Nas programações para os meses de junho e julho, algumas comunidades da arquidiocese têm o costume de realizar as chamadas “missas sertanejas”. Existem muitas dúvidas em torno dessas missas, se são lícitas ou não. Por isso o arcebispo dom Geremias Steinmetz esclarece: elas podem acontecer desde que sigam as indicações da Igreja e respeitem a liturgia.

Rito
Concretamente, as missas sertanejas devem seguir o rito romano, presente no Missal; as leituras bíblicas, previstas no Lecionário; e os cânticos utilizados devem ser litúrgicos. A caracterização como “sertaneja” fica a cargo dos instrumentos que podem ser utilizados para acompanhar as músicas e a simbologia que pode estar presente na missa. “Nós não temos um rito diferente para a missa sertaneja. O rito da missa sertaneja é o mesmo, é o rito do Missal Romano, não existe outro. Nós não podemos agir, em termos de ritualidade, fora daquilo que a Igreja nos orienta e que é o oficial, através do Missal Romano”, explica o arcebispo. Símbolos do universo sertanejo também podem ser usados na ornamentação, como instrumentos de trabalho do campo e frutos da terra.

Músicas e instrumentos
As músicas utilizadas nas missas devem ser litúrgicas, com letras e melodias adequadas para a Santa Missa, a qual celebra o mistério da morte e ressurreição de Cristo. Dom Geremias explica que não há problema em se utilizar instrumentos como acordeom, viola, violão, ou até mesmo instrumentos de percussão, que remetem ao universo sertanejo. O problema são as melodias utilizadas de músicas sertanejas seculares que vão contra o espírito litúrgico.

Cantos com melodias profanas
“Muitas vezes utiliza-se [nas celebrações] melodias que são de músicas sertanejas, como Chico Mineiro, Berrante de Ouro, e tantas outras. Isso não pode acontecer!. Isso vai totalmente contra o espírito litúrgico, porque são músicas de festas, de bailões, nós não podemos fazer isso na liturgia”, explica.

O arcebispo destaca que essas músicas desviam a atenção litúrgica e a participação ativa a que a liturgia deve levar, remetendo a um ambiente totalmente diferente do que é o ambiente litúrgico, e que não condiz com o mundo da liturgia. “A melodia gera muita participação. Então não podemos ter uma melodia que destoe da liturgia.”

O assessor da Pastoral da Música, padre Rodolfo Trisltz, acrescenta que a incorporação de elementos folclóricos, como instrumentos e estilos musicais típicos, pode enriquecer a vivência religiosa das comunidades, promovendo uma maior identificação e participação dos fiéis, mas é preciso cuidado. “É necessário fazê-lo com prudência e discernimento, garantindo que a música esteja em consonância com a natureza sagrada do culto”, fala o padre.

O que é inculturação na liturgia?
O que se chama de inculturação na liturgia nada mais é do que a inserção de elementos culturais locais e regionais nas práticas litúrgicas. “Nesse sentido, o uso de instrumentos como o violão e a viola, que são típicos da cultura rural e sertaneja, pode trazer uma conexão mais profunda com a identidade cultural e religiosa das pessoas que vivem nessas áreas.”

Porém, tudo que se faz na liturgia deve necessariamente preservar a integridade e a essência dos ritos e orações litúrgicas, com cuidado e discernimento. “É necessário encontrar um equilíbrio entre a valorização das expressões culturais locais e a fidelidade aos princípios e normas litúrgicas estabelecidas pela Igreja”, destaca.

Cuidado que se deve ter não só nas missas sertanejas, mas em todas as celebrações, pois toda música utilizada na liturgia, seja folclórica ou de qualquer outro estilo, precisa estar em sintonia com o caráter sagrado do momento celebrativo, “transmitindo uma mensagem de fé, adoração e comunhão com Deus”,  finaliza padre Rodolfo.

Juliana Mastelini Moyses

Pascom Arquidiocesana

Foto: Cathopic

No mês de junho e julho grande parte das comunidades e paróquias da Arquidiocese de Londrina organizam as tradicionais festas juninas, em honra aos queridos santos Antônio, João e Pedro. O calendário de festas é extenso e para todos os gostos, desde comunidades e festas pequenas até festas que reúnem milhares de pessoas em mais de um dia de programação.

Confira as datas das festas, tanto em Londrina quanto nas cidades que compõem a arquidiocese, e se programe para participar.

Londrina:

3/6 – Arraiá da Paróquia Nipo-brasileira Imaculada Conceição, das 12h às 22h. Local da festa: ACROL – Associação Cultural e Recreativa Okinawa de Londrina

3/6 – Arraiá do Silêncio, Oratório Nossa Senhora do Silêncio

3, 4, 10 e 11/6 – Paróquia Nossa Senhora dos Migrantes, Jd. Novo Bandeirantes

9, 10/6 – Quase-Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Jd. Sabará

10/06 – Capela São Francisco de Assis, da Paróquia Nossa Senhora Boa Viagem, Jd. Bandeirantes

10/6 – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Vila Siam

10/6 – Capela São Francisco de Assis (Vale Azul) da Paróquia Cristo Redentor

10 e 11/06 – Paróquia Santo Antônio de Pádua, Jd. Bandeirantes

10/6 – Paróquia Nossa Senhora da Glória, Pq. Ouro Verde

10/6 – Capela Santa Isabel, da Paróquia São Luiz Gonzaga, Cj. Giovani Lunardelli

10/6 – Capela São Pedro (Jd. Catuaí), da Paróquia Santa Cruz

10/6 – Capela Nossa Senhora Aparecida, Roseira, Zona Sul 

16/6 – Festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus – Catedral de Londrina

17 e 18/6 – Paróquia São Judas Tadeu, Jd. Maria Lúcia

24/6 – Paróquia São Luiz Gonzaga, Cj. Giovani Lunardelli

24/6 – Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Vila Fraternidade 

24/06 – Paróquia Nossa Senhora da Pidade, Jd. Tókio

24 e 25/6 – Paróquia Rainha dos Apóstolos, Av. Tiradentes

24/6 – Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jd. Igapó

1 a 3/7 – Paróquia São Vicente de Paulo, Av. Madre Leônia

7, 8 e 9/7 – Paróquia Coração de Maria, Centro

7, 8, 9/7 – Paróquia Santa Cruz, Cj. Luiz de Sá (Zona Norte)

8/7 – Capela São Pedro (Rua José Von Stein, 29, Jd. Bellevile), da Paróquia São Sebastião (Zona Norte)

8/7 – Paróquia Cristo Redentor, Jd. Piza

8/7 – Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, Jardim Ilha do Mel, Zona Norte

8/7 – Paróquia São José Operário, Jd. Leonor

8 e 9/7 – Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Jd. Dom Bosco

8 e 9/7 – Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, Jd. Bandeirantes

8 e 9/7 – Capela Santa Helena, Paróquia Nossa Senhora dos Migrantes, Jd. Novo Bandeirantes

8 e 9/7 – Paróquia Nossa Senhora da Paz, Vila Recreio

8 e 9/7 – Paróquia Nossa Senhora do Rocio, Bairro Cervejaria

8 e 9/7 – Paróquia Sagrados Corações, Centro

15/7 – Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Pq. Ouro Branco

15/7 – Paróquia São João Paulo II, Jd Padovani (Zona Norte)

15 e 16/7 – Paróquia São Tiago, Jd. São Tiago

28, 29 e 30/7 – Paróquia Nossa Sra. Rainha do Universo, Jd. Alvorada

29 e 30/7 – Paróquia Nossa Senhora das Graças, Jd Petrópolis

Cambé:

De 31/5 a 25/6 – 89ª Festa de Santo Antônio: Paróquia Santo Antônio de Cambé

3/6 – Capela Divino Espírito Santo, da Paróquia São Francisco Xavier

10-11/6 – Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Jd. Ana Rosa, Cambé

10/6 – 19h – Capela São Francisco, Jd. Ana Elisa 3, Cambé

17/6 – 19h – Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jd. Silvino, Cambé

24/6 – 19h – Capela São Caetano, Jd. Ecoville, Cambé

8/7 – Paróquia São Francisco Xavier, Cambé

8/7 – Paróquia Cristo Rei, Jd. Cambé 2

8 e 9/7 – Paróquia São Pedro e São Paulo, Cambé

Rolândia:

10/6 – Paróquia São Martinho, Distrito de São Martinho, Rolândia (a partir das 15h)

Distrito de São Luiz:

21/6 – Paróquia São Luiz Gonzaga – Distrito de São Luiz

Florestópolis:

23, 24 e 25/6 – Paróquia São João Batista, Florestópolis

Bela Vista do Paraíso:

24/6 – 2ª Festa do Padroeiro na Paróquia São João Batista, Bela Vista do Paraíso

Prado Ferreira:

24/6 – Festa do Padroeiro na Paróquia São João Batista

(Obs.: a lista está sendo atualizada conforme as informações são repassadas pelas paróquias e comunidades).