Evento no domingo (14) contará com a partilha de café da manhã, almoço e janta, além de ações descentralizadas em toda cidade
A Arquidiocese de Londrina realiza, no domingo (14) o Dia Mundial dos Pobres. A data é uma iniciativa do Papa Francisco, neste ano em sua 5ª edição, com o objetivo de provocar a reflexão, ação e oração em torno dos que vivem em vulnerabilidade social. No domingo, gestos de solidariedade em todo Brasil e no mundo visam à população mais vulnerável.
Em Londrina, teremos partilha de café da manhã na Catedral, almoço para pessoas em situação de rua em três pontos de maior incidência da cidade, janta, e ações descentralizadas nas diversas paróquias da arquidiocese, com a população que já é atendida no cotidiano das comunidades. Ao todo serão servidas pelo menos 500 refeições.
“A proposta é somar ao que já vem sendo ofertado pela rotina dos grupos solidários”, explica o padre Dirceu Fumagalli, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na zona sul de Londrina, e um dos organizadores do evento. A ação é organizada pelas Pastorais Sociais, Pastoral da Rua da Paróquia São Lourenço, zona sul, e Santuário Nossa Senhora Aparecida, Toca de Assis e Paróquia Ambiental.
Celebração
Neste ano, o Dia Mundial do Pobre tem como tema: “Sentes compaixão?”, um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais 51,9 milhões de brasileiros. O lema bíblico que inspira a celebração desta edição é: “Sempre tereis pobres entre vós”, extraído de Mt 14, 7.
Mensagem do Papa para a V Jornada Mundial dos Pobres 2021
Na mensagem para a VI Jornada Mundial dos Pobres deste ano, publicada em 13 de junho de 2021, o Papa Francisco convida a Igreja e a sociedade para não apenas se reconhecer também pobres e “ficar à espera que batam à nossa porta” mas ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento… É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração”. A mensagem completa pode ser acessada no link: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20210613-messaggio-v-giornatamondiale-poveri-2021.html
Pascom Arquidiocesana
Foto de Destaque: Dia Mundial do Pobre 2020 / Foto: Daniel Kanki
Ao completar um ano, no próximo dia 12 de abril, a Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” entrará numa segunda fase e ganhará um novo impulso segundo informou o secretário-executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista. “Esta segunda fase se torna mais evidente frente ao cenário pandêmico que se agravou”, disse o padre.
Como exemplo, ele citou que o que foi anunciado em 2020 sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome se confirmou. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IBGE), o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome em 2014. No entanto, de acordo com o balanço referente a 2020, o país deve voltar a figurar na geopolítica da miséria.
A pandemia deixou 19 milhões com fome em 2020, atingindo 9% da população brasileira, a maior taxa desde 2004, há 17 anos, quando essa parcela tinha alcançado 9,5%. E quase o dobro do que havia em 2018, quando o IBGE identificou 10,3 milhões de brasileiros nessa situação.
Além do recrudescimento da pandemia e do impacto com as quase 4 mil mortes diárias pela Covid-19, há uma tempestade perfeita nesse caos que coloca em risco também sua segurança alimentar: inflação alta, desemprego e ausência do auxílio emergencial – ao menos num nível que permita a compra de uma cesta básica.
2ª fase “É Tempo de Cuidar”
O início desta segunda fase da Ação Solidária Emergencial, explica o padre Patriky, começa no próximo domingo, 11 de abril, Domingo da Misericórdia, quando todas as comunidades e paróquias católicas do Brasil são convidadas a repicar os sinos, às 15h. A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Permanente da CNBB que ratificou a importância da manifestação de sinais de esperança, fé e solidariedade diante das mortes pela covid-19.
Frente aos números alarmantes de mortos em consequência da pandemia, o padre Patriky Samuel Batista disse que o repicar dos sinos vai reforçar a mensagem de que “Toda vida nos toca”.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, divulgou uma carta convite direcionada a todos os bispos do Brasil para esta ação que se caracterizará como um ato de comunhão com todas as famílias impedidas de vivenciar o luto, do esforço dispendido pelos profissionais da saúde e do desejo dos brasileiros quanto à superação da pandemia.
O secretário-executivo de Campanhas da CNBB informa que está marcada, para o dia 19 de abril, uma reunião com os parceiros (Cáritas Brasileira e Conferência dos Religiosos do Brasil) e todos os organismos vinculados à CNBB para traçar as estratégias de mobilização desta segunda fase da ação emergencial. Uma carta com as novas orientações será divulgada após a reunião com os parceiros.
Balanço da primeira fase Durante a programação da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB), na celebração de abertura, dia 12 de abril, será lançada esta segunda fase. Na apresentação do relatório do presidente, a ser apresentado aos bispos no primeiro dia da Assembleia, será feita um balanço com os resultados da primeira fase.
A Cáritas Brasileira, organização que sistematiza e monitora os dados da campanha, no último balanço de 23 de março, aponta 823 ações registradas em 140 arquidioceses e dioceses brasileiras, com a marca de 5,868.961 mil toneladas de alimentos. Em recursos financeiros, a campanha atingiu R$ 4,523.832,00.
Em sua primeira fase, a campanha produziu e distribuiu para as populações mais vulnerável cerca de 717 mil alimentos (quentinhas), arrecadou e distribuiu 727.832 mil unidades de roupas e calçados, 411.580 mil kits de higiene e 414.114 mil equipamentos de proteção individual. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram beneficiadas. O mapa com os dados pode ser acessado <aqui>.
Igrejas que são Santuários têm muitas características diferentes de uma paróquia convencional. Santuários primam por uma intensa atividade em torno de uma devoção especial. Tudo que se promove e realiza visa destacar, ressaltar o Santo Padroeiro, a devoção. As liturgias e as grandes celebrações populares dão o tom da vida de um Santuário, com a participação de muitos romeiros e devotos. Santuários são bênçãos de Deus em nossas vidas, sinais claros da manifestação da glória e da graça divina que converte corações, cura feridas, salva. Numa expressão, santuários são lugares de memória e história de uma povo que tem fé, das profecias e das promessas de vida e salvação Deus para toda a humanidade, um caminho para santidade.
Sem descuidar da dimensão celebrativa e devocional, os Santuários também têm uma forte presença social. Geralmente onde surgem os Santuários a cidade e toda região sofrem mudanças, tornando-se mais vivas e dinâmicas. Pense na cidade de Aparecida, ou Lourdes, no que aconteceu com elas depois de seus santuários. Além disso, também desenvolvem todo um trabalho de atendimento individual, com manutenção de projetos de promoção humana, como escolas sociais, creches, asilos. O voluntariado social tem um grande peso e presença nas atividades sociais, geralmente formado por devotos dos padroeiros de cada santuário.
A Paróquia Santa Rita de Cássia, Decanato Leste, começa a dar passos na direção do trabalho social que envolve os Santuários, trazendo junto também a fé e devoção, com o cuidado e a promoção das realidades sociais de nossa comunidade, de nossa cidade e região. E como tudo na paróquia liga-se a essa grande Santa, foi implantado no dia 8 de fevereiro de 2020 o Roupeiro de Santa Rita.
O Roupeiro de Santa Rita costuma estar vinculado às paróquias ou Santuários dedicados à Santa de Cássia, como tradição que se segue do Mosteiro de Santa Rita em Cássia, Itália. Santa Rita foi um mulher extremamente caridosa, nunca deixou de acolher e ajudar quem a procurasse, precisando socorro para suas necessidades materiais. Fez isso com grande largueza, mesmo depois de entrar no convento. Usou de seus bens, para fazer o bem.
A generosidade e bondade de Santa Rita de Cássia tem sido inspiradoras para os projetos do Roupeiro de Santa Rita, experiência que tem atravessado o tempo e os mares. E chegou até a paróquia, primeiro para atender urgentemente uma situação pontual, de uma gestante cujo pai era ex- aluno de umas das voluntárias, depois, em torno da criação e estabelecimento do projeto inteiro do Roupeiro, que consiste basicamente em preparar enxovais para crianças e acompanhar as gestantes e lactantes. Nossa proposta também é dar formações para as mães e famílias, bem como emprestar para noivas mais carentes, vestidos de noivas. Vivemos de doações da comunidades, cujas peças depois são consertadas e doadas para as crianças e es futuras mamães.
Nosso Roupeiro de Santa Rita do Futuro Santuário atende crianças de 0 a 12 anos, todas as gestantes são cadastradas e acompanhadas. Hoje, conta com local para receber as doações de roupas infantis, móveis e utensílios para os bebês e crianças, como berços, carrinhos, moisés e até brinquedos. Tem também duas máquinas de costuras para consertos das roupas. O objetivo é colocar as gestante para preparar os kits para seu futuro bebê. Temos no horizonte o desenvolvimento de atividades com as gestantes e suas famílias, como palestras sobre saúde, higiene pessoal e limpeza, bem como cursos de cozinha e artesanatos para geração de renda. Também o Roupeiro de Santa Rita quer se tornar uma experiência de convivência fraterna entre gestantes e voluntários, além oferecer atendimento de psicologia, fonoaudiologia, dentista, advocacia.
As atividades de nosso roupeiro não cessaram com a pandemia. Os cursos, palestras e atendimentos não puderam começar ainda, mas as doações de kit para gestantes e de móveis para crianças estão acontecendo, graças a Deus. Nestes poucos meses foram ajudadas 30 famílias e gestantes de nossa paróquia e região. E as doações têm chegado, numa demonstração de grande solidariedade. As voluntárias produziram cerca de 500 máscaras e distribuíram para toda comunidade, inclusive a máscara que está na imagem em frente à nossa Igreja.
Com o começo das atividades do Roupeiro de Santa Rita demos também um passo grande rumo à concretização do nosso Futuro Santuário. Contemplando a caridade, nosso Santuário se fortalece. Dando vida mais digna a quem mais precisa, a fé e devoção a Santa Rita encontram seu justo equilíbrio. O desenvolvimento das atividades do Roupeiro fará, então, do nosso Santuário uma experiência de amor e salvação, vida e graça, imitando na prática Santa Rita de Cássia, mulher de fé, oração e caridade.
Todos os recursos para o trabalho do Roupeiro de Santa de Cássia vem das doações e ofertas do povo de Deus e dos devotos. Se você tiver roupas, calçados e móveis infantis, utensílios para bebês, para doação, deixe na secretaria paroquial ou ligue que vamos buscar: (43) 3336 31 66.
Precisamos também de voluntários, para ajudar na organização, distribuição dos kits, materiais e no trabalho com as gestantes. Necessitamos de profissionais para dar as palestras e cursos. Fale conosco. Ajude-nos nesta demanda. Graças serão derramadas.
Também se você desejar fazer qualquer doação em dinheiro, faça o depósito bancário, ou transferência bancária na conta do nosso futuro santuário. E por gentileza, nos envie um e-mail, informando sua doação para o Roupeiro de Santa Rita: santaritalondrina@sercomtel.com.br
Sicredi Banco 748 Agencia 0718 – Conta 44797-4 CNPJ 75228825/0052-07
Deus te abençoe e Santa Rita te proteja. Amém!
Pe. Edivan Pedro dos Santos Paróquia Santa Rita de Cássia
A pandemia do novo coronavírus tem trazido mudanças significativas nas comunidades. A Paróquia Santa Rita, no Decanato Leste, que está em campanha para se tornar santuário, antes da pandemia, em março, por exemplo, atendia cerca de 30 famílias mensalmente com cestas básicas, sentiu fortemente o impacto da crise financeira que esse vírus tem gerado. Pessoas que nos ajudavam com dízimo, ofertas e doações de alimentos, para ajudar as famílias mais carentes da comunidade, além de ficarem sem colaborar, precisaram ser socorridas pela paróquia, através dos Vicentinos e Comissão da Partilha. Vimos preocupados o número das famílias assistidas crescer vertiginosamente. Saltamos de 30 para 60 famílias em abril. Maio atendemos 80 e agora em junho 115 famílias, inclusas as atendidas pelo Roupeiro de Santa Rita. Agora, deu uma estabilizada porque o comércio na cidade havia retomado suas atividades e algumas famílias não precisaram mais de nossa ajuda. Graças a Deus. Vamos ver os reflexos do novo fechamento das atividades comerciais deste mês de julho.
Para que esse atendimento pudesse acontecer, a comunidade da Santa Rita de Cássia contou com a solidariedade de muitas pessoas, empresas e profissionais liberais e de outras igrejas. Foi iniciada uma pequena campanha, pedindo ajuda de doações de alimentos, produtos de higiene e limpeza, roupas, calçados, fraudas infantis e geriátricas. E a resposta da região e da cidade de Londrina foi maravilhosa. Arrecadamos nestes 3 últimos meses cerca de 8 toneladas de alimentos, milhares de peças de roupas, centenas de pacotes de fraudas, muitos móveis, cadeiras de rodas e banho, andadores, muletas. E milhares de máscaras, que foram distribuídas junto com as cestas e para quem vinha procurar na secretaria paroquial. Recebemos doações em dinheiro que também nos possibilitam atender necessidades de remédio, gás, conta de água, luz, aluguel. Nunca nosso cabide solidário, montado na grade de nossa Igreja, foi tão visitado por quem está precisando e também por tanto doadores. Deus seja louvado.
Cabide Solidário
Agradecemos do fundo do coração a todos que nos doaram e continuam a nos ajudar. Pessoas cheias de amor e solidariedade para com quem mais precisa nesta hora. Um verdadeira corrente do bem e solidariedade, entre todos. Trouxeram suas ofertas aos domingos, ligaram para irmos buscar, ou deixaram suas doações na secretaria paroquial, durante a semana. Sabemos que vocês nem querem, nem pedirem,nem precisam, mas deixamos agora nossa gratidão registrada a todos. Um obrigado também às Paróquias Santana, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora das Graças de Londrina e Capela Sagrada Família. Nossos agradecimentos também ao Centro Acadêmico de Medicina da PUC-Londrina, a Escola Mundo Encantado, ao Hospital do Câncer de Londrina, ao Supermercado Super Norte, ao Poderosão da Limpeza, Leites Cativa, Bella Cesta e ao Roupeiro de Santa Rita, pelas grandes doações que nos fizeram nestes meses. Deus abençoe esses gestos de compaixão e generosidade, carinho para com nossa paróquia, mas sobretudo com nossas famílias, nosso povo.. Que a providência de Deus não falte jamais nas suas casas, famílias e negócios.
Estamos começando mês de julho. Não sabemos quando essa pandemia acabará, e nem como será a retomada da economia. Até lá vamos avançando, caminhando juntos. A solidariedade e a mútua ajuda são as atitudes que nos possibilitam desde já a enfrentar e superar a crise social dos dias atuais. Contamos com a continuidade de suas ofertas e contribuições com todo o trabalho social da nossa paróquia, futuro Santuário. Pode deixar na secretaria paroquial, pode ligar que iremos buscar ou mesmo trazer aos domingos a nossa Igreja. Rua Pedro Abelardo, 70. Jardim Califórnia. Fone (Whatsapp): 3336 3166.
Ou se preferir poderá também fazer sua contribuição financeira através do deposito bancário: Sicredi Banco 748 – Agência 0718 – Conta 44797-4 (CNPJ 75228825/0052-07).
Deus abençoe a todos. Santa Rita guarde e proteja sua vida, família e trabalho.
Entenda a parceria entre Igreja Católica e prefeitura que já acolheu 90 pessoas desde o dia 30 de março em três casas de retiro cedidas pela arquidiocese. Número pode chegar a 150 pessoas
Cama confortável, alimentação na hora certa e cuidados de higiene garantidos. Espaços amplos, privacidade e atividades durante o dia. É esta a realidade encontrada pelas cerca de 90 pessoas em situação de rua que já foram acolhidas até agora nas três casas de retiro cedidas pela arquidiocese e outras duas congregações religiosas católicas de Londrina para a Secretaria de Assistência Social no combate à pandemia do novo coronavírus. “São espaços destinados ao isolamento social dessa população, são pessoas que não estão infectadas [com o novo coronavírus] e estão ali para ficarem isoladas”, explica Deusa Favero, gerente da Cáritas Arquidiocesana, entidade da Igreja responsável pela parceria com a prefeitura.
A população de rua está dividida em três perfis diferentes: um espaço destinado a idosos, um destinado a homens e outro a mulheres e crianças. A casa de acolhida dos idosos, por se tratar de população prioritária no isolamento social, foi a primeira a receber as pessoas, seguido dos outros dois espaços. A população começou a ser acolhida no dia 30 e está sendo destinada gradativamente.
A prefeitura é quem faz o encaminhamento das pessoas a partir da demanda do Centro Pop, serviço municipal que atende população em situação de rua. “São transferidas pessoas que já estavam na Casa do Bom Samaritano e na Casa de Passagem, ficam ali por sete dias para avaliar, ver como estão de saúde e depois vem pra cá”, conta Flávia Angélica Andrease, assistente social coordenadora do Centro Pop e da Abordagem Social, que está atuando na casa de acolhida dos idosos. Esse caminho será feito por todas as pessoas acolhidas nas casas da arquidiocese.
Para a assistente social, a parceria com a Igreja é importante pois possibilita um acolhimento com dignidade à população de rua. “Se não tivesse [a parceria] não sei como seria. Aqui eles estão sendo bem acolhidos. Alguns municípios estão acolhendo população de rua em estádios, ginásios, lugares que são insalubres. Mas é preciso acolher com dignidade, não é qualquer lugar. Os três lugares que a Igreja cedeu são ótimos, tem toda estrutura, cozinha, equipamentos, imagine se tivéssemos que levá-los para o Moringão, por exemplo, não ia ter condição”, destaca Flávia.
Trabalham nas casas oito educadores sociais divididos em turnos de 4 horas, um auxiliar de serviços gerais, duas merendeira e uma equipe técnica composta por três pessoas, entre coordenador, assistentes sociais, psicólogos e orientadores sociais. A equipe de educadores sociais também é responsável por ministrar oficinas como jogos, música, teatro e dança.
Segundo Flávia, até agora não foi preciso fazer abordagem da população nas ruas, as casas de acolhida estão recebendo a demanda das pessoas que ligam ou vão até o Centro Pop. “Esta é uma rede de serviços que já é feita no município, e agora foi ampliada.”
Ação da Prefeitura
Na parceria entre arquidiocese e prefeitura, a Igreja cede os espaços e a secretaria arca com as despesas. Na primeira semana de acolhimento, entre os dias 30 de março e 6 de abril, todo material utilizado, como alimentos, roupa de cama e banho e materiais de higiene, foi fornecido pelas doações recebidas pela Igreja Católica no Espaço Dom Bosco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, ponto que a arquidiocese montou para arrecadação de doações.
A partir desta semana a prefeitura vai enviar produtos comprados por licitação. “Todos os trabalhadores e a responsabilidade é da Secretaria de Assistência. Então quando acabar esse período, o que vai ser feito, para onde as pessoas serão encaminhadas, os encaminhamentos finais é responsabilidade da secretaria”, explica Josiane Nogueira, diretora da proteção social especial do município.
Estrutura das casas de acolhida
A população está sendo acolhida em casas utilizadas pela Igreja Católica para promover retiros de padres, religiosos e leigos. São lugares ondeas pessoas estão divididas em quartos duplos, com banheiro no quarto, ou quartos coletivos amplos com camas espaçadas para garantir o distanciamento social. Os espaços possuem refeitórios e cozinhas equipadas e duas das casas disponibilizaram também lavanderia. Os espaços externos são amplos, com gramado, quadra e varanda. “As pessoas estão comparando, dizem que antes [no outro abrigo em que estavam] estava 70%, agora está 100%”, conta Flávia.
Em cada uma das casas, além dos profissionais da prefeitura, há uma pessoa de referência que trabalha ali. Duas das casas também contam com o trabalho voluntário de irmãos da Toca de Assis, congregação religiosa que atua diretamente com a população de rua em Londrina há 17 anos.
Maria José de Lima Prado é funcionária da Mitra Arquidiocesana de Londrina e trabalha numa das casas de acolhida. O acolhimento trouxe mudanças na sua rotina, mas, segundo ela, a convivência é tranquila. “Eu saio aqui eles me chamam pelo nome”, diz Maria. Ela conta também que ter a presença dos irmãos da Toca de Assis a deixou bem tranquila.
Para ela, é um tempo de quaresma vivido profundamente. “É um olhar de misericórdia, ver o rostinho de Jesus em cada rosto dessas pessoas. Não estou podendo receber a Eucaristia, cheguei a chorar. Mas aqui é Jesus de uma outra forma. É Jesus que fala: ‘estive preso e não foi me visitar, estive doente…, e Ele está aqui agora, na pessoa que fala um bom dia pra mim: ‘Oi, dona Maria’”, conta.
O toque especial da Igreja Católica
As duas casas de acolhida que recebem, uma os homens e outra as mulheres, contam com o reforço da Toca de Assis. São dois irmãos na casa dos homens e duas irmãs na casa das mulheres, que chegaram antes mesmo da população em situação de rua para fazer a acolhida. “Estamos em unidade Igreja e município. O trabalho aqui é desafiador, porém já temos o jeito de lidar pois trabalhamos diretamente com os irmãos mais pequeninos que se encontram em situação de rua. Podemos levar o que temos de experiência e vejo que a casa está caminhando muito bem, há uma harmonia, unidade”, conta irmão Israel do Santíssimo Sacramento, que está atuando na casa de acolhida dos homens.
“A gente chegou, foi conhecendo o perfil de cada um. O primeiro impacto foi de conhecer para ver até onde pode ir com eles e como lidar com cada pessoa. Sabemos que aqui não é lugar terapêutico, é para isolamento por conta da pandemia do coronavírus, então o tratamento é um pouco diferente, mais aberto a escutá-los, porque não estão aqui para se tratar”, conta irmão Israel se referindo ao fato de que grande parte da população de rua é dependente químico.
O irmão explica que eles atuam dando ofícios para as pessoas. “Cada pessoa tem um lugarzinho específico, seja varrer, seja recolher [o lixo] no carrinho, outro vai escrever o cronograma. Para ele se sentir bem, se sentir contribuindo”, conta. Inclusive, por proposta do irmão, os homens acolhidos montaram uma horta, já plantaram alface, cebolinha e rúcula. A ideia agora é criar algumas galinhas.
O trabalho é fundamental, explica o irmão, e eles mesmo sabem. “É a chamada laborterapia. Muitos me falam: ‘irmão, hoje vou dormir bem porque a gente fez alguma coisa e isso vai gerar frutos’. E eles estão pensando também nos irmãos que estão sendo acolhidos nas outras casas, porque quando tiver produzindo a gente manda para lá.”
“Combinei com eles também de fazer um mutirão, me coloquei junto também, 30 minutos por dia. Falo da importância de manter o lugar bonito, zelar pelo ambiente. Eles mesmo enxergam a graça e o amor de Deus estando aqui. Em cada quarto tem duas pessoas e cada quarto tem seu banheiro.
É um carinho de Deus em meio à pandemia, literalmente, imagina de onde vieram, viviam e chegam aqui, não tem como não ver que é graça e é amor nas nossas vidas, para mim também”, conta o irmão.
O irmão fala que algo muito impactante para eles foi o fato de terem seis refeições por dia: café da manhã, um cafezinho às 10, almoço, café da tarde, janta e ceia. “Parecia que estavam na final da Copa do Mundo e o Brasil tinha sido campeão, foi bonito de ver o brilho nos olhos.” Israel lembra que antes de cada refeição, rezam por aqueles que doaram os alimentos.
O trabalho, apesar de ser na Igreja Católica, independe de religião. “Para nós isso é muito normal, antes da gente ver qual é a religião a gente vê a pessoa, o ser humano, é um filho de Deus, e se é um filho de Deus precisamos estar juntos”, fala irmão Israel.
Num dos dias, o irmão conduziu um momento de catequese e adoração. Foi tão bem recebido que eles pediram para fazerem diariamente. “O Rafa [um dos acolhidos] falou que é testemunha de Jeová, perguntou se eu me importava se ele não fosse. Falei: ‘Meu irmão, de maneira alguma, não é por isso que você vai ter tratamento diferente’. Temos alguns irmãos evangélicos que participam também. Algumas músicas que cantamos, inclusive, são evangélicas. Não tem essa coisa de excluir, temos que incluir”, conclui.
Na casa dos idosos também, a pedido dos acolhidos, o padre Eric Vinícius Pinheiro Barbosa SAC, celebrou a missa no domingo, dia 5.
A Arquidiocese de Londrina, por meio da Cáritas Arquidiocesana, divulga o cadastro para inscrição de voluntários que atuarão na campanha de doação em prol dos mais necessitados na cidade de Londrina. Os voluntários irão ajudar no recebimento das doações na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, separação e preenchimento de relatórios.
A campanha, em parceria com a Prefeitura, vai arrecadar alimentos, colchões, produtos de higiene pessoal e de limpeza, fraldas geriátricas, roupas de cama e banho, tanto para a doação direta a pessoas necessitadas como para o encaminhamentos dos trabalhos da Secretaria de Assistência Social com população em situação de rua que serão abrigados em três locais cedidos pela arquidiocese.
Os voluntários receberão kit com álcool gel, luva e máscara.
A Arquidiocese de Londrina, a Cáritas Arquidiocesana e a Prefeitura firmaram uma parceria para atender as pessoas que mais necessitam. Você também pode ajudar!
Doações em produtos podem ser entregues na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora a partir do dia 26/03 (quinta-feira), doações em dinheiro por conta bancária.
A paróquia funcionará como uma central de arrecadação. As doações serão distribuídas pela Secretaria de Assistência Social nos diferentes locais da cidade e socorrerá as famílias mais necessitadas em decorrência das medidas de prevenção ao Coronavírus.
Cadastro de voluntariado:
Aqueles que queiram colaborar como voluntários para receber as doações na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora podem ser inscrever pelo <link>.
Dia 15 e 16 de Março de 2019 Local: Salão de Eventos do Asilo São Vicente de Paulo Av: Madre Leônia Milito, 499 ( ao lado da Paroquia) Londrina- Pr
Dia 15 de Março de 2019. Noite de Louvor MINHA ESSÊNCIA Com o Cantor Thiago Brado Entrada: 1 kg de Alimento. Início previsto: 20 horas Com praça de alimentação, segurança,estacionamento e venda de CDs do Thiago Brado para ajudar na missão do cantor.
Dia 16 de Março de 2019. Show com a Banda Dominus. Entrada:
ingressos 1° lote promocional/meia 15,00 reais. 2° Lote promocional/meia 20,00 reais.
Ingressos Limitados. Início previsto: 20 horas.
Ponto de venda de ingressos – Banda Dominus:
-Livraria Dom Geraldo ( atras da Catedral ) (43-3029-0222) Travessa Bernardes Greiss, 25
– Secretaria do Asilo São Vicente de Paulo – (43- 3339-0030)
Teremos praça de alimentação, segurança e estacionamento.
Toda a renda e revertida para ajudar o Asilo nas Suas obras assistenciais.
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu Nota de Solidariedade na tarde deste sábado, 26 de janeiro, a respeito do fato ocorrido ontem, sexta-feira, quando houve o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho(MG).
Na nota, os bispos destacam que aquela tragédia recente e semelhante quando houve rompimento de outra barragem em Mariana (MG) ensinou muito pouco.
Em nome do episcopado brasileiro, os bispos da presidência se unem aos familiares das vítimas e às comunidades para pedir: “As famílias e as comunidades esperam da parte do Executivo rigor na fiscalização, do Legislativo, responsabilidade ética de rever o projeto do Código de Mineração, e do Judiciário, agilidade e justiça”.
A presidência manifesta estar unida também com toda a família arquidiocesana de Belo Horizonte e reforça o pedido do arcebispo, dom Walmor Oliveira: “É urgência minimizar a dor dos atingidos por mais esse desastre ambiental, sem se esquecer de acompanhar, de perto, a atuação das autoridades, na apuração dos responsáveis por mais um triste e lamentável episódio, chaga aberta no coração de Minas Gerais”.
No final da Nota de Solidariedade, a Presidência da CNBB “oferece orações ao Senhor da Vida em favor das famílias, das comunidades da Arquidiocese de Belo Horizonte, atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale. Convidamos cada pessoa cristã a se associar aos irmãos e irmãs que sofrem com a perda de seus entes queridos e de seus bens“.
CNBB
Leia a Nota, na íntegra:
NOTA SOLIDARIEDADE
“Toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto”
(Rm 8,22)
A tragédia em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, vem confirmar a profecia de São Paulo VI: “Por motivo de uma exploração que não leva em consideração a natureza, o ser humano começa a correr o risco de a destruir e de vir a ser, também ele, vítima dessa degradação (Discurso à FAO, (16/11/1970).
Por ocasião do “Desastre de Mariana”, também em Minas Gerais, o Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB afirmava que “é preciso colocar um limite ao lucro a todo custo que, muitas vezes, faz negligenciar medidas de segurança e proteção à vida das pessoas e do planeta” (25/12/2015). “O princípio da maximização do lucro, que tende a isolar-se de todas as outras considerações, é uma distorção conceitual da economia” (Laudato Sì, 195). Esse princípio destrói a natureza e a pessoa humana.
É muito triste constatar que o “desastre de Mariana” tenha ensinado tão pouco. É urgente que a atividade mineradora no Brasil tenha um marco regulatório que retire do centro o lucro exorbitante das mineradoras ao preço do sacrifício humano e da depredação do meio ambiente, com a consequente destruição da biodiversidade. “O meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos” (Laudato Sì, 95).
As famílias e as comunidades esperam da parte do Executivo rigor na fiscalização, do Legislativo, responsabilidade ética de rever o projeto do Código de Mineração, e do Judiciário, agilidade e justiça.
Unidos à família arquidiocesana de Belo Horizonte, assumimos como nossas as palavras do seu Arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo: “É urgência minimizar a dor dos atingidos por mais esse desastre ambiental, sem se esquecer de acompanhar, de perto, a atuação das autoridades, na apuração dos responsáveis por mais um triste e lamentável episódio, chaga aberta no coração de Minas Gerais. A justiça seja feita, com lucidez e sem mediocridades que geram passivos, com sentido humanístico e priorizando o bem comum, com incondicional respeito e compromisso com os mais pobres” (25/01/2019).
A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressa solidariedade e oferece orações ao Senhor da Vida em favor das famílias, das comunidades da Arquidiocese de Belo Horizonte, atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale. Convidamos cada pessoa cristã a se associar aos irmãos e irmãs que sofrem com a perda de seus entes queridos e de seus bens.
A esperança de viver na “Casa Comum” anime os nossos passos, e a fé na ressurreição ilumine a nossa dor!
Brasília-DF, 26 de janeiro de 2019
Cardeal Sérgio da Rocha Arcebispo de Brasília Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Salvador Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM Bispo Auxiliar de Brasília Secretário-Geral da CNBB
No último dia 14 um incêndio de grandes proporções atingiu moradores de uma ocupação próxima à linha férrea no Jardim Novo Amparo
Doações estão chegando de todas as regiões da cidade, empresas, grupos de amigos e comunidades inteiras estão se mobilizando no sentido de proporcionar o necessário e amenizar o sofrimento das pessoas. Segundo Cristiane, desde o primeiro momento a Igreja Católica se mobilizou para acolher as vítimas e organizar, através dos Vicentinos, os cuidados com alimentação e doações para as famílias. As coletas das Missas dos dias 19 e 26 de janeiro na Paróquia Cristo Bom Pastor serão destinadas às famílias desabrigadas.
O fogo queima mais que bens materiais. O olhar distante das vítimas do incêndio parece buscar na memória o que foi perdido. Lembranças, fotos, documentos, o brinquedo preferido e todas as coisas simples de quem já foi golpeado outras vezes pela vida.
“Perdi tudo, roupas, móveis, documentos. Estamos aqui há quatro anos e ainda não fomos contemplados com nenhuma casa. Estamos aqui por necessidade, porque precisamos de um lugar para morar”, lamenta Biara e o filho, que estão contando com acolhida da Igreja Católica.
A articulação com irmãos de outras igrejas é prova de que o amor e cuidado com as pessoas rompe barreiras. A Igreja Assembleia de Deus forneceu marmitas a todos os que estavam precisando na noite seguinte ao incêndio.
A Rede de proteção local e os serviços públicos também estão assistindo as pessoas que perderam suas casas, buscando garantir os direitos dos mesmos, inclusive os que até agora não tiveram acesso, como o caso da moradia.
Como Igreja reafirmamos as palavras do Papa Francisco: “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos. Terra, teto e trabalho, aquilo por que lutam, são direitos sagrados. Reclamar isso não é nada de estranho, é a Doutrina Social da Igreja. Os pobres não só sofrem a injustiça mas também lutam contra ela”.
Certo desse compromisso, o pároco da Paróquia Cristo Bom Pastor, Pe. Jacó motivou todos a contribuírem com doações e serviços, no que foi prontamente atendido, formando um bonito e amoroso mutirão em favor das famílias atingidas pelo incêndio.
Neste momento, pedimos a todos que em suas orações se lembrem especialmente desses irmãos, para que não desanimem diante das adversidades e que Nossa Senhora do Amparo abençoe a todos e todas que, a seu exemplo, se colocam a serviço do necessitados.
Serviço:
Doações em prol das famílias desabrigadas podem ser feitas na secretaria da Paróquia Cristo Bom Pastor (rua Nova Esperança, 222, conjunto Lindoia). Mais informações pelo telefone 3337-7595 (secretaria paroquial).
Leoni Alves Garcia PASCOM Paróquia Cristo Bom Pastor