HISTÓRIA E ORIGEM DO CATECUMENATO

Tornar-se discípulo de Jesus Cristo por toda a vida é o grande objetivo de iniciar alguém na vida cristã, ou seja, ajudar cada pessoa a tornar-se um permanente aprendiz do único mestre que é Jesus Cristo.

Iniciamos com alguns questionamentos e inquietações

– Por que a preocupação da Igreja já quase  60 anos em pedir a restauração do catecumenato?

-Por que os Bispos do Brasil insistem e nos deixaram documentos, escritos relacionados ao tema da Iniciação à Vida Cristã?

– Por que a Catequese renovada, Diretório de Catequese, Semanas e encontros Nacionais de Catequese, se tudo está bom?

– Estatísticas mostram um declínio do número de católicos.  O que significa isto?  Perdemos católicos ou simplesmente muitos nunca o forma, nunca assumiram de fato?

SERÁ QUE AINDA ESTAMOS NA CRISTANDADE? Isto é, no tempo da cristandade, como católicos, se partia do pressuposto que a sociedade, em sua totalidade, é cristã.

O Brasil é cristão, é católico.

A família, a paróquia, a escola e a sociedade garantem que todos os cidadãos são automaticamente católicos por nascerem neste tipo de sociedade, receberem o Batismo e seguirem as orientações da Igreja… 

Tendo a garantia do batismo, primeiro sacramento da Iniciação Cristã e sacramento fonte da vida cristã, o mais cedo possível;  e da  “vivência automática da fé” de seus fiéis, na família e na sociedade… ) A Igreja acrescenta  a “instrução doutrinal” para os batizadas, tendo em vista prioritariamente o conhecimento intelectivo, em forma de cursinho, para a recepção do dois outros Sacramentos da Iniciação Cristã (Confirmação e Eucaristia, mas que passou a ser Eucaristia e, depois, Confirmação). Neste contexto,  fundamental, o mais importante, é ensinar e aprender a síntese das principais verdades da fé cristã, concentrada no que se denominou de “Catecismo” ou “Compêndio do catecismo” Ou “Livro do Católico” que, por sua vez, substituiu a “Catequese”…

Além do “livrinho catecismo”, predomina o “estilo escolar” como aula de catecismo: professor/a, aluno/a, os conteúdos, como uma disciplina, a ser tratada  de forma acadêmica…

E o momento da oração é apenas algo formal preenchido por fórmulas de oração, preces pré-fabricadas, como em quase tudo o que a Igreja faz.  Aqui a Catequista nem precisa de formação acadêmica alguma em teologia, pedagogia, metodologia. A Igreja confia no voluntariado, na boa vontade das pessoas, na “ciência infusa” e no “milagre da graça”, que age diretamente no coração dos catequizandos por mediação da família, da sociedade de cristandade e da própria Igreja…

O importante é:

a) “sacramentalizar”, pois o Sacramento é que realmente inicia na vida cristã e alimenta a vida do cristão.

b) e é “doutrinar” intelectualmente para saber os `rudimentos´ do ensinamento, ou “sã doutrina” da Igreja.

A Paróquia e a Diocese, em geral, por estarem convencidas de que todos são católicos e vivem bem como católicos mantêm e persistem na “pastoral da manutenção, por que mudar? Sempre foi assim?  Eu já decorei o que devo ensinar…. * Há uma  resistência e até  ignora ou é indiferente a tudo o que possa trazer algo que implique ou manifeste alguma mudança

na “pastoral da rotina”.

Podemos nos perguntar: Que aspectos desta realidade ainda estão presentes em nossa realidade, paróquias, comunidades?   Olhando, para fora da Igreja católica, descobrimos que o mundo mudou e mudou muito: cientifica, social, cultural e religiosamente.  Hoje, a família, a paróquia, a escola e a sociedade já não mais garantem que todos os cidadãos do Brasil sejam automaticamente católicos simplesmente por nascerem em nossa sociedade e receberem o Batismo

Apesar de tudo isto, não podemos ficar somente no negativo, mas  nos perguntar sobre um novo olhar, um tempo de Novas oportunidades, sim, porque isto faz nos questionar sobre  nossas  próprias convicções;  Dar sentido novo à própria fé;  maior abertura ao novo, novos referenciais novos horizontes; Aprender a dar razões à própria fé; Assumir uma fé mais pessoal valorizando as várias dimensões da fé;

Maior ligação entre fé e vida – Palavra e gesto;

Sentir necessidade de uma formação continuada;

Comprometer-se com as buscas e lutas coletivas e não saídas individuais….

Agora podemos começar a nos perguntar:

Então Catecumenato o que é, como entender?

 Catecumenato é uma palavra de origem grega que significa fazer ressoar, fazer soar nos ouvidos, instruir, catequizar. Catecúmeno – que está sendo iniciado na escuta da  Palavra de Deus. Que está no processo da Experiência de fé.

O catecumenato foi uma das iniciativas e instituições da Iniciação á Vida Cristã mais bem-sucedidas.  Iniciada nos primeiros séculos do cristianismo e regatada nas últimas décadas para responder, com as devidas adaptações, aos atuais desafios da transmissão da fé.

O catecumenato é hoje a grande descoberta da igreja, torna-se referência para as mais diversas formas de iniciar a fé. 

Quem assim fazia a descoberta de Cristo, não conseguia ficar calado. O entusiasmo desta descoberta o levava a falar dela a parentes, amigos, a todas as pessoas de sua convivência.  Foi assim que a fé cristã caminhou os três primeiros séculos, de boca em boca, de ouvido em ouvido, num tempo em que não havia imprensa, rádio, tv, nem cristãos podiam pregar sua fé em praça pública.  Esse contato se tornou marca registrada dos que faziam Catecumenato.

Testemunho – Anúncio – Conversão – Fé – Batismo.

Aqui estão os passos que desencadearam o processo de “iniciação à vida cristã na Igreja Antiga”. A catequese (o “ecoar” do primeiro anúncio) era dada por um grupo de ministros, chamados “doutores” nas comunidades paulinas. A vida das comunidades cristãs primitivas firmava-se sobre quatro pilares: o anúncio/a doutrina dos Apóstolos;  a fração do pão (ceia do Senhor/ Eucaristia);  a oração  e a comunhão de almas e corações, que levava à partilha dos bens, ao cuidado dos pobres e dos necessitados:

 “vejam como eles se amam!” (cf. Atos 2, 42-46; 4, 32-35). Anúncio e vida estavam intimamente ligados. Catequese e inserção progressiva na vida da comunidade eram inseparáveis.

Como se desenvolveu o Catecumenato ao longo da Historia e dos sèculos

Seu início foi no séc. II, chegando ao seu ponto culminante no séc. III – V e a partir disto iniciou já sua decadência no séc. VI.

Cristandade: O catecumenato social, iniciou no séc. VII.  Tempo em que a família e sociedade se encarregam de cuidar dos fiéis e a hierarquia cuidava dos sacramentos e das devoções, houve um tempo de grande separação entre: fé e vida – Palavra e rito- e se fortaleceu a sacramentalização, a doutrinação, o  voluntariado e o devocionismo.

Enquanto que o catecumentato verdadeiro era um Caminho antigo e eficiente desenvolvido pelas comunidades cristãs, aprofundado pelos Santos Padres, acolhido e institucionalizado pela autoridade eclesiástica, núcleo do próprio desenvolvimento do ano litúrgico, gerado nesse processo e conduzia a uma vivência mistagógica e era muito levado em conto os processos  e o valor pedagógico.

O catecumenato antigo esteve presente entre os séculos segundo e terceiro foi uma experiência muito rica e uma original instituição pastoral graças à qual a Igreja expressou a sua vocação missionária e exercitou a sua função materna em acolher e formar com seriedade os novos fiéis para assim serem gerados à vida nova em Cristo e na Igreja.

Entre os séculos II e VI dC., a preparação das pessoas ao cristianismo foi aos poucos se organizando. Criando assim, o Itinerário Catecumenal, que chegou a ter três anos de duração.

Historicamente foi a fase áurea da Catequese. Os convertidos, por causa do processo catecumenal, exerceram influência na Igreja e na sociedade. No fim do segundo século as pessoas que desejavam tornarem-se cristãos eram acolhidas na comunidade eclesial entre os aspirantes ao batismo com o nome de catecúmenos.

A preparação ao batismo acontecia em duas etapas:

 1. Os candidatos recebiam o nome de catecúmenos, isto coincidia com o tempo da quaresma onde os inscritos ao batismo chamavam-se competentes ou eleitos no Ocidente e iluminados no Oriente.

As duas categorias de candidatos: catecúmenos e competentes eram preparados ao batismo.

Assim entendemos que o catecumenato antigo no sentido verdadeiro da palavra era o tempo da formação daqueles e daquelas que desejavam tornarem-se cristãos; compreendia a primeira acolhida dos novos membros na comunidade cristã até o limiar do batismo, confirmação e eucaristia.

No Novo Testamento não encontramos escritos, rituais elaborados de preparação para os novos membros que desejassem abraçar a fé cristã. Nem encontramos os termos iniciação cristã, catecumenato. Isto, no entanto não significa a ausência de uma preparação e nem a ausência de critérios de discernimento para os que desejavam abraçar a fé cristã.

 Temos passagens bíblicas apontam exigências antes da celebração do batismo.

Vejamos: Atos 8,26-30. Aqui são narrados os passos necessários no processo de Iniciação

Anúncio – Instrução -profissão de fé e preparação imediata ao batismo.

Passos: Ouve-se a Boa nova, Cria adesão a ela, abre = se á fé-conversão sinal sacramental desta adesão é o Batismo.

Temos outros textos inspiradores que nos ajudam a compreender este processo: Outros textos inspiradores que fazem alusão ao processo de Iniciação Cristã: Romanos 6,1-11;  Efésios 1,13-19 indissociável da inserção na comunidade;  Hb 5,12-6,1-2 – decisão irreversível;1Tes 1,4-10 – renúncia aos ídolos e servir ao Deus vivo.

– O Catecumenato, esta proposta da Iniciação cristã, parte do princípio de que o “Cristão não nasce, cristão se torna” (Tertuliano celebre teólogo  no início do século III). No entanto a origem do catecumenato nos remete à missão de Jesus e sua atividade apostólica.  Por isso, no Novo Testamento estão os sinais, os germes do que será nos séculos seguintes a Iniciação da Instituição da Igreja primitiva.  

Jesus evangelizava e anunciava com palavras e obras que o Reino de Deus está em ação. Anunciava uma Palavra que se cumpria. É uma palavra acompanhada de sinais, ensina, cura, dizia  e fazia.  A catequese de Jesus e dos doze é fundamental no desenvolvimento das primeiras comunidades cristãs e é modelo para a catequese de todos os tempos.  Os discípulos vão por toda a parte anunciando a boa nova, levando a Palavra, o Evangelho. Ide ensinai e batizai.  O grande objetivo era fazer discípulos. O catequista, aparece como aquele que instrui na Palavra e a catequese se realiza através da imersão na vida da comunidade.

O processo Iniciático das primeiras comunidades tem sua fonte no judaísmo especialmente a característica da conversão para o seguimento. No século II ainda não existia o catecumenato como uma instituição estruturada e oficializada era ainda e muito mais uma verdade vivida.

 Aos poucos a igreja começa elaborar um itinerário mais exigente para os que desejam ser cristãos.

 A referência mais antiga que temos deste processo de iniciação do início da Igreja é a Didaqué, o catecismo, a doutrina dos doze. Na Didaqué encontramos as bases mais consistentes, e sólidas da Iniciação à fé. Tendo como doutrina o eixo dos dois caminhos:

Morte e vida – luz e sombra (Didaqué 1, 1-6) . Todos os fiéis, através do jejum e da oração, participavam da Iniciação do catecúmeno. Orígenes e Tertuliano são figuras que muito contribuíram para o processo de institucionalização do catecumenato.  Na dúvida de que o candidato estivesse preparado se prolongava o catecumenato.

Estruturação do Catecumenato

Foi somente a partir do III século que começamos ter alguma estruturação do catecumenato passando por várias experiências, e amadurecendo o processo.  Neste período tem muita importância a tradição Apostólica de Hipólito de Roma contendo as primeiras diretrizes e orientações instituídas pela Igreja a respeito do itinerário catecumenal e que se torna base para a instituição catecumenal.

Esta obra de Hipólito de Roma apresenta este Itinerário em três etapas:

– Admissão – entrada ao catecumenato

– Tempo do catecumenato

– Eleição para o batismo

Após o primeiro anúncio supondo a primeira conversão o candidato é apresentado pelo padrinho, introdutor à comunidade para ser admitido ao catecumenato. Passando por um exame severo sobre: a moral de vida, estado de vida, suas verdadeiras motivações e sinceridade de conversão.  A seu estado familiar, social e profissional. Pois certas profissões  eram contrárias  ao seguimento de Cristo.

Aqui já se fala de um Rito de Admissão do candidato. Neste processo há um significado especial o sinal da Cruz na fronte do candidato que se denominava de ouvinte:  Com isso inicia-se um longo período de formação, catequese, ensino com duração de mais ou menos 3 anos. Também aumentam as exigências de conversão e a mudança de vida .

Como acontecia esta Formação?

A formação do novo membro no caminho catecumenal se fundava sobre uma tríplice experiência: Ouvir a palavra de Deus de uma forma especial com a catequese, Exercícios ascético-penitenciais, Ritos e celebrações. Na realidade estes três aspectos eram interligados em vista do crescimento espiritual dos candidatos no caminho ao batismo. Hipólito, Tertuliano e Orígenes falavam desta tríplice dimensão do processo formativo.

A catequese segundo os Padres tinha como objetivo suscitar no candidato uma reposta de fé e uma transformação na sua vida. Os exercícios penitenciais eram numerosos e também exigidas obras de caridade em vista do processo catecumenal visando à conversão das pessoas. Os exorcismos eram ritos de purificação e com a ajuda do Senhor permitiam a quebra das correntes com o espírito do mal.

Depois de alguns dias tinha a entrega do Símbolo e a sua devolução, feita publicamente como lembra a peregrina de Etéria (século quarto), pelo bispo com a presença dos fiéis, cujo significado como lembra Santo Agostinho é apresentado como regra da fé, síntese de tudo quanto se deve crer para a salvação.

 Percebe-se neste processo a íntima relação entre Catequese, Liturgia e Comunidade; uma integração  entre formação-catequese, moral-conversão e ritual.  Introdução aos símbolos da fé, às orações ressaltando aqui a importância dos ritos no itinerário formativo.

Ritos que Acompanham – Os ritos que acompanham são: a Oração, Imposição das mãos, sinal de exorcismo feito até pelo próprio catequista; A participação na Assembléia dominical com os demais fiéis porém somente até a liturgia da Palavra (Por não estarem aptos ainda, à oração dos batizados).

Quando já eleitos ao batismo e próximos de receberem os sacramentos havia uma preparação mais intensa, sistemática das verdades reveladas – isto acontecia no início da quaresma.  No oriente recebiam o nome de iluminados.  No Ocidente de competentes e em Roma, de  Eleitos. Tudo isto consistia em um momento intenso de oração e penitência, não apenas dos eleitos, mas de toda a comunidade.

Este Processo seguia os seguintes passos:

– Inscrição do Nome

– Entrega do credo, símbolo da fé como sinal de adesão pessoal à fé transmitida pela Igreja.

Símbolo do Pai-Nosso

– uma série de exorcismos (escrutíneos) em busca da conversão apontando para a força transformadora de Deus na luta contra o mal.

– O ponto culminante deste processo catecumenal acontecia na noite da vigília pascal, com a celebração dos sacramentos do Batismo, Confirmação e Eucaristia.

– Na semana seguinte da Páscoa, especialmente nos séculos quarto e quinto, ordinariamente os recém-batizados eram introduzidos à compreensão dos mistérios celebrados na vigília pascal com catequeses mistagógicas que eram dadas habitualmente pelo bispo.

Santo Agostinho nos lembra que, no domingo in albis, os que receberam os sacramentos da iniciação cristã depositavam as suas vestes brancas e abandonados os postos a eles reservados se misturavam à multidão dos fiéis.

Decadência do Catecumenato

Passado o tempo da cristandade, a Igreja não conseguiu acompanhar as mudanças do mundo e continuando como antes, ficou cada vez mais defasada.  …Em muitos lugares e situações: houve e há mais sacramentalização do que verdadeira iniciação à vida cristã. Católicos sacramentalizados, mas não evangelizados. Há dificuldade de aceitar o “Fenômeno histórico da secularização e da descristianização… fica-se num medíocre pragmatismo” (Ratzinger).

Assim começa a Decadência do Catecumentato.  Em pouco tempo a Igreja perdeu uma organização capaz de dar razões da própria esperança. O acento que se dava para a iniciação à vida cristã passa a ser colocado na preparação próxima aos sacramentos.

Sem considerar o processo catecumenal de três anos, foi reduzido apenas ao tempo da quaresma.

Aqui tem início o batismo de crianças onde se tornou uma prática generalizada a partir do século VI. Há desconecção com o Ano Litúrgico e sem envolvimento com a comunidade da Liturgia e catequese, os escrutínios já não são realizados; tudo acontece numa única celebração. Se assume uma pratica individual- familiar. Se trata de um catecumenato onde a..  comunidade cristã e a sociedade assumem o papel de transmitir a fé e a Igreja fica somente com a  instrução doutrinal – catequese. (Ver: pág 54 paróquia e Iniciação Cristã João Reinert).

Com isto foi deixando-se de lado os diferentes ministérios laicais e recebendo relevância o ministério dos presbíteros e bispos.

Restauração do Catecumenato – Após séculos de inverno eclesial a respeito da Iniciação à Vida Cristã é a partir do século XX que se retoma sinais e expectativas de volta à fontes, de restaurar a experiência dos primeiros cristãos. O Aggiornamento, uma renovação  eclesial  promovida pelo Concílio  é que  a Igreja se dá conta do fim da cristandade e faz repensar os caminhos da retomada  da Iniciação à fé cristã. Grande contribuição para isto vem do movimento de renovação litúrgica. Buscando devolver à liturgia sua identidade e ritualidade, fugindo do ritualismo. Esta restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja (cf. CD 14, SC 64-68 e AG 14), com a devida inculturação, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autêntica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.

O Concílio pede para que sejam revistos todos os rituais dos sacramentos;  Como resposta ao pedido do concílio de restaurar o catecumenato, foi elaborado o RICA (RITUAL DE Iniciação Cristã  de adultos), livro litúrgico teológico e catequético . É um livro completo oferece a estrutura metodológica de o Itinerário de Iniciação à vida cristã e está aberto a adptações, sua inspiração  favorece  não só para com adultos, mas  também crianças …

O catecumenato, processo catequético de iniciação dos primeiros séculos, na sua época, foi  uma verdadeira escola de fé.  Ele oferece  um modelo de catequese que se apresenta num modo especial e significativo de fazer a iniciação cristã.

– Primeiramente para os adultos não cristãos, a catequese traz um sentido de instrução.

 A novidade é ser apresentada por  etapas,  estar relacionada com o ano litúrgico e apoiada nas celebrações da Palavra.

– Um segundo meio é a própria prática da vida cristã.  O catecumenato oferece uma formação compreendida num itinerário espiritual de passagem do velho homem para o novo, que tem sua perfeição em Cristo, uma progressiva mudança de mentalidade e costumes, com suas consequências sociais.

– O terceiro meio de formação na fé é a própria participação litúrgica.

 Devem ser realizadas  celebrações  da Palavra, como também os catecúmenos devem participar da vida litúrgica na comunidade.

Nesse sentido, os catequistas da iniciação cristã são também ministros da oração e ministros da celebração da Palavra de Deus.

Todo o itinerário da iniciação cristã deve ser iluminado pelo princípio da interação fé e vida, garantindo que a opção preferencial de Jesus Cristo  pelos pobres e marginalizados seja sempre atualizada e assumida no testemunho cristão.

Elementos da catequese de Inspiração Catecumenal- (Domingos Ormonde)
 

– Caráter pascal – No catecumenato tudo se orienta para o mistério da paixão  morte e ressurreição de Cristo.  Coloca e orienta cada um em relação com o ressuscitado. Ajuda-o a reler sua vida e sua história como passagens pascais.

– O caráter iniciático – O catecumenato como uma iniciação à fé, levando o catequizando à descoberta do mistério de Cristo e da Igreja.

Procura abranger todas as dimensões da vida cristã para que cada um inicie sua caminhada na comunidade, na vida pessoal como resposta a Deus que o buscou.

– O caráter litúrgico, ritual e simbólico – despertar para a riqueza dos ritos, dos símbolos, das celebrações que tocam os sentidos e os afetos.   A dimensão da corporeidade e afetividade. 

– O caráter comunitário – O catecumenato é um processo que se realiza em uma comunidade concreta. Faz a experiência da comunhão e da sua responsabilidade no anúncio da fé. Integra os diferentes ministérios, serviços e carismas, Grupos e pastorais ordenados e não ordenados.

– O caráter de conversão permanente de testemunho. O catecumenato é um caminho de conversão e de gradual purificação através dos ritos que assinalam uma nova forma de existência e de pensamento.

– O caráter de progressividade da experiência formativa – processo dinâmico estruturado em períodos, gradual, acompanhado pacientemente pela Igreja.

Hoje entendemos que tudo na Igreja precisa se voltar para este processo de Iniciação à Vida Cristã, afirmam nossos bispos, tudo na Igreja precisa voltar a ter as características de um processo de INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ.  Também para os já batizados e que desejam uma opção mais firme por Jesus, pela Igreja e pela Missão como era, aliás, no antigo catecumenato.

Há necessidade, portanto, de oferecer oportunidades: para os batizados completarem a iniciação cristã ou ontológica (os 03 Sacramentos da Iniciação) por meio da iniciação processual

à vida cristã.  Este processo educativo envolve evangelização (kerigma), catequese, liturgia, engajamento na Igreja e na construção do Reino de Deus. 

A inspiração catecumenal carrega como característica distinta de outras metodologias (cristandade, catecismos, doutrinação), o valor da espiritualidade primitiva da Igreja: ser a comunidade dos filhos e filhas de Deus.

“Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina” (CNBB, Comunidade de comunidades, 78).

Aqui está a conversão pastoral que se busca, deseja e que será  percebida na medida em que as práticas das comunidades cristãs mudarem o foco de conduzir apenas para o sacramento e investirem em verdadeiros lugares de anúncio e celebração do mistério e do amor de Jesus Cristo.

 Nas comunidades primitivas, “a iniciação cristã cuidava de instruir os catecúmenos tanto na adesão à pessoa de Jesus Cristo quanto na vida comunitária e no novo jeito de agir na sociedade e na família” (CNBB, Comunidade de comunidades, 89)

Em síntese: O catecumenato antigo compreendia um processo de acolhida, acompanhamento, formação e experiência sacramental na qual a pessoa se convertia e tornava-se cristã.  O objetivo do catecumenato era levar o futuro membro pelo batismo à participação do mistério da morte e ressurreição de Cristo, receber pela confirmação, a plenitude dos dons do Espírito Santo, e pela Eucaristia,  unido ao Corpo e Sangue de Cristo.

Todo o processo terminava com as catequeses mistagógicas dadas à semana seguinte da Páscoa, isto é na oitava pascal.

É importante o conhecimento deste itinerário formativo para que hoje as pessoas sejam discípulos, discípulas, missionários e missionárias de Jesus Cristo, sejam atuantes na vida da Igreja, na sociedade e um dia pela graça de Deus, participantes de seu Reino.

Todo o processo terminava com as catequeses mistagógicas dadas à semana seguinte da Páscoa, isto é na oitava pascal.  É importante o conhecimento deste itinerário formativo para que hoje as pessoas sejam discípulos, discípulas, missionários e missionárias de Jesus Cristo, sejam atuantes na vida da Igreja, na sociedade e um dia pela graça de Deus, participantes de seu Reino.

Ressonâncias e trabalho em grupos

– Destacar pontos, elementos, aspectos que chamaram sua atenção.

– Conseguimos ver luzes para o nosso caminho de Iniciação à vida Cristã em nossa Arquidiocese?

– Acreditamos que este é o caminho para formarmos  cristãos, seguidores de Jesus

Mais uma vez os bispos do Brasil, que se reúnem em unidade na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), divulgam uma Mensagem ao Povo Brasileiro, em atenção ao momento que o nosso país atravessa. É o resultado da leitura que cada bispo faz da realidade na sua região e daquilo que pode perceber no seu Estado e também na nação. É um texto produzido a muitas mãos e com um forte senso de diálogo, de idas e vindas entre os participantes.

De fato, a mensagem começou a ser pensada no Conselho Permanente, on-line, que ocorreu no mês de março. Ali foram apresentadas várias opiniões, sugestões e elementos que não poderiam faltar numa mensagem como essa.

Um primeiro elemento é que ela deveria ser dirigida ao Povo Brasileiro e não apenas aos católicos, significando a atitude de diálogo e serviço ao mundo que a Igreja precisa ter. Assim ela se define: Igreja a serviço e em diálogo. Alguém logo ofereceu a sugestão que a mensagem deveria ter uma abertura com uma “constatação esperançosa” devido à “explosão de solidariedade” que o país viveu durante a pandemia. Deveria apresentar debilidades estruturais potencializadas pela COVID -19; ressaltar a grande oportunidade que a nação tem num ano eleitoral. Destaque para apelos e incentivos à participação, ao voto, às eleições, à defesa das instituições, a praticar a Boa Política, etc.

Outros temas sugeridos no processo de elaboração da nota: o compromisso do episcopado, o desmanche das políticas públicas, a defesa das instituições; a questão da justiça social e as pautas de costumes, etc. Portanto, apresento-lhes a MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO PARA ESTE ANO DE 2022, que pode ser acessada pelo Qr Code ao lado. Que ela possa ser lida, analisada, estudada e, por fim, que ajude na construção de um país mais justo, fraterno, solidário e para todos.

“A esperança não decepciona” (Rm 5,5).

59ª. Assembleia Geral da CNBB

Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz.

Agradecemos os muitos gestos de solidariedade de nossas comunidades, por ocasião da pandemia e dos desastres ambientais. Encorajamos as organizações e os movimentos sociais a continuarem se unindo em mutirão pela vida, especialmente por terra, teto e trabalho. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, particularmente a juventude, a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, obtenha de Deus as bênçãos para todos nós.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

Revista Comunidade edição maio de 2022.
Palavra do Pastor é o artigo mensal do arcebispo dom Geremias Steinmetz na Revista Comunidade, a revista oficial da Arquidiocese de Londrina, que tem como patrocinadores:

ALVARO TINTAS
BELLA CONFORT
GRUPO METAUS
LIVROS E LIVROS
METRONORTE

PLATOMAC EMBREAGENS
SEBO CAPRICHO
RADIADORES SÃO FERNANDO
TINTAS LONDRES COLOR

Dom Joel Portella Amado

A Evangelização da Igreja no Brasil hoje privilegia o trabalho de pequenas comunidades, o que as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB chamam de Comunidades Eclesiais Missionárias.
As diretrizes atuais falam da Igreja como uma casa, a partir da experiência das primeiras comunidades cristãs descrita nos Atos dos Apóstolos. Uma casa que tem sua base, seus pilares, sua forma de ser e, principalmente, que promove relações próximas de irmãos entre as pessoas que ali vivem.
No Arquidiocese Entrevista de hoje, o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário geral da CNBB dom Joel Portella Amado fala sobre as diretrizes no contexto do mundo urbano, tema do curso anual dos presbíteros, assessorado por dom Joel em Londrina no mês de março. Confira a entrevista conduzida pela jornalista Juliana Mastelini Moyses.

Edição e imagens: Tiago Queiroz


A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a tradicional Mensagem ao Povo Brasileiro. O texto apresenta “uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil”. Os bispos lembraram da solidariedade para a superação da pandemia, agradeceram às famílias e agentes educativos pelo cuidado no campo da educação e dedicaram reflexões sobre a realidade do país, cujo quadro atual “é gravíssimo”. Para os bispos, “o Brasil não vai bem!”.

Diante da complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, a CNBB espera que os governantes “promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988”.

A mensagem também aborda o processo eleitoral deste ano, envolto “de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança”. Também chama atenção para as ameaças ao pleito, além de reforçar um apelo pela democracia brasileira.

“Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve.”

Ao final do texto, os bispos convidam a todos, particularmente a juventude, “a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna”.

Confira o texto na íntegra:


MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO
59ª. Assembleia Geral da CNBB
“A esperança não decepciona” (Rm 5,5).

Guiados pelo Espírito Santo e impulsionados pela Ressurreição do Senhor, unidos ao Papa Francisco, nós, bispos católicos, em comunhão e unidade, reunidos para a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de modo on-line e com a representação de diversos organismos eclesiais, dirigimos ao povo brasileiro uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil.

Enche o nosso coração de alegria perceber a explosão de solidariedade, que tem marcado todo o País na luta pela superação do flagelo sanitário e social da COVID-19. A partilha de alimentos, bens e espaços, a assistência a pessoas solitárias e a dedicação incansável dos profissionais de saúde são apenas alguns exemplos de incontáveis ações solidárias. Gestores de saúde e agentes públicos, diante de um cenário de medo e insegurança, foram incansáveis e resilientes. O Sistema Único de Saúde-SUS mostrou sua fundamental importância e eficácia para a proteção social dos brasileiros. A consciência lúcida da necessidade dos cuidados sanitários e da vacinação em massa venceu a negação de soluções apresentadas pela ciência. Contudo, não nos esquecemos da morte de mais de 660.000 pessoas e nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, trazendo ambas em nossas preces.

Agradecemos ainda, de modo particular às famílias e outros agentes educativos, que não se descuidaram da educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos, apesar de todas as dificuldades. Com certeza, a pandemia teria consequências ainda mais devastadoras, se não fosse a atuação das famílias, educadores e pessoas de boa vontade, espírito solidário e abnegado. A Campanha da Fraternidade 2022 nos interpela a continuar a luta pela educação integral, inclusiva e de qualidade.

A grave crise sanitária encontrou o nosso País envolto numa complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, que já nos desafiava bem antes da pandemia, escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. A COVID-19, antes de ser responsável, acentuou todas essas crises, potencializando-as, especialmente na vida dos mais pobres e marginalizados.

O quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem! A fome e a insegurança alimentar são um escândalo para o País, segundo maior exportador de alimentos no mundo, já castigado pela alta taxa de desemprego e informalidade. Assistimos estarrecidos, mas não inertes, os criminosos descuidos com a Terra, nossa casa comum. Num sistema voraz de “exploração e degradação” notam-se a dilapidação dos ecossistemas, o desrespeito com os direitos dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, a perseguição e criminalização de líderes socioambientais, a precarização das ações de combate aos crimes contra o meio ambiente e projetos parlamentares desastrosos contra a casa comum.

Tudo isso desemboca numa violência latente, explícita e crescente em nossa sociedade. A crueldade das guerras, que assistimos pelos meios de comunicação, pode nos deixar anestesiados e desapercebidos do clima de tensão e violência em que vivemos no campo e nas cidades. A liberação e o avanço da mineração em terras indígenas e em outros territórios, a flexibilização da posse e do porte de armas, a legalização do jogo de azar, o feminicídio e a repulsa aos pobres, não contribuem para a civilização do amor e ferem a fraternidade universal.

Diante deste cenário esperamos que os governantes promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988, já tão desfigurada por meio de Projetos de Emendas Constitucionais. Não se permita a perda de direitos dos trabalhadores e dos pobres, grande maioria da população brasileira. A lógica do confronto que ameaça o estado democrático de direito e suas instituições, transforma adversários em inimigos, desmonta conquistas e direitos consolidados, fomenta o ódio nas redes sociais, deteriora o tecido social e desvia o foco dos desafios fundamentais a serem enfrentados.

Nesse contexto, iremos este ano às urnas. O cenário é de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança. Nossas escolhas para o Executivo e o Legislativo determinarão o projeto de nação que desejamos. Urge o exercício da cidadania, com consciente participação política, capaz de promover a “boa política”, como nos diz o Papa Francisco. Necessitamos de uma política salutar, que não se submeta à economia, mas seja capaz de reformar as instituições, coordená-las e dotá-las de bons procedimentos, como as conquistas da Lei da Ficha Limpa, Lei Complementar 135 de 2010, que afasta do pleito eleitoral candidatos condenados em decisões colegiadas, e da Lei 9.840 de 1999, que criminaliza a compra de votos. Não existe alternativa no campo democrático fora da política com a ativa participação no processo eleitoral.

Tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo eleitoral e a conquista irrevogável do voto. Tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos nosso apoio às Instituições da República, particularmente aos servidores públicos, que se dedicam em garantir a transparência e a integridade das eleições.

Duas ameaças merecem atenção especial. A primeira é a manipulação religiosa, protagonizada tanto por alguns políticos como por alguns religiosos, que coloca em prática um projeto de poder sem afinidade com os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A autonomia e independência do poder civil em relação ao religioso são valores adquiridos e reconhecidos pela Igreja e fazem parte do patrimônio da civilização ocidental. A segunda é a disseminação das fake news, que através da mentira e do ódio, falseia a realidade. Carregando em si o perigoso potencial de manipular consciências, elas modificam a vontade popular, afrontam a democracia e viabilizam, fraudulentamente, projetos orquestrados de poder. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e o respeito aos resultados nas eleições. A democracia brasileira, ainda em construção, não pode ser colocada em risco.

Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz.

Agradecemos os muitos gestos de solidariedade de nossas comunidades, por ocasião da pandemia e dos desastres ambientais. Encorajamos as organizações e os movimentos sociais a continuarem se unindo em mutirão pela vida, especialmente por terra, teto e trabalho. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, particularmente a juventude, a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, obtenha de Deus as bênçãos para todos nós.

Brasília – DF, 29 de abril de 2022.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral

Fonte: CNBB

O que a Igreja tem a ver com a política? Ministros ordenados podem se candidatar a cargos eletivos? E os leigos, qual o papel deles na política? Estas e outras perguntas são respondidas pelo secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, o primeiro convidado para a série de podcasts “A política melhor”. 

A série é conduzida pela jornalista e assessora do Regional, Karina de Carvalho, pelo radialista e membro da diretoria da Signis Brasil Rádio, Jorge Teles, e pelo coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius.

No próximo domingo, dia primeiro de maio, a Paróquia São José Operário, no Jardim Leonor, traz aos fiéis uma programação em honra ao padroeiro dos trabalhadores: São José Operário. Serão três missas ao longo do dia: às 7h30, presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz; às 9h30, presidida pelo pároco, padre Dirceu Júnior dos Reis; e às 19h, presidida pelo padre Ademar Lorrenzzetti; com bênção das carteiras de trabalho. Após a missa das 9h30, ocorre a tradicional carreata pelas ruas do Jardim Leonor e bênção dos carros em frente à paróquia.

A partir das 14h a paróquia promove show de prêmios no valor de R$30, com premiações como fogão, bicicleta e Smart TV de 42”.

A quermesse do padroeiro ocorre no dia anterior, sábado, 30 de abril, a partir das 17h no pátio da igreja. Será vendido cachorro quente, lanche natural, pastel, doces, bebidas e brincadeiras para as crianças.

Serviço:

Celebrações do Dia de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores – 1º de maio

Local: Paróquia São José Operário (Rua Ruy Virmond Carnasciali, 486, Jardim Leonor)

7h30 – Santa Missa com bênção das carteiras de trabalho – dom Geremias Steinmetz

9h30 – Santa Missa com carreata e bênção dos carros- padre Dirceu Júnior dos Reis – Carreata e benção dos carros

19h00 – Santa Missa com bênção das carteiras de trabalho- padre Ademar Lorrenzzetti

Pascom

Nos dias 23 e 24 de abril, foi realizado o Encontro de Formação para Assessores da Infância e Adolescência Missionária – EFAIAM. O evento reuniu 32 participantes no Centro Juvenil Oblatos de São José, do Seminário dos Oblatos de São José. Com assessoria do padre Vagner Aparecido Alves, coordenador da IAM no Regional Sul 2, tratou sobre o tema: “IAM: História e carisma da obra no Ano Jubilar Missionário”.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Divulgação

Três seminaristas em ano de síntese da Arquidiocese de Londrina: Jefferson Basseto, Ricardo Campanucci e Sidnei de Jesus Izzo Júnior, iniciaram na segunda-feira, dia 25 de abril, o curso em gestão eclesial, voltado aos seminaristas que estão no último ano da formação para o sacerdócio. O curso, em seu segundo ano, aborda temas como liderança e gestão de pessoas, planejamento estratégico, gestão financeira e patrimonial, e oficina sobre o sistema de administração paroquial.

A primeira aula do curso de gestão eclesial iniciou com a Santa Missa presidida pelo padre Renato Pelisson, que fez o curso no ano passado.
Da esquerda pra direita: Ricardo, Jefferson, Júnior, Pe. Renato, Pe Alex, diácono Rodrigo, Bruno. (Foto arquivo pessoal)


Ao final do curso, os jovens farão uma semana de estágio na Mitra Arquidiocesana de Londrina, centro administrativo da arquidiocese, conhecendo todos os departamentos. A ideia é que, depois de ordenados, quando assumirem suas próprias paróquias, tenham mais tranquilidade para lidar com as questões administrativas que terão que resolver.

PASCOM Arquidiocesana

Desde 2008, ininterruptamente, a CNBB Regional Sul 2 publica em anos eleitorais a cartilha de orientação política. Neste ano com uma novidade o podcast “a política melhor” que vai aprofundar com entrevistas os conteúdos da cartilha. O Presidente da CNBB, Arcebispo de Belo Horizonte Dom Walmor Oliveira de Azevedo ressalta a importância do cristão católico buscar uma boa formação política.

Celebramos no último domingo, 24 de abril, a Festa da Divina Misericórdia, em sua 20ª edição em nossa arquidiocese. O 2º Domingo da Páscoa, Domingo da Misericórdia instituído por São João Paulo II, teve a graça de ser celebrada em várias paróquias da arquidiocese.

Sendo preparada com a Semana da Misericórdia, a Novena à Divina Misericórdia foi rezada nas paróquias e também transmitida pelo canal da arquidiocese, a cada dia conduzida por um sacerdote da arquidiocese, foi possível depois dessa novena presenciar as graças abundantes que nesse dia festivo nos concede a Indulgência Plenária.

Na Catedral de Londrina, onde iniciou a devoção à Divina Misericórdia na arquidiocese, tivemos a Santa Missa presidida por nosso arcebispo dom Geremias Steinmetz, muitos devotos da Divina Misericórdia se fizeram presentes e receberam as estampas de Jesus Misericordioso que foram abençoadas ao final da celebração, cumprindo assim o pedido que Jesus Misericordioso fez a Santa Faustina Kowalska, relatado em seu diário: “Ofereço aos homens um vaso que devem buscar graças na fonte da misericórdia. Esse vaso é a imagem com a inscrição Jesus eu confio em Vós” (Diário de Santa Faustina 327) “Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (D. 49).

Em várias paróquias foram realizadas a Adoração Eucarística na Hora da Misericórdia, sendo rezado o Terço da Misericórdia pedindo pela Paz no Mundo e nas famílias. A Divina Misericórdia a cada ano tem sido mais conhecida e divulgada, cumprindo-se as promessas de Jesus a todos que glorificam e confiam na Sua Infinita Misericórdia: “A alma que confia na minha Misericórdia é a mais feliz, porque eu mesmo cuido dela” (D.1273)

JESUS EU CONFIO EM VÓS!

Viviane Ulbrich
Apostolado Eucarístico da Divina Misericórdia

Foto de Destaque: Daniel Kanki

Fotos: Divulgação

Paróquia Nossa Senhora da Luz, Decanato Oeste
Paróquia Nossa Senhora da Luz, Decanato Oeste
Catedral de Londrina
Catedral de Londrina
Catedral de Londrina
Paróquia Nossa Senhora da Glória, Decanato norte
Capela Jesus Misericordioso, Paróquia Nossa Senhora das Graças, Centenário do Sul
Paróquia Santa Rita, Decanato Leste
Paróquia Santa Rita, Decanato Leste
Paróquia São Judas Tadeu, Decanato Oeste
Santuário Nossa Senhora Aparecida, Decanato Leste
Paróquia Nossa Senhora das Graças, Decanato Centro
Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Decanato Oeste
Paróquia Imaculada Conceição, Decanato Centro
Capela São Francisco de Assis
Paróquia Nossa Senhora da Paz, Ibiporã
Paróquia Pessoal Nipo-brasileira, Decanato Centro
Paróquia Pessoal Nipo-brasileira, Decanato Centro
Capela Mãe da Divina Providência, Paróquia São Vicente de Paulo, Decanato Centro
Capela São José de Anchieta, Decanato Norte
Paróquia Coração de Maria, Decanato Centro
Paróquia São José Operário, Decanato Oeste