Papa Francisco se faz presente entre nós
O fato é inusitado. Nunca se falou tanto em um Papa como se fala agora pelos corredores da Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo, Decanato Centro. Fala-se do Papa Francisco. Mais precisamente, das cartas enviadas aos catequizandos da paróquia. As cartas em papel timbrado são assinadas pelo assessor Monsenhor Paolo Borgia.
A história das cartas começou quando a Coordenadora da Catequese, Cileide Marques, ao ler uma informação que em determinada arquidiocese as crianças teriam escrito ao Papa e estavam recebendo respostas, lhe veio a ideia de também realizar essa experiência na paróquia. Conversou com as catequistas e acertaram os detalhes.
Cileide soube também que os Correios tinham um Projeto que dava apoio a propostas deste tipo. Entrou em contato com os Correios e alguém da Instituição veio até a Paróquia fazer os esclarecimentos sobre o tipo de apoio que eles dariam à iniciativa. Depois de uma conversa com o pároco, padre Guido Valli, também jesuíta como o Papa, tudo foi acertado.
Em seguida, os catequizandos foram informados da proposta pelas suas catequistas e um bom número deles aceitou participar da experiência. As catequistas também escreveram e receberam respostas.
Fizemos uma rápida entrevista com algumas crianças e perguntamos qual a sua reação ao receber uma carta do Papa? Uma garota respondeu: “primeiro, tomei um grande susto. Depois é que veio a emoção e a alegria”. Pedimos também que elas falassem sobre o que escreveram nas cartas endereçadas ao Papa. Uns dizem que não lembram o que escreveram, outros pontuam alguns assuntos e, pelo que eles falam, a gente observa que, em primeiro lugar, eles mandaram informações relacionadas ao cotidiano deles na Escola e na Catequese.
Depois, fazem algumas perguntas às vezes curiosas, como, por exemplo, para que times ele torce. Às vezes, inteligentes e factuais, como: quantos anos uma pessoa leva para ser Papa. Há quantos anos ele é Papa; houve quem perguntasse o que ele acha da Ideologia de Gênero e também o que acha da Situação do Brasil, entre outras.
Eles também falam o que pediram ao Papa. Teve um que, ingenuamente, pediu um celular. Outro pediu orações para fazer boas provas no colégio. Mas a grande maioria pediu orações para os familiares, principalmente os que estão doentes como é o caso do pedido de oração pela saúde de um avô que estava doente.
O processo de envio das cartas, em Aerogramas, iniciou-se no final de junho e as respostas começaram a chegar em agosto. De acordo com a secretária da paróquia, Silvia Cristina, já chegaram aproximadamente 40 cartas respostas e até hoje, todo dia chega uma ou duas. O certo é que estamos em setembro e as cartas respostas continuam chegando. E é por isso que ninguém perdeu a esperança. Quem ainda não recebeu resposta continua confiante.
As cartas respostas endereçadas aos catequizandos e catequistas, normalmente, seguem um padrão estabelecido. Iniciam-se com um agradecimento pelas correspondências enviadas por ocasião do “Dia do Papa”, 29 de junho. A partir daí, talvez, referindo-se a alguma pergunta feita nas cartas, vêm algumas considerações sobre o que significa “ser santo”, em diferentes situações. Depois, normalmente finaliza com o parágrafo abaixo:
“… Para isso, o Papa Francisco confia as necessidades e intenções do (nome do destinatário) a Nossa Senhora Aparecida e, como penhor de misericórdia e paz divinas sobre a sua pessoa e quantos que lhe são queridos, concede-lhes a Bênção Apostólica, pedindo também que não deixem de rezar por ele. Assinado: Mons. Paolo Borgia. Assessor. Nunciatura Apostólica do Brasil.”
Francisca Sousa Mota e Pinheiro
PASCOM Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo
Fotos: Arquivo pessoal