No dia 25 de maio, padres com até cinco anos de ministério se reuniram no Seminário Paulo VI para o projeto de formação permanente, orientado pela Pastoral Presbiteral.
O tema tratado foi o equilíbrio da pessoa humana, com suas várias dimensões, conduzido pelo psicólogo familiar, Pedro Carlos Dakkache. Os padres puderam interagir e refletir entre si.
O arcebispo dom Geremias Steinmetz acompanhou-os nesse encontro falando da espiritualidade e comentando sobre o curso que os bispos do Paraná e alguns padres fizeram sobre a questão do suicídio.
Com grande pesar a Arquidiocese de Londrina comunica o falecimento do querido Monsenhor José Bernard Agius, conhecido como “Padre Zé de Rolândia”. Um grande missionário maltês de visível sabedoria e generosidade. Por 58 anos trabalhou em Rolândia – PR, cidade que reconhece o seu apostolado perseverante. Seu exemplo, seu ministério sacerdotal, seus conselhos e sua amizade permanecerão no coração de muitas gerações da cidade de Rolândia – PR.
Monsenhor José Bernard Agius estava em viagem visitando seus familiares na Ilha de Malta e ainda pretendia visitar grande parte de sua família na Austrália. Em sua última entrevista a uma emissora de rádio, ao dizer que ficaria dois meses em viagem respondeu que estava um pouco triste por tanto tempo longe de Rolândia. Seu coração sempre esteve na cidade, nas pessoas e na comunidade de Rolândia. Monsenhor José sofreu um Acidente Vascular Cerebral e estava internado na capital de Gozo da Ilha de Malta. Na manhã dessa terça feira (18/04), aos 81 anos de idade, faleceu. Nossa gratidão a Deus que presenteou a nossa arquidiocese com esse grande missionário, servo fiel na vinha do Senhor.
O clero da Arquidiocese de Londrina reconhece com afeto a missão evangelizadora do Monsenhor José em nossas terras. Renova o respeito e admiração por esse homem firme na fé e atento as necessidades da comunidade. Na memória e no coração de todos nós a lembrança viva de um padre querido, sensível, presente e trabalhador.
Nos unimos em oração pelo seu descanso eterno. E nossa ação de graças a Deus por tamanho dom para a Igreja, a vida e a vocação do Padre Zé de Rolândia.
“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. João 11, 25
Dom Geremias Steinmetz Arcebispo metropolitano de Londrina
Na manhã dessa quinta-feira, 13 de abril, os padres do Decanato Oeste de nossa arquidiocese estiveram em reunião na Paróquia São José Operário. Essa reunião é um momento oportuno de partilha da caminhada pastoral, de fraternidade e construção de estratégias pastorais de comunhão e participação. Entre os temas debatidos pelos padres do decanato estavam as considerações para as próximas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Além dos padres do decanato estava o coordenador da Ação Evangelizadora, padre Alexandre Alves Filho. Após a reunião os padres foram recepcionados pelo padre Dirceu Reis, decano, na casa paroquial para o almoço que contou com a presença do vigário geral, padre Rafael Solano e o arcebispo metropolitano, dom Geremias Steinmetz. Uma manhã de fraternidade, unidade e confraternização.
Neste dia especial para cada um de nós, em que encontramos no avental e no pão partilhado, a nossa razão de ser como Ministros Ordenados, não tenho nenhuma palavra que supere as do Papa Francisco. Contudo, é bom que refletirmos sobre a necessidade de desclericalizar e dessacralizar o tesouro que carregamos com a nossa ordenação! A história da Igreja dá conta de uma evolução na compreensão e vivência dos ministérios, cuja chave de interpretação é a de um princípio de clericalização ou sacerdotalização dos mesmos, perdendo-se progressivamente a consciência duma evocação ministerial de toda a comunidade, evidente na Igreja das origens.
Este fenômeno é paralelo a uma autonomização dos ministros ordenados e a um processo de interpretação dos ministros e ministérios da Igreja, a nível teórico e prático, em categorias sacerdotais provenientes do Antigo Testamento. Francisco tem palavras sábias aplicadas ao dia de hoje.
“Jamais devemos nos enraizar, nem no grupo cristão ao qual pertencemos, nem na responsabilidade que nos foi confiada, mas viver com espírito livre, em uma saudável indiferença. Jesus nos chama a partir da nossa pobreza, da nossa fragilidade, devemos responder a este chamado, com um eterno propósito de conversão É preciso rejeitar o carreirismo, a vida dupla, a busca das satisfações mundanas, abraçando a cruz e as mediações da Igreja: sacramentos, vida de oração, ascese, etc. Ao mesmo tempo devemos ser capazes de misericórdia precisamente porque somos tocados pela misericórdia do Senhor, não dando lições, mas testemunhando uma experiência de intimidade com Deus.
E em outra ocasião dizia no Congo: “Amados irmãos, partilhei convosco o que sentia no coração: cultivar a proximidade com o Senhor para ser sinais proféticos da sua compaixão pelo povo. Peço-vos para não transcurardes o diálogo com Deus e não deixardes que o fogo da profecia se apague por cálculos ou posições ambíguas com o poder, nem por uma vida cômoda e rotineira”.
E também aos padres no mês passado: “No tempo em que um certo cristianismo do passado se desvaneceu, abriu-se diante de nós um novo tempo eclesial, que exigiu e ainda exige uma reflexão também sobre a figura e o ministério do sacerdote. Não podemos mais pensá-lo como um pastor solitário, fechado no recinto paroquial; é preciso unir forças e partilhar ideias, para enfrentar alguns desafios pastorais que já são transversais a todas as Igrejas diocesanas de uma região. Penso na evangelização dos jovens, nos percursos de iniciação cristã, na piedade popular, que necessita de escolhas unitárias inspiradas no Evangelho. Penso também nas exigências da caridade e na promoção da cultura da legalidade” (Papa Francisco)
Sejamos felizes, é o que Deus quer e o que o povo espera.
Abraços
Padre Manuel Joaquim e Equipe da Pastoral Presbiteral
Como é costume, o clero da Arquidiocese de Londrina se reuniu para o seu dia de espiritualidade e preparação para Páscoa, na terça-feira, 4 de abril, antes da Missa dos Santos Óleos. O momento foi orientado por dom Luiz Soares Vieira, o como dom Luizinho, bispo emérito de Manaus, no Centro de Espiritualidade Paulo VI.
Segundo padre Manuel Joaquim, da Pastoral Presbiteral, o bispo “colocou o dedo na ferida dos principais pontos do ministério sacerdotal”, à luz do Concílio Vaticano II e principalmente dos evangelhos, chamando a atenção para o profetismo e o anúncio da Palavra com objetivo de fazer discípulos.
Após a palestra, os padres tiveram um momento de adoração ao Santíssimo e puderam recorrer ao sacramento da penitência.
O grupo de padres jovens, com até cinco anos de ministério, reuniu-se com o padre Manuel Joaquim dos Santos, coordenador do clero, e a equipe da Pastoral Presbiteral, no Centro de Espiritualidade Paulo VI, na quinta-feira, dia 30. Segundo o padre Manuel, foi uma reunião extraordinária no sentido de aproximação entre todos, de comunhão e de abertura de coração, o que é fundamental no presbitério. Já ficaram marcados mais três encontros, ao longo deste ano, que irão trabalhar as dimensões humana, espiritual, intelectual e pastoral do presbítero. Padre Manuel recorda que a formação permanente tem um caráter “obrigatório” para todos os padres, mas de modo especial nesta primeira etapa do ministério.
Entre os assuntos abordados nos módulos de estudo estão gestão patrimonial, gestão paroquial, marketing e planejamento estratégico
Desde o início de setembro, um grupo de 25 padres da arquidiocese, entre diocesanos e religiosos, reúnem-se quinzenalmente na Casa de Retiros Emaús para um dia de estudo sobre gestão eclesial. A formação que contempla 11 módulos de estudo foi inspirada no curso de gestão eclesial que é oferecido desde o ano passado pela arquidiocese aos seminaristas em ano de síntese pastoral. Por uma solicitação dos padres, neste ano o curso começou a ser oferecido também para o clero. As atividades vão até março do ano que vem e se encerram com um estágio na Mitra Arquidiocesana de Londrina.
Além dos conteúdos tratados, que abordam o trabalho com as pessoas, com finanças e planejamento, o curso preza também pela interação entre os padres e a partilha de experiências, explica o administrador Bruno Paz, idealizador do curso. “É uma caminhada, que além dos temas personalizados para realidade da nossa arquidiocese, visa promover um vínculo entre eles de partilha, escuta, que acreditamos que seja extremamente necessário para os padres”, destaca Bruno.
Como introdução ao curso, os dois primeiros módulos, nos dias 5 e 19 de setembro, trouxeram um conteúdo de caráter humano: liderança e gestão de pessoas; e administração do tempo e comunicação não violenta, respectivamente. A partir de outubro, o curso assume uma característica mais técnica, tendo iniciado no dia 3 com o tema introdução à contabilidade e sistema de administração paroquial. “Queremos ser práticos, trazer exemplos, cases, dinâmicas, para que seja um curso palpável. Na parte técnica vamos ter profissionais da área com temas como gestão patrimonial, gestão paroquial, marketing e planejamento estratégico. ”
Padre Valdecir Badzinski, secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB, ministrou o segundo módulo do curso, no dia 19 de setembro, sobre administração do tempo e comunicação não violenta. “Esse é um tema belo, profundo, necessário para uma reflexão como administradores, gestores, e aqui é um grupo de padres que refletem sobre isso porque querem estar melhor consigo mesmo, estar melhor com o clero de uma arquidiocese como é aqui o clero da Arquidiocese de Londrina e servir melhor, esse é o intuito dessa reflexão”, destaca o padre.
Padre Valdecir explica que a formação do sacerdote, apesar de muito profunda, longa e completa, precisa de uma continuidade. “Este curso preparado pela Arquidiocese de Londrina sobre gestão eclesial é realmente para o aperfeiçoamento daquilo que o padre já é. Isso é um ganho muito grande em várias instâncias. Depois ele pode servir melhor a arquidiocese, a sua paróquia, a sua província, a sua congregação. E quem ganha além do padre é a própria sociedade”, finaliza.
Cuidar de quem cuida Padre Ailton Brito Alves, sacerdote de Schoenstatt, um dos participantes, fala que o curso é um momento de cuidado com os padres, que têm a missão de cuidar do povo. “Momento de cuidar também um pouquinho de nós, de rever alguns conceitos, de parar, de refletir sobre a nossa vida, sobre as nossas opções, sobre as prioridades que nós estamos tendo no nosso tempo, nas nossas atividades. Acho que não só faz bem, mas é necessário.”
Além disso, ele destaca a troca de experiências que o curso possibilita. “Essa fraternidade, essa amizade, essa troca de experiências entre os padres de várias gerações. Cada um também pode falar desde si, não só de coisas, de temas, da pastoral, da Igreja, ou de idealizações, mas também falar dos desafios que cada um traz de forma pessoal e também no seu ministério na sua vida. Às vezes a gente se encontra num questionamento de um padre, ou na solução que ele encontrou. Então essa troca de gerações, de padres de diferentes jeitos, países e idades é mais do que positivo.”
O que possibilita que os padres se conheçam melhor, acrescenta padre Laurindo Lopes, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Decanato Leste. “Por exemplo, muitos padres que são religiosos nós não tínhamos muito contato. E agora podemos conversar, nos conhecer, e isso está sendo muito importante. Além do conhecimento de como são as nossas comunidades e como lidar com o nosso povo…”, finaliza o padre.
Começa hoje à noite, 24, e segue até amanhã, 25, a Reunião Geral dos Presbíteros, na Casa de Retiros Emaús. Participam todos os padres da arquidiocese e o arcebispo dom Geremias Steinmetz. O encontro é realizado a cada dois meses e nele são discutidos assuntos referentes aos padres e assuntos pastorais, como o Diretório dos Sacramentos, que está em processo de construção. O encontro é também uma possibilidade dos padres se reunirem, rezarem juntos e trocarem experiências.
“O Diretório dos Sacramentos são as bases para que se possam celebrar os sacramentos, sempre levando em consideração o Código de Direito Canônico, mas naquilo que é de competência da arquidiocese com relação aos sacramentos, como os sacramentos de iniciação à vida cristã, vamos deixar isso por escrito para que as pessoas tomem conhecimento”, destaca o padre Alexandre Alves Filho, coordenador da Ação Evangelizadora.