Em unidade com o Papa Francisco, documento exorta os fiéis a redescobrirem o valor da esperança cristã e orienta sobre a programação do Jubileu na arquidiocese

“A esperança não decepciona”. Esta certeza será o pano de fundo de todo o próximo ano na nossa Igreja, o Jubileu Ordinário de 2025: Peregrinos da Esperança. O Papa Francisco, com a convocação do Jubileu, convida todos os fiéis e pessoas de boa vontade a, apesar dos sofrimentos e limitações do mundo atual, manter acesa a chama da esperança.

O Jubileu terá início no dia 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo Papa Francisco. Alguns dias depois, em 29 de dezembro, será a abertura arquidiocesana, com a Santa Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, com a presença do clero e da comunidade arquidiocesana.

Com o objetivo de orientar e formar os fiéis para a vivência do Ano Jubilar, o arcebispo dom Geremias Steinmetz envia a todo o povo de Deus da Arquidiocese de Londrina uma Carta Pastoral sobre o Ano Santo de Esperança 2025. O lançamento oficial será no domingo, 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, na Missa do evento Deus Conosco, às 11h no Ginásio de Esportes Moringão. Antes disso, às 8h, dom Geremias também apresentará a carta aos fiéis durante a Missa em comemoração pelos 90 anos de Londrina e os 39 anos de dedicação da Catedral, na Catedral de Londrina.

Na carta, o arcebispo convoca todo o povo de Deus a unir-se ao Papa Francisco para celebrar o Jubileu da Esperança. O texto, que é confiado ao padroeiro Sagrado Coração de Jesus, dom Geremias trata de assuntos como o que é a esperança cristã, a preparação para o Ano Santo, as indulgências e a programação do Jubileu na Arquidiocese de Londrina.

“Rezo para que muitos possam refazer a sua fé e fazer um encontro pessoal com Jesus Cristo, nossa Esperança. Que todos possam viver a alegria do Jubileu e consigam viver a ‘Esperança que não decepciona’ (Rm 5,5)”, escreve dom Geremias

O que é uma Carta Pastoral

Carta pastoral, como o próprio nome diz, é uma carta que o bispo escreve ao seu povo, para orientá-lo sobre questões pastorais e de fé. É, por isso, um instrumento de unidade da Igreja local, pois direciona os fiéis à reflexão de um tema comum de formação para a vida cristã. Através da carta, o arcebispo exerce o seu pastoreio e confirma as pessoas na fé. Esta é a quarta Carta Pastoral que dom Geremias escreve ao povo de Deus da Arquidiocese de Londrina.

Missa de aniversário da dedicação da Catedral

Também no domingo, 8 de dezembro, a Catedral Metropolitana de Londrina vai comemorar os 90 anos de Londrina e os 39 anos de sua dedicação, com a Santa Missa às 8h, presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz. Inaugurada em 1972, a atual Catedral foi dedicada em 10 de dezembro de 1985 pelo segundo arcebispo de Londrina, dom Geraldo Majella Agnelo. A celebração solene contará com a presença de autoridades civis e religiosas.

Serviço

Lançamento da Carta Pastoral sobre o Jubileu de Esperança 2025
Santa Missa no evento Deus Conosco
Domingo, 8 de dezembro de 2024, às 11h
Ginásio de Esportes Moringão

Missa pelos 90 anos de Londrina e aniversário de dedicação da Catedral
Domingo, 8 de dezembro de 2024, às 8h
Catedral Metropolitana de Londrina

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Formação está inserida no contexto de preparação para o Jubileu ordinário de 2025: peregrinos da esperança

Os padres da Arquidiocese de Londrina participaram nesta semana, de 17 a 19 de setembro, do curso do clero, que tratou sobre o Concílio Vaticano II e suas atualizações, assessorado pelo padre Manoel José de Godoy, na Casa de Retiros Emaús. Padre Manoel Godoy é mestre em Teologia Pastoral e foi assessor da CNBB por dez anos.

O assessor abordou com os padres as quatro constituições do concílio: Lumen Gentium, Sacrosanctum Concilium, Dei Verbum e Gaudium et Spes. “Eu privilegiei as constituições, porque ao todo são 16 documentos do concílio. Então: como ser padre hoje à luz do Concílio Vaticano II e as suas atualizações nesses 60 anos”, destacou padre Manoel Godoy.

Segundo padre André Luis de Oliveira, membro da Pastoral Presbiteral e pároco da Paróquia Cristo Redentor, a temática é atual e necessária para a vida da Igreja, das comunidades e para o modo de exercer o ministério presbiteral. “O Vaticano II é de uma riqueza imensa, de uma abertura ao tempo, de uma abertura à proximidade à vida das pessoas, então tem sido um relembrar e um atualizar extremamente importante”, destacou.

Voltando aos grandes temas do concílio, explica o arcebispo dom Geremias Steinmetz, os padres conseguiram olhar com tranquilidade sobre a realidade da Arquidiocese de Londrina, “questionando-nos sobre algumas coisas que na pastoral às vezes não são tão claras. Está sendo um momento muito interessante.”

Além das grandes constituições do concílio, padre Manoel Godoy tratou também da caminhada e dos documentos publicados posteriormente ao concílio, que trouxeram questões presentes no Vaticano II, mas que ainda precisavam ser esclarecidas, explica dom Geremias.

“Por exemplo, a Constituição Lumen Gentium fala da questão da santidade, todos somos chamados à santidade, um texto fundamental, mas pequeno, curto, digamos assim. Foi exatamente por isso que o Papa Francisco escreveu Gaudete et exsultate, falando justamente sobre a santidade, voltando ao texto do concílio, mas esclarecendo muito melhor as coisas para os cristãos e cristãs de hoje, para que possam viver a santidade nos nossos tempos.”

A questão da Palavra de Deus é outro exemplo de assunto tratado no concílio, mas retomado em documentos posteriores, continua o arcebispo. “A Dei Verbum tratou sobre a Palavra de Deus, falou muito bem e com muita clareza, mas uma ou outra coisa na história foi surgindo que precisou de alguns documentos, por exemplo, um deles, não é nem do Papa, mas é da Comissão Bíblica Internacional, falando justamente sobre a interpretação da Sagrada Escritura na Igreja, e o Papa Bento XVI que escreveu então a grande Verbum Domine, que é uma retomada do concílio, daquilo que foi dito na Dei Verbum”, destacou dom Geremias.

Padre César Braga, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, ainda aponta outros aspectos tratados pelo assessor, como a necessidade de todos conhecerem verdadeiramente Jesus Cristo, a centralidade da Palavra de Deus e o amor pela Liturgia, além da importância da missionariedade, “A necessidade de tomar consciência de que vivemos na Igreja que foi Jesus quem deixou para nós, e assim também a disponibilidade da missão que nós não podemos viver só para dentro, mas também fazer novos discípulos e que as pessoas possam conhecer melhor quem é Jesus”, apontou padre César.

Padre Altair Manieri, pároco da Paróquia Santa Cruz, lembra também que, principalmente na época de seminário, os padres já estudaram os documentos do concílio, e o curso, retomando os documentos leva-os a ressignificar o Vaticano II aplicando-o à ação pastoral de hoje. “A metodologia do padre Godoy é muito interessante, porque ele retoma os documentos, trazendo as chaves de leitura e dando abertura para que a gente possa debater e discutir, porque a maioria de nós já conhece esses documentos, já estudou alguma vez, mas agora a gente precisa sempre estar revisitando, para readaptar, aplicá-los à realidade dos dias de hoje”, considera padre Altair.

Possibilidade de diálogo

A partir da temática abordada, os padres da arquidiocese puderam discutir questões atuais da Igreja Particular de Londrina por perspectivas e realidades diferentes. Segundo padre Manoel Godoy, as discussões geraram bons diálogos entre os padres. “A participação dos padres tem sido excelente. Mesmo os padres com mentalidades tão diferentes, porque nós somos muito diferentes. Eu tenho visto a participação de todos, dos mais conservadores aos mais abertos. Todos têm direito a falar e eu vou fazendo as minhas provocações.”

Padre André Luis de Oliveira, membro da Pastoral Presbiteral, destaca ainda que as perguntas, intervenções e colocações dos padres enriqueceram o encontro. “Como o nosso clero tem inúmeras linhas teológicas e pastorais, o professor Manuel Godoy tem conseguido chegar a um ponto comum, tem conseguido apresentar modos de viver o Concílio Vaticano II no nosso tempo. Todo nosso clero, tanto os padres que já têm mais tempo de caminhada, os padres que estão começando, os padres, por assim dizer, de meia idade, todos têm tido e dado contribuições importantes que têm enriquecido também o nosso encontro”, ressalta padre André.

A caminho do Jubileu 2025

Segundo o arcebispo dom Geremias Steinmetz, o curso foi pensado no contexto da preparação para o Jubileu de 2025, atendendo a um pedido do Papa Francisco de se retomar especialmente as grandes constituições durante o ano de 2023. “Estamos aproveitando esse ano de 2024 ainda para darmos conta desse pedido do Santo Padre, para se voltar especialmente às quatro grandes constituições do concílio, que são a constituição litúrgica, a constituição sobre a Igreja, a constituição sobre a relação Igreja e sociedade, e também a questão da Palavra de Deus.”

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Fotos: Juliana Mastelini Moyses

Crianças de várias partes da Arquidiocese de Londrina se reuniram na Catedral nesse domingo, 7 de julho, para celebrar a primeira Jornada Arquidiocesana das Crianças. O encontro está em unidade com a Jornada Mundial das Crianças, realizada em Roma nos dias 25 e 26 de maio, com o Papa Francisco.

Em Londrina, a jornada começou com um momento de animação e músicas, conduzido pelo grupo Pescadores Kids. Na oração inicial, as crianças da Catequese rezaram uma dezena do terço. A cada Ave Maria as crianças depositavam velas coloridas junto à Cruz da Alegria, símbolo da jornada, que foi descerrada ao longo da oração. A cruz é uma réplica da obra do artista italiano Mimo Paladino utilizada na Jornada Mundial das Crianças.

Em seguida, um teatro encenado pelos jovens da Paróquia São Tiago e dirigido pelo padre Alex Barbosa apresentou o tema da jornada “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). No encerramento, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu a Santa Missa e dialogou com as crianças.

Padre Evandro Delfino, assessor da Pastoral dos Coroinhas e um dos organizadores do evento, destacou a bonita experiência de ter um espaço de evangelização dedicado especificamente às crianças. “Nós podíamos ver a alegria das crianças em estar ali, celebrando, se confraternizando, se integrando entre os grupos presentes”, ressalta.

“Essa é uma iniciativa sábia do Santo Padre de ter esse momento dedicado a esse público. E esperamos que aqui na arquidiocese essa iniciativa possa se repetir, para que tenhamos de fato uma evangelização que se volte para a criança de uma maneira especial, com toda dedicação, com todo amor”, finalizou padre Evandro.

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Fotos: Alex Martins

No dia 17 de fevereiro, o CEMUL (Curso de Extensão em Música Litúrgica), a Escola de Música da Arquidiocese de Londrina, deu início ao ano letivo 2024, com turmas de violão, teclado e técnica vocal. O objetivo é a formação de músicos para o serviço na Santa Missa das comunidades.

Os alunos foram recebidos pelos professores e pela coordenação no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor, sede da escola. Ao todo são 110 alunos, distribuídos em turmas às terças-feiras e aos sábados.

O arcebispo dom Geremias Steinmetz também esteve presente na abertura das aulas. Saudou os alunos e falou sobre a importância da formação dada pelo CEMUL para preparar os músicos que atuarão nas comunidades.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo

Apresentamos a nova edição da Revista Comunidade. Neste mês destacamos os 20 anos da ordenação da primeira turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de Londrina, forças essenciais da nossa Igreja.

 

Confira os assuntos desta edição:

•Palavra do Pastor: Festa de Cristo Rei

•Coluna Serva de Deus: O coração da nova missão

•Especial: Diaconato permanente celebra 20 anos na arquidiocese

•Reportagem: Quando a expressão dos sentidos vai além das palavras

•Reportagem: Arquidiocese de Londrina terá hinário litúrgico

•Reportagem: Conscientização é aliada no combate ao câncer de próstata

•Cotidiano: Igreja de Londrina tem cinco novos diáconos transitórios

•Cotidiano: Comunidade de Londrina leva imagem de Nossa Senhora do Rocio a Paranaguá

•Pergunta do Mês: O que significa dizer no Creio: “Desceu à mansão dos mortos?”

 

Boa leitura!

Santa Missa de recepção da imagem na Catedral pediu o fim da pandemia e a benção mariana para toda arquidiocese. Na sexta a santa segue em carreata para o Santuário Nossa Senhora do Silêncio

 

Ao som de “Rainha do Paraná”, centenas de fiéis e devotos recepcionaram a imagem de Nossa Senhora do Rocio, vinda direto do Santuário Estadual de Paranaguá, na Catedral Metropolitana de Londrina, nesta quarta-feira, festa da Natividade de Maria. A missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz abre a programação da peregrinação da padroeira do Paraná em Londrina. A Santa Missa foi concelebrada pelo padre Rafael Solano, cura da Catedral, pelo padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário Estadual de Paranaguá, e padres redentoristas, congregação que administra o Santuário Estadual. Até o dia 8 de novembro, Nossa Senhora do Rocio percorre paróquias e santuários levando a bênção mariana a todos os cantos da Igreja Particular de Londrina.

 

“Acolhemos a imagem da padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio”, deu as boas vindas padre Rafael Solano, cura da Catedral. Seguindo a procissão de entrada, a imagem foi entronizada no presbitério do templo. “Num dia bonito, festivo para a nossa fé, o dia da Natividade de Nossa Senhora”, continuou dom Geremias. “Foi exatamente escolhido por isso, o dia para estarmos aqui. Por isso, irmãos e irmãs, muitos bem vindos. Vamos hoje rezar, refletir os fundamentos da nossa fé. Deus que quer sempre continuar apontando para a salvação, para que nós possamos compreender melhor a sua mensagem, o seu amor…”. A programação para acolhida da padroeira começou logo cedo, antes da missa, com a adoração ao Santíssimo Sacramento.

 

A Arquidiocese de Londrina está abrindo a peregrinação da padroeira ao interior do Estado em preparação para a festa de Nossa Senhora do Rocio, no dia 15 de novembro. Começar a peregrinação por Londrina é muito significativo, destaca o reitor do Santuário Estadual, padre Dirson Gonçalves, que trouxe a imagem de Paranaguá. “A cidade e a Arquidiocese de Londrina tem um valor simbólico muito grande para o Paraná. Essa peregrinação começando por Londrina ganha uma repercussão por todo o Estado. Fico muito feliz que a imagem peregrina possa, a partir da Arquidiocese de Londrina, irradiar luz e bençãos para todos os paranaenses”, destaca o padre. “Tenho absoluta certeza de que a Mãe, Rainha e Padroeira do Paraná vai espalhar muitas bençãos e graças por onde ela passar. Acompanhem, rezem, confiem, deixem seus pedidos e agradecimentos. E aproveito a oportunidade para convidar a todos para visitarem o santuário estadual em Paranaguá. Deus abençoe a todos”, finaliza.

 

Nossa Senhora do Rocio

Na homilia, dom Geremias falou do significado e da história de Nossa Senhora do Rocio, conhecida também como Nossa Senhora do Orvalho (a palavra rocio significa orvalho), “porque o orvalho é Jesus de Nazaré, é Aquele que faz crescer, é Aquele que faz exatamente que a semente germine, brote, que produza frutos”. O termo referido a Nossa Senhora também simboliza as graças recebidas das mãos de Maria, que brotam constantemente no meio do povo como o orvalho.

 

A devoção a Nossa Senhora do Rocio teve início no século XVII, quando a imagem foi milagrosamente encontrada na Baía de Paranaguá, ao amanhecer, na hora do orvalho. Algumas décadas depois, uma peste assolou os habitantes de Paranaguá, que recorreram a Maria Mãe de Jesus e foram atendidos. Em 1977, o Papa São Paulo VI a proclamou padroeira do Paraná.

 

 

É nesse contexto que dom Geremias destaca a visita de Nossa Senhora do Rocio a Londrina. “Como paranaenses que somos, por opção, inclusive, queremos que Nossa Senhora nos acompanhe, acompanhe essa cidade, acompanhe a vida, acompanhe exatamente tudo aquilo que de fato faça crescer na unidade, faça crescer no amor a Deus, e faça crescer no amor aos mais pobres, todo o nosso povo. Por isso tudo, Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Estado do Paraná, seja muito bem vinda entre nós!”, finaliza o arcebispo.

 

Ao final da missa, dom Geremias rezou diante da imagem a oração do Papa Francisco suplicando o fim da pandemia. A imagem de Nossa Senhora do Rocio ficará exposta na Catedral até sexta-feira, 10 de setembro, quando segue em carreata para o Santuário de Nossa Senhora do Silêncio. “Ali os padres nos esperam, nos aguardam com os nossos irmãos surdos, também pedindo a graça da cura de tantas pessoas que se encontram em sérias dificuldades por conta da pandemia”, explica padre Rafael.

 

Acesse a <programação completa> da peregrinação da imagem de Nossa Senhora do Rocio em Londrina.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo

O documento, que entra em vigor neste dia primeiro de julho, apresenta normas para direcionar e organizar o trabalho diaconal

 

A arquidiocese tem, a partir deste mês, um novo documento que normatiza o trabalho dos diáconos nas paróquias e comunidades da Igreja de Londrina. Aprovado e promulgado pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, o novo Estatuto dos Diáconos Permanentes foi produzido depois de 20 anos da publicação do primeiro e busca dar suporte, organizar e direcionar o trabalho diaconal.

 

“O estatuto anterior era muito simples e tratava quase que exclusivamente de assuntos referentes à CAD (Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes) e suas funções”, destaca o diácono Osvaldo Pechim, coordenador da comissão dos diáconos. Além das questões sobre a comissão, o novo documento trata das funções dos diáconos e das orientações para a Escola Diaconal Santo Estevão, onde é realizada a formação dos futuros diáconos na arquidiocese e a formação permanente dos diáconos já ordenados.

 

Por isso, o estatuto tem uma dupla função, além de ser o instrumento oficial da arquidiocese sobre o diaconato permanente, à disposição de lideranças e comunidades, é também o instrumento que normatiza o funcionamento da Escola Diaconal Santo Estevão, explica o diácono Moacyr Doretto, coordenador da escola.

 

Segundo o assessor dos diáconos, padre Márcio França, o documento mostra a comunhão do trabalho dos diáconos com toda a Igreja. “Assegurará a estabilidade de orientações, a unidade indispensável ao corpo diaconal, com a consequente fecundidade deste ministério que já produziu bons frutos em nossa Igreja”, destaca.

 

Organização

O documento está dividido em três partes. A primeira trata sobre a tríplice função do diácono: a Diaconia da Palavra, a Diaconia da Liturgia e a Diaconia da Caridade. “Nesta parte do estatuto ditam-se diretrizes sobre a vida familiar, a vida social, a vida profissional, a vida espiritual e sacramental do diácono permanente, bem como de como deve ser o seu sustento. Ressalta a importância que tem a formação permanente na vida diaconal”, destaca o diácono Pechim, coordenador dos diáconos.

 

A segunda parte trata dos itens que dizem respeito à CAD (Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes), desde sua formação até como deve ser sua atuação junto ao corpo diaconal e sua interação com os demais órgãos ou membros da arquidiocese.

A terceira parte diz respeito à Escola Diaconal Santo Estevão (EDSE). O estatuto define que o padre que assume a função de assessor dos diáconos assume também a responsabilidade de acompanhar a Escola Diaconal, sendo denominado diretor da Escola Diaconal.

Trabalho pastoral

Para o arcebispo dom Geremias Steinmetz, o novo estatuto traz um realismo maior para o trabalho do diaconato permanente, abre para uma criatividade no trabalho e uma inserção mais profunda na realidade das paróquias. “Inserção nos problemas que as paróquias apresentam, especialmente na área social”, destaca.

 

O arcebispo explica que o diácono deve estar presente onde as pessoas mais precisam, não apenas na questão litúrgica, que é importante, mas especialmente na questão da organização social. “A caridade é uma questão importante na missão do diácono, então os nossos diáconos precisam ter uma boa leitura da sociedade, uma boa leitura das dificuldades que o nosso povo vive hoje para poder agir na caridade e ajudar de fato o povo a se organizar, organizar as pessoas, organizar doadores, organizar voluntários, fazer que de fato isso possa ser um elemento importante na vida do nosso povo e no cumprimento da missão do diácono”, conclui dom Geremias.

 

Produção

O processo de produção do novo estatuto iniciou em março do ano passado, quando dom Geremias solicitou que fosse feita a reformulação do estatuto anterior, que fora publicado no episcopado de dom Albano Cavallin e havia sido reformulado durante o episcopado de dom Orlando Brandes.

 

A redação do novo texto teve como referência documentos da Igreja e estatutos de outras dioceses. Uma pesquisa realizada junto ao corpo diaconal também serviu para se ter uma visão geral da situação dos diáconos na arquidiocese. Em maio deste ano, o projeto do estatuto foi entregue ao arcebispo dom Geremias para sua apreciação e posterior promulgação.

“Foi um processo positivo e enriquecedor. Foram vários meses de trabalho, onde a Comissão dos Diáconos Permanentes teve a oportunidade de pesquisar e estudar os documentos referentes aos diáconos, extraindo as normas necessárias e elaborando outras para complementar ou responder algumas lacunas. Houve um amplo debate da Comissão que, a partir das fontes, pode aprofundar os fundamentos de cada artigo do estatuto”, conclui padre Márcio.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Foto de destaque: Flávia de Paula

Clique para acessar o documento completo:

A partir do tema “Coração de Jesus, fonte de unidade, ternura e paz”, fiéis de Londrina e região comemoraram na sexta, 11 de junho, o Dia do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus. Mesmo com a limitação do número de pessoas nas celebrações presenciais na Catedral de Londrina, dedicada ao Sagrado Coração, a festa aprofundou a espiritualidade do Coração de Jesus. Os fiéis também puderam acompanhar as missas pelas redes sociais da arquidiocese e da Catedral. No ano passado, a festa do padroeiro foi ainda mais reduzida, teve a participação apenas do clero e equipe litúrgica, pois nesta data as igrejas estavam sem celebrações presenciais.

 

Foto: Terumi Sakai

O arcebispo dom Geremias Steinmetz abriu as comemorações do padroeiro com a missa às 7h, transmitida ao vivo para todo o Brasil pela TV Evangelizar. A Santa Missa contou com a presença dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC) de toda arquidiocese. Nesta missa, dom Geremias explicou que a solenidade do Sagrado Coração de Jesus é o dia de lembrar do grande dom da misericórdia que Jesus tem por todos nós e que também devemos ter para com os irmãos. “O Evangelho é esse grande dom que nos ensina todos esses detalhes da espiritualidade com os quais nós vamos vivendo a misericórdia, o amor uns para os outros.”

 

Foto: Guto Honjo

Às 10h30, a missa também foi presidida por dom Geremias e concelebrada pelos padres da arquidiocese. Antes da celebração, os fiéis permaneceram em adoração eucarística. Na homilia, o arcebispo falou do surgimento da devoção ao Sagrado Coração, que vem da contemplação do sofrimento de Jesus. “A devoção ao Sagrado Coração de Jesus nasce justamente pela contemplação de um realismo muito profundo da vida de Jesus, de uma época em que se contemplavam muito os detalhes em que se manifestam mais o sofrimento de Jesus, não por uma razão de um pietismo, mas pela razão de contemplar a profundidade do sofrimento dEle, como dizia a segunda leitura, nós somos convidados a contemplar a altura da vida de Jesus ou do amor de Deus, a profundidade,  a largura, o comprimento, tudo.” Contemplar o Coração de Jesus é contemplar o seu grande amor pela humanidade.

 

Foto: Daniel Kanki

Às 15h, a missa com os membros do Apostolado da Oração, movimento dedicado ao Sagrado Coração foi presidida pelo padre Paulo Henrique Alencar, diretor espiritual do movimento e pároco da Paróquia São João Batista de Bela Vista do Paraíso. Na homilia, padre Paulo ressaltou que o amor de Deus alcança as pessoas onde elas estão. “Diante das dificuldades de hoje nós encontramos barreiras, mas mesmo que a gente não consiga estar aqui dentro [da igreja], o amor de Deus alcança onde nós estamos. Deus é especialista em vencer as barreiras, por isso nós celebramos esse grande amor de Deus por nós”, completa.

Foto: Terumi Sakai

Encerrando as celebrações do padroeiro, a Santa Missa das 18h, presidida pelo padre Wendel Perre, vigário da Catedral, pediu especialmente pelo fim da pandemia. Velas acesas simbolizaram os londrinenses que morreram vítimas da COVID-19 e o padre Rafael Solano, cura da Catedral, conduziu a oração antes da missa, pedindo ao Sagrado Coração de Jesus forças para vencer este momento:

 

“Senhor, nosso Deus, neste dia do padroeiro da nossa cidade, nós queremos Vos suplicar por todos os londrinenses que morreram por causa da COVID-19. Deus Pai criador do mundo, onipotente e misericordioso, que por nosso amor enviaste Teu Filho ao mundo, como médico dos corpos e das almas, olha para os teus filhos e filhas neste momento difícil de desorientação e consternação, em muitas regiões do mundo, em busca de força, salvação e alívio. Livrai-nos da pandemia, livrai-nos do medo, cura os nossos doentes nos hospitais de Londrina, conforta as famílias que choram, dá sabedoria aos nossos governantes, energia, disposição, aos científicos, aos médicos, aos enfermeiros e voluntários e a todos as pessoas que em Londrina morreram por causa da COVID-19, conceidei-lhes a vida eterna. Nós estamos unidos a Ti, não nos abandones, Coração de Jesus, neste momento de provação, mas livra-nos de todo mal. Nós vos suplicamos pelos bispos e presbíteros que morreram no Paraná, de modo especial pelo frei Nelson, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Londrina. Nós vos pedimos, derramai sobre esta cidade, a saúde e a paz. Tudo isso te pedimos, ó Pai, com o Teu Filho e o Espírito Santo. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém!”

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

 

Foto de destaque: Daniel Kanki

Fotos: Daniel Kanki, Guto Honjo e Terumi Sakai

 

 

Queridos irmãos e irmãs, celebremos a festa do Coração de Jesus!

 

Esta solenidade nos convida a contemplar esse Coração de Jesus que tanto amou a humanidade. Ele está aberto, desde a cruz, para que nos aproximemos dele a fim de consolá-lo com pequenos gestos de amor e sacrifício, e para imitá-lo nas virtudes que resplandecem no seu coração humano e divino: humildade, mansidão, caridade e misericórdia. Reconheçamos nessa data a grandeza do seu amor por cada um de nós, que tanto nos alegra e fortalece.

 

O evangelista João afirma que “um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19,34). Jesus viveu seu ministério de coração. Ele se empenhou na busca do Reino de Deus. O texto bíblico demonstra que ele se derramou. Quem vive com intensidade também se gasta. Não se pode mais viver comodamente procurando apenas o próprio bem-estar. Aquele que vai à fonte do amor de Deus se torna um discípulo-missionário e leva aos demais a alegria do Evangelho. Quem se aproxima do coração de Jesus não pode contentar-se em ficar parado, olhando-o, mas deve se tornar um apóstolo do seu coração.

 

No discurso à Cúria Romana em 2014, o Papa Francisco alertou à Igreja sobre o “Alzheimer espiritual”, o perigo de se esquecer da graça de Deus, do primeiro amor e de viver como escravo das suas paixões, caprichos e manias, o perigo de viver uma vida sem graça e sem “a graça”. A celebração do culto ao Coração de Jesus quer nos ajudar como um remédio, para não nos esquecermos do forte amor de Deus por nós. Tristemente vemos a difusão de um “amor líquido”, sem consistência e sem compromisso, incapaz de passar e amadurecer com as dificuldades do caminho. Deus nos livre de um amor assim.

 

O apóstolo João anuncia que todos “olharão para Aquele que transpassaram” (Jo 19,37). Que o Senhor nos conceda a graça de contemplar as suas chagas sem pressa, e assim ter forças para nos aproximar sem medo das chagas da humanidade e de cada irmão.Estender a mão para tocar as suas feridas.

 

Nos tempos difíceis da vida corremos o risco do desânimo e do desespero, mas ao contemplar o coração aberto de Jesus entendemos que não estamos sozinhos. Ele não nos abandona jamais. Deus se fez tão próximo que assumiu a nossa condição humana. Ele se deixou tocar e se ferir para nos salvar. Seu amor é o remédio contra o desamparo, o mal e o pecado.

 

O amor de Jesus deixou marcas. No batismo somos marcados por sua graça. Recebemos a marca de Deus para deixar marcas por onde passarmos. Somos convidados a agradar a Deus e a servir aos irmãos. Somos chamados a fazer as coisas de coração.

 

Por isso, especialmente neste mês de junho, motivamos cada um a aprofundar seu amor e devoção ao Sagrado Coração de Jesus de três formas: 1) meditando sobre as doze promessas do Sagrado Coração à Santa Margarida Maria Alacoque; 2) adquirindo uma estampa ou imagem do Coração de Jesus para colocar na sua casa; 3) ligando para algum irmão que esteja enfermo no corpo ou na alma e dedicar a ele um pouco do seu tempo.

 

Seguem abaixo as doze promessas:

1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”;

2ª Promessa: “Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”;

3ª Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;

4ª Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”;
5ª Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”;

6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”;

7ª Promessa: “Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias”;

8ª Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”;

9ª Promessa: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”;

10ª Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”;

11ª Promessa: “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”;

12ª Promessa: “A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.

 

 

Sagrado Coração de Jesus, eu confio em vós.

“Ó Jesus que tanto nos amais, fazei que eu vos ame cada vez mais”.

 

Pe. Paulo Alencar
Assessor do Apostolado da Oração

Foto: Terumi Sakai