Missa dos Santos Óleos 2023 (Foto: Guto Honjo)

A formação dos nossos futuros padres

“Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração” (Jer 3,15). Meditando este versículo do profeta Jeremias, tomamos consciência de que Deus promete ao seu povo que jamais o deixará sem pastores que o reúnam e guiem, e o diz ainda: “Eu estabelecerei para elas (as minhas ovelhas) pastores, que as apascentarão, de sorte que não mais deverão temer ou amedrontar-se” (Jr 23,4).
Ao longo dos milênios, após o pentecostes, a Igreja, Povo de Deus, experimenta continuamente a realização deste anúncio profético e, na alegria, continua a dar graças ao Senhor.

A messe é do Pai (Mt 9,38) e Jesus nos ensina que devemos sempre rezar para não faltar pastores à sua Igreja. No Brasil, por longos anos, recebemos missionários vindos de todos os países do mundo. Naquele período e naqueles países, milhares de leigos e leigas contribuíram para a formação daqueles missionários. Quando no Brasil iniciam os seminários, tivemos a contribuição financeira, em especial da Europa, para a formação dos pastores. Agora é a nossa vez!

Todos os pais e responsáveis por crianças, adolescentes e jovens, sabem que leva muitos anos para que uma pessoa se forme. São necessários vários anos de estudo e preparação para uma profissão. Embora a vocação não seja uma profissão, mas um DOM, um chamado da parte de Deus que necessita de uma resposta do vocacionado, também a Igreja, para preparar seus pastores, leva alguns anos.

A saber: um ano de propedêutico, três anos de filosofia e quatro anos de teologia. Cada etapa do processo formativo necessita de uma casa com toda a estrutura necessária para o bom andamento da formação. Assim como na família, a arquidiocese tem um investimento alto para formar seus pastores: alimentação, moradia, faculdade, transportes, funcionários, etc.

De onde vem todo este dinheiro para formar seus pastores? Da contribuição de seu dizimo nas paróquias; uma parte fica nas paróquias para seus investimentos e outra parte para a arquidiocese, onde é investido nesta tarefa de formar seus pastores.

Como o dízimo é uma expressão profunda da experiência com Deus, agradecemos sua participação nesta etapa da formação de nossos seminaristas. E reafirmamos dois pedidos. Nunca deixe de rezar pelas vocações, pois as vocações são fruto de uma comunidade que reza. E nunca deixe de contribuir financeiramente na formação do seu futuro pároco.

Pe. Joel Ribeiro Medeiros
Membro do Conselho Econômico da Arquidiocese de Londrina