Nesse Ano de São José a sala dedicada a São João Paulo II no Centro Catequético Mãe Educadora da Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, foi completamente reformada.

 

A sala recebeu a obra de arte do artista Alves Capa. A partir da ideia do Pe. Dirceu Reis, pároco, no intuito de transformar a sala com identidade escolar para um ambiente temático, artístico e mistagógico, o artista Alves Capa apresentou um projeto e com a aprovação do pároco a reforma teve sucesso.

 

No dia 29 de setembro de 2021 foi realizada uma cerimônia de reinauguração da sala com a presença do Conselho Econômico Paroquial, coordenadores da Pastoral do Dízimo, do Caminho Neo catecumenato e da Pastoral dos Coroinhas a sala também foi abençoada e apresentada para a comunidade. Nas paredes a obra de arte além de trazer a imagem do santo repleto de beleza e significado também apresenta dados biográficos, obras e viagens apostólicas, entres elas as datas da Jornada Mundial da Juventude com a participação de São João Paulo II.

 

A sala conta com um ambão da Palavra, uma ligação direta a Iniciação a Vida Cristã. E a posição das cadeiras colabora com a contemplação e a identificação do encontro catequético como uma celebração de fé. Mais uma ação de aperfeiçoamento da evangelização proporcionada pelo dízimo da comunidade. A sala São João Paulo II já foi apresentada aos catequizandos, motivo de alegria e entusiasmo ao coração das crianças e adolescentes que já estão utilizando esse novo espaço.

Pascom paroquial

Assista:

 

Foto destaque Marcio Vendrametro

Dia 7 de novembro, festa de todos os santos. Esta foi a data escolhida pela Paróquia da Ressurreição, de Rolândia, para celebrar São José, padroeiro da cidade, neste ano dedicado a São José. A missa presidida pelo pároco padre José Onero, com a presença do diácono Divino Hespanha, na praça da igreja. O local foi revitalizado, a praça cercada e instalada a imagem de São José ao lado da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A praça, que já foi abrigo para moradores de rua, após intenso trabalho, agora pode receber eventos e missas.

 

Um local apropriado para os fiéis rezarem e acender velas foi criado e uma grande cruz colocada ao centro, marcando a reconstrução desta comunidade. “A Cruz e o sinal do ressurgir, da vitória. Uma cruz sem o ressuscitado, porque Jesus venceu a morte” explicou padre José Onero.

 

Em sua homilia, o padre falou do amor à vida, do amor de São José, que se dedicou a Jesus mesmo Ele sendo seu filho adotivo e aceitou os desígnios de Deus para viver no amor. Falou ainda das bem aventuranças, que são proclamadas por Jesus na presença de Deus. E ainda enfatizou que as autoridades devem cuidar dos mais necessitados, dos moradores de rua e repartir com quem tem menos e ainda colocar seus bens a serviço da Igreja e da da comunidade.

 

A animação ficou por conta do Grupo Nossa Senhora Aparecida, de Primeiro de Maio, onde padre José era pároco antes de vir para Rolândia. Estiveram presentes na celebração, o vice-prefeito, Marcio Vinicius, e sua esposa, o presidente da Câmara de Vereadores, Reginaldo Silva, e o vereador Vilmar Boy com sua família.

Flavia de Paula
Pascom Paróquia São José – Rolândia

 

 

Fotos: Flavia de Paula

A missa noturna desta segunda-feira (8), terceiro dia do novenário em honra a Nossa Senhora do Rocio no Santuário Estadual de Paranaguá, foi presidida pelo arcebispo da Arquidiocese de Londrina, dom Geremias Steinmetz. O tema de sua mensagem foi “Mãe do Rocio, envolvei as crianças, os jovens e os idosos em vosso manto de amor e proteção”. Padre Heriberto Mossato, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rocio de Londrina também concelebrou a Santa Missa, que foi transmitida ao vivo pelo Facebook da arquidiocese e pode ser acessada <clicando aqui>

 

Assim como nos primeiros dois dias, a programação conta com oito horários diferentes para que os devotos possam estar presentes no Santuário do Rocio, rezando a novena, sem gerar aglomeração. Há a possibilidade de estar presente no período da manhã, tarde ou noite, além de acompanhar a transmissão ao vivo da novena e missa das 19h pelo canal do <YouTube> do Santuário ou pelo <Facebook>

 

O arcebispo dom Geremias, que é também presidente do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se mostrou muito contente em estar participando, novamente, da Festa em louvor à padroeira do Paraná. “É uma alegria poder estar aqui, tenho vindo nos últimos 10 anos para participar da novena. A primeira vez que vim ao Santuário foi há muitos anos, ainda como estudante e, depois, a segunda vez já foi como bispo. Depois disso, sempre estive aqui participando em nome dos bispos do Paraná, com a intenção de fazer o nosso Estado mais presente”, disse.

 

Ele relembrou a visita da imagem peregrina à arquidiocese, nos meses de setembro, outubro e novembro deste ano. “Recebemos no dia 8 de setembro a imagem de Nossa Senhora e ela peregrinou por várias paróquias para que envolvêssemos mais as comunidades e a arquidiocese. Presidir este terceiro dia de novena representa o fechamento de um trabalho duro que foi iniciado quando recebemos a imagem, fazendo com que Nossa Senhora do Rocio estivesse mais presente naquela região”, comentou.

 

A respeito do tema de sua mensagem, ele destacou que Nossa Senhora é “aquela que está na vida das crianças, jovens e das pessoas idosas. Quando falamos isso, tanto ao início, quanto ao fim da vida, assim mesmo ela é aquela que dá vida, dá esperança”.

 

Segundo ele, nessas três fases da vida – infância, juventude e velhice – as pessoas sofrem muito na sociedade. “Elas passam por discriminação, pois são as mais fracas já que, ou ainda não têm toda a força de trabalho, ou já passaram do tempo de sua força de trabalho. Portanto, é uma alegria poder estar aqui, poder rezar com todos e, sobretudo, pedir a proteção de Nossa Senhora sobre toda essa realidade”, disse.

 

Ao final da missa, padre Dirson Gonçalves, retiro do Santuário Estadual, agradeceu a presença de dom Geremias e do padre Heriberto e destacou que a Paróquia Nossa Senhora do Rocio, de Londrina, passa a ser uma extensão do Santuário Estadual. 

 

4º dia de novena terá missa presidida por dom Walter Jorge Pinto

Hoje (9), no quarto dia de novena, a missa das 19h será presidida pelo bispo de União da Vitória, dom Walter Jorge Pinto, que falará sobre “Mãe do Rocio, envolvei os educadores em vosso manto de amor e proteção”.

 

Os horários de novena começam às 5h da manhã, seguindo às 6h, 8h, 10h, 14h, 16h, 18h e 19h. Aqueles que não puderem estar presentes em algum desses horários, também podem participar por meio das redes sociais do Santuário (YouTube e Facebook), pela transmissão ao vivo.

 

Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio

Fotos: Santuário Nossa Senhora do Rocio

A romaria partiu da Paróquia Nossa Senhora do Rocio, no Decanato Leste, rumo a Paranaguá, na sexta-feira (5), levando consigo a imagem da padroeira que peregrinou pela Arquidiocese de Londrina nos últimos dois meses. Ao todo 54 pessoas, acompanhadas do pároco padre Heriberto Mossato, participaram da viagem que teve por objetivo levar a imagem de volta ao seu local de origem, encerrando a peregrinação pela arquidiocese. No sábado, às 6h da manhã, junto com a oração do Ângelu,s presidida pelo frater Sócrates, na Gruta de Nossa Senhora, a imagem foi entregue ao santuário, sob os aplausos dos fiéis. Após participar da missa das 10h no domingo, a romaria retornou a Londrina.

 

Segundo padre Heriberto, organizador da peregrinação da imagem a Londrina, o tempo em que a santa esteve na arquidiocese foi um despertar devocional. “Nossa Senhora do Rocio, embora seja anterior a Aparecida, pelo menos 69 anos, e sendo ela padroeira do Paraná, a devoção é mais forte no sul [do Estado] e no norte do Paraná ela não é muito conhecida.” O padre destaca que a caravana de fiéis que levou a imagem até Paranaguá tomou consciência da missão de fazer a devoção mais conhecida no Norte do Estado.

 

Novena

No terceiro dia da novena da 208ª Festa da Padroeira Nossa Senhora do Rocio, o arcebispo dom Geremias Steinmetz preside hoje a Santa Missa às 19h , no Santuário Estadual de Paranaguá, com o tema: “Mãe do Rocio, envolvei as CRIANÇAS, os JOVENS e os IDOSOS em vosso manto de amor e proteção”. A cada dia da novena, um bispo de uma diocese do Paraná preside a missa. A festa vai até 16 de novembro, dia dedicado a Nossa Senhora do Rocio.

 

Pascom Arquidiocesana

 

No ano passado, dom Geremias também celebrou um dia da Novena de Nossa Senhora do Rocio / Foto: Pascom Diocese de Paranaguá

PASTORAL DO DÍZIMO

“Sou dizimista porque amo a minha Igreja”

 

É muito importante frisar o termo PASTORAL antes do Dízimo. Isso porque o objetivo de toda pastoral é apresentar Jesus como modelo e a Igreja como caminho. Desta feita, também a Pastoral do Dízimo tem como objetivo primeiro a evangelização: assumir o projeto do Reino de Deus oferecido por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

A primeira etapa da Pastoral do Dízimo é a formação de uma equipe. Essa equipe deve ser formada por fiéis que já participam da vida da comunidade e desejam conhecer melhor a importância do Dízimo. A espiritualidade de cada líder da Pastoral do Dízimo é alimentada pela formação bíblica, participação na liturgia dominical, uma vida de oração e preparação para a recepção dos sacramentos, sobretudo da Confissão e da Eucaristia.

 

A Pastoral do Dízimo apresentada pelo Pe. Manoel Idalgo, assessor arquidiocesano, contém um logotipo (símbolo), um slogan, uma oração própria recordando a Santíssima Trindade, hinos já conhecidos e uma das formas de se apresentar a contribuição do dízimo, no caso por meio da carteirinha do dizimista que é oferecida no Dia do Dízimo. A sugestão é que todas as comunidades assumam o Dia do Dízimo no segundo sábado e domingo de cada mês.

 

Por novembro ser o Mês do Dízimo, apresentaremos uma pequena formação.

1. O que é o dízimo?

O Dízimo é demonstração de fé em Deus e amor para com a Igreja. É uma forma de agradecimento por tudo que se recebe das mãos de Deus. É uma contribuição financeira mensal para a Igreja pagar suas contas. O Dízimo é uma parcela de tudo o que se tem.

 

2. Quem inventou o dízimo?

O Dízimo foi criado pelo Povo de Deus do Antigo Testamento como forma de gratidão a Deus (cf. Lv 27,30). O dízimo era utilizado pelos sacerdotes (cf. Nm 18,21) para manter o templo e ajudar os mais necessitados (cf. Tb 1,7). Jesus incentiva o dízimo (cf. Mt 23,23).

 

3. Para que serve o dízimo?

O Dízimo serve para pagar as contas da Igreja como, por exemplo, água, energia elétrica, impostos, manutenção da secretaria e da casa paroquial, reformas e construções, formação de agentes pastorais, retiros, obras de caridade etc.

 

4. Quem decide o que se faz com o dinheiro do dízimo?

Existe uma equipe (CAEP – Conselho Administrativo e Econômico Paroquial) que presta contas de tudo o que é arrecadado e tudo o que é gasto mensalmente. Esta equipe é formada por cristãos católicos engajados e comprometidos com a comunidade. É um trabalho voluntário, sem direito a remuneração. O CAEP colabora com o padre na administração econômica da paróquia e é refeita a cada dois anos (cf. Regimento da Arquidiocese de Londrina).

 

5. Quem deve ser dizimista?

A melhor resposta para esta pergunta é: EU. Este EU inclui todos os fiéis: padre, ministros, catequistas, catequizandos, pai, mãe, filhos, membros de todas as pastorais e movimentos. Nenhuma pessoa deve ser excluída de ser dizimista. Cada membro da família deve ser dizimista. Quando uma criança é incentivada a ser dizimista, ela cresce sabendo a importância de sua contribuição.

 

6. É importante a quantia que se dá de dízimo?

Claro que é importante. Todo mundo que trabalha sabe que é importante a quantia que se recebe. Falar que tanto faz a quantia que se dá de dízimo é o mesmo que dizer que tanto faz receber um ou dez salários mínimos. Por isso é importante oferecer um Dízimo que ajude a Igreja a crescer. A Igreja precisa do dízimo. Não devemos dar esmolas para Deus, mas uma quantia que represente o grande amor que temos. Paulo apóstolo diz que “deve-se usar a medida do coração” e o coração é sempre generoso (cf. 2Cor 9,6-7).

 

7. É necessário dar dez por cento (10%) de tudo o que se ganha?

Dízimo significa “a décima parte”. O dízimo surgiu na Bíblia para incentivar a generosidade dos fiéis na partilha de seus bens. Ser dizimista é contribuir com parte de tudo o que se tem. Deus não é contador e não fica fiscalizando o quanto se oferece, e nem a Igreja faz isso. Tudo o que temos pertence a Deus e nossa contribuição demonstra nossa fé e nosso compromisso com a Igreja. Dízimo não é só dinheiro, Dízimo é doação de si, é amor.

 

8. O que devo fazer para ser dizimista?

Procure a Secretaria da Paróquia ou o Plantão do Dízimo. Ou ainda: escreva num envelope o seu nome completo, seu endereço e o número do seu telefone fixo ou celular. Ofereça este envelope com o seu DÍZIMO durante a santa missa. Você estará fazendo parte do número dos dizimistas da comunidade e receberá a sua Carteirinha do Dizimista.

 

 

 

EXPLICAÇÃO DO SÍMBOLO DA PASTORAL DO DÍZIMO

O símbolo da Pastoral do Dízimo retrata o imenso amor de Deus-Pai que oferece o coração sagrado de seu filho Jesus. A paz do Espírito Santo envolve este gesto de generosidade. O coração recorda o próprio amor, entrega de si, compaixão, misericórdia, compromisso. A “pomba” quer levar esse dom a todos os lugares, por isso ela está com as asas abertas. A mão que oferece também fica aberta para acolher. Isso tudo quer mostrar o significado do Dízimo – contribuição de parte de tudo o que se tem. dízimo é, antes de tudo, partilha da própria vida. O Dízimo eleva aos céus, pelas asas do Espírito Santo, o coração feliz de quem reconhece que tudo vem de deus. Dízimo é compromisso de fé. Dízimo é Amor.

 

 

 

 

 

ORAÇÃO DOS DIZIMISTAS

Deus Pai, receba o Dízimo que apresento à tua Igreja. É fruto de meu trabalho e parte de tudo o que ganhei. O meu dízimo servirá para as necessidades pastorais de nossa comunidade. Espírito Santo, que todos os dizimistas continuem sendo abençoados pelos seus dons. Tenham sempre saúde, paz, alegria e prosperidade. Senhor Jesus, obrigado por me ensinar a partilhar. Sou feliz porque posso contribuir. Amém!

 

 

Pe. Manoel Idalgopadreidalgo.2014@gmail.com
Assessor Eclesiástico da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Londrina

Seminaristas foram ordenados em celebração presidida pelo arcebispo dom Geremias na Catedral no sábado, 30 de outubro

 

 

Pela imposição das mãos de dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina, os seminaristas Alex Aparecido Barboza, Elizeu Bonfim de Souza, Paulo Ricardo Batista, Renato Aparecido Ferraz Pelisson e Rodrigo Nunes dos Santos receberam o primeiro grau do sacramento da ordem, o diaconato. A celebração eucarística na Catedral de Londrina reuniu padres, religiosos, diáconos, seminaristas, familiares, amigos e membros das comunidades em que os jovens atuaram durante sua trajetória pastoral.

 

Como lema da ordenação, a passagem de João: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (3,30), ressalta a natureza sobrenatural do chamado de Deus, como dom perene para toda a Igreja, sendo instrumentos do amor do coração de Jesus. Com a ordenação, os jovens adentram ao clero da diocese e podem ministrar o sacramento do batismo e do matrimônio e realizar algumas celebrações.

 

O sacramento da ordem é composto de três graus: diaconato, presbiterato e episcopado. Aos diáconos “são-lhes impostas as mãos, não para o sacerdócio, mas para o ministério sagrado. Fortalecidos com a graça sacramental, servem o povo de Deus, em união com o Bispo e o seu presbitério, na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade. A sagrada Ordenação é conferida pela imposição das mãos do Bispo e a Oração, através da qual ele bendiz o Pai e invoca o dom do Espírito Santo para a realização do ministério”, explica o rito de ordenação dos diáconos. Esse ministro, de acordo com as Sagradas Escrituras e a Tradição, é aquele que veio para servir e não ser servido, seguindo o exemplo de Jesus.

 

Na reta final dade formação, os jovens fizeram, em 2021, um Ano de Síntese Pastoral, em que atuaram em uma paróquia da arquidiocese, vivendo o dia-a-dia daquela comunidade. O próximo passo da caminhada vocacional é a ordenação presbiteral, que será realizada num período de seis meses a um ano após a ordenação diaconal.

 

Ao final da celebração, o arcebispo agradeceu as comunidades que estiveram presentes em todas as etapas da vida dos seminaristas, principalmente as comunidades de origem, onde eles foram criados e se desenvolveram. “Muito obrigado! Falo em nome do clero, em nome da arquidiocese como um todo. Com cinco novos diáconos estamos orgulhosos. Mas é um orgulho bom, de que a pastoral vocacional está dando certo, o trabalho de formação está andando, e a graça de Deus vai nos dando as pessoas necessárias.”

 

Padre Paulo Rorato, reitor do Seminário Teológico São Paulo VI, destacou que com a ordenação diaconal os jovens vestem o “avental do serviço”.  “Que jamais vocês retirem esse avental e, mesmo recebendo a ordenação presbiteral, ele deve permanecer amarrado em nós como fez o próprio Cristo Jesus quando instituiu a eucaristia: amarrou o avental e nunca mais tirou. Que esse compromisso de serviço agora assumido diante do povo de Deus possa vos animar cada dia, para que assim possamos juntos nesta Igreja Particular de Londrina, com o nosso arcebispo, ir construindo o Reino de Deus. Parabéns, coragem, contem com as nossas orações, sobretudo com a nossa amizade!”

 

Padre Joel Ribeiro Medeiros, coordenador da Pastoral Presbiteral, acolheu os novos diáconos em nome dos padres da arquidiocese. “Neste ano em que o papa nos convoca como Igreja para um sínodo sobre sinodalidade, ou seja, em comunhão, sejam bem vindos para trabalhar conosco, para somar. Nós queremos, então, juntos, como presbitério, acolher vocês. E que trabalhemos sempre em sinodalidade, comunhão, nunca na divisão, na competição, formando grupos para lá e para cá, mas para a comunhão e a unidade, como diz a leitura, um só corpo. Mesmo que nós tenhamos pensamentos diferentes, mas que na sinodalidade possamos criar comunhão. Nós, padres, os acolhemos com um grande abraço, bem vindos!”

 

Pastoral

Na síntese pastoral, cada seminarista atuou em uma paróquia da arquidiocese: Alex Aparecido Barbosa, Paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã; Elizeu Bonfim de Souza, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Km 9; Paulo Ricardo Batista, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Porecatu; Renato Aparecido Ferraz Pelisson, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Alvorada do Sul; e Rodrigo Nunes dos Santos, Paróquia São João Batista, de Bela Vista do Paraíso.

 

Padre Luiz Primão, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã, destaca que o trabalho do seminarista numa comunidade no seu ano de síntese torna-se um grande outdoor vocacional. “Jesus nos pediu para rezar: a messe é grande, os trabalhadores são poucos. A vocação, a pessoa que assume com alegria o projeto de Deus se torna uma grande propaganda vocacional, e a comunidade percebeu isso”, explica o padre..

 

Segundo ele, o trabalho na comunidade também é uma oportunidade de descobrir as próprias capacidades. “O seminarista se prepara dez anos para ordenação diaconal e nessa preparação, neste ponto da síntese, em conclusão com a comunidade, ele se sente confirmado dentro dessa comunidade pastoral, que acolhe, que lhe dá afeto, carinho e amor, mas também esse campo pastoral para exercitar-se a partir do discípulo que todos nós somos.”

Pessoalmente, padre Primão se sente como um pai que vê o filho se realizando. “OAlex eu busquei em casa quando ele ingressou para a arquidiocese, eu encontrei ele com a mãe e o cachorro, eu levei ele e a mãe ficou protegida por Jesus. Então isso é uma grande realização para mim, ver ele com todas as lutas que se tem, a decisão tem  as suas consequências, e agora vê-lo feliz, e se realizando, eu me sinto em profunda paz e consequentemente também feliz”, finaliza.

 

Padre Paulo Alencar, pároco da Paróquia São João Batista, de Bela Vista do Paraíso, onde o Rodrigo fez a síntese vocacional levanta dois pontos sobre a presença dos seminaristas na comunidade: a convivência e a vida espiritual. Primeiro a convivência com o padre e com a comunidade. “A gente cresce muito no relacionamento, até para que eles sintam como que é a vida do sacerdote, os desafios e as alegrias que a gente enfrenta a cada dia… A gente sente essa segurança para que eles dêem esses passos e possam até cuidar de uma comunidade”.

 

Na paróquia, o seminarista ajudou com formações, visitas às comunidades, pastorais, ministros, leitores, coroinhas, celebrações. “Então a convivência com o padre por um lado e a convivência com a comunidade por outro, que vai fazendo com que eles cresçam nesse desejo de servir a Igreja.”

 

Sobre a vida espiritual, padre Paulo explica que esta também se aprofunda na convivência e no serviço ao povo de Deus, por exemplo, com a oração da Liturgia das Horas com o padre, os momentos devocionais com a comunidade, as celebrações. “Então a gente também percebe que é um momento muito fecundo e que os ajuda a se prepararem, crescer no gosto, realizar a ordenação como foi celebrada hoje.”

 

Sobre a ordenação, o padre sentiu-se emocionado ao presenciar um irmão chegar ao ministério. “Ao mesmo tempo eu me recordo do próprio caminho que eu realizei, a oportunidade de estender as mãos, eu sempre penso que a gente chega a algum lugar e nunca é sozinho, sempre tem pessoas que estendem as mãos para nós. Eu falei que um dia estenderam as mãos  para mim, é uma alegria hoje poder estender  as mãos para ele, aconselhando, um pouco como um pai também, como formador, e um irmão também, uma grande alegria, eu conheço os cinco que hoje foram ordenados e vejo assim, que a Igreja, a Arquidiocese de Londrina é enriquecida pelos carismas e pela personalidade, pelo dom, a dedicação e a presença de cada um deles”, finaliza padre Paulo.

 

Diácono Alex

Quando o neo-diácono Alex Aparecido Barboza entrou para o seminário, foi a passagem de São Marcos que o inspirou coragem para deixar tudo pelo Evangelho: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de Mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida” (Mc 10,29-30). Na ordenação, o jovem viu a profecia se cumprir: “olhando tudo em minha volta, percebi que o que Deus prometeu, Ele cumpriu”. Alex entrou para o seminário no ano em que o pai faleceu, conta a mãe, Francineide Aparecida Otílio. “[Quando ele entrou para o seminário], foi bem difícil, porque foi no mesmo ano que o pai dele faleceu. O pai dele foi embora, ele foi para o seminário.”

No seu ministério, Alex espera ser fiel a Deus, com os olhos fixos em Jesus, confiando na Sua misericórdia. “Amando a Igreja e servindo o povo de Deus naquilo que me foi confiando. Isto é, no anúncio da Palavra de Deus, auxiliando na liturgia eucarística, nos sacramentos e principalmente no serviço da caridade. Quero dar meu melhor para que Cristo seja conhecido e amado, tendo como ponto de partida o lema que escolhermos para nossa ordenação: ‘É necessário que Ele cresça e eu diminua’”.

Na cerimônia da ordenação, Alex teve a presença de pessoas que fizeram e fazem parte da sua vocação: família, amigos das comunidades por onde passou, seminaristas e padres que o ajudaram com o testemunho de segmento a Cristo. “[A família] tem importância primordial, foram eles que me ensinaram o fundamento principal da vida cristã: o amor. Por isso, a minha vocação não é só minha; é deles também, pois foram eles que durante todo o período que estava no seminário, me deram suporte e coragem para prosseguir”, afirma.

A mãe do neo-diácono, Francineide Aparecida Otílio, destaca a caminhada vocacional do filho até o diaconato. “Estou me sentindo muito feliz. Eu esperei dez anos por esse dia maravilhoso. É uma caminhada bem longa mas parece que passou tão rapidinho que a gente começa a olhar lá atrás nem acredita de tão bom que foi. Em todos os momentos eu via ele feliz, e se dedicando muito.”

É difícil até de encontrar as palavras para descrever a felicidade. “Eu só penso que eu queria que todas as mães tivessem a felicidade que eu estou [tendo] hoje”, destaca Francineide, que sempre rezou e reza pelo filho.

 

 

Diácono Elizeu 

Para o diácono Elizeu, a ordenação representa a superação de grandes desafios. “Perceber que amadureci, celebrar a ordenação agora é coroar os  esforços, a dedicação e a disciplina, mas acima de tudo a gratidão a Deus por conceder a graça da superação de tantas limitações”, conta o jovem que desde criança sonha em ser padre. “Quando participava das missas, queria fazer o mesmo que o padre, mas desde quando me propus a seguir esse caminho me percebi limitado. No seminário tive grandes dificuldades acadêmicas que me fizeram pensar ser incapaz de ser padre.”

Para o futuro, a expectativa é ser padre! “Ainda há uma caminhada a ser percorrida e gera na gente uma ansiedade. Mas ainda assim, tenho expectativa de viver bem esse período de diaconato transitório, fazendo o que é próprio desse ministério”, destaca.

Elizeu pretendia ter mais pessoas consigo no dia da ordenação, mas por causa das limitações da pandemia, não foi possível. “Além da família, convidei casais que pudessem representar as cidades e paróquias por onde passei em missões e trabalhos pastorais”, explica. “A família sempre foi um porto seguro para mim. Em todos os momentos foi com eles que pude contar, principalmente quando tudo parecia perdido e acabado. Foi a família a minha grande motivação. Meus pais e meus irmãos.”

De modo especial, Elizeu fala do apoio do irmão Geovani, que foi seu primeiro catequista. Foi ele que o levou ao seminário junto com os pais em fevereiro de 2012. Foi a ele que Elizeu recorreu quando se afastou do seminário, e ele que o emprestava o carro para trabalhar. “Às vezes me causava incômodo ver ele indo para o trabalho de manhã debaixo de chuva, às vezes em um extremo frio de moto, enquanto eu usava o carro dele para ir para a universidade e trabalhar em seguida. Família nunca foi um problema, para mim, família sempre foi solução”, finaliza Elizeu.

Na ordenação, Jesus Bonfim de Souza, pai do neo-diácono, se sentiu como um pai que entrega o filho para o matrimônio. “E eu entrego o meu filho a Jesus, o Salvador”, comemorou o pai que reza não só pela vocação do filho, mas para que cresça o número de sacerdotes para a Igreja. “Ele é fruto de um trabalho de muitos anos na comunidade, eu como ministro da eucaristia, a mãe dele como catequista” e toda família sempre muito ligada à Igreja.

Vera Lúcia de Souza, mãe do neo-diácono, fala da graça de ter um filho no caminho do sacerdócio. “No mundo difícil que a gente está vivendo hoje, essa geração nova que está chegando, de repente tem um filho, eu não consigo entender direito, é emocionante. O Elizeu eu acho que ele já veio neste mundo escolhido”, revela a mãe. “Eu tentei viver um dia de cada vez, sempre as pessoas perguntavam para mim: ‘nossa, deve ser um orgulho para uma mãe, não?’ E eu digo: ‘eu vivo um dia de cada vez’, então a gente vai vivendo, um dia de cada vez, vendo passar, até chegar esse momento, e chegou”. Se ela reza pela vocação do filho? “Não só rezo como peço oração para os outros também, porque eles precisam, é muito importante.”

 

Diácono Paulo

O neo-diácono Paulo destaca que foi o Espírito Santo que o conduziu desde os primeiros passos na vocação, “Contudo, a ordenação se apresenta a mim como a culminância das vontades de Deus, da Igreja, e da minha quanto ao chamado!”. “A sensação é a de que Deus me confirma por meio da Igreja nessa missão específica.”

Ele espera, como diácono, “servir aos demais (numa paróquia em específico) naquilo que diz respeito a Deus. Ser verdadeiramente instrumento e sinal de Deus em meio a uma sociedade tão secularizada e esquecida do seu primeiro amor”.

Na ordenação, estiveram presentes pessoas que contribuíram de modo decisivo na sua caminhada vocacional, desde familiares, amigos e membros das comunidades por onde passou. “Tive a oportunidade e a graça de realizar o meu ano de síntese pastoral na cidade de Porecatu. Por isso, nessa ‘reta final’ rumo à ordenação, senti a necessidade de tê-los juntos a mim nesse momento especial. Sou muito grato à juventude daquela comunidade por me confirmar na vocação e ser amparado com o seu amor.”

Sobre a importância da família, Paulo destaca que esta é um celeiro de vocações, onde se suscitam anseios de se buscar a Deus e levá-lo aos demais. Por isso, é o ambiente propício ao toque suave da graça que leva a entregar uma vida inteira. “Posso dizer que entreguei a minha vida a Deus porque o encontrei no rosto de um pai e de uma mãe humanos”, afirma o neo-diácono. “Deus se faz presente no seio familiar e a partir dele realiza o seu chamado porque não conseguimos conceber atitudes e gestos mais singelos do que aqueles que encontramos na relação de um pai e de uma mãe com seu filho”, finaliza.

A mãe do Paulo, Maria de Lourdes dos Santos Batista, conta que desde muito pequeno ele já demonstrava o caminho que seguiria. “A gente fica feliz por isso, que Deus abençoe e Nossa Senhora possa cobrir ele. Não só ele, todos os outros, porque depois vem mais, tem os quatro junto com ele, ano que vem outros, então que Nossa Senhora possa abençoar, cobrir com seu manto, porque eles são filhos prediletos de Nossa Senhora.”

Maria conta que um dia, diante do sacrário, estava fazendo adoração e disse para Jesus: “Jesus, eu tenho dois filhos, se o Senhor quiser pode chamar os dois, se o senhor não quiser, pode chamar um, eu dou de bom coração’. E desde aquele dia eu rezo por ele todos os dias, entregando nas mãos de Deus, que ele seja um santo padre para a Igreja.”

Segundo ela, a família sempre teve uma vida de Igreja, mas Paulo foi vendo que Deus o chamava para mais. “Eu casei na Igreja Nossa Senhora dos Migrantes, depois batizei eles, eles foram coroinhas, tanto ele como meu outro filho. Ele foi coroinha com sete anos, ficou até os 15, e então ele sempre teve vivência cristã. A gente rezava o terço junto, eu, ele, o irmão e o pai, então sempre ele foi da Igreja, mas depois foi vendo que queria mais, que Deus chamava ele mais de perto para uma vida consagrada.”

Todos os dias ela reza pela vocação do Paulo e o entrega nas mãos de Nossa Senhora, “porque ela é a nossa rainha. Em casa ela e o Padre Pio a gente pede a proteção deles para ele. E eu rezo não só pelo meu filho, mas eu rezo pelos sacerdotes, pelos seminaristas que estão vindo, eles precisam muito da nossa oração.”

 

Diácono Renato

Para o neo-diácono Renato, a ordenação diaconal foi um momento de experimentar novamente o amor de Deus, pela confirmação da Igreja na sua vocação. “Foram muitos anos de estudos e dedicação, buscando corresponder ao chamado do Senhor da melhor forma possível; e isso nem sempre é muito fácil, porque ainda há tanta coisa para mudar! Por várias vezes pensei em desistir, por várias vezes pensei que não daria conta da demanda exigida; é muita expectativa sobre nós, isto tanto por parte da Igreja quanto do povo de Deus de modo geral. Mas, no dia 30, pude sentir novamente este amor incondicional de Deus, que mesmo diante da minha pequenez, ainda querendo continuar atuando no mundo por este instrumento insuficiente, como já disse certa vez nosso Papa Emérito Bento XVI. Nosso lema de ordenação ficou profundamente gravado em meu coração: ‘É necessário que Ele cresça e que eu diminua’”.

Para o futuro, Renato confia nos caminhos de Deus. “Se há uma coisa que eu tenho plena certeza é  que Deus cuida sempre dos detalhes! Sei que terei muitas dificuldades, ainda mais porque nossa vocação é ter que lidar com o humano, hoje tão ferido e sem rumo pelo mundo em que vivemos. Quero que as pessoas possam experimentar sempre o amor de Deus, como eu sempre experimentei.”

Na celebração, além da família, Renato contou com a presença de pessoas dos locais onde realizou trabalhos pastorais, da sua comunidade de origem, Capela São Geraldo, de Ibiporã, onde sua vocação nasceu, e pessoas importantes na sua caminhada. “Gostaríamos que todos pudessem ir, mas infelizmente a COVID ainda não permitia, mas sei que estavam unidos em oração. Nunca recebi tantas mensagens lindas num só dia, todos unidos em oração. Que experiência mais bonita.”

Renato conta que a família sempre foi seu suporte. “Principalmente minha mãe e irmão, quando era o momento de, como filho mais velho, eu começar a ajudar no cuidado de casa, precisei voltar a ‘ser criança’, no bom sentido do termo, (mesmo com mais de 22 anos na época) fui novamente cuidado por eles como se fosse o que mais precisava”, quando entrou para o seminário. “E como foi bom ver Deus, na minha ausência de casa, ocupar o meu lugar e cuidar de cada um deles. Sou grato a eles, porque se cheguei até aqui, foi porque eles souberam compreender este chamado e, do modo como podiam, me ajudaram acima de todas as coisas”, finaliza.

Para o mãe do neo-diácono, Cleuza Mendes Ferraz, o dia da ordenação se assemelhou ao dia do casamento do filho. “Há 10 anos ele chegou para mim e falou: ‘mãe, eu vou pedir a conta no serviço e vou estudar para padre’. Aí fiquei meio assim. Falei: ‘que seja feita a vontade de Deus na tua vida’. Eu precisava dele, era um momento que era muito importante a ajuda dele, mas eu pensei: ‘ele vai fazer a vontade de Deus’.”

“E foi assim, ele foi para o seminário, ficou um ano, ficou dois, e foi ficando até agora. Agora, graças a Deus, depois de muitos anos, muita espera, é o dia”, comemora Cleuza. “Ver um filho da gente se preparando para servir a Deus é muita gratidão, muita alegria, estou muito feliz com ele, por ele escolher esse caminho. Esse caminho é especial, tudo para Deus e nada sem Maria. Então acredito muito que vai dar tudo certo e ele vai fazer de tudo para dar conta desse serviço, porque ele ama muito a Igreja, é um menino muito devoto de Nossa Senhora, tanto que é Renato Aparecido. Então que Nossa Senhora cubra ele mais os outros quatro, que eles sejam muito felizes.”

 

Diácono Rodrigo

Para o neo-diácono Rodrigo a ordenação é um momento decisivo da caminhada vocacional. “Durante estes anos de preparação nos deparamos com muitas dificuldades e desafios, mas também muitas são as alegrias, realizações e aprendizados de modo que, no geral, valeu muito a pena ser perseverante e vivenciar este momento único da ordenação em que sentimos a ação bondosa de Deus em nossas vidas, nos inserindo naquele estado de vida a que fomos chamados lá no início da caminhada, isto é, a vida consagrada a serviço do povo de Deus e da Igreja.”

Ele espera viver o período do diaconato com a intensidade que o ministério exige, imitando o exemplo de Cristo servidor. “E me dedicar com maior empenho ao serviço pastoral, à liturgia e à evangelização, celebrando sacramentos e sacramentais”, destaca.

Na cerimônia de ordenação, Rodrigo teve presentes familiares, amigos da comunidade surda de Londrina, e membros de comunidades onde trabalhou. Com destaque para a família, onde sempre encontrou a oração e o apoio que precisou. “Foi no seio familiar que recebi a fé e aprendi a amar e participar da Igreja. Foi através da minha família que recebi o primeiro convite para participar de um encontro vocacional, eles me sustentaram durante tantos anos com ajuda material, espiritual e afetiva e, sobretudo, nunca me abandonaram por causa das minhas escolhas, fossem elas boas ou más, sempre ficaram ao meu lado. À minha família toda a minha gratidão!”

O pai, Abdias Soares dos Santos, ficou muito emocionado na ordenação. Ele conta que a decisão de Rodrigo de ser padre foi acolhida com muito carinho pela família e depois de uma longa caminhada, ele se ordena diácono. “Uma coisa que fiquei muito feliz quando cheguei é de saber que ele tem aqui uma segunda mãe, que é a dona Marlene, lá de Ibiporã. Eu fiquei muito satisfeito em saber dessa história, onde ele chega todo mundo abraça.”

A mãe, Maria do Carmo Nunes Santos, conta que trouxe muita gente consigo para participar da celebração. A família é da cidade de Mariana, em Minas Gerais. “Não puderam vir todos, mas pelo menos uma turminha veio, e os outros mandaram um vídeo. Uma forma de estar presente, não só por causa da pandemia, mas porque por um motivo ou outro não dava para vir.” Na estada em Londrina, eles foram acompanhados por uma família de uma comunidade em que Rodrigo atuou na cidade.

‘É uma trajetória grande, bonita que às vezes a gente pensava que ele não ia dar conta… É bom, mas a ficha parece que ainda não caiu, eu fico olhando para ele, tem horas que não falo nada, só abraço. Mas é muito bom”, finaliza Maria.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos:
Guto Honjo / Marilene Souza / Terumi Sakai

 

 

 

A devoção que surgiu num casebre humilde em Paranaguá em 1648 ganhou título de padroeira do Estado. Conheça a história da Mãe do Rocio, cuja imagem está em peregrinação pela arquidiocese até começo de novembro

 

Como nas Bodas de Caná, Nossa Senhora revela-se aos seus filhos especialmente nos momentos de maior dificuldade. Foi assim em Guadalupe, na aparição ao índio Juan Diego. Em Aparecida, com o encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Parnaíba do Sul. E em Paranaguá, no litoral do Paraná, com o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rocio, que viria a se tornar padroeira do Estado. 

 

Irmão Jorge Tarachuque, C.Ss.R., explica que a devoção surgiu num momento dramático de fome e miséria em Paranaguá e foi se espalhando pelo Estado / Foto: Divulgação

Quem explica essa devoção é o devoto e missionário redentorista Jorge Tarachuque, C.Ss.R. Parnanguara (como são chamados os habitantes naturais de Paranaguá), ele aprendeu a devoção com os pais e, ao discernir sua vocação, consagrou-a a Nossa Senhora do Rocio. “Hoje posso dizer que sou um redentorista feliz com minha vocação”, destaca. Os Missionários Redentoristas são responsáveis pelo Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio desde 1945, servindo e acolhendo o povo de Deus que peregrina para expressar a fé na Mãe de Jesus e nossa Mãe. “Sinto a presença de Maria que abraça e resgata a esperança, alcança as graças de que cada um necessita. Nossa Senhora do Rocio é a mãe que ampara e fortalece.”

 

Para contar a história de Nossa Senhora do Rocio é preciso voltar no tempo, na época da colonização do Estado, que começou em 1578, com a ocupação da atual cidade de Paranaguá, elevada a vila em 1648. No contexto “de escravidão e opressão dos mais pobres, escravos e pescadores, que passavam fome e graves dificuldades”, nesse ano, durante uma pescaria, a imagem de Nossa Senhora do Rocio foi encontrada nas redes de um escravo chamado Pai Berê. “Ao jogarem a rede nas águas da Baía de Paranaguá, encontraram a imagem de Nossa Senhora do Rocio e em seguida muitos peixes para saciar a fome. Pai Berê era um homem de muita fé, agradeceu profundamente a graça recebida e fez de seu casebre humilde o primeiro espaço de devoção a Nossa Senhora do Rocio, lugar onde o povo foi se achegando e fortalecendo a fé. Muitas graças aconteceram neste lugar.”

 

Nossa Senhora do Rocio foi encontrada nas redes de pesca do escravo Pai Berê na Baía de Paranaguá em 1648 / Foto: Prefeitura de Paranaguá

O missionário explica que a devoção a Nossa Senhora do Rocio surgiu primeiro no coração humilde do escravo Pai Berê, num momento dramático de fome e miséria, e, depois, conforme as pessoas recorriam a ela, a devoção foi se espalhando. Do casebre humilde e despojado a devoção começou a agregar a vizinhança e a comunidade que ia até lá para fazer suas orações e súplicas. “Há muitos relatos de graças alcançadas, inclusive de marinheiros que sobreviveram de grandes tempestades e naufrágios ao recorrer a Nossa Senhora do Rocio… graças alcançadas de caráter individual, comunitário e público.”

 

Alguns meses depois, em 1686, uma peste assolou a região e foi a Nossa Senhora do Rocio que os moradores recorreram para se livrar da enfermidade. Consta no livro tombo da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário (atual Catedral de Paranaguá), que os habitantes da vila pediam para que ela os livrasse de uma terrível doença que se espalhava pelo mundo.

 

Os registros mostram que os habitantes receberam este favor e a peste foi milagrosamente banida do litoral do Paraná. O mesmo aconteceu em 1901, com a peste bubônica, e em 1918 com a gripe espanhola. Segundo historiadores, estes acontecimentos, espalhados pelos marinheiros e viajantes a partir do porto, firmaram a devoção em Nossa Senhora do Rocio como protetora da saúde, principalmente em casos de epidemias.

 

Em 1895 a procissão do Rocio em Paranaguá já era um evento tradicional / Crédito: Acervo digital do IHGP

 

 

Procissão de Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá, 1897 / Foto: Acervo digital do IHGP

 

Uma igreja e um santuário a Nossa Senhora do Rocio

A devoção foi crescendo e em 1813 foi construída a primeira Igreja dedicada oficialmente a Nossa Senhora do Rocio. Em 1901, frente à peste bubônica e à gripe espanhola em 1918, o povo recorreu com muita fé a Nossa Senhora. Em 1920 foi construído o atual Santuário Estadual e diante da expressão de gratidão do povo ela tornou-se padroeira do Paraná em 1939, sendo oficializada pelo Vaticano e solenemente declarada padroeira pelo Papa São Paulo VI, em 1977. “O Vaticano reconheceu a benção de tantas graças alcançadas. Onde hoje está o Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio, considero como um lugar sagrado, lugar onde o mistério de Deus se deixa tocar”, pontua irmão Jorge.

 

Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá / Foto: Divulgação

 

 

No tempo em que trabalhou no santuário, de 2017 a 2019, depois de retornar ao Brasil após cinco anos na Missão Redentorista no Suriname, o missionário teve contato com muitos devotos. “Conversei com muitos peregrinos das mais diferentes localidades e causou-me grande admiração e emoção  a quantidade de relatos intensos de graças alcançadas”, destaca. “Há casos que só a fé para compreender. Casos de pessoas desenganadas pelos médicos e pela fé estão vivas e continuam suas vidas e seus sonhos, porém há algo a mais com elas,  como a alegria e gratidão a Nossa Senhora do Rocio.”

 

Segundo irmão Jorge, o significado da palavra “rocio”, orvalho, tem um vínculo importante com a terra e a natureza. O orvalho hidrata a terra, a natureza e sua biodiversidade, “e nos recorda de que somos parte da terra e da natureza, não somos seus donos, e que nossa Casa Comum necessita de cuidados para impedir sua destruição, os desmatamentos, poluição, queimadas”. 

 

Por outro lado, Jorge fala que Nossa Senhora do Rocio também ensina a defender os direitos e a vida dos povos originários, mestres no cuidado com a Terra. “Que o significado de Rocio nos recorde sempre sermos guardiões da floresta, das fontes e nascentes e da biodiversidade, como expressão de gratidão ao Deus da Vida”, deseja.

 

 

Em Londrina, uma das paradas da imagem de Nossa Senhora do Rocio foi o Santuário Nossa Senhora Aparecida / Foto: Juliana Mastelini Moyses

Um século depois: Nossa Senhora Aparecida

A devoção a Nossa Senhora do Rocio já estava estabelecida quando, em 1717, um século depois do encontro da imagem em Paranaguá, pescadores pobres e oprimidos encontraram primeiro a cabeça e depois o corpo da imagem de Nossa Senhora Aparecida, nas águas do Rio Parnaíba do Sul, no Estado de São Paulo, seguida também do milagre da fartura de peixes. “A Mãe de Jesus manifestada em diversas culturas junto aos mais abandonados expressa o carinho pelo povo de Deus ao mesmo tempo em que expressa a bondade e gratuidade do Amor de Deus, especialmente aos mais pobres e humildes.”

 

 

A maior festa do Sul do país 

O redentorista destaca que a festa a Nossa Senhora do Rocio, celebrada no dia 15 de novembro, em Paranaguá é a maior festa religiosa do sul do Brasil e a terceira em nível nacional, ficando atrás apenas da Festa do Santuário Nacional de Aparecida, e do Círio de Nazaré em Belém (PA), chegando a reunir, antes da pandemia 300 mil pessoas.

A festa estadual de Nossa Senhora do Rocio chega a reunir 300 mil pessoas em Paranaguá / Foto: Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio

 

Mesmo de forma adaptada por causa da pandemia, festa de 2020 reuniu fiéis em Paranaguá / Foto: Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio

 

No dia da festa, uma procissão com a imagem sai do Santuário Estadual até a Catedral Diocesana de Paranaguá, reunindo mais de 100 mil pessoas. No dia seguinte, outra procissão, composta principalmente de parnanguaras, retorna com a imagem ao santuário, reunindo mais 100 mil pessoas.

 

Neste ano, em sua 208ª edição, a festa será nos dias 1º a 16 de novembro com o tema: “Mãe do Rocio, envolvei-nos em vosso manto de amor e proteção”. Como em 2020, a programação deste ano foi ampliada, com oito horários de missas por dia, para evitar aglomerações. Grande parte das celebrações também serão transmitidas pela internet. 

 

Como de costume, durante a novena, diariamente, um bispo de uma das dioceses do Estado presidirá a missa das 19h. O arcebispo dom Geremais Steinmetz preside a celebração no dia 8 de novembro.

 

Clique <aqui> para acessar a programação da festa da padroeira no Santuário estadual Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá.

 

Visita a Londrina

Imagem foi recepcionada em Londrina com uma missa na Catedral / Foto: Guto Honjo

Como preparação para a festa estadual, a imagem da padroeira Nossa Senhora do Rocio está em Londrina desde o dia 8 de setembro. Ela peregrina pela arquidiocese até o dia 8 de novembro, quando o arcebispo dom Geremias a levará a Paranaguá para celebrar a novena em preparação para a festa. “Nós decidimos fazer este ano uma experiência nova, que é levar a imagem para as dioceses do interior do Estado, uma vez que a santa é padroeira do Paraná”, explica o reitor do Santuário Estadual do Rocio, padre Dirson Gonçalves. 

 

Dom Geremias e padre Rafael Solano recebem a imagem trazida de Paranaguá pelo padre Dirson, reitor do Santuário Estadual / Foto: Guto Honjo

A primeira parada foi a Catedral Metropolitana. Uma missa solene presidida pelo arcebispo recepcionou a padroeira. Ao todo, a imagem passou por 20 paróquias ou comunidades, com programação variada preparada por cada uma delas. Missas, grupos de oração, adoração, terço luminoso e bênção dos doentes foram algumas das atividades.

 

Dom Geremias acredita que este é um momento importante para se cultivar e propagar a devoção à padroeira do Paraná, especialmente na Arquidiocese de Londrina. “Estamos nos envolvendo com o Estado e desenvolvendo uma devoção que já é uma devoção presente no Paraná, entre os bispos, com os padres e que também esteja presente com o nosso povo” aponta o arcebispo.

 

Dom Geremias presidiu a missa de acolhida da imagem na Catedral abençoando toda a arquidiocese / Foto: Guto Honjo

Segundo o arcebispo, a peregrinação fez tanto sucesso que para o ano ele pensa em recebê-la novamente em Londrina. “Está sendo um sucesso nesse sentido, inclusive já estou pensando em firmar uma data para o ano que vem, para a gente poder receber a imagem de Nossa Senhor novamente, e aquelas paróquias que neste ano não puderam ser visitadas, poderão ser visitadas no próximo ano”, revela. “A gente percebeu essa motivação e como foi uma coisa que brotou espontaneamente e que brotou também de uma certa necessidade a gente vê que o resultado está sendo muito bom.”

 

Nesta última semana em Londrina, a imagem visita a Paróquia Nossa Senhora do Rocio, no Decanato Leste, única paróquia da arquidiocese dedicada à padroeira do Paraná e que neste ano comemora seu Jubileu de Ouro. Por isso, a imagem permanece ali durante uma semana. Clique <aqui> para acessar a programação na Paróquia Nossa Senhora do Rocio.

 

Confira algumas fotos da peregrinação por comunidades da Arquidiocese de Londrina:

 

Celebração na Comunidade Nossa Senhora Assunta ao Céu da Paróquia São Luiz Gonzaga no dia 14 de setembro / Foto: Andréa Tavares

 

 

Oração na Capela Divino Espírito Santo, da Paróquia Santana no dia 20 de setembro / Foto: Ernani Roberto

 

 

Visita da imagem ao Oratório Nossa Senhora do Silêncio no dia 10 de setembro / Foto: Guto Honjo

Terço e momento mariano na Paróquia São Luiz Gonzaga, conduzido pelo Grupo de Oração Herdeiros da Unção no dia 13 de setembro / Foto: Gustavo Corrêa

 

Terço Luminoso na Capela São José Operário da Paróquia Sant’Ana no dia 21 de setembro / Foto: Marcio Eduardo Vendrametro

 

A imagem passou pela Paróquia Santa Mônica nos dias 25 a 28 de setembro / Foto: Pedro Paulino Sobrinho

 

Missa na Paróquia Santa Margarida de Cortona, no distrito de Santa Margarida de Cortona em Bela Vista do Paraíso / Foto: Pascom Paroquial

 

Chegada da imagem na Paróquia São Rafael em Ibiporã / Foto: Pascom paroquial

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Matéria publicada na edição de outubro da Revista Comunidade. Clique <aqui> para acessar a edição completa.

Foto de destaque: Guto Honjo

A imagem padroeira Nossa Senhora do Rocio finaliza a peregrinação pela Arquidiocese de Londrina com visita à Paróquia Nossa Senhora do Rocio, no Decanato Leste. A passagem da imagem pela comunidade se insere nas comemorações do Jubileu de Ouro da paróquia, que é a única da arquidiocese dedicada a Nossa Senhora do Rocio. Por isso, a santa permanecerá na comunidade durante toda esta semana, com uma programação que conta com a novena à padroeira. Todos os dias a igreja ficará aberta para oração pessoal das 12h às 14h. No dia 8 de novembro, a comunidade levará a imagem até Paranaguá, onde o arcebispo dom Geremias  Steinmetz presidirá a missa no terceiro dia da novena da padroeira no Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio.

 

Confira a programação:

 

Finalizando o mês de outubro, a imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, visita a Paróquia São Rafael, de Ibiporã. No dia 31 de outubro a padroeira segue para a Paróquia Nossa Senhora do Rocio, Decanato Leste.

 

Confira a programação na paróquia:

28/10 – quinta-feira – 8h – Missa de acolhida da imagem de N.S. do Rocio

 

28/10 –  quinta-feira – 19h – Santo Terço

29/10 – sexta-feira – 19h30 – Missa em honra a N.S. do Rocio

30/10 – sábado – período da manhã – Oração com os catequizandos aos pés de Nossa Senhora

30/10 – sábado – 16h – Carreata em direção Paróquia N.S. do Rocio, em Londrina

 

Foto: Gustavo Corrêa – Paróquia São Luiz Gonzaga