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Entre os assuntos abordados nos módulos de estudo estão gestão patrimonial, gestão paroquial, marketing e planejamento estratégico

Desde o início de setembro, um grupo de 25 padres da arquidiocese, entre diocesanos e religiosos, reúnem-se quinzenalmente na Casa de Retiros Emaús para um dia de estudo sobre gestão eclesial. A formação que contempla 11 módulos de estudo foi inspirada no curso de gestão eclesial que é oferecido desde o ano passado pela arquidiocese aos seminaristas em ano de síntese pastoral. Por uma solicitação dos padres, neste ano o curso começou a ser oferecido também para o clero. As atividades vão até março do ano que vem e se encerram com um estágio na Mitra Arquidiocesana de Londrina.

Além dos conteúdos tratados, que abordam o trabalho com as pessoas, com finanças e planejamento, o curso preza também pela interação entre os padres e a partilha de experiências, explica o administrador Bruno Paz, idealizador do curso. “É uma caminhada, que além dos temas personalizados para realidade da nossa arquidiocese, visa promover um vínculo entre eles de partilha, escuta, que acreditamos que seja extremamente necessário para os padres”, destaca Bruno.

Como introdução ao curso, os dois primeiros módulos, nos dias 5 e 19 de setembro, trouxeram um conteúdo de caráter humano: liderança e gestão de pessoas; e administração do tempo e comunicação não violenta, respectivamente. A partir de outubro, o curso assume uma característica mais técnica, tendo iniciado no dia 3 com o tema introdução à contabilidade e sistema de administração paroquial. “Queremos ser práticos, trazer exemplos, cases, dinâmicas, para que seja um curso palpável. Na parte técnica vamos ter profissionais da área com temas como gestão patrimonial, gestão paroquial, marketing e planejamento estratégico. ”

Padre Valdecir Badzinski, secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB, ministrou o segundo módulo do curso, no dia 19 de setembro, sobre administração do tempo e comunicação não violenta. “Esse é um tema belo, profundo, necessário para uma reflexão como administradores, gestores, e aqui é um grupo de padres que refletem sobre isso porque querem estar melhor consigo mesmo, estar melhor com o clero de uma arquidiocese como é aqui o clero da Arquidiocese de Londrina e servir melhor, esse é o intuito dessa reflexão”, destaca o padre.

Padre Valdecir explica que a formação do sacerdote, apesar de muito profunda, longa e completa, precisa de uma continuidade. “Este curso preparado pela Arquidiocese de Londrina sobre gestão eclesial é realmente para o aperfeiçoamento daquilo que o padre já é. Isso é um ganho muito grande em várias instâncias. Depois ele pode servir melhor a arquidiocese, a sua paróquia, a sua província, a sua congregação. E quem ganha além do padre é a própria sociedade”, finaliza.

Cuidar de quem cuida
Padre Ailton Brito Alves, sacerdote de Schoenstatt, um dos participantes, fala que o curso é um momento de cuidado com os padres, que têm a missão de cuidar do povo. “Momento de cuidar também um pouquinho de nós, de rever alguns conceitos, de parar, de refletir sobre a nossa vida, sobre as nossas opções, sobre as prioridades que nós estamos tendo no nosso tempo, nas nossas atividades. Acho que não só faz bem, mas é necessário.”

Além disso, ele destaca a troca de experiências que o curso possibilita. “Essa fraternidade, essa amizade, essa troca de experiências entre os padres de várias gerações. Cada um também pode falar desde si, não só de coisas, de temas, da pastoral, da Igreja, ou de idealizações, mas também falar dos desafios que cada um traz de forma pessoal e também no seu ministério na sua vida. Às vezes a gente se encontra num questionamento de um padre, ou na solução que ele encontrou. Então essa troca de gerações, de padres de diferentes jeitos, países e idades é mais do que positivo.”

O que possibilita que os padres se conheçam melhor, acrescenta padre Laurindo Lopes, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Decanato Leste. “Por exemplo, muitos padres que são religiosos nós não tínhamos muito contato. E agora podemos conversar, nos conhecer, e isso está sendo muito importante. Além do conhecimento de como são as nossas comunidades e como lidar com o nosso povo…”, finaliza o padre.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Arquivo pessoal

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