Atividades organizadas pela Cáritas Arquidiocesana contemplaram oficinas, feira de empregabilidade e partida de futebol

Em unidade com a Igreja do Brasil, a Arquidiocese de Londrina celebrou, de 16 a 23 de junho, a 39ª Semana do Migrante, com o tema: “Migração e Casa Comum”, e o lema “Amplia o espaço da tua Tenda” (Is 54,2), promovida pela Cáritas Arquidiocesana. O arcebispo dom Geremias Steinmetz abriu a semana presidindo a Santa Missa na Catedral no dia 16.

A programação envolveu diversas atividades como oficinas e feiras em parceria com órgãos, empresas e voluntários parceiros. No total, foram beneficiados 174 migrante e refugiados. Um dos pontos altos da semana foi a feira de empregabilidade, em que empresas de Londrina e região recrutaram profissionais migrantes para seu quadro de funcionários. Participaram as empresas TCS Global, Grupo Muffato, Plaenge, Atos e Sine Londrina.

Segundo a coordenadora de gestão do Programa de Migração e Refúgio, Taís Paton Monsato, a Semana do Migrante, além de celebrar a diversidade cultural e étnica, propicia a aproximação e integração dos brasileiros frente à realidade migratória que existe no Brasil. “Assim, buscamos maior inclusão e equidade aos migrantes, refugiados e apátridas que vivem aqui”, explica.

Além disso, a Semana do Migrante trabalha na conscientização com relação aos desafios enfrentados pelos migrantes, como a xenofobia, a discriminação e as dificuldades na integração, sejam laborais, sociais ou culturais. “Por meio das atividades e ações realizadas pela Cáritas Arquidiocesana foi possível falar um pouco sobre políticas públicas existentes no Brasil, as quais todos os migrantes podem ter acesso, trabalhamos a integração social e laboral também.” 

No domingo, 23, a Missa de encerramento foi na Paróquia São Francisco Xavier, de Cambé, presidida pelo padre Augustin Mukamba Basu. Padre Augustin é natural do Congo e foi ordenado presbítero em 14 de agosto de 2011. Depois da Missa, em um momento de confraternização, dois times de futebol se enfrentaram em campo: o Haiti Futebol Clube e o África Fraternidade Futebol Clube de Londrina. A partida foi no Centro Esportivo Castelo Branco, de Cambé, e terminou com o placar 3X2 para o Haiti. Após a partida, as atividades se encerraram com o almoço na Paróquia São Francisco Xavier.

“Para o próximo ano, a Cáritas Arquidiocesana de Londrina irá ofertar atividades descentralizadas com o objetivo de alcançar mais migrantes, levando informações para eles sobre as políticas públicas, direitos e deveres em diversas áreas, feiras de empregabilidades, entre outras atividades”, adianta a coordenadora.

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Fotos: Ernani Lacerda, Wellington Ferrugem e Cáritas Arquidiocesana

A Cáritas Arquidiocesana de Londrina recebeu, no dia 21 de junho, a Medalha de Ouro, maior a maior honraria de Londrina. A entrega foi aprovada pela Lei 13531/2022, de autoria da vereadora Lenir de Assis. A Medalha de Ouro foi entregue ao vice-presidente da Cáritas, diácono José Henrique Cavicchiolli, em solenidade com a presença da diretora executiva da instituição, Fabrícia Pigaiani, e toda a equipe da Cáritas, além do vice-prefeito, João Mendonça, a secretária de Assistência Social, Jaqueline Micali, e o vereador Beto Cambará.

Fundada em 1996, a Cáritas Arquidiocese de Londrina atua em defesa dos direitos humanos de pessoas e grupos em situação de risco. Suas ações são realizadas juntamente a entidades sociais, pastorais sociais, organismos públicos, Instituto de Migrações e Direitos Humanos e o Serviço Pastoral do Migrante.

Entre os projetos desenvolvidos pela Cáritas estão bazar solidário; oficina de pão com mulheres haitianas; feira de economia solidária; biblioteca popular no Santa Fé; atendimento aos migrantes encaminhando para retirada de documentos e assistência social; qualificação profissional para geração de trabalho e renda, entre outros.

O presidente da Cáritas, padre Alexandre Alves Filho, explica que a medalha mostra que todo trabalho realizado pela instituição, nos seus 28 anos de existência, junto aos mais pobres, aos excluídos, aos migrantes, está no caminho certo: acolher as pessoas como Jesus acolheu, sem exclusões. “Eu costumo dizer que a Cáritas Arquidiocesana não é uma ONG, nós nos pautamos pelo Evangelho de Jesus. As ONGs fazem trabalhos lindos, mas o nosso escopo, a nossa direção vai partir do evangelho de Jesus, é isso que essa medalha nos faz perceber, que estamos no caminho certo e nos dá vontade de continuar adiante”, destacou o padre.

A diretora executiva, Fabrícia Pigaiani, destaca a atuação da Cáritas não só na cidade de Londrina, mas também nos outros municípios que compõem a arquidiocese. A medalha, lembra Fabrícia, foi entregue num dia significativo, em que a instituição celebra o encerramento da Semana do Migrante, um dos públicos atendidos pela entidade. “A Cáritas sempre está nessa atuação para a garantia dos direitos, para a promoção da pessoa. Então essa homenagem foi uma honra, uma felicidade muito grande. Todos nós ficamos muito felizes, porque identificamos que o nosso trabalho está sendo executado, está sendo reconhecido. E toda a equipe está aqui para atender toda a nossa arquidiocese, com muito cuidado, respeito e dedicação”, finaliza.

Pascom Arquidiocesana

FOTO: Fernando Cremonez/Divulgação CML

No sábado, dia 29 de abril, foi realizada a Assembleia Geral Eletiva da Cáritas Arquidiocesana de Londrina, no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor. Além da eleição da nova diretoria com vigência até 2027, foi feita a prestação de contas e ações para 2023.

A abertura da assembleia foi conduzida pelo então presidente, diácono Rosiel Martins. Depois foi feita a apresentação das ações realizadas em 2022, tanto pela sede quanto pelos programas, projetos e serviços em parceria com a prefeitura. A vice-tesoureira, Tokiko Barreto, falou sobre a prestação de contas de 2022 e depois foi feita a apresentação das ações para 2023 e por último tivemos a eleição para nova diretoria, composta por: presidente: padre Alexandre Alves dos Anjos Filho; vice-presidente: diácono José Henrique Cavicchioli; tesoureiro: diácono Ronaldo Pezes de Araújo; vice-tesoureiro: Edmilson José Sanches; secretária: Josi Aparecida Gomes Durante; e vice-secretária: Adriana Erica de Souza.

O arcebispo dom Geremias Steinmetz conduziu o encerramento da assembleia com a bênção final.

Cáritas

Fotos: Paulo Henrique Bonatti

A Cáritas Arquidiocesana de Londrina abriu processo seletivo para a contratação de coordenador de comercialização da Economia Solidária. As inscrições estão abertas até o dia 15 de março e o edital oferece uma vaga com carga horário de 30 horas semanais. O concorrente deve ter curso de nível superior em Administração e Economia e o devido registro no Conselho de Classe (se for o caso). A avaliação será feita por meio de análise curricular e entrevista. Confira o edital.

Lançamento de Natal da Economia Solidária será no dia 1 de dezembro no Centro Público

Prefeitura Municipal de Londrina, Secretaria Municipal de Assistência Social e Cáritas Arquidiocesana de Londrina realizam o lançamento de Natal do Programa Municipal de Economia Solidária, nesta quarta-feira, dia 1° de dezembro, às 10 horas, no Centro Público de Economia Solidária. Os empreendimentos que participam do projeto prepararam uma coleção especial de Natal.

 

Estão à venda guirlandas, toalhas de mesa, panos de pratos, decoração de Natal e produtos com a temática natalina. A loja foi decorada com os produtos comercializados, que foram reorganizados para dar mais destaque aos artigos natalinos. “É um momento importante para economia solidária e queremos dar visibilidade e chamar os consumidores para conhecerem e adquirem os produtos dos empreendimentos”, afirma Soraya de Paula Garcia de Campos, coordenadora do Projeto de Inclusão Produtiva.

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), desenvolve no Programa Municipal de Economia Solidária (PMES) o Projeto de Educação Socioprofissional e Promoção da Inclusão Produtiva – Modalidade II: Fortalecimento de Iniciativas Coletivas de Geração de Trabalho e Renda, executado em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de Londrina, com objetivo de enfrentamento à pobreza. O projeto conta com investimento mensal de R$ 50.084,00, e se constitui como ação complementar aos serviços prestados pela Assistência Social, buscando promover a integração com o mundo do trabalho, fortalecendo as iniciativas de geração de renda.

Os empreendimentos da Economia Solidária são formados e geridos por trabalhadores das áreas urbanas e rurais, com objetivo de gerar trabalho e renda, pautados em princípios de autogestão, cooperação e solidariedade. As iniciativas têm a assessoria técnica de gestão, financeira e de produção realizadas pelo projeto. No total, são 51 empreendimentos solidários formados e em formação, que envolvem 250 famílias, das áreas de alimentação, artesanato, agricultura, costura, coleta seletiva e prestação de serviços, principalmente na área da beleza.

Os produtos da Economia Solidária contam com dois pontos de vendas fixos: no Centro Público, localizado na Avenida Rio de Janeiro, 1.278, e na Casa de Economia Solidária – Café e Arte, localizada na Praça 7 de Setembro, no Centro. Os dois espaços funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

E também podem ser encontrados nas feiras, sendo na PML nos dias 2 e 9 de dezembro, das 10h às 15h, e no calçadão, nos dias 3, 4, 10, 11, 17, 18, 20, 21, 22 e 23, das 9h às 17h.

Serviço
Lançamento de Natal
Dia: 1 de dezembro
Horário: 10h
Local: Centro Público, avenida Rio de Janeiro, 1.278, centro, Londrina

 

Cáritas Arquidiocesana

Barracas comercializarão artesanatos em geral e produtos personalizados nesta sexta-feira (1/10) e no sábado (2/10)

A Feira da Economia Solidária volta a ser realizada na avenida Paraná, popular Calçadão de Londrina, depois de quase um ano suspensa, em função da pandemia da COVID-19. Nesta sexta-feira, 1 de outubro, e no sábado, dia 2, serão comercializados artesanatos em geral, produtos personalizados, mudas de plantas e outros produtos produzidos pelos empreendimentos solidários.

 

A população vai encontrar diversos produtos como bolsas, acessórios, produtos em MDF, objetos de decoração, bonecas, artigos de mesa, enxoval para bebês, entre outros produtos. Será uma opção para adquirir um produto para presentear um amigo, familiar ou dar um mimo para si mesmo.

 

A feira ocorrerá nas duas primeiras semanas de cada mês, às sextas-feiras e aos sábados. Os empreendimentos que participam da feira fazem parte do Programa Municipal de Economia Solidária, gerenciado pela Secretaria de Assistência Social. Desde fevereiro deste ano, a Cáritas Londrina assinou um termo de parceria com a Prefeitura para desenvolver o Projeto de Inclusão Produtiva.

 

O projeto trabalha com a assessoria técnica, de gestão, financeira e de produção dos empreendimentos e com ações de sensibilização para atrair novas pessoas. Atualmente, são 43 empreendimentos divididos em seis ramos de atividade: agricultura, alimentação, artesanato, costura, prestação de serviço (estética e beleza) e coleta seletiva.

 

Além da feira, os produtos da Economia Solidária também podem ser adquiridos no Centro Público, localizado na Avenida Rio de Janeiro, 1.278, e na Casa de Economia Solidária – Café e Arte, localizada na Praça 7 de Setembro, no Centro. Os dois espaços funcionam de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h.

SERVIÇO

Feira no Calçadão de Londrina

1ª e 2ª sextas-feiras do mês

Horário: das 9 às 17h

1º e 2º sábados do mês

Horário: 9 às 16h

 

Cáritas Arquidiocesana

Fotos: Divulgação

Ação atendeu 25 famílias de venezuelanos e impactou cerca de 150 pessoas da ocupação na zona norte de Londrina

 

A onda de frio que chegou ao Paraná nesta semana pegou desprevenidas algumas parcelas da população de Londrina. Dentre elas os migrantes, que, além de viverem em situações de miséria e precariedade, como muitos londrinenses, têm o agravante de não conhecerem as políticas públicas que os atendem nem os Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

No município, o atendimento aos migrantes é realizado pela Cáritas Arquidiocesana de Londrina, em uma parceria com o município e a Secretaria de Assistência Social. Diante da onde de frio desta semana, a entidade promoveu uma ação nos dias 27 e 28 de julho para atender as famílias de migrantes que vivem na ocupação Flores do Campo, em sua grande maioria venezuelanos.

 

No total, foram 25 famílias atendidas e 150 pessoas impactadas com 60 cobertores, 50 kits de alimentos, 30 kits de higiene, 25 kits de roupas diversas, além de caixas de leite e lonas para a proteção das casas, explica a assistente social Ediane de Paula Machado Soares, Coordenadora de Gestão Migração e Refúgio.

 

O Flores do Campo é um empreendimento da Cohab (Companhia de Habitação de Londrina) que não foi finalizado e acabou sendo ocupado por pessoas que não têm moradia. Por isso, a única estrutura que as casas ali apresentam são as paredes, não têm portas, janelas ou vaso sanitário, por exemplo. A assistente social explica que ultimamente, a ocupação tem recebido muitos venezuelanos, vindos de Roraima e São Paulo, que já têm familiares morando ali.

 

Parceria
A Capela Nossa Senhora de Lourdes, da Paróquia Santa Cruz, no Decanato Norte, cedeu o espaço para que a Cáritas fizesse os atendimentos aos migrantes ali. A ação foi articulada junto ao diácono Artur Florêncio, da Paróquia Santa Cruz, e a dona Raimunda, responsável pela capela. “Enquanto Igreja, nós já conseguimos a parceria do diácono Artur, da dona Raimunda e esse espaço pra atender os migrantes e os brasileiros que precisarem. Nós percebemos que isso vem dando muito certo no sentido de que se tornou uma referência ali para eles”, destaca Ediane.

 

Continuidade
A ação iniciada nesta semana continua no próximo dia 5 de agosto, quando a equipe de Migração e Refúgio da Cáritas retorna ao Flores do Campo para acompanhamento das famílias cadastradas em relação a documentação e inserção no mercado de trabalho. No dia 4, uma reunião com a Rede Socioassistencial do município também vai discutir ações conjuntas para atendimento de brasileiros e migrantes no território, montando estratégias coletivas de atuação.

 

Serviço

Pessoas que desejam fazer doações para o Setor de Migração e Refúgio da Cáritas podem entrar em contato pelo telefone (43)3371-3141 ou entregar no posto de arrecadação da entidade na Rua Dom Bosco, 145, das 13h às 17h.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Divulgação

 

Projetos têm duração de um ano e possibilitam à Igreja trabalhar junto ao poder público para minimizar situação de pessoas que se encontram em vulnerabilidade social

 

O arcebispo dom Geremias Steinmetz assinou hoje, junto ao prefeito Marcelo Belinati, duas parcerias da Cáritas Arquidiocesana com a Prefeitura Municipal para o atendimento à população. São projetos que tratam do atendimento aos migrantes e refugiados, e a economia popular solidária e inclusão produtiva. Esse é um trabalho que a Cáritas já vinha desenvolvendo em Londrina, mas que agora ganha oficialmente o caráter de política pública. Participaram também da cerimônia de oficialização a gerente da Cáritas Arquidiocesana, Deusa Favero, e a secretária de Assistência Social, Jacqueline Micali. Os dois projetos totalizam uma verba de pouco mais de R$900 mil.,

 

“Esse é um trabalho um pouco de síntese da preocupação que a Igreja procura alimentar no sentido de estar a serviço das pessoas necessitadas”, destaca o arcebispo dom Geremias. “A Igreja está bastante envolvida com a situação dos migrantes no Brasil inteiro… Então a gente fica contente porque temos instrumento forte, eficaz, que nesses próximos meses, e próximos anos, poderemos atender muita gente que vem para Londrina”, explica o arcebispo.

 

O trabalho com migrantes e refugiados é inédito no município, explica a secretária de Assistência Social Jacqueline Micali. Até então se observa muito a presença de migrantes em Londrina, mas não se tem um meio de identificar a quantidade e também as suas necessidades. “A pessoa chega ao município de Londrina sem uma referência, por exemplo. Isso faz com que aumente a vulnerabilidade… então nesse trabalho nós vamos primeiramente identificar, fazer abordagem e perceber quais são as habilidades dessas pessoas para a inclusão produtiva, mas também nós temos que fazer um trabalho com a habitação, com a educação para que de fato tenha essa inclusão social”, aponta a secretária.

 

Para o atendimento dos migrantes, a Cáritas Arquidiocesana segue um protocolo internacional, realizado pelas Cáritas do mundo todo. Em Londrina o trabalho é feito há mais de 20 anos, sendo que há 7 anos foi intensificado por conta do aumento do fluxo migratório na cidade, explica a gerente da Cáritas, Deusa Favero.

 

“A Cáritas dá todo suporte de documentação junto à Polícia Federal no momento de chegada, então se qualquer migrante chegar na Polícia Federal, se ele não tiver a documentação traduzida, tudo pronto, a própria PF já encaminhava para a Cáritas”, continua Deusa. “Sem contar a questão da pastoralidade no atendimento emergencial com as cestas básicas, as aulas de português que tivemos que interromper por causa da pandemia”, destaca.

 

A partir da parceria com a prefeitura, o trabalho fica mais integrado com os setores públicos. É como um serviço de proteção, funcionando como uma via de mão dupla. O CRAS, o SUS, a UBS encaminham os migrantes para o atendimento da Cáritas e também a Cáritas encaminha-os para essas instituições para os atendimentos necessários.

 

O projeto de atendimento aos migrantes e o projeto de economia solidária, segundo o prefeito Marcelo Belinati, se complementam. Depois de identificados os migrantes, por exemplo, o objetivo é dar assistência para que eles regularizem sua situação e busquem a inclusão social. “Então veja, você vai dar assistência sim, mas você vai qualificar a pessoa para que ela possa buscar um posto de trabalho, formar uma cooperativa, para que eles possam trabalhar em conjunto para ter sua própria renda que garanta subsistência da sua família. Então uma parceria do poder público e da Igreja Católica que visa dar amparo aos que mais precisam”, finaliza o prefeito.

 

Inclusão produtiva

O trabalho da economia solidária que a Cáritas assume por meio do projeto vai atuar com o fomento dos grupos e a comercialização de produtos feitos por grupos de Londrina. A Cáritas passa também a administrar os espaços do município que comercializam os produtos da economia solidária: o Centro Público de Economia Solidária, na Avenida JK, perto da ACESF, e o espaço Café e Arte, na Praça Sete de Setembro. “Hoje temos uma equipe interdisciplinar [para atuar na economia solidária do município]”, explica Deusa Favero, gerente da Cáritas.

 

“Temos coordenadores que vão trabalhar diretamente com o projeto, mas temos também administrador, agrônoma, design de moda, pedagoga, psicólogo, assistente social e advogada. Definimos trabalhar com equipe multidisciplinar, porque a gente sai um pouquinho só do artesanato em si, mas vai pra inclusão produtiva, que é a geração de renda”, acrescenta Deusa.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Juliana Mastelini Moyses

Na próxima quinta-feira, dia 29 de abril, às 19h30, a Cáritas Arquidiocesana de Londrina realiza sua Assembleia Geral Ordinária, de forma on-line através da plataforma Google Meet. Para participar basta fazer inscrição através do <link>.

 

A Cáritas Arquidiocesana de Londrina é uma instituição sem fins lucrativos que há 24 anos atua junto aos 16 municípios que abrangem a Arquidiocese de Londrina e tem como missão: “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social”.

 

Pascom Arquidiocesana

 

O ano de 2020 foi totalmente atípico. Ninguém, no final de 2019, previa a realidade que viveríamos poucas semanas mais tarde. Todos estávamos programados para mais um ano de muito trabalho: celebrações, cursos, estudos, visitas pastorais, encontros de pastorais e movimentos, trabalhos missionários, viagens, etc. De repente tudo começou a ser cancelado, remarcado e, por fim, desmarcado. Ao findarmos o ano, ouso afirmar que nos recuperamos em um nível satisfatório mas há muito que precisa ser feito e há muitos desafios que precisam ser superados.

 

Já nos dias da eclosão da pandemia do Coronavírus a Igreja de Londrina se preocupou em dar alguns direcionamentos para que o efeito dela pudesse ser o menos prejudicial possível. Lembro-me bem que definimos seguir a orientação das autoridades sanitárias na questão das celebrações e permanecermos em diálogo com a sociedade. A decisão de trabalhar “on-line” também foi no sentido de não deixar as comunidades perderem o contato entre si. Juntamente com a Cáritas Arquidiocesana, decidimos iniciar uma campanha de arrecadação de alimentos, roupas, calçados, colchões, prevendo a avalanche de pessoas que iriam precisar de ajuda. Insere-se neste contexto a parceria com a Secretaria de Assistência Social de Londrina com a cedência de três endereços da Igreja para acolher pessoas em situação de rua, etc..

 

O XVII Plano Arquidiocesano de Pastoral utiliza como níveis de trabalho a Pessoa, a comunidade e a Sociedade. Sobre o nível da Sociedade diz literalmente: “Este nível considera como desafio da realidade, os esforços de nossas comunidades no anúncio e na construção de uma sociedade solidária para denunciar e enfrentar o escândalo da exclusão e da violência na sociedade consumista, da intolerância e do ódio, afirmando os direitos humanos e anunciando o Reino de Deus”.  A importância de atuar evangelicamente em relação à Sociedade, na busca pela garantia de vida plena das pessoas e de uma cultura da vida, da justiça e da fraternidade, está fundamentada a partir dos seguintes apelos da realidade: 1. A sociedade brasileira é uma das mais desiguais do mundo. 2. Nossas comunidades anseiam construir uma sociedade justa fraterna e solidária, em diversos espaços.  3. Há iniciativas concretas de práticas solidárias em nossas comunidades na busca da superação da opressão e exploração onde reivindicam políticas públicas. Na minha avaliação, com tudo o que foi feito na relação com as pessoas e na área da caridade pela Cáritas, pela Arquidiocese, pelas paróquias, pelas comunidades demos um passo enorme e de qualidade apontando para a possibilidade concreta de que podemos ser mais ousados na busca de soluções para os problemas e para a possibilidade concreta de que eles têm solução.

 

Como expectativa para o futuro, nutro a esperança de uma retomada com mais qualidade e uma renovação no modo de evangelizar sem nunca prescindir da construção de comunidades concretas e dinâmicas. Nos poucos passos de retomada que demos percebi como o nosso povo é fiel à Igreja ou à sua paróquia, especialmente no dízimo e as contribuições pessoais com as obras da Igreja; percebo que temos que investir com muita força na formação básica dos católicos; vi que a PASCOM bem organizada será uma grande resposta pastoral para jovens e adolescentes, por fim, temos que tratar com maior realismo a área da economia nas nossas paróquias e na arquidiocese.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

Artigo publicado na Revista Comunidade, Edição Dezembro 2020
Foto destaque: Missa em Ação de Graças pelo Ano de 2020 – Catedral de Londrina (31/12/2020) Ernani Roberto

 

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