, alerta Francisco, na Sagrada Escritura, o amor ao Senhor aparece frequentemente associado à luta contra toda a idolatria, porque os ídolos são obra do homem: “quem adora a Deus rejeita os ídolos, pois, enquanto Deus liberta, os ídolos tornam-nos escravos”.

Servir

O segundo verbo proposto pelo Papa é o servir, como acontece no mandamento maior, já que “Cristo liga Deus e o próximo, para que não apareçam jamais separados. Não existe uma experiência religiosa que seja surda ao grito do mundo, uma verdadeira experiência religiosa. Não há amor a Deus sem envolvimento no cuidado do próximo”. Assim, a reforma da Igreja deve ser conduzida através da adoração e do serviço:

“Adorar a Deus e amar os irmãos com o seu amor, esta é a grande e perene reforma. Ser Igreja adoradora e Igreja do serviço, que lava os pés à humanidade ferida, acompanha o caminho dos frágeis, dos débeis e dos descartados, sai com ternura ao encontro dos mais pobres. […] Irmãos e irmãs, penso naqueles que são vítimas das atrocidades da guerra; nas tribulações dos migrantes, no sofrimento escondido de quem se encontra sozinho e em condições de pobreza; em quem é esmagado pelos fardos da vida; em quem já não tem mais lágrimas, em quem não tem voz.”

Assim, com a conclusão da Assembleia Sinodal, nesta «conversação do Espírito», disse o Papa, a experiência foi rica da “terna presença do Senhor”, da “beleza da fraternidade”, sempre “à escuta do Espírito. Hoje não vemos o fruto completo deste processo”, comentou ainda o Pontífice, mas o Senhor deverá guiar e ajudar todos “a ser Igreja mais sinodal e missionária, que adora a Deus e serve as mulheres e os homens do nosso tempo, saindo para levar a todos a alegria consoladora do Evangelho”:

“Esta é a Igreja que somos chamados a sonhar: uma Igreja serva de todos, serva dos últimos. Uma Igreja que acolhe, serve, ama, sem nunca exigir antes um atestado de «boa conduta». Uma Igreja com as portas abertas, que seja porto de misericórdia.”

Andressa Collet
Vatican News

Foto: Vatican Media

Rezemos pela Igreja, para que adote a escuta e o diálogo como estilo de vida a todos os níveis, deixando-se guiar pelo Espírito Santo em direção às periferias do mundo.

Reflexão

A primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos decorre neste mês de outubro, entre os dias 4 e 29. A intenção do Papa vai, por isso, neste sentido, convidando a rezar para que o estilo de vida da Igreja seja assente na escuta e no diálogo, aberta ao Espírito Santo, em direção às periferias do mundo.

O sínodo que estamos a viver trouxe-nos esta palavra nova: «sinodalidade», que significa «caminharmos juntos». Mas isto só é possível se dialogarmos uns com os outros, capazes de falar – transmitindo ideias e opiniões – e de escutar – ouvindo o que outros têm para dizer. É um desafio que pede um coração aberto a acolher o que os outros têm para nos dar. Juntos, temos de aprender a escutar também o Espírito Santo, deixarmo-nos guiar a partir da oração e do discernimento.

O Papa Francisco recorda que «uma Igreja sinodal é uma Igreja da escuta, ciente de que escutar é mais do que ouvir. É uma escuta recíproca, onde cada um tem algo a aprender. Povo fiel, Colégio Episcopal, Bispo de Roma: cada um à escuta dos outros; e todos à escuta do Espírito Santo». O caminho do sínodo ainda não terminou, pois continuará com uma segunda sessão desta XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em outubro de 2024. Esta primeira sessão é um momento importante do itinerário sinodal que estamos a percorrer juntos na Igreja. Para que o Espírito Santo possa ser o guia dos trabalhos, somos todos chamados a acompanhar estes trabalhos com a oração.

Oração

Espírito Santo, fonte de unidade, na Igreja sentimos muita falta de escuta e de diálogo. Abre os nossos ouvidos, para que escutemos as pessoas com tempo e gratuidade, para que reconheçamos a Tua voz no outro, e para que, através da escuta mútua, sejamos criadores de comunhão, sejamos mulheres e homens que, guiados por Ti, saiam, como Igreja, até às periferias do mundo. Amém.

Desafios

– Escuta e diálogo. Escutar os irmãos na vida cotidiana.

– Um estilo de vida. Fazer da comunhão e do caminhar juntos um estilo de vida.

– Um modo de proceder. Assumir a oração como forma de vida, aberta à presença de Deus.

– Oração e discernimento. Rezar em comunidade antes de definir a sua atividade apostólica.

– Abertura ao Espírito Santo. Participar na vida da comunidade, promovendo a oração e escuta do Espírito.

Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis.

Reflexão

Esta intenção de oração do Papa pede para que as pessoas à margem da sociedade não sejam esquecidas nem descartadas. Neste sentido, somos convidados a rezar pela integração dos marginalizados, de quem vive sem as condições mínimas de dignidade que cada ser humano merece ter.

As desigualdades sociais geram pobrezas de várias ordens e criam atitudes de exclusão, tornando os pobres indiferentes e esquecidos, apenas números abstratos e estatísticas sem rosto. A «globalização da indiferença», de quem fecha o coração ao que sucede ao seu redor, tem de ser transformada na «globalização da solidariedade». Lembra o Papa Francisco que «é decisivo dar vida a processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, para que a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação. Há muitas pobrezas dos “ricos” que poderiam ser curadas pela riqueza dos “pobres”, bastando para isso encontrarem-se e conhecerem-se». A solidariedade é uma escola de partilha e de fraternidade.

Esta intenção convida os governos e as instituições a adotarem uma abordagem diferente em relação à pobreza. É preciso acolher as pessoas marginalizadas a partir da sua situação concreta, proporcionando-lhes condições para que participem da sociedade e possam potenciar as suas capacidades. Esta é também uma experiência sinodal, de acolhimento dos mais pobres e necessitados, para caminharmos todos juntos como filhos de Deus.

Oração

Espírito Santo, Pai dos pobres.

Como se poderá dar uma solução real e concreta

aos milhões de pobres que, tantas vezes,

só encontram indiferença

ou até irritação como resposta?

Que caminho percorrer

para que se superem as desigualdades sociais

e se restabeleça a dignidade humana,

tantas vezes espezinhada?

Derruba o nosso individualismo cúmplice

e ajuda-nos a dar vida a processos de desenvolvimento

em que as capacidades de todos sejam reconhecidas,

em que a complementaridade de competências

e a diversidade de carismas

criem um projeto comum de ação.

Amém.

Desafios

– Integrar os marginalizados: Viver a compaixão pelos mais pobres.

– Ver e escutar: Ter o olhar e escuta compassivos de Jesus.

– Atender à riqueza do outro: Dar valor aos talentos das irmãs e dos irmãos.

– Dar lugar: Abrir a comunidade e integrar os mais vulneráveis na missão.

– Ajuda mútua: Viver a solidariedade com espírito de entre ajuda.

Rezemos para que a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa ajude os jovens a pôr-se a caminho, testemunhando o Evangelho com a própria vida.

Reflexão

É chegada a tão desejada XXXVI Jornada Mundial da Juventude (JMJ Lisboa 2023). Preparada ao longo dos últimos anos por um grande número de pessoas, acolhe agora em Lisboa mais de um milhão de jovens provenientes do mundo inteiro. São números inéditos para um evento de juventude organizado em Portugal. Por isso, a intenção de oração do Papa leva-nos a rezar para que esta JMJ Lisboa 2023 ajude os jovens a pôr-se a caminho como Maria, testemunhando o Evangelho com a própria vida.

Como lema desta JMJ Lisboa 2023, foi escolhida a citação bíblica do início da narração da visita de Maria a sua prima Isabel: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lucas 1, 39). Nestes tempos difíceis que vivemos, acabados de sair da pandemia de Covid-19 e agora no drama das guerras na Ucrânia e no Sudão, encontramos na Virgem Maria um exemplo de esperança que reabre o caminho da proximidade e do encontro. Diz o Papa Francisco: «Depois da Anunciação, Maria teria podido concentrar-se em si mesma, nas preocupações e temores derivados da sua nova condição; mas não! Entrega-se totalmente a Deus! Pensa, antes, em Isabel. Levanta-se e sai para a luz do sol, onde há vida e movimento».

Maria vai ao encontro da prima de idade avançada que vai ser mãe. «Não se escusou, não ficou indiferente. Pensou mais nos outros do que em si mesma», completa o Papa. Rezemos então pela atitude de acolhimento, deixando-nos encontrar por Jesus e colocando-nos a caminho, como quem faz do serviço uma missão de vida.

Oração

Senhor Jesus,
entregamos ao teu Coração misericordioso
todos os jovens que,
apesar das suas quedas, desejam seguir-te.
O mundo precisa da sua força,
do seu entusiasmo e paixão.
Que eles, abraçando a nova vida
que lhes foi dada no Batismo,
sejam profetas de tempos novos,
capazes de levantar-se cheios de esperança
e sair pelos “caminhos de Damasco”
a dar testemunho das obras que Tu
começaste neles.

Amém!

Desafios

– Viver o Evangelho: Abandonar a rotina e viver o Evangelho de forma concreta.

– Acolher o Senhor na minha vida: Oferecer-lhe tudo o que vivo, inclusive as minhas amarguras.

– Deixar-se encontrar por Ele: Definir uma prática concreta que renove o encontro pessoal com o Senhor.

– Levantar-se e pôr-se a caminho: Dar testemunho, com alegria e no quotidiano, de que Cristo vive.

– Serviço à missão: Estar disponível para a missão.

Neste dia de São Joaquim e Santa Ana, avós de Jesus, relembramos a homilia do Papa Francisco na Santa Missa pelo III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, no domingo, 23 de julho. Francisco faz um forte apelo para vigilarmos o nosso dia a dia, em casa e no trabalho, para “não marginalizar os mais velhos. Estejamos atentos para que as nossas cidades superlotadas não se tornem ‘concentrados de solidão’”. Através das três parábolas do Evangelho, o Papa exorta a dar prioridade na nossa agenda aos avós: “por favor, misturemo-nos, cresçamos juntos”, jovens e idosos, “o Senhor abençoará o nosso caminho.”

Uma Basílica de São Pedro repleta de fiéis, cerca de 8 mil segundo a Gerdarmaria Vaticana, para honrar “o tempo abençoado da velhice”, como o próprio Papa Francisco enalteceu em homilia. Neste III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Pontífice refletiu as três parábolas do Evangelho do dia (cf. Mt 13,24-43) a partir de um aspecto em comum entre elas, ou seja, o “crescer juntos”.

O bem e o mal devem crescer juntos

Na primeira história simples sobre o trigo e o joio que crescem juntos no campo, que chega logo “ao coração de quem escuta”, como se fosse aquela conversa cheia de imagens que os avós usam com sabedoria com os netos, o Papa procurou descrever a história da humanidade. Afinal, disse ele, na vida de cada pessoa coexistem o bem e o mal, tanto fora como dentro da gente:

“Animado pela esperança de Deus, o cristão não é um pessimista nem um ingênuo que vive no mundo das fábulas, finge não ver o mal e diz que ‘tudo corre bem’. Não, o cristão é realista: sabe que no mundo há trigo e joio e, ao olhar para dentro de si, reconhece que o mal não vem só ‘de fora’ nem é sempre culpa dos outros, e não é preciso ‘inventar’ inimigos para combater, a fim de evitar que se faça luz no seu interior.”

Mas a parábola nos coloca um questionamento, advertiu o Papa: quando o bem e o mal convivem, o que devemos fazer? Certamente não ser impulsivos, como os servos que queriam arrancar o joio (cf. 13, 28), tirando o mal para salvar a pureza da sociedade e da própria Igreja. Desse modo, “junto com o joio, arranca-se também o bom grão”, e Jesus nos pede ao contrário, para fazer crescê-los juntos até a colheita, “acolhendo o mistério da vida com serenidade e paciência”, como um chamado para fazermos igual com os idosos e avós:

“Como é belo este olhar de Deus, esta sua pedagogia misericordiosa, que nos convida a ter paciência com os outros, a acolher – em família, na Igreja e na sociedade – fragilidades, atrasos e limites: não para nos habituarmos resignadamente a eles nem para os justificar, mas para aprendermos a intervir com respeito, continuando a cuidar do bom grão com mansidão e paciência.”

O ninho dos avós que abraça filhos e netos

Ao abordar a segunda parábola, do minúsculo grão de mostarda que ao crescer torna-se uma árvore frondosa, o Papa novamente recorda dos idosos: vieram ao mundo pequeninos como uma pequena semente que, “alimentando-se de esperanças e realizando projetos e sonhos”, tornou uma árvore “que não vive para si mesma, mas para dar sombra a quem a deseja e dar espaço a quem quer construir o ninho”.

“Penso nos avós: como são belas estas árvores frondosas, sob as quais filhos e netos constroem os seus ‘ninhos’, aprendem o clima de casa e experimentam a ternura de um abraço. Trata-se de crescer juntos: a árvore verdejante e os pequeninos que precisam do ninho, os avós com os filhos e os netos; os idosos com os mais jovens. Precisamos de uma nova aliança entre jovens e idosos, para que a seiva de quem tem uma longa experiência de vida umedeça os rebentos de esperança de quem está a crescer. Neste fecundo intercâmbio, aprendemos a beleza da vida, construímos uma sociedade fraterna e, na Igreja, permitimos o encontro e o diálogo entre a tradição e as novidades do Espírito.”

Não marginalizar os mais velhos

Finalmente o Papa trouxe para reflexão a terceira parábola, na qual os que crescem juntos são o fermento e a farinha (cf. Mt 13, 33). “Essa mistura faz crescer toda a massa. Jesus usa precisamente o verbo ‘misturar'”, disse Francisco, ao sugerir a arte de viver juntos e de «sair de si mesmo para se unir aos outros» (FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 87), vencendo “os individualismos e os egoísmos e ajudando-nos a gerar um mundo mais humano e fraterno”:

“Assim hoje a Palavra de Deus é um apelo a vigilar para que, nas nossas vidas e famílias, não marginalizemos os mais velhos. Estejamos atentos para que as nossas cidades superlotadas não se tornem ‘concentrados de solidão’. […] Por favor, misturemo-nos, cresçamos juntos.”

“Irmãos, irmãs, a Palavra de Deus convida a não separarmos, a não nos fecharmos, a não pensarmos que é possível fazer tudo sozinhos, mas a crescer juntos. Ouçamo-nos, conversemos, apoiemo-nos uns aos outros. Não esqueçamos os avós e os idosos: graças às suas carícias muitas vezes nos levantamos, retomamos o caminho, sentimo-nos amados, fomos curados interiormente. Sacrificaram-se por nós e nós não podemos apagá-los de entre as prioridades da nossa agenda. Cresçamos juntos, avancemos em conjunto: o Senhor abençoará o nosso caminho.”

Andressa Collet
Vatican News

Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias reuniu 80 peregrinos nessa segunda-feira, 24 de julho, sob a intercessão de Nossa Senhora da Visitação e São João Paulo II

Faltam poucos dias para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que acontecerá entre os dias 1º a 6 de agosto, em Portugal. Milhares de jovens do mundo inteiro são esperados para este grande evento, onde encontrarão o Papa Francisco e viverão uma experiência de fé, crescimento e comunhão, inspirados no tema: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).

Na noite de segunda-feira, 24 de julho, na Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, foi realizada a Santa Missa de envio dos jovens da Arquidiocese de Londrina para a Jornada Mundial da Juventude. Cerca de 80 jovens participaram da celebração presidida por dom Geremias Steinmetz, nosso arcebispo. Em sua homilia o arcebispo destacou o significado e a riqueza cultural e religiosa de um evento dessa proporção. “Olhar para a universalidade da Igreja enriquece o coração de alegria e esperança. Nessa jornada os jovens são convidados a ouvir e entender a mensagem de Jesus em Sua Palavra e gestos, pois a juventude é um lugar teológico”, disse o arcebispo.

A maioria dos jovens que participaram da celebração pertencem ao Caminho Neocatecumenato presente no decanato. Os familiares dos jovens peregrinos estiveram presentes. O padre Dirceu Reis, pároco e assessor do Setor Juvenil, assim como o Frei Wainer, padre Valdomiro e padre Sérgio, concelebraram. Um momento bonito de unidade e fortalecimento da caminhada cristã desses jovens em direção a Lisboa.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja e um momento forte de evangelização do mundo juvenil. É também um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário iluminado pelos ensinamentos de Jesus.

Ao final da celebração foi realizada a oração de envio pela intercessão de Nossa Senhora da Visitação, os jovens foram aspergidos com água benta e receberam, das mãos de dom Geremias, uma medalha de São João Paulo II, criador da Jornada Mundial da Juventude no ano de 1985. Antes da bênção final o padre Dirceu desejou a todos uma viagem feliz e segura confiando os jovens à proteção de São João Paulo II para que alcancem graças nessa peregrinação e testemunhem essa alegria em suas comunidades.

Fotos: Paulo Henrique Bonatti

Nas paróquias

Paróquias da arquidiocese também celebraram missas de envio dos jovens à Jornada Mundial da Juventude. No dia 23, padre Sérgio Cezar Rodrigues de Moraes Junior presidiu a Santa Missa de envio dos jovens da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Decanato Oeste, concelebrada pelo pároco frei Wainer Queiroz FMM.

Fotos: Pascom Paroquial

Também no domingo, dia 23, dom Geremias presidiu a missa de envio da Paróquia São Vicente de Paulo, Decanato Centro. Participaram jovens das paróquias São Vicente de Paulo, Nossa Senhora Auxiliadora, Santana e Coração de Maria.

Fotos: Claudio Nonaca

Também no dia 23, padre Laurindo Lopes presidiu a missa de envio na Capela Nossa Senhora do Paraíso, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Decanato Leste.

Fotos: Pascom Paroquial

Setor Juvenil

Na noite da terça-feira, 18 de julho, aconteceu a celebração de abertura do 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), em Rondonópolis/MT, no Centro de Eventos Santa Terezinha.  O tom foi de valorização da atuação religiosa de leigas e leigos, da diversidade cultural e de crítica ao modelo socioeconômico voltado ao extrativismo dos recursos naturais.

A celebração abriu oficialmente o Intereclesial que se estende até o dia 22 (sábado), reunindo cerca de 1,5 mil representantes das CEBs de todo o Brasil, além religiosas e religiosos, lideranças de organismos ligados à Igreja Católica, a outras denominações cristãs e expressões espirituais, movimentos sociais e populares. Participam do intereclesial 63 bispos.

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do encontro dizendo querer-se fazer próximo do 15º Intereclesial de CEBs. O Santo Padre pediu aos participantes para seguirem trabalhando e para não se esquecerem de buscar sintonia com o tema: “Igreja em Saída”. O Papa comparou a Igreja como a água. “Se a água não corre no rio, fica estagnada e adoece. A Igreja quando sai, caminha, se sente mais forte”, disse.

Confira o vídeo que o Papa enviou aos participantes:

Cultura popular e biomas brasileiros

Os milhares de participantes da cerimônia sentaram-se em cadeiras dispostas ao redor de um grande palco, que funcionou como altar. A celebração foi conduzida pela Equipe de Liturgia do Intereclesial, um grupo de leigas e leigos trajados com túnicas que destacavam a simbologia afro-brasileira e indígena. A mesa do altar estava coberta por uma toalha feita de retalhos de tecido, destacando o caráter popular da Igreja.

A cerimônia de abertura teve várias procissões, músicas e menções verbais que valorizaram as comunidades indígenas, quilombolas, pessoas que vivem da agricultura familiar ou estão em acampamentos provisórios, pescadores, trabalhadoras e trabalhadores urbanos, mulheres artesãs, migrantes e imigrantes, entre outros grupos sociais que compõem o povo brasileiro. Delegações de representantes das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste foram lembradas e homenageadas pela associação com seus biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica) e pela disposição histórica à luta e resistência populares.

Em seguida a história dos Intereclesiais foi lembrada por uma mescla entre informações ditas ao microfone e entradas com os estandartes referentes a cada uma das edições do encontro, desde o primeiro, em Vitória (ES), em 1975, até a atual, em Rondonópolis (MT).

A proclamação da abertura oficial do 15º Intereclesial ocorreu a partir de uma fala do bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, dom Maurício Jardim. Ele agradeceu a presença dos participantes e recordou do bispo anterior, dom Juventino Kestering, falecido em 2022, que foi quem assumiu o compromisso de acolher o Intereclesial na diocese. Um grande banner contendo a imagem de dom Juventino e uma de suas frases emblemáticas – “Saúde aos doentes, alegria aos tristes e esperança aos desanimados” – foi exposto perante o público, que fez uma sessão de aplausos em sua memória.

CNBB

Fotos: Comunicação 15º Intereclesial

Homenagem a dom Juventino Kestering

Rezemos para que os católicos ponham no centro da vida a celebração da Eucaristia, que transforma em profundidade as relações humanas e dispõe ao encontro com Deus e com os irmãos.


Reflexão
A intenção de oração deste mês conduz-nos àquilo que é o centro da vida cristã: a Eucaristia. O desejo do Papa é que os cristãos realcem toda a profundidade e significado da Eucaristia, celebrada e vivida em comunidade, para que transforme as nossas relações e nos disponha ao encontro com Deus e uns com os outros.

O sacramento da Eucaristia remete-nos para a Última Ceia e para o gesto do lava-pés, onde Jesus diz aos seus discípulos: «dei-vos o exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também» (Jo 13, 5). Com o testemunho da sua vida, Jesus convida os seus amigos a viver em atitude de serviço generoso e gratuito. Por isso, o Papa Francisco fala da vida eucarística como uma atitude correta diante dos outros, de dar sem receber, com generosidade.

A lógica da Eucaristia está no fato de recebermos Jesus que nos ama e cura as nossas fragilidades para amarmos os outros e para os ajudarmos nas suas fragilidades. Aqui reside a força do amor da Eucaristia, «força do amor que se faz pequeno para ser acolhido e não temido; força do amor que se parte e se divide para alimentar e dar vida; força do amor que se fragmenta para reunir todos nós em unidade», lembra o Papa. A Eucaristia transforma em profundidade as relações humanas, dispõe-nos a ir ao encontro de Deus e de quem vive ao nosso lado. Neste sentido, rezamos para que as nossas comunidades católicas vivam cada vez mais unidas a partir da comunhão do sacramento da Eucaristia, fonte de graça e força para uma vida espiritual mais autêntica.

Oração
Jesus, Pão de Vida, cada vez que te recebemos na Eucaristia dás um novo sentido às nossas fragilidades, e recordas-nos quão valiosos somos aos teus olhos. Que a participação frequente neste sacramento nos una cada vez mais a ti e nos leve a viver como tu, imitando-te na tua capacidade para deixar-se partir e entregar-se aos irmãos, e para responder ao mal com o bem. Que este Pão de Vida que Tu és, Jesus, nos dê a audácia de sair de nós mesmos e de nos aproximarmos, amorosamente, da fragilidade do outro. Amém.
Desafios

  • Celebração da Eucaristia: Participar na Eucaristia com renovada devoção.
  • Escutar a Palavra de Deus: Fazer da Palavra de Deus parte essencial da oração pessoal.
  • Partilhar a vida: Fazer da presença junto do outro Pão de Vida.
  • Deixar-se transformar: Partilhar as fragilidades com Jesus na oração.
  • Abrir-se à missão: Colaborar na missão de compaixão de Jesus.

Foto destaque: Vatinca Media

Na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Francisco rezou o Angelus e inspirou sua reflexão na seguinte frase do Evangelho de Mateus: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”

Depois de celebrar a missa na Basílica Vaticana por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa rezou com os fiéis reunidos na Praça São Pedro a oração do Angelus. É feriado no Vaticano e na cidade de Roma, que celebra os seus padroeiros.

Em sua alocução, Francisco comentou uma frase do Evangelho de Mateus, quando Jesus diz a Simão: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Pedro, explicou o Pontífice, é um nome que tem vários significados: pode significar rocha, pedra ou simplesmente pedregulho. E a personalidade do Apóstolo inclui um pouco de todos os três aspectos.

Pedro é uma rocha: em muitos momentos ele é forte e firme, genuíno e generoso. Ele deixa tudo para seguir Jesus. Com franqueza e coragem, ele anuncia Jesus no Templo, antes e depois de ser preso e flagelado. A tradição também nos fala de sua firmeza diante do martírio.

Pedro, porém, é também uma pedra, apta a oferecer apoio aos outros: uma pedra que, fundada em Cristo, atua como apoio aos irmãos para a construção da Igreja. Cuida de quem sofre, promove e encoraja o comum anúncio do Evangelho.

Mas Pedro também é um simples pedregulho: sua pequenez frequentemente vem à tona. Diante da prisão de Jesus, é tomado pelo medo e o nega, depois se arrepende e chora. Ele se esconde com os outros no cenáculo, com medo de ser preso. Em Antioquia, se sente envergonhado por estar com os pagãos convertidos e de acordo com a tradição do Quo vadis, tenta fugir diante do martírio, mas encontra Jesus na estrada e tem coragem para retornar.

Pedro então não é um super-homem, afirmou o Papa: é um homem como nós, que diz “sim” a Jesus com generosidade em sua imperfeição. E é com essa humanidade verdadeira que o Espírito forma a Igreja. “Pedro e Paulo eram pessoas verdadeiras, e nós, hoje mais do que nunca, precisamos de pessoas verdadeiras.”

Francisco se dirige aos fiéis, exortando-os a fazer algumas perguntas: somos pedras, não pedras de tropeço, mas de construção para a Igreja? Pensando no pedregulho: temos consciência de nossa pequenez? E acima de tudo: em nossas fraquezas, confiamos no Senhor, que realiza grandes coisas em quem é humilde e sincero? (Bianca Fraccalvieri – Vatican News).

Dia do Papa

Pedro, escolhido pelo próprio Jesus, foi a referência central do grupo dos apóstolos e discípulos na Igreja iniciante. Após dizer a Pedro que rezava por ele e por sua contínua conversão, Jesus lhe confiou esse encargo de altíssima responsabilidade: “E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (cf. Lc 22,32). Sua autoridade era reconhecida e respeitada, pois os apóstolos lembravam as palavras de Jesus a Pedro: “Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-16).

Paulo foi chamado a ser apóstolo após a ressurreição de Jesus, quando os cristãos já sofriam as primeiras perseguições. O próprio Paulo (Saulo), zeloso pela tradição de seus pais, pretendia acabar com os cristãos, mas foi surpreendido por um encontro inesperado com o próprio Jesus, que o escolheu para ser seu apóstolo e missionário e para sofrer muito pelo Evangelho e por Jesus (cf. At 9,13-16). Paulo representa a Igreja em saída missionária “até os confins da terra”, o diálogo com os povos e suas culturas, a preocupação para ir ao encontro de todas as pessoas, mesmo não pertencendo ainda visivelmente à comunidade da Igreja. De fato, o Evangelho é “Boa Nova” para todos os povos, e não apenas para algum grupo.

Pedro e Paulo sofreram o martírio por causa de sua fé e seu testemunho em favor de Cristo em Roma, no coração do Império Romano. Seus túmulos estão em Roma e continuam sendo meta de peregrinações ainda em nossos dias, como têm sido ao longo dos séculos. Pedro e seus sucessores representam na Igreja o serviço à unidade da fé e à comunhão na vida da Igreja. Ao mesmo tempo, os sucessores de Pedro têm a missão de continuar zelando pelo anúncio do Evangelho a toda criatura (cf. Mc 16,15). A Igreja precisa da autoridade de Pedro e da pregação de Paulo. É o que o Papa faz com grande dedicação em nossos dias: ele zela pela vida e a missão da Igreja.

Na solenidade do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo, celebramos também o “Dia do Papa” e a Igreja inteira é chamada a rezar intensamente pelo Papa Francisco. Nós já o fazemos em todas as Missas, após a consagração do pão e do vinho. Hoje, porém, nossa oração deve ser ampliada, mais consciente e pessoal. A oração “por Pedro” já vem dos tempos apostólicos. De fato, após ter mandado decapitar Tiago, o primeiro mártir entre os apóstolos, Herodes prendeu a Pedro, pretendendo dar a ele também o mesmo fim. “Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5). O próprio Papa Francisco pede a todo instante, como um refrão que ele repete e não esquece: “Por favor, não deixem de rezar por mim”. Rezar pelo Papa, por sua pessoa e nas suas intenções, é um dever de todo católico.

No Dia do Papa, também é oportuno lembrar nosso dever de respeitar o Papa e de dar atenção ao seu magistério ordinário, que é o ensinamento constante que ele oferece a toda a Igreja e à humanidade sobre os mais diversos assuntos de fé e moral. Lamentavelmente, as críticas ao Papa e a discordância aberta em relação aos seus ensinamentos não surgem apenas em ambientes externos à Igreja, mas até mesmo no interior da comunidade católica, o que é muito lamentável e sinal de falta de “comunhão” e até desrespeito à pessoa e à missão do Papa. Os ensinamentos e decisões do Papa sobre questões de Liturgia e vida interna da Igreja também precisam ser acolhidos com fé e adesão sincera, sem “mas” nem “porém”. Não se trata de simpatia nem de afinidade ideológica. Para nós, é questão de fé. Talvez também seja oportuno lembrar, no Dia do Papa, uma questão que parece fora de moda, até em ambientes eclesiásticos: obediência ao Papa. Não a um Papa ideal, dos nossos gostos: nós, católicos, devemos respeito e obediência à pessoa específica do Papa, que hoje traz o nome de Francisco.

Hoje, em muitos lugares, a Igreja canta e pede: “Oremus pro Pontifice nostro Francisco. Dominus conservet eum et vivíficet eum” – Oremos pelo nosso Pontifice Francisco. O Senhor o conserve com saúde e vitalidade e não lhe deixe faltar o Espírito de sabedoria e fortaleza no cumprimento de sua grande e pesada missão! (Cardeal Odilo Pedro Scherer – Arcebispo metropolitano de São Paulo)

Fonte: Vatican News (com adaptações)

Foto: Cathopic