campanha da evangelizacaoCristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização

[dropcap]D[/dropcap]esde há alguns anos a Igreja do Brasil realiza, no terceiro domingo do Advento, a Coleta Nacional da Evangelização. Ela nasceu da necessidade de conscientizarmos as comunidades brasileiras a contribuírem mais e melhor com os projetos de evangelização que se realizam de norte a sul do país. Por muitos anos dependemos de outras nações, tais como a Alemanha, Áustria, França, Espanha, Bélgica, Estados Unidos da América, Canadá, etc. Todas elas contribuíram muito com a construção de Igrejas, Centros Catequéticos, Casas Paroquiais, compra de veículos, salões de festas, etc. Está implícito que nós crescemos muito eclesialmente, culturalmente e economicamente, e já podemos contribuir melhor com os trabalhos de evangelização aqui no nosso país. Já podemos ser mais independentes. Outro aspecto importante é que crescemos na compreensão da missionariedade. É muito importante que contribuamos com a semeadura do evangelho em tantos lugares em que ele ainda não chegou e a outras realidades que ainda não foram iluminadas pela sua luz. Em síntese, já temos condições de partilhar mais e contribuir para que o trabalho de evangelização avance em nosso país. A campanha visa arrecadar recursos para apoiar inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil, de sul a norte.

Este ano a Campanha da Evangelização tem sintonia com o Ano do Laicato o que reforçará a necessidade da Igreja de despertar novos discípulos missionários para a evangelização e para a responsabilidade da sustentação das atividades pastorais no Brasil. O tema é justamente “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização”. O lema “Sal da Terra e Luz do mundo” (Mt 5,13-14), objetiva avivar os leigos para o compromisso evangelizador. Tal iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas. Podemos até dizer, pela experiência, que pela situação privilegiada de Londrina, nós temos algumas paróquias que possuem um giro financeiro maior do que grande número de dioceses do Brasil. Penso que estes dados devem nos mover para a partilha mais intensa do que somos e temos.

O documento 100 da CNBB: “Comunidade de Comunidades – Uma nova paróquia” diz que “o estado permanente de missão supõe que a comunidade cristã tenha consciência de que ela é por sua natureza missionária e precisa ser constantemente missionada, isto é, precisa renovar-se sempre diante dos novos desafios que enfrenta no confronto com o mundo e na relação entre seus membros” (n. 189). Já na preparação para esta campanha as comunidades rezam que Deus “suscite em nós o compromisso com a Evangelização, para que todos conheçam a vida que de vós provém”. Acrescenta ainda “despertai em nossas comunidades e em toda a Igreja no Brasil o senso da partilha e que, por meio da Coleta para a Evangelização e do testemunho de comunhão, todas as comunidades recebam a força do Evangelho”. A coleta da Evangelização será no próximo final de semana, 16 e 17 de dezembro, em todas as comunidades eclesiais.

dom geremiasDom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

O cardeal dom Geraldo Majella Agnelo  completa 60 anos de ordenação neste 29 de junho, dia de São Pedro. Ele recebeu a equipe do JC em seu apartamento no centro de Londrina, para uma entrevista

Segundo arcebispo de Londrina e hoje arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, o cardeal Dom Geraldo Majella Agnello está prestes a completar 60 anos de sacerdócio. Uma trajetória iniciada em 29 de junho de 1957, na arquidiocese de São Paulo. Após mais de duas décadas de trabalhos em Roma e Salvador (BA), Dom Geraldo decidiu retornar a Londrina, cidade que o acolheu com carinho em 1983, quando, à época, era o arcebispo mais jovem do País. Mineiro de Juiz de Fora, ele conta um pouco de sua história e de seus trabalhos realizados nestas seis décadas de dedicação à Igreja.

JC: Como senhor decidiu ser padre? Como começou essa história?

Dom Geraldo Majella Agnelo: Essa história vem desde a infância. Desde a infância eu dizia “vou ser padre”, eu já aspirava à dedicação ao sacerdócio.  Naquele tempo, havia um padre que era o capelão das religiosas, que tinham um colégio em Juiz de Fora (MG). Todos os dias, eu ajudava nas missas celebradas por ele.  Estava já naquele tempo me dedicando à vocação para o sacerdócio. Tão pequeno, mas já estava dedicado ao sacerdócio.  E com 12 anos eu entrei no seminário, em 1945.

JC: E quanto à sua ordenação, quais são as suas recordações?

Dom Geraldo: O cardeal Motta (arcebispo de São Paulo, na época) era verdadeiramente um pai. Ele é quem devia me ordenar, junto com mais três outros sacerdotes. Mas, naquele dia ele estava de cama. Ele pediu ao bispo auxiliar, Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, que presidisse a ordenação. Mas, na hora da ordenação, o cardeal apareceu e ficou lá na estala dos cônegos, na catedral de São Paulo. Ele foi por minha causa, ele me queria muito bem. Ele foi para mim um verdadeiro pai. Viajei com ele muitas vezes. Tínhamos uma convivência muito boa.

JC: Quais foram seus primeiros trabalhos como sacerdote?

Dom Geraldo: Quando fui ordenado, meu primeiro trabalho foi em um seminário de vocações tardias, na Freguesia do Ó, em São Paulo. Nós éramos dois sacerdotes que trabalhávamos naquele seminário. Eu e o padre Francisco de Assis Gandolfo, já falecido há muitos anos. Íamos todos os dias celebrar a missa de lambreta. Hoje em dia, nem pensar uma coisa dessas em São Paulo. Mas naquele tempo, saíamos Gandolfo e eu, de lambreta, da Freguesia do Ó até a Paróquia Santo Antônio, na Barra Funda. Depois, fui mandado para Aparecida. Em Aparecida, tudo, naquela época, era diminuto. Eu fui, trabalhei lá, no seminário. Mais tarde, estudei Liturgia, em Roma, no Santo Anselmo. Toda semana, eu falava para a Rádio Vaticano sobre Liturgia.

JC: Como foi sua ordenação episcopal?

Dom Geraldo: Dom Paulo Evaristo Arns foi o celebrante de minha ordenação episcopal. Eu trabalhei muito com ele. Éramos muito unidos. Fui ordenado quando morria Paulo VI, em 6 de agosto de 1978.  Por Paulo VI, eu tenho muita admiração. Eu o conheci quando estudei em Roma. Admirava seu modo de ser, um grande papa. Uma benção de Deus.

JC: O senhor foi bispo de Toledo, arcebispo de Londrina e, mais tarde, arcebispo de Salvador. Como foram as experiências?

Dom Geraldo: Eu fui nomeado para Toledo em 1978. Fui o segundo bispo, sucedendo Dom Armando Cirio. Interessante que naquele tempo tínhamos um encontro toda semana, eu e Dom Armando. Uma coisa muito fraterna, mesmo. Ele, bispo de Cascavel, à época. Isso foi muito marcante para mim. Dele guardei uma lembrança muito carinhosa. Em Toledo, fiquei quatro anos. De Toledo, vim para cá. Então… Londrina não era um lugar pequenininho (risos). Aqui já era uma grande cidade. Foi muito interessante a diferença em relação a Toledo. Mas como em todas as minhas nomeações, nunca discuti ou perguntei, simplesmente fui. E aqui encontrei um povo que me acolhe muito bem. Em Salvador, fui muito bem recebido. Claro que lá tem todas as suas tradições… mas eu não brigava com ninguém. Com muita gente distante da Igreja, conseguia chegar e conversar.

JC: Qual foi sua participação no surgimento da Pastoral da Criança, que nasceu em 1983, aqui em nossa arquidiocese?

Dom Geraldo: Zilda Arns, médica, irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, assumiu comigo o trabalho. Montamos juntos todo o projeto. A proposta foi assumida com muito carinho em cada lugar onde foi apresentada. Depois, foi se espalhando pelo Brasil inteiro. Eu tive a oportunidade de acompanhar, indo aos mais distantes lugares do País, para visitar, para conversar com os bispos. Realmente, foi uma benção de Deus essa Pastoral da Criança. Fui colocado nesse trabalho por indicação de Dom Paulo, representando depois a pastoral diante do episcopado, na CNBB.

JC: Entre 1991 e 1999, o senhor trabalhou no Vaticano. Como foi trabalhar com São João Paulo II?

Dom Geraldo: Eu fui secretário da Congregação para o Culto Divino e disciplina dos sacramentos. Essa convivência em Roma é muito marcante. O Vaticano é interessante, tem várias congregações… A gente toma consciência de como a Igreja está pensando todas as questões. Eu tinha contato com muitos bispos. Afinal, todos os bispos do mundo vão a Roma a cada cinco anos, para apresentar o que tem sido feito em suas dioceses. Eles vinham visitar a Congregação. Tínhamos contato com o mundo inteiro. Quanto a São João Paulo II, eu estive muito próximo dele. Semanalmente, eu me encontrava com o Papa. Ele gostava de se encontrar com os bispos das congregações. Ele nos recebia para almoços, nos quais discutíamos temas. Dele sempre recebi apoio. Ele era uma pessoa extraordinária.

Pe. Evandro Delfino
PASCOM Arquidiocesana

Fotos (arquivo pessoal):

Nosso novo arcebispo, nomeado nessa quarta feira (14/06), Dom Geremias Steinmetz enviou sua primeira mensagem à juventude da Arquidiocese de Londrina. Em sua mensagem ele destacou com admiração os trabalhos realizados pelo Setor Juvenil, as Santas Missões Populares Jovem. Com carinho ele expressou sua alegria ao saber que, em nossa arquidiocese, a juventude está cada vez mais atuante e missionária. Dom Geremias disse do apoio que pretende oferecer para juventude em seus trabalhos e desafios. Nossa gratidão ao nosso novo arcebispo por esse nobre gesto de afeto, carinho e apoio.

Nossa juventude cresce na alegria e na esperança por termos Dom Geremias Steinmetz como nosso novo pastor e amigo.
 São João Paulo II interceda por nossa juventude e por Dom Geremias Steinmetz.

Dirceu Júnior dos Reis
Coordenador das SMP Jovem

Veja o vídeo:

 

 

Em entrevista exclusiva à Rádio Alvorada, o arcebispo nomeado para Londrina, dom Geremias Steinmetz, fala da alegria em abraçar a missão que lhe foi confiada pelo Papa Francisco.

Ouça a íntegra da conversa entre dom Geremias e diretor da Rádio Alvorada, Pe. Romão Martins, durante o Jornal Alvorada:

https://www.youtube.com/watch?v=glsREssM33U&feature=youtu.be

 

Dom Geremias Steinmetz, arcebispo nomeado, envia uma carinhosa mensagem a todos os leigos e leigas da Arquidiocese de Londrina. Em sua mensagem, Dom Geremias destaca a Alegria do Ressuscitado como a grande força e razão da caminhada pastoral. Ele também expressa sua alegria e esperança no exercício de seu ministério a serviço do Povo de Deus.
Dom Geremias envia, com fé e gratidão, sua benção a todas as pessoas e todas as famílias, pedindo a Jesus que continue a fortalecer todos os trabalhos missionários de nossa Igreja de Londrina. Confira essa bonita mensagem:

Foto destaque: Luiz Vianna
Vídeo: Douglas Estevam
PASCOM Arquidiocesana

 

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, assina saudação em nome da Conferência dos Bispos a dom Geremias Steinmetz, novo arcebispo de Londrina (PR), nomeado nesta quarta-feira, 14 de junho, pelo papa Francisco.

“A participação do senhor na Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia é muito apreciada e estamos certos que o seu pastoreio junto à Igreja Particular de Paranavaí (PR) foi marcado por bons frutos”, diz o secretário-geral.

Leia a Saudação:

Brasília, 14 de junho de 2017

 

Saudação a dom Geremias Steinmetz

 

Prezado Irmão, dom Geremias Steinmetz.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se alegra com sua nomeação, nesta quarta-feira, 14 de junho, como novo arcebispo de Londrina (PR). Ao mesmo tempo, agradece o cuidado do Santo Padre, Papa Francisco, para com a Igreja no Brasil.

A participação do senhor na Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia é muito apreciada e estamos certos que o seu pastoreio junto à Igreja Particular de Paranavaí (PR) foi marcado por bons frutos.

Saudamos a sua nomeação com as palavras do Papa Francisco na homilia da Festa de Pedro e Paulo de 2014, quando recebia novos arcebispos do mundo inteiro: “O testemunho do apóstolo Pedro lembra-nos que o nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana. Hoje nós […] sentimos que o exemplo de São Pedro nos desafia a verificar a nossa confiança no Senhor. Pedro reencontrou a confiança, quando Jesus lhe disse por três vezes: ‘Apascenta as minhas ovelhas’ (Jo 21, 15.16.17) ”.

O seu lema, “Cognoverunt eum in fractione panis”, isto é, “Reconheceram-no ao partir o Pão”, continuará a inspirá-lo no seu ministério que a Igreja confia ao senhor na igreja particular de Londrina.

Em Cristo,

 

 

+ Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB