A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga nesta sexta-feira, 16 de abril, a mensagem do episcopado brasileiro que reunido, de modo on-line, na 58ª Assembleia Geral da CNBB, se dirigiu ao povo neste grave momento.

No texto, os bispos afirmam que diante da atual situação pela qual passa o Brasil, sobretudo em tempos de pandemia, não podem se calar quando a vida é “ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada”. Os bispos asseguram que são pastores e que têm a missão de cuidar. “Nosso coração sofre com a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade”, dizem. 

 

Na mensagem, os bispos reiteram que no atual momento precisam continuar a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais. Reconhecem agradecidos que as famílias têm sido espaço privilegiado da vivência da fé e da solidariedade. “Elas têm encontrado nas iniciativas de nossas comunidades, através de subsídios e celebrações online, a possibilidade de vivenciarem intensamente a Igreja doméstica. Unidos na oração e no cuidado pela vida, superaremos esse momento”.

 

Os bispos afirmam que os três poderes da República têm, cada um na sua especificidade, a missão de conduzir o Brasil nos ditames da Constituição Federal, que preconiza a saúde como “direito de todos e dever do Estado” e que o momento exige competência e lucidez. “São inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito”, afirmam.

 

Fazem, ainda, um forte apelo à unidade das Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil: “Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha. A travessia rumo a um novo tempo é desafiadora, contudo, temos a oportunidade privilegiada de reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo. Como nos animou o Papa Francisco: “o anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos!”.

 

Confira o texto na íntegra:

 

MENSAGEM DA 58ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB AO POVO BRASILEIRO

Esperamos novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça. (2Pd 3,13)

 

Movidos pela esperança que brota do Evangelho, nós, Bispos do Brasil, reunidos, de modo online, na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de 12 a 16 de abril de 2021, neste grave momento, dirigimos nossa mensagem ao povo brasileiro.

Expressamos a nossa oração e a nossa solidariedade aos enfermos, às famílias que perderam seus entes queridos e a todos os que mais sofrem as consequências da Covid-19. Na certeza da Ressurreição, trazemos em nossas preces, particularmente, os falecidos. Ao mesmo tempo, manifestamos a nossa profunda gratidão aos profissionais de saúde e a todas as pessoas que têm doado a sua vida em favor dos doentes, prestado serviços essenciais e contribuído para enfrentar a pandemia.

O Brasil experimenta o aprofundamento de uma grave crise sanitária, econômica, ética, social e política, intensificada pela pandemia, que nos desafia, expondo a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. Embora todos sofram com a pandemia, suas consequências são mais devastadoras na vida dos pobres e fragilizados.

Essa realidade de sofrimento deve encontrar eco no coração dos discípulos de Cristo[1]. Tudo o que promove ou ameaça a vida diz respeito à nossa missão de cristãos. Sempre que assumimos posicionamentos em questões sociais, econômicas e políticas, nós o fazemos por exigência do Evangelho. Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada[2].

Louvamos o testemunho de nossas comunidades na incansável e anônima busca por amenizar as consequências da pandemia. Muitos irmãos e irmãs, bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, cristãos leigos e leigas, movidos pelo autêntico espírito cristão, expõem suas vidas no socorro aos mais vulneráveis. Com o Papa Francisco, afirmamos que “são inseparáveis a oração a Deus e a solidariedade com os pobres e os enfermos”[3]. As iniciativas comunitárias de partilha e solidariedade devem ser sempre mais incentivadas. É Tempo de Cuidar!

Somos pastores e nossa missão é cuidar. Nosso coração sofre com a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade. Por isso, nesse momento, precisamos continuar a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais. Reconhecemos agradecidos que nossas famílias têm sido espaço privilegiado da vivência da fé e da solidariedade. Elas têm encontrado nas iniciativas de nossas comunidades, através de subsídios e celebrações online, a possibilidade de vivenciarem intensamente a Igreja doméstica. Unidos na oração e no cuidado pela vida, superaremos esse momento.

Na sociedade civil, os três poderes da República têm, cada um na sua especificidade, a missão de conduzir o Brasil nos ditames da Constituição Federal, que preconiza a saúde como “direito de todos e dever do Estado”[4]. Isso exige competência e lucidez. São inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito. É necessária atenção à ciência, incentivar o uso de máscara, o distanciamento social e garantir a vacinação para todos, o mais breve possível. O auxílio emergencial, digno e pelo tempo que for necessário, é imprescindível para salvar vidas e dinamizar a economia[5], com especial atenção aos pobres e desempregados.

É preciso assegurar maiores investimentos em saúde pública e a devida assistência aos enfermos, preservando e fortalecendo o Sistema Único de Saúde – SUS. São inadmissíveis as tentativas sistemáticas de desmonte da estrutura de proteção social no país. Rejeitamos energicamente qualquer iniciativa que intente desobrigar os governantes da aplicação do mínimo constitucional do orçamento na saúde e na educação.

A educação, fragilizada há anos pela ausência de um eficiente projeto educativo nacional, sofre ainda mais no contexto da pandemia, com sérias consequências para o futuro do país. Além de eficazes políticas públicas de Estado, é fundamental o engajamento no Pacto Educativo Global, proposto pelo Papa Francisco[6].

Preocupa-nos também o grave problema das múltiplas formas de violência disseminada na sociedade, favorecida pelo fácil acesso às armas. A desinformação e o discurso de ódio, principalmente nas redes sociais, geram uma agressividade sem limites. Constatamos, com pesar, o uso da religião como instrumento de disputa política, justificando a violência e gerando confusão entres os fiéis e na sociedade.

Merece atenção constante o cuidado com a casa comum, submetida à lógica voraz da “exploração e degradação”[7]. É urgente compreender que um bioma preservado cumpre sua função produtiva de manutenção e geração da vida no planeta, respeitando-se o justo equilíbrio entre produção e preservação. A desertificação da terra nasce da desertificação do coração humano. Acreditamos que “a liberdade humana é capaz de limitar a técnica, orientá-la e colocá-la ao serviço de outro tipo de progresso, mais saudável, mais humano, mais social, mais integral”[8].

É cada vez mais necessário superar a desigualdade social no país. Para tanto, devemos promover a melhor política[9], que não se submete aos interesses econômicos, e seja pautada pela fraternidade e pela amizade social, que implica não só a aproximação entre grupos sociais distantes, mas também a busca de um renovado encontro com os setores mais pobres e vulneráveis[10].

Fazemos um forte apelo à unidade da sociedade civil, Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil. Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha. A travessia rumo a um novo tempo é desafiadora, contudo, temos a oportunidade privilegiada de reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo. Como nos animou o Papa Francisco: “o anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos!”[11]

Com a fé em Cristo Ressuscitado, fonte de nossa esperança, invocamos a benção de Deus sobre o povo brasileiro, pela intercessão de São José e de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Brasília, 16 de abril de 2021.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG

Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler, OFM
Arcebispo de Porto Alegre – RS

1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR

2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro – RJ

Secretário-Geral da CNBB

 

[1] cf. Gaudium et Spes, 1.
[2] cf. CNBB, Mensagem ao Povo de Deus, 2018.
[3] Papa Francisco, Mensagem para o IV Dia Mundial dos Pobres, 2020.
[4] Constituição Federal, art. 196.
[5] cf. CNBB, OAB, C.Arn´s, ABI, ABC e SBPC, O povo não pode pagar com a própria vida,10 de março de 2021.
[6] cf. Papa Francisco, Mensagem para o lançamento do Pacto Educativo Global, 12 de setembro 2019.
[7] Papa Francisco, Laudato Si´, 145.
[8] Papa Francisco, Laudato Si´, 112.
[9] Papa Francisco, Fratelli Tutti, Cap. V.
[10] cf. Papa Francisco, Fratelli Tutti, 233.
[11] Papa Francisco, Mensagem 58ª. AG CNBB.

O caminho percorrido para a formulação do “Novo Estatuto da CNBB” foi o primeiro assunto a ser discutido pelo episcopado brasileiro neste terceiro dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, 14 de abril. A exposição do tema foi realizada pelo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado.

 

O atual Estatuto e Regimento da Conferência é do ano de 2002 e o seu processo de reforma foi iniciado no ano de 2017. Em 2019 foi realizada uma alteração, com a inserção de mais um membro na presidência, o 2ª vice-presidente. Em 2020, por fim, iniciou-se o processo de elaboração para o que foi chamado de “Novo Estatuto”. Uma necessidade sentida pelo episcopado para dar respostas novas e encontrar novos modos de exercer a missão, com mais assertividade e eficiência.

 

“Nós precisamos, com nosso Estatuto, dar uma resposta às mudanças no mundo e também àquilo que tem acontecido na Igreja nos últimos anos, a fim de tornar a nossa Conferência mais adaptada ao momento histórico em que vivemos”, afirmou dom Joel.

 

Novo Estatuto será elaborado em 7 etapas
O caminho de formulação desse Novo Estatuto será realizado em 7 etapas. A primeira delas, já realizada, foi a produção de um material de reflexão, elaborado por uma Comissão constituída. A segunda etapa, que é o ponto em que está a produção, é a reflexão realizada por blocos regionais (Sul, Leste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte). Após essa segunda etapa, que está sendo concluída nesses dias de Assembleia, com a contribuição dos bispos de todo o Brasil, o material será enviado para a formulação Jurídico-Canônica, que constitui a terceira etapa.

 

Após essa redação, a quarta etapa será a apresentação da proposta estatutária e regimental aos bispos, com nova participação dos blocos regionais. A quinta etapa será o aprimoramento redacional jurídico-canônico e a prévia aprovação no Conselho Permanente. A sexta etapa, será a discussão final e aprovação na próxima Assembleia Geral da CNBB. Por fim, a sétima e última etapa será a aprovação por parte da Sé Apostólica.

 

Missão e sinodalidade: mística presente no Novo Estatuto
Neste caminho de reflexão e elaboração, que se iniciou, efetivamente, em setembro de 2020, dom Joel destacou que houve uma preocupação quanto à mística que o documento deve conter. “Antes de pensar na organização, nós precisamos pensar no que o Espírito Santo está pedindo à Igreja hoje. Desde o início, percebemos que apareceram as seguintes palavras: sinodalidade e missão”, disse dom Joel.

 

Dessa forma, sinodalidade e missão, constituem como uma grande moldura de todo trabalho de formulação desse Novo Estatuto, que também contempla três eixos: formação integral, gestão pastoral e diálogo com a sociedade.

 

Formação integral: uma questão a ser considerada não somente na formação dos futuros sacerdotes, mas de todo batizado e batizada. Pois todos precisam estar preparados para enfrentar os desafios atuais e dar as razões da esperança cristã.

Gestão pastoral: que vai desde os bens temporais até a gestão pastoral das igrejas. Considerar as exigências novas e as compreensões legais que se transformam, como a relação entre Igreja e Estado. Neste eixo, considera-se também as relações entre CNBB e as Igrejas Particulares.
Diálogo com a sociedade: Um processo que começou a ser desenvolvido com a comunicação institucional, mas que precisa ser discernido e ampliado. Os bispos identificam a necessidade de que a palavra dita à sociedade, como Conferência Episcopal, tenha a força da unidade e do testemunho.

“É importante que o nosso Estatuto permita que os batizados e batizadas se preparem para enfrentar os desafios de hoje, que a nossa gestão corresponda às exigências de hoje e que possamos ser uma Igreja em diálogo com a sociedade”, concluiu dom Joel.

 

O caminho percorrido até aqui para a elaboração do Novo Estatuto da CNBB foi coordenado e executado pelo Instituto Nacional de Pastoral Pe. Alberto Antoniazzi (INAPAZ) que, desde setembro de 2020, realizou consultas, escutou os arce/bispos por blocos regionais, os assessores das comissões, os secretários executivos dos regionais, coordenadores de organismos relacionados e vinculados, peritos e colaboradores de instâncias, que constituem os diversos atores da Conferência Episcopal.

 

O Instituto também promoveu uma série de eventos virtuais, transmitidos pelo Canal do Youtube da Conferência. Ao todo, foram abordados 6 temas gerais sobre os critérios: missão e sinodalidade e os eixos: gestão pastoral, formação integral e diálogo com a sociedade, que estão norteando a elaboração do Novo Estatuto.

 

Ao final da exposição, o secretário-geral recordou aos bispos que este é “o documento máximo para a administração da Conferência”. Sendo assim, neste momento é necessário manter o foco para que, juntos, formulem um estatuto que responda aos desafios do tempo presente.

 

CNBB

Foi aberta nesta manhã a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro que reúne todo o episcopado brasileiro ocorre, pela primeira vez na história, de forma virtual, por conta da pandemia da Covid-19, um desafio imposto pelo contexto atual e que exige aprendizado de ferramentas e suporte técnico para os ajustes que se fazem necessários no início dessa experiência nova. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, abriu oficialmente o encontro às 8h, no horário de Brasília.

 

“Este caminho é de grande importância, é o ponto alto do coração do serviço eclesial prestado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Somos desafiados a abrir o coração e a vivenciarmos esse caminho sob as luzes de Cristo ressuscitado, guiados e movidos pela ação do seu Espírito Santo”, motivou dom Walmor.

 

Durante a abertura da Assembleia, dom Walmor reforçou a comunhão e a “irrestrita fidelidade” do episcopado brasileiro ao Papa Francisco; saudou os participantes, entre bispos, administradores diocesanos, assessores, secretários executivos de regionais, representantes dos Organismos do Povo de Deus; falou sobre o contexto e propósito do encontro e da tarefa educativa da Igreja, reconhecendo humildemente a condição também de aprendizes. O presidente da CNBB também recordou o Santuário Nacional de Aparecida, que acolhe as assembleias da CNBB há alguns anos, e homenageou os pobres, os mortos, os enlutados. Os bispos dedicaram a abertura da Assembleia também para rezarem as Laudes e invocarem o Espírito Santo com o “Veni, Creator”.

 

 

 

Comunhão com o Papa

“Nossa comunhão filial e irrestrita fidelidade ao Santo Padre, o Papa Francisco, unidos e missionariamente empenhados da árdua e insubstituível tarefa da evangelização, a razão de ser de nossa Igreja no mundo a caminho do reino, deixando ecoar forte, neste tempo pascal o forte mandato do Senhor Jesus Ressuscitado dirigindo aos discípulos operários da primeira hora ‘como o Pai me enviou, assim também eu vos envio’”.

 

Vos escolhi e vos enviei

“Ao abrirmos esse itinerário, nesse exercício da comunhão e colegialidade, com exercícios concretos de sinodalidade em vista da missão dada pelo Senhor Jesus, nos emoldura aquela sua palavra do capítulo 15 do Evangelho de João: ‘Não fostes voz que me escolhestes, fui eu que vos escolhi e vos enviei para irdes e produzirdes frutos que permaneçam’. Assim, sua misericordiosa compaixão para conosco nos disponha o coração e a mente para o propósito que nos congrega aqui, pensando sempre nossa responsabilidade primeira com a missão de nossa amada Igreja”.

 

Pandemia

“Olhando a humanidade e a nós mesmos, chegamos nessa 58ª Assembleia Geral da CNBB com os pés cansados e os joelhos enfraquecidos. Adiada essa 58ª Assembleia Geral duas vezes, abril e agosto de 2020, a pandemia nos vem exigindo aprendizagens e qualificados discernimentos de rumos em vista de ações assertivas e novas respostas. É irrenunciável a tarefa educativa da Igreja no mundo.

Nossas fragilidades e do mundo expostas nos pedem retorno a fontes e unção de comunhão com os sofrimentos na pele nossa e do nosso povo, especialmente dos enlutados e dos enfermos.

Com humildade, temos que aceitar que somos aprendizes de muitas coisas, também do tesouro de nossa fé, a Palavra de Deus, a nossa Tradição. O encontro nacional de 25 de novembro de 2020 foi uma estação de aprendizagens, precedido de muitas práticas e uso de novos recursos com muitos desafios espirituais e existenciais.

O relatório do presidente trará uma ligeira mostra da intensidade e da grandeza missionária de nossa Igreja. É encantador o encaminhamento que cura e fortalece, basta escancarar o coração à misericórdia de Deus, a fonte inesgotável.”

 

Auxílio do Espírito Santo

“Invocamos o Espírito Santo, que ele venha para esse exercício de cinco dias de Assembleia Geral, pedindo de nós 35 horas de trabalhos, para nos trazer benção, serenidade, discernimentos, escolhas e paixão maior pela missão, ajudando o mundo a ter um novo estilo de vida ao sabor do Evangelho de Jesus.”

[…]

“Estamos aqui para nos ungir com a fraternidade entre nós, na força da fé no Ressuscitado, na consolação que vem do Espírito, conscientes do quanto precisamos estar fortalecidos pela comunhão e pela colegialidade, pela sinodalidade e pela missionariedade, porque a Igreja tem um grande, importante e insubstituível papel como bem sabemos. Seja muito abençoado este caminho e que o Espírito Santo venha em nosso auxilio”.

 

Aparecida, mãe de consolação e misericórdia

“Essa sala virtual da 58ª Assembleia Geral Ordinária da CNBB nos fará lembrar saudosos a casa da Mãe Aparecida. A saudade e as gratas lembranças do tempo vivido ali, e que esperamos voltarmos muito em breve, nos encharquem com a certeza de sua intercessão e proteção. Inspirando-nos sempre como mãe de consolação e misericórdia, lembrando-nos dos pobres, enlutados, dos nossos falecidos, por isso, um instante de silêncio em reverência.”

CNBB

 

No próximo dia 2 de fevereiro, sob o mote central “Manter a luz da Esperança”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza o Dia de Oração diante da pandemia da covid-19. Na liturgia da Igreja, o dia marca a festa da Apresentação de Jesus no templo e também é dedicado à memória de Nossa Senhora da Luz.
Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a data foi escolhida pela entidade para pedir a intercessão da virgem Maria e de São José para fortalecer a esperança dos brasileiros frente às incertezas provocadas pelo contexto imposto ao mundo pelo novo Coronavírus. “Queremos, com este dia de Oração, pedir a Deus para alimentar a nossa esperança e ânimo para nos mantermos firmes no enfrentamento à pandemia”, disse.

 

Como símbolo e para estar em comunhão, a CNBB pede que, durante a programação do dia, os fiéis acendam uma vela. À noite, durante a oração do terço, pede-se que a vela, protegida contra o vento, seja colocada em um lugar visível, em uma janela, por exemplo. A ideia, segundo dom Joel, é que, ainda que pequena, a luz se irradie para as outras pessoas como sinal de esperança. Pode-se compartilhar, nas redes sociais, uma foto com a hashtag #LuzdaEsperança.

 

Programação do Dia de Oração

A programação tem início às 9h, com uma Missa no Santuário Nossa Senhora da Piedade, na capital mineira, presidida pelo arcebispo da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Às 17h, a CNBB realiza uma live que buscará refletir sobre as fontes que alimentam o ânimo e a esperança neste tempo de pandemia.

 

Participam desta live, o frei Paulo Batista, membro da Fraternidade São Francisco de Assis na providência de Deus; Salésio e Angelita, casal da Pastoral da Família de Santa Catarina; Mariana Azevedo, da Pastoral dos Surdos; Artur Vinícius e Estephany Maria da Silva, adolescentes da Infância Missionária; e a Cristiane Araújo Queiroz, secretária executiva do Regional Norte 2 da CNBB. O momento poderá ser acompanhado pelas redes sociais da CNBB.

 

Direto do Santuário Nacional de Aparecida (SP), às 19h, será realizado o Terço. Para este momento, a CNBB pede que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas. A oração do terço será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida. A programação encerra-se às 21h, com a Oração da Noite, rezada da Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, pelo secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado e convidados. A atividade será transmitida ao vivo pelas redes sociais.

 

MOMENTOS DE ORAÇÃO:

• 9h – MISSA do Santuário Nossa Senhora da Piedade, presidida pelo presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, gerada pela TV Horizonte e retransmitida pelas tvs católicas Evangelizar, Nazaré e Pai Eterno.

• 17h – LIVE sobre as fontes de ânimo em tempo de pandemia, com transmissão pelas redes sociais da CNBB.

• 19h – TERÇO do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, transmitido pela TV Aparecida. Para este terço, a CNBB pede que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas, de modo que, ainda que pequena, a luz irradie para as outras pessoas.

• 21h – ORAÇÃO DA NOITE, da Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, com transmissão pelas redes sociais da CNBB.

 

SERVIÇO:
Dia de Oração diante da pandemia: “Manter a luz Esperança”
Data: 2 de fevereiro de 2021, terça-feira
Horários: Às 9h, 17h, 19h e 21h.

 

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CNBB

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A comunidade da Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África, viveu um momento histórico de celebração e festa neste domingo, 17 de janeiro. Numa missa presidida por dom Pedro Carlos Zilli, bispo de Bafatá, e concelebrada pelo padre Antônio Ambona, 19 pessoas receberam o sacramento do Batismo e cinco jovens o sacramento da Crisma.

 

Além de toda a preparação catequética para os sacramentos, esse momento celebrativo foi antecedido por um retiro, nos dias 8 e 9 de janeiro, com o tema: “Sal da terra e luz do mundo”, pensado e preparado pelos missionários. Os dois dias de retiro foram intensos, com momentos de oração e adoração ao Santíssimo e de palestras sobre a importância dos Sacramentos.

 

A missionária Márcia Pereira relatou que o sacramento do Batismo para os guineenses possui um valor muito grande, tanto que eles guardam a data como a do nascimento. Durante a homilia, Dom Pedro perguntou à assembleia quem lembrava a data do Batismo e foram muitos os que levantaram a mão.

 

“A mãe de Nelson Fernandes, de 12 anos, ficou muito emocionada ao ver o filho receber o sacramento do Batismo tão jovem. Ela mesma ainda não recebeu, pois aqui é comum as pessoas se batizarem a partir dos 40 anos de idade”, contou Márcia.

 

Também é costume entre os guineenses, nos sete primeiros dias após receberem o sacramento do Batismo, irem até a comunidade e participar da celebração da Palavra com os missionários. “Na segunda-feira, às 7h00, os recém batizados vieram até a casa da missão para rezar conosco. Testemunhar o valor que eles dão ao sacramento do Batismo é algo que renova nossa fé e enche o coração de ânimo”, disse Márcia.

 

Nessa data, de 17 de janeiro, estava prevista a inauguração oficial do Jardim Infantil Irmã Clara Giacopuzzi, com a presença do presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Geremias Steinmetz, e uma comitiva com outros bispos, padres e leigos do Brasil. No entanto, devido à pandemia do Coronavírus, a inauguração foi adiada e ainda não tem uma data prevista para acontecer.

 

 

Karina de Carvalho
CNBB Sul 2

 

O Papa Francisco modificou um cânon o Código de Direito Canônico e agora está institucionalizado o acesso das mulheres aos ministérios do leitorado e acolitado. Na carta apostólica em forma de Motu Proprio Spiritus Domini, divulgada nesta segunda-feira, 11, Francisco estabeleceu que esses ministérios sejam de agora em diante também abertos às mulheres, de forma estável e institucionalizada, com um mandato especial.

 

Foi alterado o cânon 230 parágrafo primeiro do CDC, que agora passa a ter a seguinte redação:

“Os leigos que tenham a idade e os dons determinados por decreto da Conferência Episcopal poderão ser assumidos estavelmente, mediante o rito litúrgico estabelecido, nos ministérios de leitores e acólitos; no entanto, tal atribuição não lhes confere o direito de apoio ou de remuneração da Igreja”.

 

A realidade da Igreja no Brasil e de outras partes do mundo já tem a presença das mulheres como leitoras da Palavra de Deus durante as celebrações litúrgicas, no serviço do altar, como ministrantes ou como dispensadoras da Eucaristia. Com a alteração, fica institucionalizada a abertura para homens e mulheres desempenharem tais funções, antes reservadas para seminaristas durante a preparação para o ministério ordenado. Eram as chamadas “ordens menores”.

Dons e ministérios

Francisco parte da ideia de que o “Espírito do Senhor Jesus, fonte perene da vida e missão da Igreja, distribui aos membros do Povo de Deus os dons que permitem a cada um, de forma diferente, contribuir para a edificação da Igreja e o anúncio do Evangelho”.

 

Tal contribuição ministerial, continua o Papa, pode ter origem em um sacramento específico, as ordens sagradas, ou podem estar relacionadas a tarefas que, ao longo da história, foram instituídas na Igreja e confiadas aos fiéis por meio de um rito litúrgico não sacramental, “em virtude de uma forma peculiar de exercício do sacerdócio batismal, e em auxílio do ministério específico de bispos, padres e diáconos”.

Contribuição sinodal

Na carta apostólica, o Papa recorda que algumas assembleias do Sínodo dos Bispos sublinharam a necessidade de se aprofundar doutrinalmente sobre o tema dos ministérios, “para que responda à natureza destes carismas e às necessidades dos tempos, e ofereça apoio oportuno ao papel de evangelização que diz respeito à comunidade eclesial”.

 

Em seguida, o Papa afirma ter aceitado as recomendações dos Sínodos, como o da Amazônia, e que foi alcançado um desenvolvimento doutrinário nos últimos anos que destacou como certos ministérios instituídos pela Igreja se baseiam na condição comum de serem batizados e do sacerdócio real recebido no sacramento do Batismo, o que é diferente do ministério ordenado recebido no sacramento da Ordem.

 

“Não só para a Igreja amazônica, mas para toda a Igreja, nas diversas situações, ‘é urgente promover e conferir ministérios a homens e mulheres … É a Igreja dos batizados que devemos consolidar promovendo a ministerialidade e, acima de tudo, a consciência da dignidade batismal ”, diz o Documento final do Sínodo para a Amazônia.

 

Instituição de ministros leigos indígenas na prelazia de Itaituba (PA) | Foto: dom Wilmar Santim

 

Nesse sentido, Francisco salientou que a prática já consolidada na Igreja latina confirmou que os ministérios leigos, baseando-se no sacramento do Batismo, “podem ser confiados a todos os fiéis idóneos, sejam homens ou mulheres, segundo o que já está implicitamente previsto. no cânon 230 § 2”.

 

Discernimento e preparação

Em carta ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Luís Ladaria, Francisco indica que o ministério deve ser conferido aos leigos “através do discernimento dos pastores e após adequada preparação” e que caberá às Conferências Episcopais estabelecer critérios adequados para o discernimento e preparação dos candidatos aos ministérios do Leitorado ou do Acólito, ou outros ministérios que considerem instituir.

 

Ministros leigos na arquidiocese de Manaus | Foto: Arquidiocese de Manaus

 

Participação eficaz

Ainda na carta ao cardeal Ladaria, Francisco afirma que a decisão de conferir estes cargos também às mulheres, que implicam estabilidade, reconhecimento público e mandato do bispo, “torna mais eficaz a participação de todos na obra de evangelização na Igreja”.

Uma distinção mais clara entre as atribuições do que hoje é chamado de ‘ministérios não ordenados (ou leigos)’ e ‘ministérios ordenados’ permite dissolver a reserva dos primeiros apenas para os homens. Se, no que diz respeito aos ministérios ordenados, a Igreja ‘não tem poder algum para conferir a ordenação sacerdotal às mulheres’ (cf. São João Paulo II, Carta Apostólica  Ordinatio Priestotalis, 22 de maio de 1994), para os ministérios não ordenados é possível, e hoje parece apropriado, superar essa reserva“, escreveu o Papa.

 

Desta forma, continuou, “além de responder ao que se pede à missão na atualidade e aceitar o testemunho de tantas mulheres que se comprometeram e continuam a se empenhar no serviço à Palavra e ao Altar, ficará mais evidente – também para que estão se movendo para o ministério ordenado – que os ministérios do Leitorado e do Acolitado estão enraizados no sacramento do Batismo e da Confirmação”. Com efeito, aqueles que estão a caminho da ordenação diaconal e sacerdotal, instituídos com leitores e acólitos “compreenderão melhor que participam num ministério partilhado com outros homens e mulheres batizados”.

“Assim, o sacerdócio próprio de cada fiel (communis sacerdotio) e o sacerdócio dos ministros ordenados (sacerdotium ministeriale seu hierarchicum) se manifestarão ainda mais claramente ordenados entre si (cf. LG , n. 10), para a edificação da Igreja e para o testemunho do Evangelho”.

CNBB

Foto destaque: Arquidiocese de Manaus

Em sua primeira mensagem de 2021, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende que a vacina contra a covid-19 é um direito de todos os brasileiros. A vacinação, de acordo com os bispos, é compreendida como fato social, não individual, para alcançar metas indicadas pelos epidemiologistas.

 

“É uma questão de responsabilidade a rápida definição de estratégias para se começar imediatamente a vacinação”, defende o documento.

 

Segundo a presidência da CNBB, é imprescindível que todos caminhem juntos, solidariamente, sem exclusões para a erradicação da covid-19 do mapa do Brasil. “Não se vence uma pandemia isoladamente”, reforçam os bispos. “O novo que buscamos neste ano de 2021 requer a união de todos os cidadãos de boa vontade”, afirmam.

 

As vidas perdidas, segundo o texto, não podem simplesmente compor quadros estatísticos. “É luto e dor no coração das famílias. São histórias interrompidas por uma ameaça ágil, perigosa e invisível, porém real”, defendem.

 

 Os bispos também conclamam os fiéis a não se deixarem vencer pelo cansaço, pelas desinformações e a evitar as aglomerações. “Não podemos nos render à indiferença de alguns, negacionismos de outros ou à tentação de nos aglomerarmos, permitindo que nos contaminemos e nos tornemos instrumentos de contaminação, sofrimento e morte de outras pessoas”, aponta o documento.

 

Em outro trecho, a mensagem defende que a sociedade brasileira exige pronta união e atuação dos governantes, nas diferentes esferas do poder, guiados pela ciência e sérias indicações dos epidemiologistas, para que a vacinação comece urgentemente, pois, a cada dia, vidas são perdidas para a pandemia, agravada também por seus impactos econômico-sociais.

 

Confira, abaixo, a íntegra do documento. A íntegra da versão em formato pdf aqui:

 

UNIDOS E RESPONSÁVEIS RUMO AO NOVO QUE DESEJAMOS


“Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10)

 

1. O novo que buscamos neste ano de 2021 requer a união de todos os cidadãos de boa vontade para enfrentamento da covid-19. Os números mostram que a pandemia está se tornando mais grave no Brasil. Já são cerca de 200 mil mortos.

 

2. As vidas perdidas não podem simplesmente compor quadros estatísticos. É luto e dor no coração das famílias. São histórias interrompidas por uma ameaça ágil, perigosa e invisível, porém real.

 

3. Para erradicar a covid-19, é imprescindível que todos caminhem juntos, solidariamente, sem exclusões. É preciso reconhecer que o vírus não respeita fronteiras, classes sociais e qualquer outra forma de categorização que, com tanta frequência, fundamentam lamentáveis discriminações.

 

4. A palavra de ordem é, portanto, união. É preciso haver, cada vez mais, corresponsabilidade no enfrentamento deste desafio sanitário e social. Não se vence uma pandemia isoladamente. Cada pessoa deve cuidar de si e, principalmente, do outro, que é irmão e irmã, com profundo respeito ao distanciamento social e atenção aos protocolos sanitários indicados pelas autoridades em saúde.

 

5. Não podemos nos render à indiferença de alguns, negacionismos de outros ou à tentação de nos aglomerarmos, permitindo que nos contaminemos e nos tornemos instrumentos de contaminação, sofrimento e morte de outras pessoas. Não deixemos que o cansaço e a desinformação nos levem a atitudes irresponsáveis. Sejamos fortes! Permaneçamos firmes!

 

6. A vacina seja para todos. É uma questão de responsabilidade a rápida definição de estratégias para se começar imediatamente a vacinação, compreendida como fato social, não individual, para alcançar metas indicadas pelos epidemiologistas.

 

7. Justiça, solidariedade e inclusão são os principais critérios a serem seguidos no enfrentamento desta pandemia. Cada instituição e segmento da sociedade têm graves responsabilidades neste processo. Por isso, a Igreja Católica assume seu compromisso de colaborar como força educativa e solidária rumo a um novo estilo de vida.

 

8. A sociedade brasileira exige pronta união e atuação dos governantes, nas diferentes esferas do poder, guiados pela ciência e sérias indicações dos epidemiologistas, para que a vacinação comece urgentemente, pois, a cada dia, vidas são perdidas para a pandemia, agravada também por seus impactos econômico-sociais.

 

9. Especial atenção seja dedicada aos mais vulneráveis e pobres. É inaceitável e pouco inteligente que a vacina chegue mais rapidamente a alguns, deixando a descoberto a maior parte da população.

 

10. O Papa Francisco, na Carta Encíclica Fratelli Tutti, ensina que a palavra solidariedade expressa muito mais do que gestos esporádicos. “A solidariedade, no seu sentido mais profundo, é uma forma de fazer história” (Carta Encíclica Fratelli Tutti, n. 116). A humanidade está adoecida pela pandemia e só encontrará a cura se caminhar unida, adotando a solidariedade como princípio que orienta as relações, para que todos tenham a oportunidade de se vacinar, para que cada pessoa assuma a própria responsabilidade no cuidado com o seu semelhante e com a Casa Comum.

 

11. Deus, que nos fez livres e corresponsáveis pela obra da Criação, pelo cuidado uns dos outros, ajude-nos a aprender com as lições desta pandemia, para que possamos superá-la e avançarmos na construção de um mundo mais saudável, a partir da fraternidade e da solidariedade universal.

 

Brasília-DF, 6 de janeiro de 2021

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB