HISTÓRICO

Desde o ano de 2014, a Igreja do Paraná mantém uma missão ad gentes no país da Guiné-Bissau, na África. Desde então, vários missionários já foram enviados para viver entre o povo,testemunhar a fé em Jesus Cristo, formar novos cristãos e colaborar para que eles tenham condições mais dignas de viver.

Nossa missão, que leva o nome: São Paulo VI, atua em três âmbitos: EVANGELIZAÇÃO, SAÚDE E EDUCAÇÃO. Muitos passos já foram dados quanto a evangelização e a saúde,agora chegou a vez de darmos os primeiros passos na área da educação.

Em Quebo, sede da Missão, há muitas crianças que não vão para a escola, por isso, a Missão quer oferecer a oportunidade para que elas tenham um futuro melhor e possam ser protagonistas na construção de uma sociedade melhor.

Educar é compromisso da nossa Missão na África, Missão que é de responsabilidade de todos nós aqui no Paraná: Bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas e cristãos leigos e leigas. 

Contamos com você!

 


 

UMA AÇÃO MISSIONÁRIA PARA CONSTRUIR UMA ESCOLA

Para que a Missão Católica São Paulo VI possa atuar no âmbito da educação, vai ser preciso dar as condições necessárias. A primeira é a construção de um espaço, ou seja, de uma escola para as crianças. A segunda, a elaboração de um plano pedagógico e a terceira a formação inicial e constante de educadores guineenses que possam levar adiante essa missão.

Para a elaboração do plano pedagógico, já estamos contanto com a ajuda voluntária de vários profissionais da educação aqui do Brasil e também das missionárias que lá estão. Porém, para a construção da escola, precisaremos dos recursos financeiros, por isso queremos contar com a sua ajuda, lembrando que todos nós, pelo Batismo, somos missionários e vivemos isso de três formas: INDO EM MISSÃO, REZANDO E AJUDANDO FINANCEIRAMENTE A MISSÃO.

Então, queremos envolver toda a Igreja do Paraná no projeto de construção da escola, desta forma também estamos fortalecendo a consciência missionária de nossa Igreja. E não esqueça: todo aquele que ajuda a Missão recebe a recompensa do missionário.


 

PROTAGONISTAS DA AÇÃO MISSIONÁRIA

Os protagonistas da Ação Missionária serão os estudantes que, consequentemente, são nossas crianças, adolescentes e jovens que estão na CATEQUESE, que fazem parte da INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA e de outros GRUPOS JUVENIS.

Não é a primeira vez que a missão conta com a ajuda desses protagonistas, que já ajudaram a construir um poço artesiano para a missão e também a enviar 25 mil bíblias para a Igreja da Guiné-Bissau.


 

A CARTILHA DA AÇÃO MISSIONÁRIA

Todas as Arquidioceses e Dioceses do Paraná receberão, gratuitamente, uma cartilha de animação missionária.

Essa cartilha contém:

  • Um encontro de animação missionária;
  • Atividades pedagógicas;
  • Um imã de geladeira, com o QR Code que direciona ao site da Missão, onde é possível acompanhar o andamento da construção da escola;
  • Um envelope, com o qual as crianças e jovens vão realizar o gesto concreto em prol da Missão, conseguindo recursos para a construção da escola.

Assista o vídeo de apresentação da Cartilha:

 


 

LANÇAMENTO DA AÇÃO MISSIONÁRIA E DURAÇÃO

A Ação Missionária: ESCOLA PARA A MISSÃO SÃO PAULO VI foi lançada durante a 40ª Assembleia do Povo de Deus, que aconteceu em Curitiba (PR), nos dias 20 a 22 de setembro de 2019, com a presença dos Arcebispos e Bispos do Regional Sul 2, dos padres coordenadores da Ação Evangelizadora nas Arqui/Dioceses, dos coordenadores regionais de Pastorais, Organismos e Movimentos.

A Missão Católica São Paulo VI é de responsabilidade de toda a Igreja do Paraná, por isso todos nós seremos construtores dessa escola, que pode garantir um futuro melhor para nossos irmãos guineenses!

CONFIRA O VÍDEO COM ALGUNS MOMENTOS DO LANÇAMENTO:


 

TIRE SUAS DÚVIDAS

Tem alguma dúvida sobre a Ação Missionária? Entrar em contato pelo telefone (43) 3371-3141 – Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Londrina

 

CNBB Regional Sul 2

Na live de hoje, 25 de outubro, no Facebook, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, falou das expectativas para a aprovação e acolhida do documento final do Sínodo para a Amazônia que se encerra no próximo domingo, 27 de outubro, com celebração na basílica de São Pedro, no Vaticano.

 

“O Sínodo não acaba com a conclusão no próximo domingo. É a partir disto que, de fato, vai começar”, disse. Dom Walmor também falou dos desafios que se abrem para a Igreja a partir do Sínodo que ele definiu “como um tempo novo, um momento muito propício e fecundo para a missionariedade de nossa Igreja”.

 

Dom Walmor diz que este momento expressa, desde o Concílio Vaticano II, o caminho de uma Igreja Sinodal, isto é “uma Igreja que escuta o seu Deus, escuta o seu Evangelho, os clamores dos pobres e escuta uns aos outros no diálogo”. Por isto, afirma o presidente da CNBB, o Sínodo é um exemplo do que deve ser seguido por toda Igreja particular, toda diocese, toda paróquia e comunidade como um lugar de escuta.

 

“Quando a gente escuta a ação muda. Porque os clamores tocam, as palavras iluminam e do coração brota um novo modo da gente viver e compreender”, disse. O arcebispo disse que quando perguntarem a ele como foi o Sínodo, ele dirá: “uma riqueza eclesial da mais alta importância. Um grande dom de Deus que todos aqueles que participamos somos chamados e desafiados a fazer com que toda esta riqueza se desdobre em serviço”.  Acompanhe, abaixo, a íntegra do que disse o religioso na live de hoje.

 

Conclusões, expectativas e desdobramentos do Sínodo

“Com muita alegria, desejo a todos saúde e paz. E essa mesma alegria de compartilhar Esperanças para fecundar o caminho nosso como Igreja missionária presente em todo lugar por meio de cada um de nós para que o Evangelho de Jesus chegue nos corações. Nós estamos naturalmente cheios de expectativas, esperançosos, depois de se ter reunido, de todos os grupos, importantes contribuições ao documento final. Vamos recebê-lo na tarde/noite de hoje. Teremos o tempo para ler. E amanhã, sábado, 26 de outubro, teremos a Congregação Geral para votação.

 

Cada um de nós procurou contribuir. O Santo Padre muito bem nos acolheu e nos conduziu neste caminho. Sobretudo, conduzidos pela ação do Espírito Santo que fecunda nossos corações chamados a encontrar sempre novos caminhos para Amazônia para a Igreja no mundo inteiro. E de modo muito especial nos deixando desafiar por esse horizonte da ecologia integral porque precisamos urgentemente de uma nova postura na Casa Comum. Eu gostaria de dizer que o Sínodo para a Amazônia, como outros momentos vividos pela Igreja, comprova o que nós professamos como fé: “quem conduz a Igreja é o Espírito Santo de Deus”. Nós somos servidores, e portanto, abertos à sua ação.

 

As críticas foram muitas por falta adequado entendimento, o que é lamentável. Mas muito se fez para ajudar muitas pessoas a compreender a importância da experiência eclesial do Sínodo para a Amazônia. Houve abertura. E sobretudo na experiência dos participantes: bispos, padres, diáconos, cristãos leigos, indígenas, peritos, auditores, todos com o olhar voltado para o bem, como devemos ser como Igreja, e abertos à ação do Espírito Santo.

 

Poderemos, tenho certeza, depois de altos e baixos e de buscas, oferecer ao Santo Padre aquilo que ele vai nos dar como grandes orientações para o novo que buscamos. Tudo isto, só é possível porque somos a Igreja de Jesus Cristo. Por isto mesmo, é preciso convidar a todos para viver esta comunhão porque é ela que nos faz dar os passos na direção certa, mesmo quando muitas vezes parecer que estamos andando na sombra, no escuro, ou até em meio a altos e baixos”.

O Sínodo e as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil

“Nós vamos encontrar na experiência deste Sínodo, de fato, um grande dom do Espírito Santo de Deus, fecundando a Igreja no mundo, particularmente na Amazônia, mas também de modo muito especial em nosso Brasil, quando nós estamos trabalhando no horizonte bonito das novas Diretrizes da Ação Evangelizadora para proclamar a Palavra, à luz da opção preferencial pelos pobres, formando comunidades missionárias e de modo muito especial ajudando nesta cultura urbana desafiadora que vivemos a criar uma nova mentalidade de trabalharmos e vivermos, de acordo com os valores do Evangelho, na Casa Comum”.

 

Novos caminhos para Igreja

“Portanto, estamos felizes. O caminho será longo. O Sínodo não acaba com a conclusão no próximo domingo com a celebração eucarística na basílica de São Pedro. É a partir disto que o Sínodo, de fato, vai começar depois da longa etapa de preparação de dois anos e de quase um mês intenso de trabalho. Então quando o Santo Padre nos indicar o caminho, vamos começar um caminho novo. E, eu tenho certeza, muito propício e fecundo para a missionariedade de nossa Igreja. É um novo tempo, um novo momento. Uma Igreja é sempre brindada pela força do seu Espírito Santo”.

 

Esperança pós-sínodo

“Estamos falando que somos chamados, pela nossa experiência de fé, a depositar em nosso Deus. É nele que confiamos porque somos d’Ele. D’Ele viemos, para Ele estamos voltando. É ele quem nos conduz. Por isto, a Igreja está no coração do mundo, ela não é um clube de amigos, não é uma organização não governamental, não é uma instância qualquer. A Igreja é a congregação dos filhos e filhas de Deus, como povo de Deus, abertos neste caminho. Há, portanto, a estrela desta esperança. Nós estamos voltados para o Reino definitivo a caminho do qual nós estamos. É esta nossa esperança. Uma esperança que ilumina e se desdobra, é claro, para que nossa fé seja autêntica num grande compromisso com a vida! A vida em todas as suas etapas, desde a concepção até o momento último, no declínio com a morte natural. E por isto mesmo, nos debruçamos sobre os mais pobres, ouvindo os clamores daqueles que estão sofrendo, porque nós temos que cuidar da vida e promove-la. É desta Esperança que falamos porque está selada por Cristo, Salvador do mundo, que morre na cruz e ressuscita para nos salvar. É esta Esperança que nos ilumina e nos faz como cristãos. Embora não tenhamos aqui a nossa Pátria definitiva estamos a trabalhar para que enquanto nesta Pátria terrena caminhamos possamos fazer dela um lugar bonito de amor e de fraternidade. A Igreja é um grande instrumento de salvação neste caminho e sempre como sinal de esperança.

 

Experiência de participar do Sínodo

“Eu agradeço a Deus por esta rica e desafiadora oportunidade de ter participado da preparação para o Sínodo, inclusive participando de um encontro com todos os padres Sinodais e peritos da Amazônia, porque nós no Brasil como Igreja e como sociedade, como eu tenho dito, precisamos “tomar um banho” de Amazônia para conhecer a sua riqueza, as suas tradições, seus povos, a beleza da Igreja e seus desafios missionários. Portanto, aqui foi uma oportunidade de fortalecer esta convivência, de escutar muito, porque a experiência Sinodal é uma experiência de escuta e quando a gente escuta a ação muda. Porque os clamores tocam, as palavras iluminam e do coração brota um novo modo da gente viver e compreender.

 

Por isto, ao me perguntarem como foi o Sínodo, terei a oportunidade de dizer: uma riqueza eclesial da mais alta importância. Um grande dom de Deus que todos aqueles que participamos somos chamados e desafiados a fazer com que toda esta riqueza se desdobre em serviço. Eu estou muito feliz por isto e tenho certeza que o Sínodo da Amazônia será uma grande riqueza fecundando o caminho missionário da Igreja no Brasil.

 

Por isto, me torno porta voz e servidor deste caminho como Igreja. E como primeiro servidor na presidência da CNBB que tem uma grande importância e que é o lugar de fecundar esta beleza bonita da colegialidade e da fraternidade entre os bispos de modo que fortalecidos, e colocando em comum coisas muito bonitas, possamos dar a beleza do caminho próprio de cada Igreja particular. Esta é uma grande riqueza e isto enche o coração de alegria e de gratidão”.

 

O aprendizado de ser uma Igreja sinodal

“Ao falar de Sínodo é importante pensar que o Concílio Vaticano II abriu este caminho para que a nossa Igreja seja sinodal, isto é uma Igreja que escuta, escuta o seu Deus, escuta o seu Evangelho, os clamores dos pobres, escuta uns aos outros. O Papa Francisco tem dito que é muito importante que, no tempo atual, na contemporaneidade, sermos uma Igreja sinodal, uma Igreja que escuta. Escutando é que nós podemos, de fato, deixar que o Espírito Santo fecunde o nosso caminho. Por isto, o Sínodo é um exemplo do que deve ser seguido toda Igreja particular, toda diocese, toda paróquia e comunidade. Também sinodal. Um lugar de escuta: escuta de Deus, do Evangelho, dos clamores e dos sofrimentos dos pobres e escuta uns dos outros no diálogo.

 

E foi isto que aqui experimentamos, com alegria. Posições diferentes, contribuições enriquecidas. Mas tudo na perspectiva bonita do amor de Deus e do serviço como Igreja. É por isto que nossa Igreja caminha e se torna forte. E ela será cada vais mais forte na medida em que for mais sinodal, portanto será fortalecida na comunhão, fiel às suas tradições, fiel ao seu Evangelho e fiel a tudo aquilo que é o tecido intocável da beleza mistérica da nossa Igreja. O Sínodo nos fortaleceu e por isto temos que fazer este caminho e que seja exemplar e um grande convite a todos participarem”.

 

Português como idioma no evento

“Eu fico muito feliz com o fato de o português, pela primeira vez, ser uma das línguas mais faladas num evento como o Sínodo porque é muito importante que todos os órgãos centrais da Igreja reconheçam a importância do português. Exatamente porque somos uma das maiores nações católicas do mundo, com uma conferência episcopal de grandíssima importância, um povo com riquezas e tradições muito bonitas. E juntando com outros povos que são também lusófanos, somos um grande grupo.

 

Por isto, é preciso que o português seja reconhecido nas transmissões e nos momentos. Isto tem crescido muito e o Sínodo de fato se tornou uma oportunidade para consolidar esta perspectiva. Inclusive porque grande parte da região Pan-Amazônia pertence ao Brasil, como mais de 20 milhões de habitantes e, portanto, esta é uma oportunidade bonita de consolidar o português e ao falar da língua nos remetemos a sistemas, tradições e valores”.

 

Presença do Papa

“O Papa Francisco é um homem de Deus, é um homem bom. Sua presença é sempre sinodal: acolhe a todos e está no meio de todos como aquele que serve e escuta. Também contribui. Cria um sentido muito profundo de família. Uma força muito singular de paternidade e que traz todo mundo a participar e a dizer o que sente e pensa. Faz a diferença a presença acolhedora, amorosa, fraterna e paterna do Papa Francisco. Somos muito agradecidos a ele. Por isto, vamos viver uma experiência muito bonita de comunhão, de amor filial e de adesão ao Papa Francisco e assim nos fortalecer. Seja este o caminho de toda nossa Igreja para que se torne mais forte nesta união bonita com aquele que é o sinal da unidade de toda a nossa Igreja. Estamos juntos neste caminho com muito carinho e muita fidelidade”.

 

Visita da presidência da CNBB ao Santo Padre

“Como é habitual a presidência da CNBB fazer, a cada ano, uma visita à Cúria Romana, do dia 28 ao dia 31 de outubro, a nova presidência da CNBB (dom Jaime Spengler, dom Mário Antônio e dom Joel Amado e eu), estará visitando as diferentes Congregações e Dicastérios do Vaticano e o para ouvir, compartilhar e encontrar sempre novos caminhos. Este caminho será coroado pelo nosso encontro com o Papa Francisco. Um momento de a gente reafirmar nossa adesão, nossa comunhão e também compartilhar nossas preocupações, desafios e tudo que nós estamos vivendo e fazendo para ouvir a sua palavra e suas orientações. E, ao mesmo tempo, fazer o nosso abraço, que é um abraço seu e meu, de todo povo brasileiro e de todos nós que somos discípulos e discípulas de Jesus, nos fortalecendo neste caminho com muita alegria.

 

Desejamos que este trabalho de comunicação a partir do Vaticano nos inspire. Porque estamos procurando também estrategicamente trabalhar a comunicação na CNBB que precisa acontecer em cada diocese, em cada paróquia e comunidade por meio de nossos meios (rádios, tvs, redes sociais) para que possamos cumprir a nossa tarefa bonita que é o mandato que o senhor Jesus nos Deus: ide e fazei discípulos meus entre os povos. Portanto, pregando o Evangelho. É o que estamos fazendo com muita alegria e simplicidade. Não há alegria maior que ser discípulo e discípula de Jesus. Vamos juntos neste trabalho para que no lugar de notícias falsas e tudo aquilo que ofende a dignidade das pessoas e de juízos inadequados que muitas vezes são espalhados, possamos oferecer uma comunicação que educa, abre corações, informa na verdade, que forma e nos faz cada vez mais discípulos e discípulas de Cristo”.

CNBB

Nós, Bispos do Paraná, Regional Sul 2 da CNBB, reunidos em Assembleia em Curitiba entre os dias 19 e 20 de setembro de 2019, vimos a público manifestar nossa preocupação e solidariedade para com as famílias e comunidades, gente digna e laboriosa, que passam por sérias tensões e inseguranças, em função dos sucessivos mandados judiciais de reintegração de posse e da morosidade dos processos políticos e jurídicos, quanto à regularização e uso da terra onde vivem.

 

Nota dos Bispos do Paraná sobre a mediação de conflitos agrários

“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles serão saciados”(Mt 5,6).

 

Nós, Bispos do Paraná, Regional Sul 2 da CNBB, reunidos em Assembleia em Curitiba entre os dias 19 e 20 de setembro de 2019, vimos a público manifestar nossa preocupação e solidariedade para com as famílias e comunidades, gente digna e laboriosa, que passam por sérias tensões e inseguranças, em função dos sucessivos mandados judiciais de reintegração de posse e da morosidade dos processos políticos e jurídicos, quanto à regularização e uso da terra onde vivem.

Lembramos que “uma sociedade justa só pode ser realizada no respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Esta representa o fim último da sociedade, que a ela é ordenada” (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 132).

Estas famílias e comunidades estabeleceram-se, de boa fé, nessas terras, edificaram moradias, viabilizaram produção e comercialização de alimentos, cooperação e organização familiar do trabalho.

Conquistaram diversos benefícios sociais como instalação de energia elétrica, escolas e unidades de saúde, acenos de uma almejada futura regularização.Ressalte-se que a permanência destas famílias no campo reduz a concentração demográfica urbana e contribui para evitar o acirramento da violência e da miséria.

É de conhecimento público que muitos dos imóveis ocupados ajustam-se às condições jurídicas a serem regularizados pelo Programa de Reforma Agrária, nos termos da Constituição Federal.

Não escrevemos motivados por qualquer forma de partidarização. Baseamo-nos na doutrina que professamos. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica, n.1908 “cabe à autoridade servir de árbitro em nome do bem comum, entre os diversos interesses particulares.

Mas ela deve tornar acessível a cada um aquilo de que precisa para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação e cultura”.

Considerando que no Estado do Paraná contam-se, nesta situação,cerca de 7 mil famílias, o que representa 25 mil pessoas: homens, mulheres, idosos, adolescentes, crianças e pessoas com deficiência, por força do artigo 126 da Constituição Federal, apelamos ao egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná para que institua a “Vara de Conflitos Fundiários”, designando juízes de entrância especial, com competência jurisdicional, no intuito de dirimir os conflitos e encontrar vias de soluções jurídicas para as diversas áreas em processo de negociação.

Para além das áreas em conflito, em vista da segurança jurídica, esta Vara poderá encaminhar solução para muitas outras situações em que os agricultores se encontram privados do Título de Propriedade da terra, impedindo-lhes o acesso a financiamentos e outros programas de apoio governamental.

Com a união objetiva das Instâncias Jurídicas, do Governo Estadual, dos institutos e instituições de mediação de conflito agrário, potencializam-se as possibilidades de legalização e liberdade para as famílias continuarem morando e trabalhando na terra.

 

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Regional Sul 2 da CNBB

 

Dom José Antônio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba e Vice-Presidente da CNBB do Regional Sul 2 da CNBB

 

Dom Amilton Manoel da Silva
Bispo Auxiliar de Curitiba e Secretário da CNBB Regional Sul 2 da CNBB

 

Pe. Valdecir Badzinski
Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2 da CNBB

 

CNBB Regional Sul 2

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nota sobre a situação em que classifica de “absurdos incêndios” e outras criminosas depredações em curso na Amazônia. Estas atitudes, segundo o documento, requerem posicionamentos adequados. “É urgente que os governos dos países amazônicos, especialmente o Brasil, adotem medidas sérias para salvar uma região determinante no equilíbrio ecológico do planeta – a Amazônia. Não é hora de desvarios e descalabros em juízos e falas”, diz a nota.

No documento, a CNBB ressalta que Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, convocado pelo papa Francisco para outubro próximo, no cumprimento de sua tarefa missionária e da evangelização, é sinal de esperança e fonte de indicações importantes no dever de preservar a vida, a partir do respeito ao meio ambiente.

Confira, abaixo, a íntegra o documento:

 

Nota da CNBB 

O povo brasileiro, seus representantes e servidores têm a maior responsabilidade na defesa e preservação de toda a região amazônica. O Brasil possui significativa extensão desse precioso território, com o rico tesouro de sua fauna, flora e recursos hidrominerais. Os absurdos incêndios e outras criminosas depredações requerem, agora, posicionamentos adequados e providências urgentes. O meio ambiente precisa ser tratado nos parâmetros da ecologia integral, em sintonia com o ensinamento do Papa Francisco, na sua Carta Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado com a casa comum.

 

“Levante a voz pela Amazônia” é um movimento, agora, indispensável, em contraposição aos entendimentos e escolhas equivocados. A gravidade da tragédia das queimadas, e outras situações irracionais e gananciosas, com impactos de grandes proporções, local e planetária, requerem que, construtivamente, sensibilizando e corrigindo rumos, se levante a voz.

 

É hora de falar, escolher e agir com equilíbrio e responsabilidade, para que todos assumam a nobre missão de proteger a Amazônia, respeitando o meio ambiente, os povos tradicionais, os indígenas, de quem somos irmãos. Sem assumir esse compromisso, todos sofrerão com perdas irreparáveis.

 

O Sínodo dos bispos sobre a Amazônia, outubro próximo, em sintonia amorosa e profética com a convocação do Papa Francisco, no cumprimento da tarefa missionária e da evangelização, é sinal de esperança e fonte de indicações importantes no dever de preservar a vida, a partir do respeito ao meio ambiente.

 

“Levante a voz” para esclarecer, indicar e agir diferente, superar os descompassos vindos de uma prolongada e equivocada intervenção humana, em que predomina a “cultura do descarte” e a mentalidade extrativista. A Amazônia é uma região de rica biodiversidade, multiétnica, multicultural e multirreligiosa, espelho de toda a humanidade que, em defesa da vida, exige mudanças estruturais e pessoais de todos os seres humanos, Estados e da Igreja.

 

É urgente que os governos dos países amazônicos, especialmente o Brasil, adotem medidas sérias para salvar uma região determinante no equilíbrio ecológico do planeta – a Amazônia. Não é hora de desvarios e descalabros em juízos e falas. “Levante a voz” na voz profética do Papa Francisco ao pedir, a todos os que ocupam posições de responsabilidade no campo econômico, político e social: “Sejamos guardiões da criação”.

 

Vamos construir juntos uma nova ordem social e política, à luz dos valores do Evangelho de Jesus, para o bem da humanidade, da Panamazônia, da sociedade brasileira, particularmente dos pobres desta terra. É indispensável para promovermos e preservarmos a vida na Amazônia e em todos os outros lugares do Brasil. Em diálogos e entendimentos lúcidos, que se “levante a voz”!

Brasília-DF, 23 de agosto de 2019


Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler, OFM
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acompanha atentamente os desdobramentos da crise socioambiental que vem se agravando e atinge de modo fatal os povos da Amazônia, particularmente os indígenas.

 

A presidência da CNBB manifesta preocupação com a elucidação da morte do líder da etnia Wajãpi, ocorrida no dia 24 de julho, no Estado do Amapá. Reforça, também, o que o episcopado brasileiro indicou na mensagem divulgada em maio deste ano, em sua 57ª Assembleia Nacional:

“Precisamos ser uma nação de irmãos e irmãs, eliminando qualquer tipo de discriminação, preconceito e ódio. Somos responsáveis uns pelos outros. Assim, quando os povos originários não são respeitados em seus direitos e costumes, neles o Cristo é desrespeitado: ‘Todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer’ (Mt 25,45). É grave a ameaça aos direitos dos povos indígenas assegurados na Constituição de 1988. O poder político e econômico não pode se sobrepor a esses direitos sob o risco de violação da Constituição. A mercantilização das terras indígenas e quilombolas nasce do desejo desenfreado de quem ambiciona acumular riquezas. Nesse contexto, tanto as atividades mineradoras e madeireiras quanto o agronegócio precisam rever seus conceitos de progresso, crescimento e desenvolvimento. Uma economia que coloca o lucro acima da pessoa, que produz exclusão e desigualdade social, é uma economia que mata, como nos alerta o Papa Francisco (EG 53)”.

 

Há de se encontrar caminhos para superar os processos que ameaçam a vida, pela destruição e exploração que depredam a Casa Comum e violam direitos humanos elementares da população. É preciso, assim, enfrentar a exploração desenfreada e construir um novo tempo, tempo de Deus, humanizado, na Amazônia.

 

Em solidariedade à Igreja do Amapá e ao Regional Norte 2, já manifestada a dom Pedro José Conti, bispo diocesano de Macapá (AP), a CNBB reforça seu compromisso com a promoção e defesa da vida em todas as suas formas e expressões, incluindo o respeito à Natureza, na perspectiva de uma ecologia integral.

Brasília-DF, 29 de julho de 2019.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB

A coordenação da Pascom arquidiocesana de Londrina participou, entre os dias 18 e 21 de julho, da 11ª edição do Muticom – Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Goiânia (GO). O encontro, que ocorre a cada dois anos, teve como tema Comunicação, Democracia e Responsabilidade Social.

 

Durante quatro dias, o Centro de Pastoral Dom Fernando, da Arquidiocese de Goiânia, se transformou na Cidade da Comunhão para receber os 600 participantes provenientes de 22 estados.

 

Dom Mário Spaki, Pe. Dirceu Júnior dos Reis, Aline Parodi, Juliana Mastelini Moyses, Patrícia Caldana e Tiago Queiroz. (Foto divulgação)

A programação contou com conferências, workshops e trilhas que reuniu jornalistas e pesquisadores gabaritados da comunicação brasileira. A palestra de abertura foi sobre a Midiatização e Responsabilidade na Igreja e no mundo, ministrada pelo jornalista Moisés Sbardelotto, doutor e professor colaborador do Programa de Pós-graduação de Ciências da Comunicação da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos).

 

 Ele também falou na Trilha de Comunicação sobre “Relações midiáticas no interior da Igreja”, onde abordou os desafios da Pastoral da Comunicação. Sbardelotto disse que o primeiro passo para o bom andamento da pastoral é conhecer a realidade da comunidade, da sua paróquia e como elas se comunicam, quais os veículos mais utilizados, as linguagens que mais funcionam. “É importante conhecer esse interlocutor, assim você poderá ser mais fiel com o próprio Evangelho, sem perder a essência da comunicação cristã”, afirmou o professor.

 

Com a clareza desta realidade será possível definir se o caminho da comunicação será por uma rede social, um jornal, via rádio ou até mesmo um jornal-mural. “Nenhum meio de comunicação é melhor ou pior do que outro. Vai depender do público que você quer conversar e engajar. Todas as plataformas, digitais ou não, são importantes para a Igreja”, reforçou Sbardelotto.

 

OS LIKES

O professor falou também sobre os perigos de se ficar refém dos números de curtidas e compartilhamentos. “A comunicação da igreja corre o risco de comunicar para ser visto, para ter audiência, e isso é um desvio do foco”, comentou. Ele usou a frase do Papa Francisco sobre o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida para fazer uma analogia sobre a questão, para mostrar que não importar ter 1.000 curtidas ou 10, o importante é chegar ao coração das pessoas com esses postes.

 

“As redes não se encheram de peixes, se transformaram em comunidade” (Papa Francisco). Gosto de usar como metáfora da comunicação. Às vezes o nosso jornal não é lido por todo mundo, o canal de TV tem alcance pequeno, as mídias sociais não têm todo aquele engajamento, mas o importante é se os meios estão conseguindo construir comunidade, uma boa relação com os nossos paroquianos, com os membros da diocese, entre o clero e as pastorais. A missão da Pascom é construir comunidade, relação para além dos números”, afirmou o professor.

 

 

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PROFISSIONALIZAÇÃO

A necessidade de profissionais qualificados para atuação nas dioceses e paróquias foi um dos pontos defendidos pelo professor, mas com a integração de pessoas da comunidade na Pastoral da Comunicação.

 

“Do ponto de vista institucional da Igreja é importante ter profissionais da comunicação, bem pagos, remunerados, que façam seu trabalho com  profissionalismo, porque a Igreja lida com uma sociedade diversa e é um diálogo complexo e que precisa de pessoas formadas para isso, que dediquem seu trabalho para uma boa comunicação da Igreja, representando o bispo, o padre. É preciso ter uma postura e uma ética que vem junto com a profissão”, ressaltou.

 

A Pascom, por outro lado, segundo ele, tem o pé no chão da vida da comunidade. É também importante que pessoas que não são profissionais da comunicação possam atuar na pastoral, justamente porque como pastoral ela precisa ser um ambiente acolhedor.

 

“Mesmo na Pascom é importante os profissionais para ajudar na formação que é um dos pilares da pastoral, para produzir bons materiais. Quem trabalha com comunicação vai ter mais conhecimento das linguagens, estilos e formas de comunicar. A Pascom é um importante laboratório, onde todos tem seu espaço e aprendem juntos”, disse Sbardelotto.

 

EXPERIÊNCIA DE COMUNHÃO

O anfitrião do encontro dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, destacou em sua fala, na solenidade de abertura, o papel do Muticom para a Igreja e para a sociedade. “Um mutirão, como a própria palavra diz. Trata-se de uma experiência de fazer junto, em unidade, em prol de uma causa e nossa causa aqui é construir pontes através da comunicação e o Muticom é uma experiência de Deus e de comunhão entre as pessoas por isso é importante”, afirmou.

 

E disse que a missão da Igreja é universal e a comunicação é imprescindível no processo de ação evangelizadora. “Jesus deve ser anunciado e todas as pessoas devem, pelo menos, ouvir falar dele. Nós podemos propor e oferecer a mensagem do Evangelho em todo o mundo porque é uma mensagem de paz, de misericórdia, que transforma os corações e dar à sociedade um novo rosto e uma nova vida”.

 

Ele enfatizou ainda que a Igreja nasce de uma comunicação que vem de Deus para a humanidade e impulsiona a missão universal. Por isso, a Igreja deve estar atenta a uma comunicação plural.

 

Dom Joaquim Giovani Mol, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. (Foto divulgação)

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol, fez um balanço positivo do mutirão. “Fomos felizes na escolha das pessoas para orientar com suas experiencias, partilhas e teorias da comunicação. Tivemos coisas preciosas e desconcertante”, afirmou dom Joaquim.

 

E completou “reunimos jornalistas, relações públicas, publicitários, bispos, padres, religiosos, agentes da Pascom e fizemos uma experiencia comunicacional”, disse.  Ele espera que “o Muticom e seu espírito chegue a Londrina e a todas as dioceses do país”.

 

Para o bispo não é possível fazer evangelização sem comunicação. “A comunicação e a riqueza do mundo da comunicação são indispensáveis à evangelização. É fundamental que a evangelização se abra à comunicação, por isso os comunicadores têm um papel muito importante para Igreja.”

 

Dom Joaquim deixou um recado de incentivo para todos os comunicadores que enfrentam dificuldades em atuar em suas paróquias e dioceses, em função da resistência do clero. “Tem muita gente do clero que não tem abertura e entendimento das grandes exigências que temos hoje no campo da evangelização da sociedade contemporânea, então fica uma pessoa que entende pouco de comunicação, segurando a atuação de quem entende muito e gostaria de evangelizar”, falou o bispo.

 

Ele lembra que o Papa Francisco e o documento de Aparecida dizem que precisa haver uma conversão pastoral, inclusive para entender que nenhum segmento isolado da Igreja é Igreja. Que leigo sem ministro ordenado não é Igreja, ministro ordenado sem leigo não é Igreja.

 

 “A Igreja é a comunidade dos discípulos de Jesus e no meio dos discípulos cada um exercendo seu ministério, por tanto ninguém manda na comunidade. Ela não é propriedade de nenhuma pessoa. A comunidade de fé é dos seguidores de Jesus. Por isso digo para vocês da Pastoral da Comunicação, insistam, nem tanto para convencer algum membro da hierarquia da Igreja que não entende isso, mas insistam em continuar fazendo da comunicação um excelente instrumento de evangelização”, concluiu.

 

O Muticom 2019 encerrou com uma celebração de Ação de Graças no Santuário-Basílica Pai Eterno, em Trindade, cidade próxima de Goiânia.

Aline Machado Parodi
PASCOM Arquidiocesana

 


Vídeo de encerramento:

 

 


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Fotos: Divulgação

Iniciou ontem, 15 de julho, em Curitiba (PR), o encontro dos secretários executivos dos 18 regionais da CNBB. A missa de abertura foi no final da tarde na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Luz dos Pinhais presidida pelo secretário geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e concelebrada pelo arcebispo de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo, que acolheu todos os participantes e os apresentou à comunidade.

Após o jantar, o grupo deu início aos trabalhos. O presidente do Regional Sul 2, arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, acolheu os participantes e apresentou a realidade da Igreja do Paraná desde sua pré história, com as reduções jesuíticas, a fundação da primeira paróquia e das primeiras dioceses, os primeiros bispos e como começou o trabalho de integração dos bispos do Paraná até a criação do Regional Sul 2 em 1965.

O arcebispo também falou sobre as grandes linhas de pensamento que guiaram o Regional Sul 2 nesse tempo, como a questão vocacional, da catequese, do dízimo e questões sociais. Por fim, os desafios atuais que pedem uma resposta da Igreja, especialmente a questão da cultura urbana, que está presente em todos os lugares. “Para nós é uma alegria acolher este encontro, no qual os secretários têm a oportunidade de conversar entre si e com o secretário geral, para que a comunicação possa continuar acontecendo e ser pautada sobre as Novas Diretrizes da Ação Evangelizadora”, afirmou dom Geremias.

Nesta manhã, 16 de julho, dom Joel Portela trabalha com o grupo o texto das Novas Diretrizes. Na parte da tarde, os secretários irão visitar a sede da Associação Evangelizar, onde estão a TV e a rádio Evangelizar. À noite, a celebração eucarística será na paróquia São Francisco de Paula, que fica em frente à sede do Regional, e será presidida por dom Geremias Steinmetz.

Os trabalhos do encontro seguem até quarta-feira, dia 17, na hora do almoço. Depois, o grupo terá um momento de confraternização e passeio à cidade de Foz do Iguaçu (PR).

 

Karina de Carvalho
Regional Sul 2

Fotos: Divulgação

Novos vídeos começam a ser divulgados nessa semana pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) na série “Voz da Amazônia”. A segunda edição do projeto traz diferentes perspectivas do Sínodo para a Amazônia e suas implicações na vida da Igreja da região, a partir das diversas vozes das pessoas daquele território e assessores da Rede.

 

Os 32 vídeos da série, que serão postados por blocos ao longo das próximas semanas, foram produzidos em parceria com a Verbo Filmes e a Agência Católica para o Desenvolvimento no Exterior/CAFOD. As vozes foram gravadas em atividades realizadas pela REPAM.

 

De acordo com imrã Maria Irene Lopes, secretaria executiva da REPAM-Brasil, as escutas realizadas ao longo de todo o processo sinodal fizeram com que se retomasse o projeto, agora, na perspectiva de visibilizar, para todo o mundo, os gritos, sonhos e anseios da Igreja daquela região. “É importante que nós, como REPAM, façamos com que essas vozes sejam ouvidas fora da Amazônia”, destacou irmã Irene.

 

O “Voz da Amazônia” foi lançado em novembro de 2017. O Projeto surgiu durante as coberturas dos Seminários Laudato SI’, promovidos pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e com o apoio do Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Amazônia Legal. Os novos vídeos podem ser conferidos na página da REPAM ou no canal do Youtube da Rede.

CNBB / Repam-Brasil

O monsenhor Raimundo Possidônio, da arquidiocese de Belém (PA), apresentou ao Conselho Permanente, na manhã deste dia 26, o Instrumento de Trabalho (Instrumentum laboris) para o Sínodo dos Bispos da região Paz-Amazônica, a ser realizado em outubro deste ano no Vaticano. O monsenhor é um dos brasileiros especialistas que participou da elaboração do Instrumento de Trabalho preparatório. Ele é um estudioso da história da Amazônia e colabora na REPAM.

 

Ele destacou que o documento é fruto de um processo de escuta que teve início com a visita do Papa Francisco a Puerto Maldonado (Peru) em janeiro de 2018, prosseguiu com a consulta ao Povo de Deus em toda a Região Amazônica por todo o ano e se concluiu com a II Reunião do Conselho Pré-Sinodal, em maio passado.

 

O Instrumento de Trabalho deste Sínodo para a Região Pan-Amazônica foi publicado em três idiomas: espanhol, italiano e português. O texto é composto por 147 pontos divididos em 21 capítulos separados por três partes. A primeira parte se titulada “a voz da Amazônia” e tem a finalidade de apresentar a realidade do território e de seus povos.

 

Foto: Repam/Paulo Martins

Na segunda parte deste texto vaticano, intitulada “Ecologia integral: o clamor da terra e dos pobres”, adverte-se sobre a “destruição extrativista” e abordam questões relevantes como “os povos indígenas em isolamento voluntário (PIAV)” e outros fenômenos de interesse mundial, como “a migração”, “a urbanização”, “a família e a comunidade”, “a saúde”, “a educação integral” e “a corrupção”.

 

Na terceira parte do Instrumentum laboris, reflete-se sobre os desafios e esperanças da região e incentiva a Igreja a ter um papel “profético na Amazônia”, apresentando “a problemática eclesiológica e pastoral” da região.

 

Os bispos que integram o Conselho Permanente apresentaram sua visão sobre o Instrumento de Trabalho após a apresentação. Segundo o arcebispo de São Paulo, o cardeal dom Odilo Scherer, é necessário reforçar que trata-se, por hora, de um “instrumento de trabalho” preparatório e que ainda não é nenhum documento conclusivo, o que só é publicado como documento oficial após a Assembleia e ser transformada numa Exortação Apostólica do papa Francisco.

 

Ele chamou a atenção para o risco de a mídia e a opinião pública reduzirem os debates do Sínodo a poucos aspectos. “Cabe aos bispos assegurar um amplo debate em torno da temática desta Assembleia do Sínodo”, observou.

 

O bispo de Roraima e vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva, destacou a beleza do processo de escutas sinodais realizada em toda região Amazônica que integra um conjunto de nove países. Um ponto bem destacado pelos bispos foi a metodologia e o processo de escuta e preparação deste relatório que, por meio de diferentes metodologias, ouviu e sistematizou a voz e a visão dos diferentes povos que vivem na região amazônica.

 

Dom Canisio Klaus, bispo de Sinop (MT) e presidente do regional Oeste 2, disse que o trabalho para se chegar ao Instrumento de Trabalho foi muito real e feito junto às bases. “Eu mesmo me sentei com eles, os indígenas, as comunidades, eu participei. O Documento são palavras deles, não nossas”, frisou. Para o bispo de Sinop é preciso, a partir de agora, compromisso com o que veio das escutas. “Se não tivermos amor, dedicação e profetismo teremos muitas barreiras. O papa nos pediu para escutar e sermos fiéis à essas escutas”, destacou.

 

Uma série de encontros estão programados para que os bispos, sobretudo os bispos da região Amazônica do Brasil, que participarão do Sínodo, aprofundem o texto preparatório e ainda possam sugerir propostas e alterações.

 

Comissão Episcopal Especial para a Amazônia

Após a apresentação do Documento de Trabalho, o Conselho Permanente aprovou a continuidade da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia (CEA). Com o objetivo de animar o espírito missionário da Igreja e sensibilizar a sociedade brasileira em relação à Amazônia, a CEA foi criada em 2003 e tem sido responsável por uma série de iniciativas e articulações de projetos e ações na região.

 

Com a aprovação da Comissão pelo Conselho Permanente, os membros da CEA permanecem os mesmos, pelo menos até o Sínodo, de forma a garantir a continuidade dos processos já iniciados. Fazem parte da Comissão o Cardeal Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo (SP), na função de presidente; Dom Ervin Krautler, bispo emérito de Xinguú (PA), como secretário; Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO); Dom Sérgio Eduardo Castriani, arcebispo de Manaus (AM); Dom Vicente Costa, bispo de Jundiai (SP); e Ir. Maria Irene Lopes, no serviço da assessoria

 

O Instrumento de Trabalho pode ser acessado aqui: http://repam.org.br

CNBB

A nossa fé e a força do amor que nos move” concorram para que a reunião seja uma profunda e”fecunda” experiência da colegialidade dos bispos, disse o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, no início da encontro do Conselho Permanente da entidade que teve início na manhã desta terça-feira, 25 de junho, e se estende até quinta-feira, 27 de junho, quando a Presidência vai conceder uma Entrevista Coletiva.

 

Pauta

Dom Joel Portella, secretário-geral da CNBB, apresentou aos bispos, a pauta do encontro. Entre os principais assuntos estão: observações sobre a conjuntura, avaliação da 57ª Assembleia Geral, escolha do tema central da Assembleia Geral de 2020, Sínodo da Amazônia, Comissão para a Ecologia Integral e Mineração. O Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello, estará presente na primeira parte da reunião, na quinta-feira.

 

Os presidentes dos 18 regionais da CNBB terão a palavra, durante o encontro. Os bispos também terão um tempo para discutir a “Visita Ad Limina”, movimento normal que os bispos fazem na Igreja, indo à Santa Sé, de cinco em cinco anos. As datas ainda não foram definidas pela Congregação para os Bispos, mas terão que definir a divisão dos grupos.

 

Ainda na primeira parte da manhã desta terça-feira, teve a palavra o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer. Ele é primeiro vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Ele anunciou que o Conselho, nos próximos dois anos, irá fazer uma revisão e avaliação do papel do organismo. Dom Odilo disse ainda que há sinais de que pode-se iniciar uma preparação para uma nova conferência episcopal do episcopado latino-americano, uma vez que já completamos 12 anos da Conferência de Aparecida.

 

Dom Walmor, que também participou do primeiro encontro do Celam, acrescentou informações demonstrando que o episcopado brasileiro será considerado no movimento de reflexão e avaliação do Conselho.

 

Participantes – Além da presidência, participam do Conselho Permanente, representantes dos 18 regionais. Eles deverão oferecer ao conjunto do Conselho, as perspectivas pastorais diante das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas na última Assembleia da CNBB, realizada em maio, em Aparecida (SP).

CNBB

 

 

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