Missa na Catedral celebrou a data, marcada por um ano intenso de trabalhos, atendimentos e ações em meio à pandemia

 

Um número pequeno de fiéis, cerca de 200, comparado ao que a Catedral comporta, participaram, nesta quarta-feira, 12 de agosto, da Missa de Ação de Graças pelos três anos de ministério episcopal de dom Geremias Steinmetz na Arquidiocese de Londrina. A missa presencial com restrições por causa do protocolo de segurança para enfrentamento da pandemia da COVID-19 contou com bem menos gente do que costumam ser as celebrações na catedral. Mas os fiéis ali presentes se uniram aos que, de suas casas pelos meios de comunicação, pararam um momento do dia para rezar pelo arcebispo.

 

“Hoje quero agradecer. Não dizer coisas feitas, mas agradecer a presença de tantas pessoas que mesmo em momentos difíceis rezaram e estiveram presentes. Obrigado, padres, porque o bispo sem os padres não é nada. Obrigado, povo de Deus, que deu seu testemunho na oração. E a promessa de sempre estar à disposição. Deus seja louvado”, falou o arcebispo na homilia.

 

Este terceiro ano de trabalho de dom Geremias na Arquidiocese de Londrina foi marcado por diversas atividades, dentre elas as visitas pastorais, a reforma do Lar Sacerdotal e a efetivação do 17º Plano de Ação Evangelizadora, publicado no fim de 2018. Todas as ações pastorais da arquidiocese, paróquias e comunidades, estão seguindo as definições indicadas no plano, com enfoque no estado permanente de missão, na Iniciação à Vida Cristã, animação bíblica, pequenas comunidades e a Igreja a serviço da vida plena para todos. Porém, todas as atividades previstas tiveram que ser adaptadas ou canceladas.

 

“O ano, apesar da diferença com os outros anos [por causa da pandemia], continua sendo um ano muito trabalhoso, e pelo que se prevê para os próximos meses serão também de muito trabalho, porque é um trabalho agora de retomada da agenda, em que muitas pastorais deverão começar do zero na sua organização e, sobretudo, na sua contribuição para com a sociedade”, aponta dom Geremias.

 

Neste período, muitos desafios foram colocados para o trabalho da Igreja como um todo, pois a maioria das atividades tiveram que ser revistas ou adiadas. . “Mas se por um lado nós perdemos nisso, por outro lado ganhamos em trabalhos internos e também numa manifestação mais interna da fé, nas famílias, no silêncio, no trabalho da comunicação, da Pascom, dos meios de comunicação, penso que saímos com um know-how muito interessante para o trabalho no futuro. Agora a grande pergunta é: ‘o que tudo isso permanece e o que a gente vai poder retomar e o que precisamos pensar diferente, criar para que possamos continuar o trabalho de evangelização?’”

 

Dom Geremias conta que mesmo em meio à pandemia, seu trabalho não parou. “Neste tempo todo nós conseguimos continuar muito fortemente o trabalho de atendimento das pessoas, que no tempo da pandemia apresentaram muitas questões, não são simplesmente aquelas questões normais do dia a dia de uma cúria ou da vida de um bispo, mas também muitos problemas, às vezes de ordem psicológica, muitos problemas na área de famílias”, conta. “Mas também durante este tempo de pandemia estivemos um trabalho de estar junto de pastorais, de movimentos através do trabalho das lives do arcebispo, que me colocou em contato com muitas pessoas, com muitas pastorais, movimentos e muitas pessoas em contato comigo, acho que uma das questões fortes deste ano é esse trabalho”, aponta dom Geremias.

 

A parceria da Arquidiocese de Londrina com a prefeitura também é uma marca forte do trabalho de dom Geremias no tempo de pandemia. “A parceria com a prefeitura, com as casas que a arquidiocese cedeu, e a campanha que permanente desde o mês de março para doação de mantimentos para famílias necessitadas e o acompanhamento que isso tudo tem gerado juntamente com a prefeitura das pessoas verdadeiramente vulneráveis que moram aqui em Londrina.”

 

Dom Geremias também destaca, neste último ano, uma otimização realizada na Cáritas, para atender a população em vulnerabilidade, no Lar Sacerdotal e a reforma da cripta da Catedral. “O Lar Sacerdotal é um espaço para os sacerdotes, especialmente doentes ou idosos, que precisam de tratamento especial. Ali é um espaço para poderem viver, se recuperar de saúde e assim por diante. Ele foi reestruturado neste ano, adaptado a novas exigências, inclusive colocamos lá um padre que é responsável por cuidar dos padres que moram ali. E a reforma da cripta. Ficou uma obra muito bonita que agora o nosso povo vai poder visitar com tranquilidade, especialmente com a volta das celebrações mesmo que reduzidas.”

 

Visitas Pastorais
Uma marca importante do último ano de trabalho de dom Geremias são as visitas pastorais às comunidades da arquidiocese. Começando pela Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Centenário do Sul, em agosto do ano passado, passou pelas paróquias de Rolândia, Cambé e Catedral Metropolitana de Londrina. Para este ano estavam previstas cerca de 20 visitas que, por conta da pandemia, tiveram que ser adiadas. “A visita pastoral é a visita do bispo a uma paróquia, não é uma fiscalização, mas é estar presente no meio do povo, poder responder um pouquinho mais as questões do nosso povo, poder ouvir, poder conhecer um pouquinho mais a cultura, o jeito do nosso povo, as manifestações culturais, as diferenças também na área de administração pública, da organização da própria igreja nas mais diferentes paróquias”, explica.

 

Visita Ad Limina
A Visita Ad Limina dos bispos do Paraná ao Vaticano também deu o tom dos trabalhos do último ano do arcebispo, com muitos meses de preparação e expectativa. Foram 10 dias de visitas, de 17 a 27 de fevereiro, em que os bispos paranaenses puderam conversar com o Papa Francisco, conhecer e trocar experiências com os padres que trabalham nos dicastérios da Cúria Romana e rezar diante dos túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo. Como presidente do Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geremias fez um discurso ao Papa Francisco em nome dos bispos paranaenses, apresentando o Regional Sul 2, que conta com 18 dioceses e eparquias de rito ucraniano.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana
Fotos Guto Honjo

 

 

Música: parte integrante da Liturgia

Na live de hoje, o arcebispo dom Geremias Steinmetz conversa sobre música litúrgica com os representantes arquidiocesanos da Pastoral da Música: padre Rodolfo Trisltz, assessor eclesiástico; Maria do Carmo Radigonda e Márcia Demeciano, coordenadoras arquidiocesanas.

“Se quer saber no que cremos, venha ouvir o que cantamos” (Santo Agostinho)

Com interpretação de Libras.

 

“O desejo de transformar o mundo pela caridade”

Seguindo as lives do arcebispo, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com os representantes do Conselho Metropolitano da Sociedade de São Vicente de Paulo, também chamados de vicentinos, para uma conversa sobre o bonito trabalho que realizam na Arquidiocese de Londrina.

Participam da live o padre Éder Fabrício Lourenço CM, diretor espiritual do conselho; Washington Souza, coordenador; e Carlinhos Silva, aspirante.

Libras: Fernando Marquesini

 

Seguindo as lives do arcebispo, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com os representantes da Animação Bíblico-Catequética da arquidiocese sobre “A Iniciação à Vida Cristã e a Família”. Participam da live o assessor, padre Rodrigo Favero Celeste; a coordenador arquidiocesana, irmã Angela Soldera; e a coordenadora das Escolas Catequéticas, Maria Aparecida Peixoto.

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Com interpretação de Libras.

 

Seguindo as lives do arcebispo, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com os diáconos Oswaldo Pechin, coordenador dos diáconos; Moacyr Doretto, coordenador da Escola Diaconal; e José Luís Bordini. O tema de hoje é: “Diáconos: homens consagrados que conciliam trabalho profissional, família e Igreja.”

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Libras: Fernando Marquesini

 

Seguindo as lives do arcebispo com as pastorais e movimentos da Arquidiocese de Londrina, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com os representantes da Cáritas Arquidiocesana, sobre a ação solidária “É Tempo de Cuidar”, da Cáritas Brasileira em parceria com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Participam o presidente, diácono Rosiel Martins, a gerente, Deusa Fávero, e a assistente social, Soraya Garcia Campos, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social.

Libras: Fernando Marquisini

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Em fevereiro de 2020 participei, com os bispos do Regional Sul II, da minha primeira Visita Ad Limina Apostolorum. É a visita que todos os bispos realizam como dever de ofício, aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, e ao Sucessor de Pedro, o Santo Padre o Papa. Ela tem também o caráter de manifestação da unidade dos bispos com o Santo Padre. Não é, porém, uma simples viagem de turismo na Cidade Eterna, antes, é muito trabalhosa porque nela se incluem visitas a vários departamentos que ajudam o Papa a governar a Igreja Universal que ele preside “na caridade”. Portanto, realizamos visitas a várias Congregações, Dicastérios, Secretariados e as quatro Basílicas romanas: São João do Latrão; Santa Maria Maior; São Paulo fora dos Muros e São Pedro no Vaticano. Todo o programa foi preparado com cuidado e com antecedência, para que a visita propriamente pudesse ser proveitosa o mais possível. Os relatórios das dioceses e arquidioceses foram enviados alguns meses antes para que, em Roma, soubessem da realidade das nossas Igrejas Particulares.

 

A Visita Ad Limina reveste-se de um caráter espiritual e pastoral muito denso. Primeiramente a lembrança dos santos apóstolos. De fato Pedro e Paulo derramaram o seu sangue por causa da fé em Jesus Cristo. Enviados que foram pelo próprio Cristo a testemunhar o seu Mistério, cumpriram a missão até a morte. Diz a história que Pedro morreu crucificado de “cabeça para baixo”, por não se achar digno de morrer como o Mestre. Paulo, por sua vez, morreu decapitado.  Pedro construiu a Igreja sobre a herança de Israel e Paulo levou o Evangelho para o mundo pagão, ou seja, fora da cultura israelita. Neste sentido Pedro representa mais a instituição, (rígido, jurídico, organizacional), e Paulo o carisma (missionário, mais livre, deixando falar mais o Espírito Santo e lendo os sinais dos tempos). Talvez tenha até havido conflitos entre os dois, mas, cada um à sua maneira acentuou questões importantes da vida da Igreja. Além disso, eles lembram os muitos cristãos que derramaram o seu sangue por causa da fé durante a história e todos aqueles que são os “mártires do cotidiano”. O Papa Francisco, na Exortação Gaudete et Exsultate, sobre a santidade nos nossos tempos, usa o termo “santos de pé de porta” para falar dessa realidade.

 

A visita, normalmente, mais esperada é aquela feita ao Santo Padre. Para todos nós, de fato, foi muito marcante a conversa com o Papa Francisco por várias razões: 1. O nosso horário com ele estava marcado para as 10:30, mas às 09:30 ele já estava nos esperando e nos recebeu a todos cumprimentando-nos na porta de entrada da sala. 2. A duração da nossa estada com ele foi de 03 horas e 10 minutos. 3. Todos os bispos tiveram a liberdade de dirigir alguma pergunta ao Papa e ele respondia com muito conhecimento e liberdade. 4. Nas respostas manifestava conhecimento global da Igreja. Citava exemplos de todo o mundo e justificava suas respostas citando pensadores, teólogos, pastoralistas,  inclusive sugerindo a leitura de artigos e livros atuais. 5. As perguntas giraram ao redor de vários assuntos: Formação dos padres, missão dos bispos, missionariedade, críticas ao Santo Padre, Pastoral Familiar, Sínodo da Amazônia, Doutrina Social da Igreja, mudança de época, etc. Saímos de lá edificados.

 

No relato de At 12,1-11 Pedro está na prisão esperando ser entregue ao povo para ter, talvez, o mesmo fim do mestre. Mas toda a Igreja orava por ele. É esta também a coisa a ser feita agora. Devemos rezar. Rezar, antes de tudo, para que Deus faça de nós cristãos verdadeiramente apostólicos, solidamente ancorados à fé dos apóstolos Pedro e Paulo. Rezar também pelo sucessor de Pedro, para que ele que o colocou em tal posição o ilumine e o torne capaz de “confirmar os irmãos”.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

 

 

Túmulo do apóstolo Pedro, no subsolo da Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto Karina de Carvalho / CNBB Sul 2)

 

 

Em frente à Basílica de São Paulo Fora dos Muros, estátua do apóstolo com a espada, símbolo do seu martírio (Karina de Carvalho / CNBB Sul 2)

 

Seguindo as lives do arcebispo com as pastorais e movimentos da Arquidiocese de Londrina, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com quatro jovens líderes de decanatos e grupos sobre a evangelização da juventude, suas esperanças e desafios.

Participação:
Everton José Santana – coordenador arquidiocesano do Setor Juvenil
Andrea Caroline Ramos – coordenadora Decanato Leste
Luis Gustavo Fávaro Gouvea
coordenador Decanato Centro
Ivan Taiatele Junior
coordenador paroquial Dom Bosco Jr.

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A live tem interpretação em Libras por Antônio Nilson Alves Viana.

 

Seguindo as lives do arcebispo com as pastorais e movimentos da Arquidiocese de Londrina, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com o assessor eclesiástico e a coordenadora arquidiocesana do Apostolado da Oração, padre Arcides de Bastiani SJ e Eunice Tironi.

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A live tem interpretação em Libras por Marcio Ferri Dutra.