O neossacerdote Alex Aparecido Barboza atuará como vigário paroquial da Paróquia Santa Terezinha em Sertanópolis
O diácono Alex Aparecido Barboza recebeu, no último dia 26 de fevereiro, o segundo grau do sacramento da Ordem, o presbiterato, pela imposição das mãos do arcebispo dom Geremias Steinmetz. A Santa Missa de ordenação na Paróquia São Francisco Xavier, em Cambé, comunidade de origem de Alex, contou com a presença de padres, diáconos, seminaristas e do povo de Deus da arquidiocese, que se uniu em oração pelo seu neossacerdote.
“O amor me explicou tudo”, disse São João Paulo II. Foi assim que Alex, já padre, iniciou sua fala ao final da celebração. “Já que foi por amor e pelo amor que decidi doar a Deus e à Igreja a minha vida.” Não foi uma decisão muito simples, conta ele, “mas foi a melhor decisão que tomei na minha vida.”
“Essa decisão só foi tomada porque Ele, o amor, me amou por primeiro… Hoje eu posso dizer que o Senhor lançou sobre mim o seu olhar de misericórdia e de amor, olhou para as minhas misérias e me chamou, fui seduzido por Ele, me apaixonei por Ele, e ao longo de vários anos, dentro do processo formativo, discerni, amadureci e aprendi que a resposta deve ser dada a cada dia”, destaca Alex.
O arcebispo dom Geremias, por sua vez, falou da alegria em celebrar a ordenação, grato pelo dom da vocação. “Deus continua chamando os nossos jovens e a gente precisa continuar trabalhando para que os jovens consigam ser generosos para com o chamado de Deus, respondam com generosidade e assim a gente vai vendo como muitos aderem à proposta de Jesus Cristo, à proposta da Igreja e certamente as tantas necessidades que a arquidiocese continua tendo.”
O Rito da Ordenação Presbiteral é realizado dentro da celebração da Santa Missa, após a Liturgia da Palavra, e é constituído de seis partes: homilia, propósito do eleito, ladainha, imposição das mãos e prece de ordenação, unção das mãos e entrega da patena e do cálice.
Um dos momentos marcantes para Francineide Aparecida Otilho, mãe de Alex, foi quase no fim da celebração, quando o bispo amarra as mãos do novo padre com uma fita, desamarrada por ela, que recebe a primeira bênção neossacerdotal. Esse rito é realizado em toda ordenação. Quando a mãe de um sacerdote falece, ela é sepultada segurando essa fita, para simbolizar diante de Deus que ela não chegará à presença d’Ele com as mãos vazias. Chegará à presença de Deus entregando o próprio filho como sacerdote.
Francineide conta que ficou muito emocionada quando a explicaram o significado desse gesto. “Ontem eu fiquei tão feliz que a gente veio ensaiar e falaram para mim: ‘a senhora vai desamarrar a mão dele, quando Deus levar a senhora, ele vai amarrar com essa fita e entregar para Deus’. Que emoção, foi muito lindo esse momento”, descreveu Francineide que, enquanto conversava com a reportagem, foi interrompida por uma senhora para parabenizá-la pela ordenação. “Obrigada! Reze por ele”, falou a mãe. “Eu não conheço [as pessoas], mas elas conhecem o Alex”, contou à reportagem.
Padre Alex agradeceu todas as pessoas que fizeram parte de seu processo formativo, bispo, padres, professores, família, amigos, comunidades, seminaristas. Especialmente a Paróquia São Francisco Xavier, sua comunidade de coração, onde ele iniciou no grupo de jovens e descobriu a vocação.
A ordenação, realizada naquela paróquia, é um reconhecimento do trabalho das famílias e das comunidades, onde nascem as vocações, explica o arcebispo dom Geremias. “A comunidade é a base de tudo, é aí que verdadeiramente a Igreja acontece, o bispo, os padres, os diáconos e tantos outros ministérios devem estar a serviço justamente das comunidades.”
Padre Alex, assim como sua mãe, com o pedido que a comunidade reze por ele, pela Igreja, pelo clero e por dom Geremias. “Pois somente a oração nos fará capazes de permanecer no amor de Cristo, somente a oração nos fará amar aqueles que Deus ama”, conclui.
O neossacerdote presidiu a sua primeira missa no domingo, 27 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Cambé. A partir de agora seu trabalho é como vigário da Paróquia Santa Terezinha de Sertanópolis.
Boas vindas
Padre Rodrigo Favero Celeste, pároco da Paróquia São Francisco Xavier, acolheu o neossacerdote ao presbitério da arquidiocese em nome do coordenador da Pastoral Presbiteral, padre Joel Ribeiro Medeiros. “O Espírito do Senhor esteja com você hoje e para sempre – escreveu padre Joel – Quero em nome de todos os presbíteros o acolher em nosso meio. Vivemos tempos difíceis, mas com Cristo Bom Pastor nos guiando, seremos sacramentos da aliança e da vida nova.”
Citando o Santo Padre, o padre falou de quatro pilares essenciais na vida dos sacerdotes: a comunhão com Deus, com o bispo, entre os padres e com o povo santo de Deus. “Este pedido nos fortalecerá sempre na comunhão. Vivemos numa sociedade individualista, por isso em nome da Pastoral Presbiteral, convido você, neossacerdote, a não se isolar, mas a formar um pequeno grupo por afinidade, a partilhar a vida, a fé, e viver a unidade na comunhão pastoral, que Cristo o Bom Pastor o abençoe e o guie, como pastor do povo a ti confiado. Que Nossa Senhora, nossa Mãe, esteja com você hoje e sempre. Amém.”
Próximas ordenações
A ordenação do padre Alex foi a primeira de cinco marcadas para o primeiro semestre deste ano. As próximas são no dia 19 de março, do diácono Paulo Ricardo Batista, e no dia 26 de março, do diácono Elizeu Bonfim. Em seguida, diácono Renato Aparecido Ferraz Pelisson, no dia 23 de abril, e o diácono Rodrigo Nunes Santos, no dia 7 de maio.
“Estamos iniciando esse processo agora com várias ordenações e durante o ano deverão ser definidas outras ainda, talvez até o final do ano. Teremos também a ordenação dos diáconos permanentes que deve acontecer no mês de outubro. É um grande passo, continuamos tendo necessidades e precisamos de gente para colocá-los [em prática] especialmente nessa questão das chamadas periferias existenciais, que Londrina tem muito e continua crescendo”, destaca dom Geremias.
Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana
Fotos Marilene Souza