A Igreja Católica celebrou nestes dias a Semana Santa, período central da fé cristã, que tem seu ponto alto na Páscoa do Senhor: o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Todos os anos, as solenidades reúnem centenas de fiéis nas paróquias e ruas da cidade para participar, por exemplo, da procissão do Cristo Morto, na Sexta-feira Santa, e da Vigília Pascal, no Sábado Santo.

 

Neste ano, seguindo as determinações das autoridades de isolamento social para combate à pandemia do novo coronavírus, as celebrações foram realizadas sem participação dos fiéis, com equipe de celebração reduzida e transmissão pela internet. 

 

O arcebispo dom  Geremias Steinmetz presidiu as celebrações da Semana Santa na Catedral de Londrina, transmitidas ao vivo pelo Facebook da Arquidiocese de Londrina (www.facebook.com/arqlondrina/) e pelo Facebook da Catedral de Londrina (www.facebook.com/catedrallondrinaPR/ ).

 

Semana Santa
A Semana Santa teve início no Domingo de Ramos, celebrado no último dia 5 de abril, e se estende até o Sábado de Aleluia, dia 13 de abril. De segunda a quarta-feira da Semana Santa, são realizadas apenas as celebrações rotineiras. De quinta a Sábado, celebra-se o Tríduo Pascal:

 

Quinta-feira Santa
Na quinta-feira, temos de manhã a Missa dos Santos Óleos, na qual se consagra o óleo da Crisma e se abençoa o óleo dos catecúmenos e dos enfermos que serão utilizados nos sacramentos ministrados durante este ano. A missa reúne tradicionalmente todo clero da arquidiocese para renovar as promessas sacerdotais. Neste ano, sem a possibilidade da participação de todos os padres por conta do isolamento social devido à pandemia do Novo Coronavírus, a missa foi celebrada pelo arcebispo com a presença dos padres decanos da arquidiocese. “É sempre importante na Quinta-feira Santa podermos nos reunir como clero para darmos esse sinal vigoroso dessa Igreja que está espalhada pela Arquidiocese de Londrina e assim levar a todas as pessoas a palavra, a salvação, os sacramentos, para que assim as pessoas possam ter também vigor na fé”, comentou dom Geremias na homilia da Missa dos Santos Óleos, também chamada Missa Crismal.

 

Na celebração são abençoados os óleos dos enfermos e dos catecúmenos e consagrado o óleo do Crisma que serão usados na ministração dos sacramentos durante todo este ano. Foto: Guto Honjo

Na Quinta-feira à noite celebra-se a Missa da Ceia do Senhor, na qual fazemos memória da instituição da Eucaristia e do sacerdócio. “Mais uma vez podemos dizer que é uma noite de graças em que somos convidados a olhar para a história do povo de Deus e toda a história da evangelização para podermos dizer que esta é uma noite em que celebramos em primeiro lugar a instituição do sacerdócio católico e a instituição da eucaristia. Justamente porque um não existe sem o outro, não existe eucaristia sem os nossos sacerdotes, assim como não existe sacerdote sem a eucaristia”, explicou dom Geremias na homilia da missa na Catedral de Londrina.

 

A prostração do sacerdote no início da celebração demonstra o luto pela morte de Jesus. / Foto: Guto Honjo

Sexta-feira Santa
Na sexta-feira celebra-se a Paixão e Morte de Jesus. É o único dia do ano em que não se celebra missa e nem se consagra hóstias em nenhum lugar do mundo. “Nos unimos a todas as paróquias da arquidiocese, assim como do nosso Regional Sul 2 e também do mundo, para celebrar, neste horário, este mistério da nossa fé”, falou dom Geremias referindo-se ao horário da celebração, às 15h, hora em que Jesus morreu.

 

No momento da adoração da Santa Cruz, dom Geremias se prostrou diante da cruz do Senhor e os fiéis foram convidados a fazer a adoração na suas próprias casas.

 

Na Vigília Pascal, a luz de Jesus volta a brilhar, simbolizada pelo Círio Pascal. / Foto:

Sábado Santo
O Sábado Santo é um dia de silêncio e recolhimento em que os cristãos aguardam a ressurreição de Jesus. Ao cair da noite, celebra-se o terceiro dia da morte de Jesus e a Sua ressurreição. Na tradição judaica, o cair da tarde de um dia já corresponde ao dia seguinte. Assim, como Jesus morre na sexta-feira às 15h, o cair da tarde da sexta é o segundo dia e o cair da tarde do Sábado é o terceiro dia.

A Vigília Pascal, realizada no sábado à noite, é a celebração mais bonita do ano na Igreja. Representando a passagem das trevas para a luz com Jesus Cristo, o templo inicia a celebração totalmente na escuridão. O Círio Pascal, que simboliza o Ressuscitado, vai aos poucos iluminando toda a igreja. 

 

Dom Geremias iniciou a homilia convidando todos os fiéis, que acompanhavam a celebração com seu altar, sua cruz e seu pequeno círio pascal em casa, a reafirmar de maneira especial a vontade de seguir Jesus sempre mais de perto, “assim como nós vimos a ressurreição do Senhor que pouco a pouco foi iluminando este templo, foi iluminando esta igreja. Certamente a luz do Senhor ressuscitado vai iluminar a sua vida, iluminar a sua existência, iluminar a vida da sua família, das pessoas que você ama, para que de fato tu possas oferecer o melhor, a melhor fé, especialmente uma fé que é capaz de atingir a nossa vida existencialmente, de tal forma que nós ouvimos que a partir de Jesus Cristo nós somos convidados a deixar de lado o homem velho, do pecado, da desgraça, da arrogância, para deixarmos nascer o homem novo, que é capaz de olhar para o alto, e perceber que a sua vocação é muito mais que a sua existência material, mas é uma existência para Deus”, concluiu dom Geremias.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo e Terumi Sakai

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A Igreja Católica celebra nestes dias a Semana Santa, período central da fé cristã, que tem seu ponto alto na Páscoa do Senhor: o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Todos os anos, as solenidades reúnem centenas de fiéis nas paróquias e ruas da cidade para participar, por exemplo, da procissão do Cristo Morto, na Sexta-feira Santa, e da Vigília Pascal, no Sábado Santo.

 

Neste ano, seguindo as determinações das autoridades de isolamento social para combate à pandemia do novo coronavírus, as celebrações serão sem participação dos fiéis, com equipe de celebração reduzida e transmissão pela internet. Cada paróquia terá sua própria celebração e os fiéis acompanharão, se possível, as transmissões da sua comunidade.

 

As pessoas também podem participar das celebrações da Semana Santa presididas pelo arcebispo dom Geremias Steinemtz na Catedral de Londrina ao vivo pelo Facebook da Arquidiocese de Londrina (www.facebook.com/arqlondrina/) e pelo Facebook da Catedral de Londrina (www.facebook.com/catedrallondrinaPR/ ).

 

Semana Santa

A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos, celebrado no último dia 5 de abril, e vai até o Sábado de Aleluia. De segunda a quarta-feira, são realizadas apenas as celebrações rotineiras. De quinta a Sábado, celebra-se o Tríduo Pascal:

 

Quinta-feira Santa

Na quinta-feira, temos de manhã a Missa dos Santos Óleos, na qual se consagra o óleo da Crisma e se abençoa o óleo dos catecúmenos e dos enfermos que serão utilizados nos sacramentos ministrados durante este ano. Esta celebração não é realizada nas paróquias, apenas em nível arquidiocesano.

 

Há sete anos, a Missa dos Santos Óleos na Arquidiocese de Londrina era realizada na terça-feira no Ginásio de Esportes Moringão, com o objetivo de possibilitar a participação dos fiéis. A celebração reunia cerca de 8 mil pessoas. Neste ano, a celebração volta para a quinta-feira de manhã, às 9h, na Catedral de Londrina. Será presidida pelo arcebispo dom Geremias, com a participação dos padres coordenadores de cada uma das 11 regiões nas quais a arquidiocese é dividida, chamadas decanatos.

 

Na Quinta-feira à noite se celebra a Missa da Ceia do Senhor, em que Jesus institui a Eucaristia e o sacerdócio. A Missa na Catedral será às 19h.

 

Sexta-feira Santa

Na sexta-feira celebra-se a Paixão e Morte de Jesus. É o único dia do ano em que não se celebra missa e nem se consagra hóstias em nenhum lugar do mundo, por isso a cerimônia deste dia é chamada celebração, não missa. A celebração é às 15h, horário em que Jesus morreu.

 

Sábado Santo

O Sábado Santo é um dia de silêncio e recolhimento em que os cristãos aguardam a ressurreição de Jesus. Ao cair da noite, celebra-se o terceiro dia da morte de Jesus e a Sua ressurreição. Num costume judeu, o cair da tarde de um dia já corresponde ao dia seguinte. Assim, como Jesus morre na sexta-feira às 15h, o cair da tarde da sexta é o segundo dia e o cair da tarde do Sábado é o terceiro dia.

 

A Vigília Pascal, realizada às 19h na Catedral, é a celebração mais bonita do ano na Igreja Católica, cheia de significados e simbolismos, mostra a vitória da vida sobre a morte.

 

Serviço

Celebrações com o arcebispo dom Geremias Steinmetz na Catedral de Londrina:

Quinta-feira Santa:
Missa Crismal: 9h
Ceia do Senhor: 19h

Sexta-feira Santa:
Paixão do Senhor: 15h
Sermão das 7 palavras: 19h (com o padre Rafael Solano)

Sábado Santo Vigília Pascal: 19h

Domingo de Páscoa da Ressurreição: 10h30

 

Foto de destaque: Bênção do Fogo na Vigília Pascal de 2019 na Catedral de Londrina/Crédito: Fernando Cremonez/Pascom Arquidicesana

A coordenadora arquidiocesana da catequese, irmã Angela Soldera, envia um comunicado a todas as decanas e formadores e formadoras da catequese sobre a celebração da Semana Santa deste ano. Leia na íntegra: 

 

Queridas (os) Decanas (os) formadores e formadoras,

 

Neste ano de 2020, nossa Semana Santa é excepcional. Não poderemos sair de nossas casas para participar, com a comunidade, da memória dos últimos passos de Jesus e da alegria da sua Páscoa. Mas como filhos e filhas de Deus, em Cristo, pelo batismo, podemos erguer a Ele o nosso coração, escutar e meditar a sua Palavra, partilhar o pão da nossa mesa em ação de graças, alegrar-nos com a presença de Jesus em nossas casas.

 

Encaminho, este material que também recebi e achei bem prático e profundo e que nos ajuda a rezarmos e celebramos o Mistério central da nossa fé.

 

Peço que encaminhem às coordenadoras paroquiais de Catequese com tempo para que possam enviar às famílias dos catequizandos .

 

A todos e todas desejo uma experiência rica de encontro com Deus e o seu Mistério Pascal

 

Ir. Angela Soldera
Coordenação Arquidiocesana de catequese
Londrina

 

Questões práticas

É importante que cada família organize um espaço na casa, em cada celebração com os símbolos propostos, sempre acendendo uma vela, tendo a bíblia para a leitura de um texto bíblico e como família fazermos a experiência deste mistério.

Sugerimos que organize:

 

Segunda feria – uma cruz, com um tecido roxo, em torno da qual a família se reúne e reze juntos o salmo 50 (51) da bíblia

Terça feira – Leitura orante do evangelho de Mc, 35-41 – acender uma vela, fazer a leitura, meditação e oração do texto bíblico;

Quarta feira – Rezar juntos a oração do Pai Nosso – e fazer preces espontâneas e a cada prece responder: Atendei-nos Senhor pelo vosso imenso amor.

 

Seguem os roteiros da Semana Santa e Tríduo Pascal:

Roteiro padra o Domingo de Ramos, memória da entrada de Jesus em Jerusalém: <clique aqui>

Roteiro para a Quinta-feira Santa, recordação da última Ceia do Senhor: <clique aqui>

Roteiro para a Sexta-feira Santa, memória da morte do Senhor: <clique aqui>

Roteiro para o Sábado Santo, memória da sepultura de Jesus: <clique aqui>

Roteiro para a Vigília Pascal, sábado à noite, vigília da Ressurreição: <clique aqui>

Roteiro para o Domingo de Páscoa, memória da Ressurreição de Jesus: <clique aqui>

 

Na presença do arcebispo dom Geremias Steinmetz e também de padres e fiéis da Igreja Particular de Londrina, a arquidiocese celebrou nessa terça-feira, 16 de abril, a Missa dos Santos Óleos, no Ginásio de Esportes Moringão. Celebração que marca a bênção do óleo dos catecúmenos e dos enfermos e a consagração do óleo do Crisma que serão usados durante todo o ano na ministração dos sacramentos, até a Semana Santa do ano que vem.

Na homilia, dom Geremias explicou a diferença entre a bênção e a consagração dos óleos. “O óleo do Crisma é consagrado, os outros óleos são bentos. A consagração pede a força especial do Espírito Santo de Deus para que a salvação possa continuar acontecendo e ser colocada na vida do nosso povo, no dia a dia do nosso povo durante esse próximo ano”, explicou o arcebispo.

As cadeiras e arquibancadas do Moringão ficaram todas ocupadas com os cerca de 8 mil fiéis que participaram, vindos das 84 paróquias, 11 decanatos e 16 cidades da arquidiocese. A missa teve a presença marcante dos catequizandos que serão crismados neste ano com o óleo consagrado na missa.

Este é o sétimo ano em que a celebração é realizada no Moringão, feita tradicionalmente na Catedral, Igreja Mãe da arquidiocese. Mas a Catedral ficou pequena para a quantidade de pessoas que participam da missa e acompanham, dentro da celebração, a renovação das promessas sacerdotais dos seus párocos.

Os cantos da celebração foram conduzidos por um coral formado por agentes da Pastoral da Música das comunidades e paróquias da arquidiocese.

O rito final da missa contou com o compromisso missionário. Os fiéis acenderam velas simbolizando a luz que cada cristão representa no mundo enquanto a imagem da Imaculada Conceição foi levada por catequizandos até o centro da celebração.

 

Unidade

Dom Geremias destacou que a Missa dos Santos Óleos, presidida por ele e concelebrada pelos padres da arquidiocese, é sinal da unidade fundamental para a vida da Igreja. “Somos convidados a vivermos a unidade tão bem propagada na teologia, pelos textos bíblicos, no dia a dia do nosso trabalho pastoral. A unidade não acontece por simples espontaneidade, mas pelo esforço que todos temos que empreender.”

O arcebispo apontou diversos trabalhos hoje na arquidiocese que precisam de unidade, a iniciação cristã, a vivência da liturgia, a espiritualidade dos padres, a formação das pastorais e movimentos. “Irmãos e irmãs, caminhemos mais um ano pela graça de Deus que nos é manifestada nesta celebração dos Santos Óleos. Que o mistério da salvação nela celebrada nos conduza a uma vida de Igreja uma, santa e salvífica”, conclui dom Geremias na homilia.

Juliana Mastelini Moyses
PASCOM Arquidiocesana

 

 

 

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Fotos: Douglas Estevam, Ernani Roberto, Guto Honjo e Terumi Sakai / PASCOM Arquidiocesana

A missa do Domingo de Ramos e na Catedral de Londrina nesse dia 14 de abril foi presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz e concelebrada pelos padres da Catedral. Antes da missa, a procissão dos ramos passou pela Praça 7 de Setembro e pelo bosque municipal.

 

Paróquia São João Paulo II

A benção dos Ramos da Paróquia São João Paulo II se deu em frente ao Colégio Estadual Vista Bela, na Rua Yonoko Shime. A procissão caminhou por entre ruas do Conjunto Vista Bela e Jd. Padovani até a Capela São João Paulo II entoando cantos e orações. 

Os fiéis caminhavam relembrando a passagem de Jesus a Jerusalém montado em um jumentinho quando todos gritavam: “Hosana ao Rei”. Após os cantos de Hosana, padre Ademar Lorenzetti celebrou a missa da Paixão de Cristo.

Viver estes momentos ensina a confiança e o amor que todos devem ter no Pai, o nosso Deus e a olhar para a condição de vida que cada um está levando. Foram momentos ricos da Palavra, de alegria e partilha entre a comunidade São João Paulo II.

 

Pascom Arquidiocesana e Vilma Otto (Pascom Paroquial)

Foto destaque: Guto Honjo

Fotos: Guto Honjo e Vilma Otto

Fotos: Guto Honjo

Fotos: Vilma Otto

domingo-de-ramosA Quaresma aproxima-se do fim. No próximo domingo vamos celebrar o Domingo de Ramos e iniciar a Semana Santa. Nela nós celebramos os grandes e os mais santos mistérios de nossa salvação. Desde os primórdios da Igreja, a Semana Santa foi celebrada pelos cristãos. No entanto, os primeiros testemunhos escritos que temos são do século IV.

Nesta época, conforme o relato de uma monja espanhola, que peregrinou para a Terra Santa, em Jerusalém as celebrações começavam com o Domingo de Ramos. A uma hora da tarde o povo se reunia e celebrava durante toda a tarde, entrando, inclusive, na noite. De segunda a quarta-feira, as celebrações aconteciam ao cair da tarde. Na quinta-feira celebravam-se duas missas, uma delas no Gólgota, onde Cristo morrera. Esta particularidade mostra o nexo entre a instituição da Ceia eucarística e a oblação de Jesus na cruz. Na sexta-feira, bem de manhã a comunidade se reunia e descia ao Getsemani para celebrar. Em seguida ia em procissão até o Calvário. De volta para casa, as pessoas passavam diante da coluna da flagelação e faziam suas orações pessoais. À tarde voltavam ao Gólgota e faziam a adoração da Cruz. Alguns fiéis e o clero permaneciam em vigília até sábado de manhã. Sábado era um dia silencioso. Preparava-se apenas a vigília que acontecia à noite. Durante a vigília se celebravam o batismo, a crisma e a eucaristia dos catecúmenos preparados durante três anos.

Ainda hoje o esquema das celebrações da Semana Santa se parece muito com o esquema do século IV. Também em nossos dias, a Semana Santa começa com o Domingo de Ramos que, no Missal promulgado depois do Concilio Vaticano II, passou a se chamar Domingo de Ramos da Paixão do Senhor.Neste domingo celebramos a solene entrada de Jesus em Jerusalém. Para a fé cristã, Jerusalém é o lugar de encontro com Deus. O povo cristão por esta celebração se reúne em torno do Messias e se coloca neste espaço de fé e de conversão.

De segunda a quarta-feira, além das celebrações de todos os dias, não se faz nada de especial.

Na Quinta-feira celebra-se de manhã a missa em que se consagra o óleo da Crisma e se abençoa o óleo dos catecúmenos e o óleo dos enfermos. À noite celebra-se a Missa da Ceia do Senhor. Nela se faz a cerimônia do lava-pés e se comemora a instituição dos sacramentos da Eucaristia e da Ordem sacerdotal.

Na Sexta-feira, ao lado da austera celebração da Paixão e morte do Senhor, às três horas da tarde, a piedade popular desenvolveu muitas outras devoções, entre as quais, se sobressai a “Via-Sacra”, que nada mais é do que a dramatização da Paixão do Senhor.

No Sábado, diz o Missal Romano, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e morte. É costume dizer que o Sábado Santo é um dia “alitúrgico”, mas não é exato falar assim, pois neste dia do Tríduo Pascal, celebra-se não somente a liturgia das horas, mas o dia em si mesmo é uma grande celebração. O permanecer em silêncio neste dia, por exemplo, significa ficar em casa com as santas mulheres, rodeando Maria e consolando a sua dor.

papa francisco vigilia pascalA Vigília de sábado à noite é, ou deveria ser, muito bonita. Foi chamada por Santo Agostinho de “Mãe de todas as vigílias”. Ficar acordado nesta noite significa reavivar nossa fé na ressurreição. Assim como estamos vencendo o sono que é imagem da morte, haveremos de vencer a própria morte. Nesta vigília distingue-se, de forma bem distinta quatro liturgias: a liturgia da luz, a liturgia da palavra, a liturgia batismal e a liturgia eucarística. A liturgia da luz com a bênção do fogo novo e a entrada na igreja com o Círio pascal recorda-nos que Cristo ressuscitado é nossa luz e luz do mundo. A liturgia da palavra pretende dar uma visão sintética e global da história da salvação conquistada em plenitude com a ressurreição do Senhor. A liturgia batismal consiste na bênção da água e, se for oportuno, no batismo de alguns adultos ou crianças. No início do cristianismo o batismo se realizava na noite de páscoa porque com batismo, como diz S. Paulo, nós sofremos com Cristo, morremos com ele, somos sepultados com ele e ressuscitamos com ele. A liturgia eucarística, mais do que em outras oportunidades, vem nos lembrar que quem come o corpo e o sangue do Senhor terá a vida eterna e ressuscitará com ele no dia do juízo.

Como podemos ver a Semana Santa é muito rica em seu conteúdo teológico e espiritual. Aproveitemos, por isso, deste tesouro que nos é proposto, participando de todas as celebrações desta semana e tenhamos uma feliz Páscoa.

Dom Manoel João Francisco
Administrador Apostólico da Arquidiocese de Londrina
Bispo da Diocese de Cornélio Procópio