O dia 16 de julho de 2017 foi muito especial para o Movimento de Schoenstatt. Com o lema “Família, despertai na alegria da Aliança de Amor”, o Instituto, a União e a Liga de Famílias de Londrina comemoraram os 75 anos da Fundação da Obra de Famílias.

Foi em 1942, num momento de muito sofrimento para o mundo todo: a Segunda Guerra Mundial, presos no Campo de Concentração de Dachau, que o Pai e Fundador do Movimento de Schoenstatt, Padre José Kentenich, juntamente com o Dr. Fritz Kühr, fundaram a Obra de Famílias, com a qual a Mãe de Deus deseja aperfeiçoar as famílias, seguindo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré.

O Jubileu foi comemorado com muita alegria pelos ramos da Obra de Famílias. O evento começou com uma acolhida aos representantes de diversas cidades do Regional Paraná. Também estavam presentes representantes de Campinas – Regional Sudeste, e do Encontro Regional da Liga de Famílias que antecedeu o dia 16/07, iniciado no dia 14/07 e coordenado pelas famílias de Londrina e que tiveram participantes que vieram de Presidente Prudente, Curitiba, Guarapuava, Assis, Rio Negro, Cornélio Procópio, Maringá, Sarandi, Santa Cruz do Rio Pardo, Ibiporã e Jacarezinho. Todos vieram demonstrar que a vida e a obra do Padre José Kentenich têm um significado especial na história das Famílias de Schoenstatt, que olham para o passado com gratidão; para o presente com alegria e para o futuro com esperança e consciência de missão apostólica.

Após a alegre acolhida, os ramos foram representados com suas bandeiras e símbolos levados ao Altar, e feitas as Orações de Abertura, animada com o Hino Jubilar. Em seguida, numa emocionante vivência, representada por membros do Movimento, os presentes puderam relembrar a história da fundação que começou no meio da guerra, na dor e no sofrimento de um Campo de Concentração, e trouxe-nos aos dias de hoje a alegria da Aliança de Amor.

Belos testemunhos dos três ramos da Obra de Famílias trouxeram alegria e ânimo, bem como a homenagem aos membros mais antigos da Obra de Famílias emocionou a todos. Uma singela homenagem com crianças que abrilhantaram com flores a Capela, unindo o antigo ao novo, o passado ao futuro.

A Santa Missa, celebrada pelo padre Ivan, com sua sabedoria e profundidade, foi o ponto alto do dia, que finalizou com uma oração de envio no Monumento dos Heróis e homenagem com flores no túmulo do Casal Kühr, à sombra do Santuário Tabor da Esmagadora da Serpente.

Um delicioso almoço foi servido no Salão da Catedral e para fechar com chave de ouro esse dia inesquecível, a Obra de Famílias de Londrina presenteou nossa Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, renovando a Coroação como Rainha Vitoriosa da Obra das Famílias, Santuário Lar localizado na Sala da Obra na Casa Tabor.

Gratidão nesse dia à Rainha da Aliança, ao Padre Kentenich, nosso Pai e Fundador, ao Dr Fitz Kühr por seu heroico “sim” e a todos os membros da Obra de Famílias, de ontem e de hoje, que lutam fielmente pelo ideal e santidade da família católica.

João Paulo

Fotos:

O cardeal dom Geraldo Majella Agnelo  completa 60 anos de ordenação neste 29 de junho, dia de São Pedro. Ele recebeu a equipe do JC em seu apartamento no centro de Londrina, para uma entrevista

Segundo arcebispo de Londrina e hoje arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, o cardeal Dom Geraldo Majella Agnello está prestes a completar 60 anos de sacerdócio. Uma trajetória iniciada em 29 de junho de 1957, na arquidiocese de São Paulo. Após mais de duas décadas de trabalhos em Roma e Salvador (BA), Dom Geraldo decidiu retornar a Londrina, cidade que o acolheu com carinho em 1983, quando, à época, era o arcebispo mais jovem do País. Mineiro de Juiz de Fora, ele conta um pouco de sua história e de seus trabalhos realizados nestas seis décadas de dedicação à Igreja.

JC: Como senhor decidiu ser padre? Como começou essa história?

Dom Geraldo Majella Agnelo: Essa história vem desde a infância. Desde a infância eu dizia “vou ser padre”, eu já aspirava à dedicação ao sacerdócio.  Naquele tempo, havia um padre que era o capelão das religiosas, que tinham um colégio em Juiz de Fora (MG). Todos os dias, eu ajudava nas missas celebradas por ele.  Estava já naquele tempo me dedicando à vocação para o sacerdócio. Tão pequeno, mas já estava dedicado ao sacerdócio.  E com 12 anos eu entrei no seminário, em 1945.

JC: E quanto à sua ordenação, quais são as suas recordações?

Dom Geraldo: O cardeal Motta (arcebispo de São Paulo, na época) era verdadeiramente um pai. Ele é quem devia me ordenar, junto com mais três outros sacerdotes. Mas, naquele dia ele estava de cama. Ele pediu ao bispo auxiliar, Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, que presidisse a ordenação. Mas, na hora da ordenação, o cardeal apareceu e ficou lá na estala dos cônegos, na catedral de São Paulo. Ele foi por minha causa, ele me queria muito bem. Ele foi para mim um verdadeiro pai. Viajei com ele muitas vezes. Tínhamos uma convivência muito boa.

JC: Quais foram seus primeiros trabalhos como sacerdote?

Dom Geraldo: Quando fui ordenado, meu primeiro trabalho foi em um seminário de vocações tardias, na Freguesia do Ó, em São Paulo. Nós éramos dois sacerdotes que trabalhávamos naquele seminário. Eu e o padre Francisco de Assis Gandolfo, já falecido há muitos anos. Íamos todos os dias celebrar a missa de lambreta. Hoje em dia, nem pensar uma coisa dessas em São Paulo. Mas naquele tempo, saíamos Gandolfo e eu, de lambreta, da Freguesia do Ó até a Paróquia Santo Antônio, na Barra Funda. Depois, fui mandado para Aparecida. Em Aparecida, tudo, naquela época, era diminuto. Eu fui, trabalhei lá, no seminário. Mais tarde, estudei Liturgia, em Roma, no Santo Anselmo. Toda semana, eu falava para a Rádio Vaticano sobre Liturgia.

JC: Como foi sua ordenação episcopal?

Dom Geraldo: Dom Paulo Evaristo Arns foi o celebrante de minha ordenação episcopal. Eu trabalhei muito com ele. Éramos muito unidos. Fui ordenado quando morria Paulo VI, em 6 de agosto de 1978.  Por Paulo VI, eu tenho muita admiração. Eu o conheci quando estudei em Roma. Admirava seu modo de ser, um grande papa. Uma benção de Deus.

JC: O senhor foi bispo de Toledo, arcebispo de Londrina e, mais tarde, arcebispo de Salvador. Como foram as experiências?

Dom Geraldo: Eu fui nomeado para Toledo em 1978. Fui o segundo bispo, sucedendo Dom Armando Cirio. Interessante que naquele tempo tínhamos um encontro toda semana, eu e Dom Armando. Uma coisa muito fraterna, mesmo. Ele, bispo de Cascavel, à época. Isso foi muito marcante para mim. Dele guardei uma lembrança muito carinhosa. Em Toledo, fiquei quatro anos. De Toledo, vim para cá. Então… Londrina não era um lugar pequenininho (risos). Aqui já era uma grande cidade. Foi muito interessante a diferença em relação a Toledo. Mas como em todas as minhas nomeações, nunca discuti ou perguntei, simplesmente fui. E aqui encontrei um povo que me acolhe muito bem. Em Salvador, fui muito bem recebido. Claro que lá tem todas as suas tradições… mas eu não brigava com ninguém. Com muita gente distante da Igreja, conseguia chegar e conversar.

JC: Qual foi sua participação no surgimento da Pastoral da Criança, que nasceu em 1983, aqui em nossa arquidiocese?

Dom Geraldo: Zilda Arns, médica, irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, assumiu comigo o trabalho. Montamos juntos todo o projeto. A proposta foi assumida com muito carinho em cada lugar onde foi apresentada. Depois, foi se espalhando pelo Brasil inteiro. Eu tive a oportunidade de acompanhar, indo aos mais distantes lugares do País, para visitar, para conversar com os bispos. Realmente, foi uma benção de Deus essa Pastoral da Criança. Fui colocado nesse trabalho por indicação de Dom Paulo, representando depois a pastoral diante do episcopado, na CNBB.

JC: Entre 1991 e 1999, o senhor trabalhou no Vaticano. Como foi trabalhar com São João Paulo II?

Dom Geraldo: Eu fui secretário da Congregação para o Culto Divino e disciplina dos sacramentos. Essa convivência em Roma é muito marcante. O Vaticano é interessante, tem várias congregações… A gente toma consciência de como a Igreja está pensando todas as questões. Eu tinha contato com muitos bispos. Afinal, todos os bispos do mundo vão a Roma a cada cinco anos, para apresentar o que tem sido feito em suas dioceses. Eles vinham visitar a Congregação. Tínhamos contato com o mundo inteiro. Quanto a São João Paulo II, eu estive muito próximo dele. Semanalmente, eu me encontrava com o Papa. Ele gostava de se encontrar com os bispos das congregações. Ele nos recebia para almoços, nos quais discutíamos temas. Dele sempre recebi apoio. Ele era uma pessoa extraordinária.

Pe. Evandro Delfino
PASCOM Arquidiocesana

Fotos (arquivo pessoal):

Convite: Jubileu de Brilhante Sacerdotal

A Arquidiocese de Londrina convida todos os padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas e toda a comunidade em geral para a as festividades de 60 anos de ministério sacerdotal do Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo. As festividades serão realizadas na Catedral Metropolitana de Londrina.

No dia 30 de Junho (sexta feira) às 19h30 com Hino Litúrgico Bizantino a Santa Mãe de Deus e no dia 01 de Julho (sábado) com Celebração Eucarística às 19h00.

Vamos juntos agradecer ao Sagrado Coração de Jesus a vida e o ministério do nosso querido Cardeal Dom Geraldo. Todas as pessoas, famílias, instituições e juventude de Londrina e região estão convidadas para essas solenidades de Ação de Graças.

 

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Convite oficial

 

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Cartaz divulgação