“Dilexit nos” – “Amou-nos”, a quarta Encíclica de Francisco, repercorre a tradição e a atualidade do pensamento “sobre o amor humano e divino do coração de Jesus Cristo”, convidando a renovar sua autêntica devoção para não esquecer a ternura da fé, a alegria de colocar-se a serviço e o fervor da missão: porque o Coração de Jesus nos impele a amar e nos envia aos irmãos

“’Amou-nos’, diz São Paulo referindo-se a Cristo (Rm 8,37), para nos ajudar descobrir que nada ‘será capaz de separar-nos’ desse amor (Rm 8,39)”. Assim começa a quarta Encíclica do Papa Francisco, intitulada a partir do incipit “Dilexit nos” e dedicada ao amor humano e divino do Coração de Jesus: “O seu coração aberto precede-nos e espera-nos incondicionalmente, sem exigir qualquer pré-requisito para nos amar e oferecer a sua amizade: Ele amou-nos primeiro (cf. 1 Jo 4, 10). Graças a Jesus, ‘conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele’ (1 Jo 4, 16)” (1).

O amor de Cristo representado em seu santo Coração

Em uma sociedade – escreve o Papa – que vê a multiplicação de “várias formas de religiosidade sem referência a uma relação pessoal com um Deus de amor” (87), enquanto o cristianismo muitas vezes esquece “a ternura da fé, a alegria do serviço, o fervor da missão pessoa-a-pessoa” (88), o Papa Francisco propõe um novo aprofundamento sobre o amor de Cristo representado em seu santo Coração e nos convida a renovar nossa autêntica devoção, lembrando que no Coração de Cristo “encontramos todo o Evangelho” (89): É em seu Coração que “finalmente nos reconhecemos e aprendemos a amar” (30).

O mundo parece ter perdido seu coração

Francisco explica que, ao encontrar o amor de Cristo, “tornamo-nos capazes de tecer laços fraternos, de reconhecer a dignidade de cada ser humano e de cuidar juntos da nossa casa comum”, como ele nos convida a fazer em suas encíclicas sociais Laudato si’ e Fratelli tutti (217). E diante do Coração de Cristo, pede mais uma vez ao Senhor “que tenha compaixão desta terra ferida” e derrame sobre ela “os tesouros da sua luz e do seu amor”, para que o mundo, “que sobrevive entre guerras, desequilíbrios socioeconômicos, consumismo e o uso anti-humano da tecnologia, recupere o que é mais importante e necessário: o coração” (31). Ao anunciar a preparação do documento, no final da audiência geral de 5 de junho, o Pontífice deixou claro que este ajudaria a meditar sobre os aspectos “do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial; mas também que podem dizer algo significativo a um mundo que parece ter perdido seu coração”. E isso enquanto as celebrações estão em andamento pelos 350 anos da primeira manifestação do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em 1673, que se encerrarão em 27 de junho de 2025.

A importância de voltar ao coração

Aberta por uma breve introdução e dividida em cinco capítulos, a Encíclica sobre o culto ao Sagrado Coração de Jesus reúne, como anunciado em junho, “as preciosas reflexões de textos magisteriais precedentes e de uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para repropor hoje, a toda a Igreja, esse culto carregado de beleza espiritual”.

O primeiro capítulo, “A importância do coração”, explica por que é necessário “voltar ao coração” em um mundo no qual somos tentados a “nos tornarmos consumistas insaciáveis e escravos na engrenagem de um mercado” (2). E faz isso analisando o que queremos dizer com “coração”: a Bíblia fala dele como um núcleo “que se esconde por detrás de todas as aparências” (4), um lugar onde “não conta o que mostramos exteriormente ou o que ocultamos, ali conta o que somos” (6). Ao coração conduzem as perguntas decisivas: que sentido quero dar à vida, às minhas escolhas e ações, quem sou diante de Deus (8). O Papa ressalta que a atual desvalorização do coração nasce do “racionalismo grego e pré-cristão, do idealismo pós-cristão e do materialismo”, de modo que, no grande pensamento filosófico, foram preferidos conceitos como “razão, vontade ou liberdade”. E não encontrando lugar para o coração, também “não se desenvolveu suficientemente a ideia de um centro pessoal” que pode unificar tudo, ou seja, o amor, (10). Ao invés, para o Pontífice, é preciso reconhecer que “eu sou o meu coração, porque é ele que me distingue, que me molda na minha identidade espiritual e que me põe em comunhão com as outras pessoas” (14).

O mundo pode mudar a partir do coração

É o coração “que une os fragmentos” e torna possível “qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não é construída com o coração não pode ultrapassar a fragmentação do individualismo” (17). A espiritualidade de santos como Inácio de Loyola (aceitar a amizade do Senhor é uma questão de coração) e São John Henry Newman (o Senhor nos salva falando ao nosso coração a partir do seu sagrado Coração) nos ensina, escreve o Papa Francisco, que “perante o Coração de Jesus vivo e atual, o nosso intelecto, iluminado pelo Espírito, compreende as palavras de Jesus” (27). E isso tem consequências sociais, porque o mundo pode mudar “a partir do coração” (28).

“Gestos e palavras de amor”

O segundo capítulo é dedicado aos gestos e palavras de amor de Cristo. Os gestos com os quais nos trata como amigos e mostra que Deus “é proximidade, compaixão e ternura” são vistos em seus encontros com a Samaritana, com Nicodemos, com a prostituta, com a mulher adúltera e com o cego no caminho (35). Seu olhar, que “perscruta as profundezas do seu ser” (39), mostra que Jesus “está atento às pessoas, às suas preocupações, ao seu sofrimento” (40). De tal forma “que admira as coisas boas que encontra em nós”, como no centurião, mesmo que os outros as ignorem (41). Sua palavra de amor mais eloquente é ser “pregado numa cruz” (46), depois de chorar por seu amigo Lázaro e sofrer no Jardim das Oliveiras, ciente de sua própria morte violenta “nas mãos daqueles que tanto amava” (45).

O mistério de um coração que amou tanto

No terceiro capítulo, “Este é o coração que tanto amou”, o Pontífice recorda como a Igreja reflete e refletiu no passado “sobre o santo mistério do Coração do Senhor”. Ele faz isso fazendo referência à Encíclica Haurietis aquas, de Pio XII, sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (1956). Ele deixa claro que “a devoção ao Coração de Cristo não é o culto a um órgão separado da Pessoa de Jesus”, porque adoramos a “Jesus Cristo por inteiro, o Filho de Deus feito homem, representado numa imagem sua em que se destaca o seu coração” (48). A imagem do coração de carne, ressalta o Papa, nos ajuda a contemplar, na devoção, que “o amor do coração de Jesus não compreende somente a caridade divina, mas se estende aos sentimentos do afeto humano” (61). Seu Coração, prossegue Francisco citando Bento XVI, contém um “tríplice amor”: o amor sensível do seu coração físico “e o seu duplo amor espiritual, o humano e o divino” (66), no qual encontramos “o infinito no finito” (64).

O Sagrado Coração de Jesus é um compêndio do Evangelho

As visões de alguns santos, particularmente devotos do Coração de Cristo, ressalta Francisco, “são belos estímulos que podem motivar e fazer muito bem”, mas “não são algo em que os crentes sejam obrigados a acreditar como se fossem a Palavra de Deus”. Em seguida, o Papa lembra com Pio XII que não se pode dizer que este culto “deve a sua origem a revelações privadas”. Aliás, “a devoção ao Coração de Cristo é essencial para a nossa vida cristã, na medida em que significa a nossa abertura, cheia de fé e de adoração, ao mistério do amor divino e humano do Senhor, até ao ponto de podermos voltar a afirmar que o Sagrado Coração é um compêndio do Evangelho” (83). O Pontífice nos convida, então, a renovar a devoção ao Coração de Cristo também para combater as “novas manifestações de uma ‘espiritualidade sem carne’” que estão se multiplicando na sociedade (87). É necessário retornar à “síntese encarnada do Evangelho” (90) diante de “comunidades e pastores concentrados apenas em atividades exteriores, em reformas estruturais desprovidas de Evangelho, em organizações obsessivas, em projetos mundanos, em reflexões secularizadas, em várias propostas apresentadas como requisitos que, por vezes, se pretendem impor a todos” (88).

A experiência de um amor “que dá de beber”

Nos dois últimos capítulos, o Papa Francisco destaca os dois aspectos que “a devoção ao Sagrado Coração deve reunir hoje para continuar a alimentar-nos e a aproximar-nos do Evangelho: a experiência espiritual pessoal e o compromisso comunitário e missionário” (91). No quarto, “O amor que dá de beber”, relê as Sagradas Escrituras e, com os primeiros cristãos, reconhece Cristo e seu lado aberto em “aquele a quem trespassaram”, a quem Deus se refere na profecia do livro de Zacarias. Uma fonte aberta para o povo, para saciar a sede do amor de Deus, “para a purificação do pecado e da impureza” (95). Vários Padres da Igreja mencionaram “a chaga no lado de Jesus como a origem da água do Espírito”, sobretudo Santo Agostinho, que “abriu o caminho para a devoção ao Sagrado Coração como lugar de encontro pessoal com o Senhor” (103). Esse lado trespassado, recorda o Papa, “assumiu gradualmente a forma do coração” (109), e enumera várias santas mulheres que “relataram experiências de encontro com Cristo, caracterizado pelo repouso no Coração do Senhor” (110). Entre os devotos dos tempos modernos, a Encíclica fala, em primeiro lugar, de São Francisco de Sales, que representa a sua proposta de vida espiritual com um “coração trespassado por duas flechas, encerrado numa coroa de espinhos” (118)

As aparições a Santa Margarida Maria Alacoque

Sob a influência dessa espiritualidade, Santa Margarida Maria Alacoque relata as aparições de Jesus em Paray-le-Monial, entre o fim de dezembro de 1673 e junho de 1675. O núcleo da mensagem que nos é transmitida pode ser resumido nas palavras que Santa Margarida ouviu: “Eis aqui este Coração que tanto tem amado os homens, que a nada se tem poupado até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor” (121).

Teresa de Lisieux, Inácio de Loyola e Faustina Kowalska

De Santa Teresa de Lisieux, o documento recorda o fato de chamar Jesus de “Aquele cujo coração batia em uníssono com o meu” (134) e suas cartas à Irmã Maria, que ajudam a não concentrar a devoção ao Sagrado Coração “no âmbito da dor”, como o daqueles que entendiam a reparação como uma espécie de “primado dos sacrifícios”, mas na confiança “como a melhor oferta, agradável ao Coração de Cristo” (138). O Pontífice jesuíta também dedica algumas passagens da Encíclica ao lugar do Sagrado Coração na história da Companhia de Jesus, enfatizando que, em seus Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loyola propõe ao exercitante “entrar no Coração de Cristo” em um diálogo de coração para coração. Em dezembro de 1871, o Padre Beckx consagrou a Companhia ao Sagrado Coração de Jesus e o Padre Arrupe voltou a fazê-lo em 1972 (146). As experiências de Santa Faustina Kowalska, recorda-se, repropõem a devoção “colocando uma forte ênfase na vida gloriosa do Ressuscitado e na misericórdia divina” e, motivado por elas, São João Paulo II também “relacionou intimamente a sua reflexão sobre a misericórdia com a devoção ao Coração de Cristo” (149). Falando da “devoção da consolação”, a Encíclica explica que, diante dos sinais da Paixão conservados pelo coração do Ressuscitado, é inevitável “que o fiel queira responder” também “à dor que Cristo aceitou suportar por causa de tanto amor” (151). E pede “que ninguém ridicularize as expressões de fervor devoto do santo povo fiel de Deus, que na sua piedade popular procura consolar Cristo” (160). Pois que, então, “desejando consolá-lo, saímos consolados” e assim “também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação” (162).


A devoção ao Coração de Cristo nos envia aos irmãos

O quinto e último capítulo, “Amor por amor”, aprofunda a dimensão comunitária, social e missionária de toda autêntica devoção ao Coração de Cristo, que, ao mesmo tempo que “nos conduz ao Pai, envia-nos aos irmãos” (163). De fato, o amor aos irmãos é o “maior gesto que possamos oferecer-lhe para retribuir amor por amor” (167). Olhando para a história da espiritualidade, o Pontífice recorda que o empenho missionário de São Charles de Foucauld fez dele um “irmão universal”: “deixando-se plasmar pelo Coração de Cristo, quis abraçar no seu coração fraterno toda a humanidade sofredora” (179). Francisco fala então de “reparação”, como explicava São João Paulo II: “entregando-nos em conjunto ao Coração de Cristo, ‘sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e pela violência, poderá ser construída a civilização do amor tão desejada, o Reino do Coração de Cristo’” (182).

A missão de fazer o mundo se apaixonar

A Encíclica recorda novamente com São João Paulo II que “a consagração ao Coração de Cristo ‘deve ser aproximada à ação missionária da própria Igreja, porque responde ao desejo do Coração de Jesus de propagar no mundo, através dos membros do seu Corpo, a sua total dedicação ao Reino’. Por conseguinte, através dos cristãos, ‘o amor difundir-se-á no coração dos homens, para que se construa o Corpo de Cristo que é a Igreja e se edifique uma sociedade de justiça, de paz e de fraternidade’” (206). Para evitar o grande risco, sublinhado por São Paulo VI, de que na missão “se digam e façam muitas coisas, mas não se consiga promover o encontro feliz com o amor de Cristo” (208), precisamos de “missionários apaixonados, que se deixem cativar por Cristo” (209).

A oração de Francisco

O texto se conclui com a seguinte oração de Francisco: “Peço ao Senhor Jesus Cristo que, para todos nós, do seu Coração santo brotem rios de água viva para curar as feridas que nos infligimos, para reforçar a nossa capacidade de amar e servir, para nos impulsionar a fim de aprendermos a caminhar juntos em direção a um mundo justo, solidário e fraterno. Isto até que, com alegria, celebremos unidos o banquete do Reino celeste. Aí estará Cristo ressuscitado, harmonizando todas as nossas diferenças com a luz que brota incessantemente do seu Coração aberto. Bendito seja!” (220).

Alessandro Di Bussolo
Vatican News

Foto: pixabay

Confira o 8º episódio do podcast sobre o Ano da Oração: Cantores da Esperança.

Entrevista com o padre Valdomiro Rodrigues da Silva, pároco da Paróquia São Pedro e São Paulo, de Cambé, mestre em Mariologia, sobre o oitavo volume dos Cadernos sobre a Oração: A Oração de Maria e das Santas que a encontraram, escrito pela irmã Catherine Aubin.

Produção: Arquidiocese de Londrina e Rádio Alvorada.

Confira o 7º episódio do podcast sobre o Ano da Oração: Cantores da Esperança.

Entrevista com o padre Wendel Perre dos Santos, reitor do Seminário Filosófico Dom Albano Cavallin, mestre em Liturgia e em Cristologia, sobre o sexto volume dos Cadernos sobre a Oração: A Igreja em Oração, dos monges cartuxos.


Produção: Arquidiocese de Londrina e Rádio Alvorada.

A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), está unida ao pedido do Papa Francisco para rezar todos os dias pela segunda etapa do Sínodo sobre a Sinodalidade. Desde ontem, tem sido promovidas iniciativas de oração com a intenção do Sínodo que reúne bispos, padres, religiosos e religiosas e leigos e leigas de todo o mundo para refletir propostas para uma Igreja cada vez mais “sinodal em missão”.

Liturgia das Horas

Na terça-feira, 1º de outubro, o analista de comunicação Antônio Marcos Farias conduziu uma live no Instagram da CNBB com a oração da Liturgia das Horas. Além de recordar o encerramento do Mês da Bíblia, no dia anterior, o momento de oração teve como intenção o Sínodo, os bispos que estão participando e o Papa Francisco.

Momento diário

Nesta quarta-feira, 2 de outubro, o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Leandro Megeto, iniciou a reunião da Avaliação Gerencial Mensal (AGM), com a participação dos coordenadores de departamentos do Secretariado Geral, rezando na intenção do Sínodo. A intenção é promover, durante a realização  diariamente, um momento orante voltado para a Assembleia Sinodal.

“O Papa tem pedido que toda a Igreja entre em comunhão de oração pelo Sínodo. Eu gostaria de começar essa reunião da AGM com a mensagem do Papa e depois rezando juntos a mesma oração que os padres sinodais rezaram hoje de manhã na abertura do Sínodo”, propôs.

Foi exibido vídeo com o pedido de oração feito pelo Papa e, em seguida, os participantes rezaram a Oração pelo Sínodo Adsumus Sancte Spiritus“. Na sequência, foi rezado o Salmo 126. Padre Leandro convidou à meditação individual e rogou que as luzes do Espírito “suscitem reflexões, conversas, partilhas que favoreçam toda a evangelização no mundo”.

Oração pelo Sínodo e súplica pela Paz no mundo

Na CNBB, o padre Leandro anunciou que todos os dias às 11h50, na capela Nossa Senhora Aparecida haverá um momento de oração pelo Sínodo. O momento vai seguir a liturgia proposta pelo aplicativo “Reza pelo Sínodo em Click to Pray”.  O momento será transmitido pelas redes sociais da Conferência. Através da oração, a plataforma convida a acompanhar a Igreja neste período de assembleia. Na segunda-feira, 7, a CNBB se unirá, às 11h30, na capela Nossa Senhora Aparecida, com a oração do terço em torno da suplica pela paz no mundo convocada pelo Papa Francisco.

Importância da oração para a unidade

A coordenadora da Secretaria Técnica da CNBB, irmã Flávia Luiza Gonçalves, da Congregação Discípulas do Divino Pastor, partilhou que a oração pelo sínodo, realizada em comunhão com os colaboradores coordenadores dos setores de trabalho da CNBB já no início da AGM, “é de grande importância, pois fortalece o espírito de unidade e discernimento na Igreja”.

“Através da oração, pedimos a orientação do Espírito Santo para que os participantes do sínodo tomem decisões sábias e inspiradas, buscando sempre o bem comum e o fortalecimento da fé e cumprimento da missão”, afirmou.

A religiosa também destacou que esse momento de oração conjunta reforça a dimensão comunitária da Igreja, “lembrando-nos que somos todos corresponsáveis na missão de construir uma Igreja mais sinodal, participativa e inclusiva”.

O coordenador do Departamento de Contabilidade da CNBB, Rodson Souza, considera muito importante a iniciativa de oração dos colaboradores da CNBB pelo Papa, os bispos, e os leigos que estão em Roma participando do Sínodo. “Isso ajuda na evangelização e na mudança da Igreja, para que o Espírito Santo haja junto com os bispos para que tenham suas decisões conduzidas por Deus”.

Convite à oração

Em vídeo, o Papa convidou os fiéis católicos a rezarem com ele todos os dias, “juntamente com todos aqueles que participam na Assembleia Sinodal”. Ele partilhou que é possível fazer isso pela plataforma da Rede Mundial de Oração, Click To Pray, uma plataforma digital presente em 89 países e que procura mobilizar os católicos através da oração e da ação diante dos desafios da humanidade e da missão da Igreja.

Para o Sínodo, são duas iniciativas compartilhadas pela Rede Mundial de Oração do Papa. A primeira é “Reza pelo Sínodo em Click to Pray”. Através da oração, a plataforma convida a acompanhar a Igreja neste período de assembleia, pedindo os dons da escuta e do discernimento, para poder avançar em conjunto no caminho da fé. E a segunda é a Campanha de Oração “Adote um sinodal” (#prayforthesynod): ao inserir o e-mail, a plataforma designa o nome de um dos mais de 350 membros do Sínodo para que seja acompanhado por orações e guiado pelo Espírito Santo até o encerramento da assembleia em 27 de outubro.

A segunda e última sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade começou nesta quarta-feira, 2 de outubro, em Roma. Em véspera dos trabalhos, o Pontífice pediu comunhão em oração de 2 a 27 de outubro: “convido a rezar comigo todos os dias, juntamente com todos aqueles que participam na Assembleia Sinodal que começa amanhã. Também podemos fazer isso pela plataforma da Rede Mundial de Oração, Click To Pray. Conto com vocês!”.

O Papa Francisco fez um convite especial na terça-feira, 1° de setembro, através da sua conta oficial na rede social X. Diz a mensagem:

“Convido-vos a rezar comigo todos os dias, juntamente com todos aqueles que participam na Assembleia Sinodal que começa amanhã. Também podemos fazer isso pela plataforma da Rede Mundial de Oração, Click To Pray. Conto com vocês!”

A plataforma digital sugerida pelo Papa Francisco está presente em 89 países e procura mobilizar os católicos através da oração e da ação diante dos desafios da humanidade e da missão da Igreja. Em especial, duas iniciativas estão sendo compartilhadas pela Rede Mundial de Oração do Papa. A primeira é “Reza pelo Sínodo em Click to Pray”. Através da oração, a plataforma convida a acompanhar a Igreja neste período de assembleia, pedindo os dons da escuta e do discernimento, para poder avançar em conjunto no caminho da fé. E a segunda é a Campanha de Oração “Adote um sinodal” (#prayforthesynod): ao inserir o e-mail, a plataforma designa o nome de um dos mais de 350 membros do Sínodo para que seja acompanhado por orações e guiado pelo Espírito Santo até o encerramento da assembleia em 27 de outubro.

O convite do Papa, assim, reforça o pedido já feito pelo cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, durante a apresentação da segunda sessão da assembleia em coletiva de imprensa em setembro, para que todos os fiéis e as comunidades religiosas, de modo especial as de vida contemplativa, rezem “para que os membros da Assembleia possam ser dóceis à voz do Espírito Santo”. Inclusive durante os trabalhos haverá “uma alternância de momentos de oração pessoal, de diálogo e de comunhão entre nós, de comunhão fraterna na escuta e no amor recíproco e de comunhão na oração”, confirmou o cardeal.

Igreja do Brasil em oração pelo Sínodo

Atentos ao pedido do Papa Francisco, a partir desta quinta-feira, 3 de outubro, de segunda a sexta, às 11h45, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fará um momento de oração pela segunda sessão do Sínodo dos Bispos, ao vivo, pelo seu perfil no instagram: @cnbbnacional.Participe e reze conosco!

O Sínodo dos Bispos

A segunda e última sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade começa nesta quarta-feira, 2 de outubro, em Roma. Um retiro espiritual de dois dias, guiado pelas meditações do Pe. Dominicano Timothy Radcliffe e pela Ir. Ignazia Angelini, precede os trabalhos que seguem até o dia 27 de outubro. A grande novidade foi a celebração penitencial na Basílica de São Pedro presidida pelo Papa Francisco na terça-feira, 1º de outubro, com o testemunho de três vítimas que sofreram com abusos, guerra e com a indiferença da sociedade em migrante. Já na noite de 11 de outubro, também no Vaticano, na Praça dos Protomártires, onde, segundo a tradição, ocorreu o martírio de Pedro, será realizada uma oração ecumênica com a presença do Pontífice. A data pretende recordar a abertura, no mesmo dia de 62 anos atrás, do Concílio Vaticano II. Em 21 de outubro haverá mais um dia de retiro espiritual em vista do discernimento sobre a redação do esboço do documento final.

Os trabalhos da assembleia serão orientados pelo texto-base do Instrumentum Laboris (IL) publicado no início de julho, inclusive em português. O documento – estruturado em cinco partes – está em continuidade com todo o processo sinodal iniciado em 2021 e apresenta propostas para uma Igreja cada vez mais “sinodal em missão”, mais próxima do povo, menos burocrática e na qual todos os batizados participem de sua vida. Entre os pontos de reflexão estão a valorização da mulher e a necessidade de transparência e prestação de contas.

Acompanhe as notícias do Sínodo – Aqui

CNBB

Com informações: vaticannews.va

Foto: Vatican Media

No sábado, 28 de outubro, foi realizada mais uma formação do grupo de catequistas que estão se preparando para a instituição do Ministério do Catequista. O tema foi Oração: o catequista educa para dialogar com Deus, assessorado pela irmã Luciana de Almeida, ISSM. O encontro terminou com um momento de oração pessoal.  

O grupo é formado por cerca de 80 pessoas, que serão os primeiros catequistas na Arquidiocese de Londrina a serem instituídos com o Ministério do Catequista, instaurado pelo Papa Francisco em 2021. O próximo encontro será no dia 19 de outubro sobre a dimensão sócio-transformadora da Igreja, ministrado pelo padre Altair Manieri, pároco da Paróquia Santa Cruz, Decanato Norte.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Ernani Roberto

Confira o 5º episódio do podcast sobre o Ano da Oração: Cantores da Esperança.

Entrevista com o padre Marcio França, doutor em Direito Canônico, pároco da Paróquia Rainha do Universo, em Londrina, sobre o quarto volume dos Cadernos sobre a Oração: Rezar com os Santos e os Pecadores, do padre Paul Brendan Murray.

Produção: Arquidiocese de Londrina e Rádio Alvorada.

Por ocasião do 4º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa Francisco no quarto domingo de julho, e que terá como tema “Na velhice não me abandones”, a Penitenciaria Apostólica concede “indulgência plenária nas consuetas condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice) aos avós, aos idosos e a todos os fiéis que, motivados por um autêntico espírito de penitência e caridade, participarem no dia 28 de julho de 2024”, “nos vários serviços que se realizam em todo o mundo”. É o que estabelece um decreto assinado pelo penitencieiro-mor, cardeal Angelo De Donatis.

A indulgência plenária, concedida, atendendo ao pedido do cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, a fim de “aumentar a devoção entre os fiéis e para a salvação das almas”, pode também “ser aplicada como sufrágio pelas almas do Purgatório” e é também concedida aos fiéis que no dia 28 de julho “dedicarem tempo adequado para visitar irmãos idosos necessitados ou em dificuldade (como os doentes, as pessoas solitárias, as pessoas com deficiência…)”. O decreto também especifica que poderão igualmente lucrar a Indulgência Plenária, “pressupostos o desapego a qualquer pecado e a intenção de cumprir assim que possível as três consuetas condições, os idosos doentes e todos os que, impossibilitados de sair de casa por grave motivo, unirem-se espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial, oferecendo a Deus Misericordioso as suas orações, dores e sofrimentos da própria vida, principalmente quando as várias celebrações forem transmitidas pelos meios de comunicação social”.

Para que “a oportunidade de alcançar a graça divina” possa ser mais facilmente concretizada “através da caridade pastoral”, a Penitenciaria Apostólica pede firmemente “aos sacerdotes, munidos das oportunas faculdades para ouvir as confissões, que se mostrem disponíveis, com espírito pronto e generoso, para a celebração da Penitência”.

A indulgência plenária devolve os fiéis, desde que preenchidos os requisitos ou condições, ao estado em que se encontravam ao receber o batismo, de modo que se morrerem, vão diretamente para o Céu, sem passar pelo purgatório onde são pagas as penas temporais que mesmo a absolvição dos pecados não elimina.

Vatican News
Foto: Vatican Media

Atendendo à proposta apresentada pelo Regional Sul 2 da CNBB, para que as dioceses do Paraná produzissem materiais e encontros em preparação ao Jubileu 2025, a Arquidiocese de Londrina estreia, nesta quinta-feira (18), o podcast Ano da Oração. Serão nove episódios, exibidos quinzenalmente, até novembro. No primeiro, o arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz, é o entrevistado. O tema é a bula papal de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025.

O objetivo, explica dom Geremias, é “tentar colocar a Igreja, o nosso povo, dentro desse espírito que o Papa Francisco quer ao convocar o Jubileu do ano que vem e declarar o ano de 2024 como o Ano de Oração”. O Jubileu é um momento importante na vida da Igreja e por isso a indicação do Papa para que todos os fiéis intensifiquem as orações. “O Papa acha que de fato nós devemos rezar por esses grandes objetivos e colocar a humanidade, colocar a Igreja nesse campo da oração para que o ano que vem possa de fato produzir os seus frutos.”

Gravação do primeiro episódio do podcast Ano da Oração

Os oito episódios seguintes vão tratar dos Cadernos sobre a Oração publicados pelo Dicastério para a Evangelização, a partir de entrevistas com padres da Arquidiocese de Londrina.

A Rádio Alvorada, emissora da Arquidiocese de Londrina, também participa da produção do podcast Ano da Oração. “Esse podcast é um instrumento de evangelização essencial porque muitas pessoas não vão acabar pegando todos os livretos, que são muitos, sobre esse Ano da Oração. Muitas pessoas acabam não tendo a oportunidade de ler todos esses livros então com esse podcast nós vamos alcançar muitas pessoas”, destaca o diretor da emissora, padre Jefferson Bassetto.

O podcast Ano da Oração é produzido pela jornalista da Arquidiocese de Londrina, Juliana Mastelini Moyses. As entrevistas são conduzidas por Juliana e pela jornalista da Rádio Alvorada, Renata de Paula, com trabalhos técnicos de Edegar Vieira e Weverton Gasparini. O podcast estará disponível em todas as plataformas de áudio e nas redes sociais da Arquidiocese de Londrina e da Rádio Alvorada.

Renata de Paula
Rádio Alvorada

Foto: Pixabay e divulgação