Cerca de 25 padres da Arquidiocese de Londrina concluíram nesta manhã, 3 de junho, o retiro dos presbíteros, pregado por dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e primeiro vice-secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre o tema: “Eis o homem”. A partir do capítulo 18 do Evangelho de São João, quando se inicia a experiência dolorosa da vida pública de Jesus, dom Jaime conduziu uma reflexão teológica, bíblica e filosófica sobre a convivência de Jesus com os apóstolos, a condenação de Jesus, a experiência espiritual pessoal com Jesus e a convivência entre os padres. “Só podemos deixar Deus entrar onde estamos, onde vivemos uma vida de verdade”, destacou dom Jaime.
O retiro iniciou na segunda-feira, 30 de maio, e concluiu nesta sexta, 3 de junho, com a Santa Missa, que teve a participação do arcebispo dom Geremias Steinmetz, e o almoço, no Centro de Espiritualidade Rainha da Paz, em Maringá. Diariamente os padres celebraram juntos a Santa Missa e no final de cada dia, realizaram um momento de espiritualidade, como adoração ao Santíssimo, oração do Santo Terço e celebração penitencial.
“[O retiro] é uma forma que a Igreja encontra para manter vivo o ânimo, o pique, dos nossos presbíteros. A oportunidade de pararmos, refletirmos e falarmos sobre as nossas coisas sempre é uma oportunidade que enriquece a todos”, explica dom Jaime, que destaca, por fim, uma mensagem: “primeiro: depois de Deus o maior dom são os irmãos, então cuidarmos uns dos outros e nos deixarmos cuidar uns pelos outros. E ao mesmo tempo jamais deixar de amar aquilo que somos e gostar daquilo que fazemos. Talvez seja o melhor testemunho que nós possamos dar para a sociedade de hoje: nós amamos o que somos e gostamos do que fazemos”, conclui dom Jaime.
Para o padre Rafael Solano, cura da Catedral e vigário geral da arquidiocese, o retiro foi uma experiência muito significativa. “O tema proposto pelo pregador: Jesus, pessoa e sujeito, permitiu-me a luz da paixão do quarto evangelho ver as minhas paixões, vazios e conteúdos”, conclui.
Para a vida sacerdotal As reflexões e perguntas propostas por dom Jaime buscaram um olhar sobre o ministério sacerdotal de cada padre. Contemplando a missão, o sofrimento e a força de Jesus, os sacerdotes tiveram a oportunidade de refletir sobre como acolher a pessoa de Cristo na sua vocação.
O retiro proporcionou momentos de meditação pessoal e de diálogo entre os padres, que partilharam ministério, dificuldades e esperança. À luz da pessoa de Jesus morto e ressuscitado, dom Jaime também partilhou um pouco da sua história vocacional, episcopal e os desafios da Igreja.
Os padres da Arquidiocese de Londrina participaram durante os dias 15 e 17 de março, do curso anual dos presbíteros, sobre as diretrizes gerais da Ação Evangelizadora no Brasil no contexto do mundo urbano. O encontro foi ministrado pelo bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado.
O neossacerdote Alex Aparecido Barboza atuará como vigário paroquial da Paróquia Santa Terezinha em Sertanópolis
O diácono Alex Aparecido Barboza recebeu, no último dia 26 de fevereiro, o segundo grau do sacramento da Ordem, o presbiterato, pela imposição das mãos do arcebispo dom Geremias Steinmetz. A Santa Missa de ordenação na Paróquia São Francisco Xavier, em Cambé, comunidade de origem de Alex, contou com a presença de padres, diáconos, seminaristas e do povo de Deus da arquidiocese, que se uniu em oração pelo seu neossacerdote. “O amor me explicou tudo”, disse São João Paulo II. Foi assim que Alex, já padre, iniciou sua fala ao final da celebração. “Já que foi por amor e pelo amor que decidi doar a Deus e à Igreja a minha vida.” Não foi uma decisão muito simples, conta ele, “mas foi a melhor decisão que tomei na minha vida.” “Essa decisão só foi tomada porque Ele, o amor, me amou por primeiro… Hoje eu posso dizer que o Senhor lançou sobre mim o seu olhar de misericórdia e de amor, olhou para as minhas misérias e me chamou, fui seduzido por Ele, me apaixonei por Ele, e ao longo de vários anos, dentro do processo formativo, discerni, amadureci e aprendi que a resposta deve ser dada a cada dia”, destaca Alex. O arcebispo dom Geremias, por sua vez, falou da alegria em celebrar a ordenação, grato pelo dom da vocação. “Deus continua chamando os nossos jovens e a gente precisa continuar trabalhando para que os jovens consigam ser generosos para com o chamado de Deus, respondam com generosidade e assim a gente vai vendo como muitos aderem à proposta de Jesus Cristo, à proposta da Igreja e certamente as tantas necessidades que a arquidiocese continua tendo.” O Rito da Ordenação Presbiteral é realizado dentro da celebração da Santa Missa, após a Liturgia da Palavra, e é constituído de seis partes: homilia, propósito do eleito, ladainha, imposição das mãos e prece de ordenação, unção das mãos e entrega da patena e do cálice. Um dos momentos marcantes para Francineide Aparecida Otilho, mãe de Alex, foi quase no fim da celebração, quando o bispo amarra as mãos do novo padre com uma fita, desamarrada por ela, que recebe a primeira bênção neossacerdotal. Esse rito é realizado em toda ordenação. Quando a mãe de um sacerdote falece, ela é sepultada segurando essa fita, para simbolizar diante de Deus que ela não chegará à presença d’Ele com as mãos vazias. Chegará à presença de Deus entregando o próprio filho como sacerdote. Francineide conta que ficou muito emocionada quando a explicaram o significado desse gesto. “Ontem eu fiquei tão feliz que a gente veio ensaiar e falaram para mim: ‘a senhora vai desamarrar a mão dele, quando Deus levar a senhora, ele vai amarrar com essa fita e entregar para Deus’. Que emoção, foi muito lindo esse momento”, descreveu Francineide que, enquanto conversava com a reportagem, foi interrompida por uma senhora para parabenizá-la pela ordenação. “Obrigada! Reze por ele”, falou a mãe. “Eu não conheço [as pessoas], mas elas conhecem o Alex”, contou à reportagem. Padre Alex agradeceu todas as pessoas que fizeram parte de seu processo formativo, bispo, padres, professores, família, amigos, comunidades, seminaristas. Especialmente a Paróquia São Francisco Xavier, sua comunidade de coração, onde ele iniciou no grupo de jovens e descobriu a vocação. A ordenação, realizada naquela paróquia, é um reconhecimento do trabalho das famílias e das comunidades, onde nascem as vocações, explica o arcebispo dom Geremias. “A comunidade é a base de tudo, é aí que verdadeiramente a Igreja acontece, o bispo, os padres, os diáconos e tantos outros ministérios devem estar a serviço justamente das comunidades.” Padre Alex, assim como sua mãe, com o pedido que a comunidade reze por ele, pela Igreja, pelo clero e por dom Geremias. “Pois somente a oração nos fará capazes de permanecer no amor de Cristo, somente a oração nos fará amar aqueles que Deus ama”, conclui. O neossacerdote presidiu a sua primeira missa no domingo, 27 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Cambé. A partir de agora seu trabalho é como vigário da Paróquia Santa Terezinha de Sertanópolis.
Boas vindas Padre Rodrigo Favero Celeste, pároco da Paróquia São Francisco Xavier, acolheu o neossacerdote ao presbitério da arquidiocese em nome do coordenador da Pastoral Presbiteral, padre Joel Ribeiro Medeiros. “O Espírito do Senhor esteja com você hoje e para sempre – escreveu padre Joel – Quero em nome de todos os presbíteros o acolher em nosso meio. Vivemos tempos difíceis, mas com Cristo Bom Pastor nos guiando, seremos sacramentos da aliança e da vida nova.” Citando o Santo Padre, o padre falou de quatro pilares essenciais na vida dos sacerdotes: a comunhão com Deus, com o bispo, entre os padres e com o povo santo de Deus. “Este pedido nos fortalecerá sempre na comunhão. Vivemos numa sociedade individualista, por isso em nome da Pastoral Presbiteral, convido você, neossacerdote, a não se isolar, mas a formar um pequeno grupo por afinidade, a partilhar a vida, a fé, e viver a unidade na comunhão pastoral, que Cristo o Bom Pastor o abençoe e o guie, como pastor do povo a ti confiado. Que Nossa Senhora, nossa Mãe, esteja com você hoje e sempre. Amém.”
Próximas ordenações A ordenação do padre Alex foi a primeira de cinco marcadas para o primeiro semestre deste ano. As próximas são no dia 19 de março, do diácono Paulo Ricardo Batista, e no dia 26 de março, do diácono Elizeu Bonfim. Em seguida, diácono Renato Aparecido Ferraz Pelisson, no dia 23 de abril, e o diácono Rodrigo Nunes Santos, no dia 7 de maio. “Estamos iniciando esse processo agora com várias ordenações e durante o ano deverão ser definidas outras ainda, talvez até o final do ano. Teremos também a ordenação dos diáconos permanentes que deve acontecer no mês de outubro. É um grande passo, continuamos tendo necessidades e precisamos de gente para colocá-los [em prática] especialmente nessa questão das chamadas periferias existenciais, que Londrina tem muito e continua crescendo”, destaca dom Geremias.
Diácono Alex Aparecido Barboza Ordenação Presbiteral 26/02/2022 (sábado) às 17h Paróquia São Francisco Xavier (R. Rio São Francisco, 200, Jd. Santo Amaro, Cambé PR)
Diácono Paulo Ricardo Batista Ordenação Presbiteral 19/03/2022 (sábado) às 16h Paróquia Nossa Senhora dos Migrantes (Jardim Novo Bandeirantes, Cambé PR)
Diácono Elizeu Bonfim de Souza Ordenação Presbiteral 26/03/2022 (sábado) às 10h Paróquia São Pedro (Rua Guarani, 416, Corumbataí do Sul PR)
Diácono Renato Aparecido Ferraz Pelisson Ordenação Presbiteral 23/04/2022 (sábado) às 19h Paróquia Nossa Senhora da Paz (Rua Primeiro de Maio, 350, Centro, Ibiporã PR)
Diácono Rodrigo Nunes dos Santos Ordenação Presbiteral 07/05/2022 às 16h Paróquia da Ressurreição (Av. Francisco Serpeloni, Jardim São Fernando, Rolândia PR)
Nos três dias, os sacerdotes refletiram sobre a Palavra de Deus, a Pastoral Presbiteral e a espiritualidade em tempos de pandemia
Entre 15 e 17 de junho, os presbíteros da Arquidiocese de Londrina participaram do seu retiro anual on-line. É a primeira vez que o evento é realizado nesta modalidade. Todos os dias, a programação começou com um momento de espiritualidade e a oração das laudes, seguido da colocação de um assessor sobre um tema específico. “Em seguida saímos da sala de reunião e cada padre faz o seu momento de oração pessoal com aquilo que foi orientado pelo assessor. Tudo individual, cada um na sua casa, essa é a particularidade”, comenta padre Djonh Dennys Souza dos Reis, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Rolândia, e orientador do primeiro dia de retiro.
Na sua fala, padre Djonh tratou sobre a “Palavra de Deus, fonte da caridade”. A partir de uma análise de conjuntura, para, assim como a Bíblia surge da experiência do povo, pensar a experiência do povo de Deus hoje, o padre aponta o que nos resta: a fé, a esperança e a caridade. “Sentir tudo isso com Cristo, ser pastor dentro do plano de Ação Evangelizadora”, dentro da realidade da Arquidiocese de Londrina. Na oração, os presbíteros refletiram sobre passagem de Lucas 9 a 14 e sobre a encíclica Deus Caritas est, do Papa Bento XVI.
No segundo dia, dom Walter Jorge Pinto, bispo de União da Vitória, falou sobre a Pastoral Presbiteral. O bispo destacou que os padres de uma diocese devem ser uma comunidade fraterna, não apenas um grupo de padres. Uma família a partir de Cristo, por laços de fé, tão importantes quanto os laços de sangue. “Jesus não chamou um por um, ele chamou os 12, chamou comunidade. Reunidos, cooperando no Senhor, somos uma família que se rege pela lei: ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’”, afirmou dom Walter, que é o bispo referencial da Pastoral Presbiteral do Regional Sul 2 da CNBB.
Hoje, o arcebispo de Londrina dom Geremias Steinmetz trouxe ao último dia de evento a reflexão sobre a espiritualidade em tempos de pandemia. A partir da exortação Gaudete et Exultate, do Papa Francisco, o arcebispo falou sobre o chamado à santidade apontando questões e respostas pastorais.
Participação
O retiro teve a participação de cerca de 40 padres. Anualmente são promovidos dois retiros e os padres optam por qual participar. O objetivo é o aprimoramento do indivíduo e da sua relação com o sagrado, explica padre Laurindo Lopes da Silva, pároco da Paróquia Santa Mônica, Decanato Norte e Nossa Senhora do Rosário, Decanato Leste. “Como é uma opção para quem busca o autoconhecimento, tende a nos permitir uma aproximação maior com Deus, por meio de oração e do silêncio, assim como fez o Papa Francisco quando, em março deste ano, passou uma semana em um local reservado”, completa.
Para o padre, realizar um retiro em casa e on-line é um desafio, “pois facilmente somos tentados a atender outras demandas da nossa rotina, dos afazeres pastorais da paróquia e etc.”. Ele destaca que é uma experiência nova e necessária por ocasião da pandemia, “porém não substitui o retiro tradicional, que nos tira da rotina e nos leva para um lugar de espiritualidade maior, nos isola dos afazeres diários”, conta padre Laurindo.
Para o padre Ildo Borges Valadão, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Decanato Leste, esta foi uma experiência nova muito válida. “Sobretudo com uma colocação bem feita [pelo orientador do retiro] e depois a gente pode, a partir dos textos bíblicos, fazer a reflexão durante a manhã”, destaca.
Como cada padre faz a sua própria organização do retiro, padre Ildo conta que medita os textos indicados pelos assessores e permanece em silêncio até as 15h, quando faz a oração diante do Santíssimo Sacramento, e encerra o dia de retiro para iniciar os atendimentos na paróquia. “Você fica ali concentrado, depois vai no teu local afastadinho, faz a tua reflexão, a tua meditação”, conclui o padre.
Padres da Arquidiocese de Londrina que compõe uma parcela do grupo dos Padres da Caminhada do Paraná escreveram uma nota pública sobre pandemia da covid 19 em Londrina e toda a região.
Segue a nota com as assinaturas:
A Vida humana não tem preço.
Nós, padres de Londrina, parcela do grupo Padres da Caminhada do Paraná,
Sabemos que Jesus Filho de Deus veio ao mundo para que todos tivessem vida e a tivessem em abundância. (Jo10,10). Que a sua passagem por este mundo, ungido pelo Espírito, foi descrita por Pedro nos Atos, como uma vida “fazendo bem” (At10,38). Que derramou o seu sangue por amor a todos sem exceção, nos dando uma dignidade de Filhos de Deus (Jo 1,12). Acreditamos, portanto, que a vida é mais do que um valor. É um bem inestimável. Ela tem a marca do criador que viu que tudo estava bem feito e era muito bom (Gn1.31) e do seu Filho Jesus que fazia bem todas as coisas (Mc7,32)
Reconhecemos com pesar e dor, que a vida no Brasil vive hoje seu maior risco. Seja pelas condições precárias do nosso povo e principalmente por uma Pandemia em completo descontrole sem nenhuma coordenação central. Ao nos aproximarmos dos 300 mil mortos, constatamos um colapso total no Sistema Público e Particular da Saúde, sem nenhuma perspectiva de vermos melhorar o quadro nos próximos dias. Com um presidente da república debochando da doença desde o primeiro momento, sem nenhum plano de vacinação oportuno e vendo agora a escassez da vacina e dos insumos golpearem o país e o mundo. O desprezo é tanto que em seis dias não temos um Ministro da Saúde que possamos chamar de fato e de direito! Milhares de vidas foram perdidas pela inércia, pelo crime da omissão, pela politização da pandemia! O Brasil não merecia uma conjugação tão grande de fatores nefastos de uma vez só!
Com toda esta situação, é com imenso pesar e indignação, que vemos líderes religiosos atrelados a políticos de plantão e alheios ao sofrimento dos seus concidadãos, promovendo passeatas e convocando aglomeração de pessoas (ainda que de carro), sem nenhuma empatia com os profissionais da saúde da linha da frente, extenuados por um ritmo de trabalho alucinante. Bem como nenhuma compaixão pelos familiares que já perderam seus entes queridos. Demonstram um equívoco perverso e iníquo ao esbravejarem pela defesa da democracia e da liberdade quando no fundo querem calar imprensa, desrespeitam as Instituições do Estado de Direito e em alguns casos avocam uma intervenção militar, que nos remete a um período da nossa história onde as liberdades individuais e coletivas, não só foram negadas, mas reprimidas.
Nós, ministros ordenados, protestamos veementemente contra os que desejam levar uma vida normal em plena mortandade! As experiências internacionais e até aqui em nosso país, já provaram sobejamente que lockdowns regionais ou nacionais são a única saída para diminuir as internações. A economia sacrificada e principalmente os cidadãos vulneráveis, devem ter da parte do Estado o socorro adequado. Sem parcimônia, com coragem. Com endividamento se necessário for. Portanto exigimos que o Estado, nas suas três instâncias, promova projetos de auxílio emergencial, enquanto durar a pandemia!
Aproveitamos também para reafirmar a convicção de que as Igrejas não devem reclamar a essencialidade dos seus serviços durante a calamidade que atravessamos. Existem inúmeras formas de serem o que de fato são, sem celebrações presenciais! Em comunhão com muitos nossos irmãos evangélicos, clamamos ao Senhor que nos dê força e coragem para enfrentarmos esta tempestade e apresentamos a nossa solidariedade e preces aos irmãos que estão nos hospitais e também aos familiares que já perderam as pessoas que muito amavam. Uma vida não tem preço.
Monsenhor Bernard Gafá e monsenhor José Agius completaram, no último dia 4 de julho, 55 anos de ordenação sacerdotal. Eles foram os primeiros padres ordenados na então Diocese de Londrina, depois elevada a Arquidiocese, junto com outros três padres, os cinco primeiros sacerdotes ordenados aqui. Naturais de Malta, eles vieram a Londrina em 1961 a convite do primeiro bispo dom Geraldo Fernandes Bijos.
Monsenhor Bernard é o atual pároco da Paróquia Imaculada Conceição, no Decanato Centro, paróquia onde iniciou seu trabalho como padre. Monsenhor José Agius é pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, em Rolândia, cidade a qual dedicou 51 dos 55 anos de padre. O aniversário foi marcado por celebrações e homenagens nas duas paróquias que, por causa da pandemia, não tiveram a participação da comunidade.
“Nós éramos em cinco ordenados aqui na Catedral de Londrina, por dom Geraldo Fernandes”, contou monsenhor Bernard em sua homilia. “Não podíamos contar com nossos parentes, com nossos pais, e nem ter notícias sequer. Foi um dia frio, como neste tempo, dia 4 de julho.” “Eu vejo que na minha vida, sinto que foi Deus que dirigiu o meu caminho. Quando eu saí de casa tinha 21 anos de idade. Realmente eu me sentia como Abraão, quando Deus disse: ‘Sai da tua casa, da tua família, deixa tudo pra trás e vai a um lugar que eu vou te mostrar’. E nós viemos ao lugar que não conhecíamos, nem a mínima ideia não tínhamos. Viemos não no escuro não, viemos para cumprir a missão, viemos como missionários pra seguir a Jesus: ‘Ide pelo mundo inteiro’.”
Monsenhor José Agius também recordou as dificuldades e alegrias encontradas nos seus 55 anos de sacerdócio, desde a primeira paróquia que trabalhou, em Pitangueiras, nos quatro anos depois da ordenação. Depois foi transferido para Rolândia, onde está até hoje. “Não posso me queixar de nada. Durante todos os 55 anos, consegui, com a ajuda do povo, realizar um monte de coisas pelas quais quero agradecer o Senhor e agradecer todos os amigos que tenho encontrado durante o meu ministério sacerdotal, de modo especial nesta cidade”, conta. “O padre é padre de acordo com a comunidade que tem. Quando a comunidade é boa o padre é bom, quando a comunidade é mais ou menos, o padre é mais ou menos. A comunidade que faz o padre. Se eu fiz tanta coisa porque teve uma comunidade boa que me ajuda, o mérito não é só meu, é de cada um”, conclui.
Juliana Mastelini Moyses Pascom Arquidiocesana
Fotos Monsenhor Bernard Gafá (Guto Honjo / Valéria Lagana)
Seguindo as lives do arcebispo, dom Geremias Steinmetz conversa hoje com os diáconos Oswaldo Pechin, coordenador dos diáconos; Moacyr Doretto, coordenador da Escola Diaconal; e José Luís Bordini. O tema de hoje é: “Diáconos: homens consagrados que conciliam trabalho profissional, família e Igreja.”
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De acordo com as indicações da Prefeitura de Londrina e por motivos que todos nós conhecemos, a inauguração da Nova Cripta da Catedral e a Missa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus na Catedral Metropolitana de Londrina, não terá a participação de todo clero da arquidiocese e grupo de convidados. Participarão somente o arcebispo dom Geremias Steinmetz e o monsenhor Bernard Gafá. Todos poderão acompanhar as solenidades através das redes sociais.
Reunidos em videoconfrência no dia 10 de junho, o arcebispo dom Geremias Steinmetz e os padres da Arquidiocese de Londrina decidiram por manter as missas sem a presença de fiéis até o fim de junho.
Leia na íntegra:
NOTA OFICIAL
No dia 10 de junho de 2020, véspera da Solenidade de Corpus Christi, o Clero da Arquidiocese de Londrina esteve reunido por videoconferência, para avaliar a possibilidade da volta das missas presenciais na arquidiocese. Em reunião no dia 22 de maio, decidiu-se por manter as missas presenciais suspensas até o dia 15 de junho, quando a questão seria reavaliada.
Considerando que desde o dia 22 de maio até o presente momento a situação da pandemia não decresceu nas cidades da arquidiocese, pelo contrário, só vem piorando, com dados preocupantes em relação ao número de infectados que necessitam ocupar leitos nos hospitais e UTIs da região, os argumentos levantados no dia 22 de maio continuam atuais.
Portanto, a Arquidiocese de Londrina comunica que as Missas com a presença de fiéis continuam suspensas em toda a Arquidiocese, até o final do mês de junho, quando a questão será reavaliada. Secretarias e igrejas continuam abertas para atendimentos individuais e orações pessoais.
Continuemos confiando-nos à misericórdia de Deus e fazendo a nossa parte em vista da vida plena para todos, especialmente os mais indefesos. Prestemos atenção às medidas de higiene indicadas pelas autoridades para o atendimento seguro das pessoas. Continuemos alimentando a fé do nosso povo com o anúncio da Palavra de Deus, Celebrações Eucarísticas online, a devoção a Nossa Senhora, a Igreja Doméstica, a Comunhão Espiritual e a Caridade.
O Sagrado Coração de Jesus seja nosso guia!
Londrina, aos 12 de Junho de 2020.
Dom Geremias Steinmetz Arcebispo Metropolitano de Londrina