Participantes tiveram dia de formação voltada à espiritualidade e oficinas práticas e teóricas para ajudar no trabalho pastoral
Num domingo (28) marcado pela espiritualidade, integração e aprendizado, cerca de 150 agentes de comunicação se reuniram no 3º Muticom (Mutirão de Comunicação), promovido pela Pascom (Pastoral da Comunicação) da Arquidiocese de Londrina. O encontro aconteceu no centro pastoral Jesus Bom Pastor. Entre os participantes estiveram agentes de dioceses distantes, como Paranaguá, Campo Mourão, Umuarama e Cornélio Procópio.
O mutirão teve início com a missa, celebrada pelo padre Dirceu Júnior dos Reis, assessor eclesiástico da Pascom Arquidiocesana. Na abertura, o sacerdote destacou a importância da comunicação que vem do coração. “O Muticom é a celebração diocesana de uma pastoral que é perseverante e alegre. A perseverança dos agentes faz com que a Igreja entenda cada vez mais que a comunicação é uma arte que alegra o coração de Deus”, valorizou.
A formação foi conduzida pela irmã Maria Nilza Pereira da Silva, coordenadora nacional da Comunicação do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil. O tema trabalhado foi “Comunicar através dos olhos de Deus”, a partir do versículo de Lucas, “Desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa” (LC 19,5), que narra a passagem de Jesus na casa de Zaqueu, que era responsáveis pelos coletores de impostos, após o Cristo vê-lo em cima de uma árvore.
“É fundamental o encontro com Jesus e a espiritualidade. A nossa missão na Pascom é identificar onde Jesus está, o que Ele está fazendo, para conduzirmos os outros até Cristo. Podemos dizer que os outros são a mutidão andando pela rua, a estrada digital, mas precisamos ser Zaqueu para dizer: sobe, que daqui você consegue ver Jesus, sobe que vou te mostrar quem Ele é. Mas para indicar para o outro ‘sobe’, primeiro precisamos saber subir. Uma das formas de subir é a vida de oração”, orientou.
O Mutirão de Comunicação também marcou o lançamento das Diretrizes Gerais da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Londrina, documento que vinha sendo produzido há mais de dois anos e deverá iluminar o trabalho pastoral dos agentes e discernir sobre o papel da Pascom nas paróquias e comunidades e como deve ser a atuação. “Essa diretriz vai guiar os passos e a organização pastoral”, frisou padre Dirceu.
A manhã ainda contou com apresentação musical do multi-instrumentista Alisson Tanaka. Após o almoço, os agentes puderam participar de cinco oficinas teóricas e práticas: Canva para o trabalho pastoral, Comunicação assertiva a serviço da Igreja, Planejamento e estratégia de conteúdo para o Instagram, Prática de Fotografia para o trabalho pastoral e Transmissão ao vivo: da teoria à pratica, que foram ministradas por lideranças da Pascom e convidados, todos de forma voluntária e com experiência nas áreas.
“O objetivo do Muticom foi promover um verdadeiro encontro íntimo dos agentes de pastoral da comunicação com Cristo. Que possamos abrir o coração e deixar Ele agir, cuidando da espiritualidade, que é alicerce na caminhada de um comunicador. Os participantes voltaram para as comunidade revigorados e fortalecidos. Foi um dia muito especial e feliz”, avaliou a coordenadora da Pascom Arquidiocesana, Terumi Sakai.
A Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Londrina abriu as inscrições para o 3º Mutirão de Comunicação arquidiocesano (Muticom), que será realizado no dia 27 de agosto, com início às 8h e término às 16h30, no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor em Londrina, iniciando com a Santa Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz. O evento é destinado a agentes de Pascom e comunicadores que atuam nas paróquias e comunidades.
Com o tema “Comunicar através dos olhos de Deus”, a palestra principal será ministrada pela Ir. Maria Nilza Pereira da Silva, coordenadora nacional da comunicação do Movimento Apostólico de Schoenstatt, que trabalhará a partir do lema: “Desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”, passagem bíblica retirada do Evangelho de São Lucas 19,5.
Também na parte da manhã serão lançadas as Diretrizes da Pascom da Arquidiocese de Londrina. O período da tarde será dedicado a oficinas práticas. Cada participante escolherá uma das seis oficinas ofertadas, que acontecerão simultaneamente.
Oficinas ofertadas (vagas limitadas):
1) Canva para o trabalho pastoral (com Luciene Ceci)
2) Comunicação assertiva a serviço da Igreja (com Pedro Marconi)
3) Planejamento e estratégia de conteúdo para o Instagram (com Fernanda Moreno e Anderson Queiroz)
4) Prática de texto para agentes da Pascom (com Juliana Mastelini Moyses)
5) Prática de Fotografia para o trabalho pastoral (com Guto Honjo)
6) Transmissão ao vivo: da teoria à pratica (com Fellipe Tereska e Tiago Queiroz)
Evento reuniu 400 comunicadores de todo Brasil para refletir sobre comunicação e cultura do encontro
Entre os dias 13 e 15 de julho, representantes da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Londrina participaram do 13º Muticom Nacional – Mutirão de Comunicação, na cidade de João Pessoa (PA). A coordenadora arquidiocesana, Terumi Sakai; o secretário, Tiago Queiroz, que também é vice-coordenador regional; e a jornalista, Juliana Mastelini Moyses, se juntaram aos cerca de 400 comunicadores de várias partes do Brasil que participaram do evento na cidade mais oriental das Américas.
Do Estado do Paraná participaram 15 agentes e 2 bispos: dom Reginei José Modolo, bispo auxiliar de Curitiba e referencial da Pascom no Paraná; e dom Amilton Manoel da Silva, bispo de Guarapuava e membro da Comissão Episcopal para Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A coordenadora Terumi Sakai destaca as experiências vividas no encontro, que possibilitaram aprendizado, oração, partilha de experiências e novas amizades com pessoas de várias partes do Paraná e do Brasil. “Venho renovada e fortalecida para seguir a missão com motivação e unção. Que Senhor nos guie a novos projetos na Pascom.”
Todas as atividades do encontro convergiram para o tema central: “Comunicar para a cultura do encontro”. A partir do pensamento do Papa Francisco e do documento “Rumo à presença plena”, publicado pelo Dicastério de Comunicação, os conferencistas deram pistas de como construir a cultura do encontro numa sociedade midiatizada, polarizada e descristianizada como a atual. Qual o papel dos cristãos e, especificamente, dos comunicadores católicos, diante dessa realidade que nos impõe, para construir pontes entre as pessoas e não muros.
“Um ponto que me marcou foi a fala de dom Valdir, que disse que o comunicador tem que ser humilde, levar a Boa Nova a todos através dos meios de comunicações, mas com humildade, para que a Palavra se concretize na vida das pessoas”, destacou Tiago Queiroz.
Segundo ele, a Pascom, além de ser a pastoral da “comunhão”, também deve ser a pastoral da humildade. “Isso ficou muito visível: ir ao encontro, estar em saída, ser ferramenta de evangelização, mas, sobretudo, com o espírito de humildade”, ressaltou. “Foram dias incríveis, de grandes trocas de experiências, de novas amizades e de, principalmente, comunhão. O Muticom sempre proporciona esse encontro de realidades diferentes, mas, sobretudo, por um bem comum que é a evangelização através dos meios de comunicação”, finaliza.
Para a jornalista Juliana, o encontro como um todo reforçou o papel que cada comunicador católico tem individualmente, como cristão, de fazer a diferença e promover a cultura do encontro. “No fim das contas não são grandes mudanças que nós podemos fazer, e nem é isso que o Papa Francisco nos pede, a cultura do encontro é promovida muito mais no ambiente onde nós vivemos, com as pessoas que estão ao nosso redor, do que com ações grandiosas. Por isso o encontro tocou muito no papel que cada um deve assumir como construtor da comunhão”, ressalta.
Comunicar para a cultura do encontro
Diálogo e discernimento são os segredos do comunicador da cultura do encontro, destacou Austen Ivereigh na palestra de abertura, por videoconferência. Austen é escritor e jornalista britânico, biógrafo do Papa Francisco. Diálogo, fala Austen, não quer dizer homogeneidade, mas conversa entre diferentes. E mais do que isso: com discernimento. Como cristãos, nós debatemos ideias à luz do Espírito Santo, para discernir a realidade, optando pelos caminhos e atitudes que Deus inspira. “Do prisma da fé, o que e como comunicar não é só uma questão prática, mas também espiritual”, falou Austen.
Um estilo cristão no ambiente virtual
“Rumo à presença plena” foi o tema da segunda conferência, ministrada pelo bispo de Campo Limpo e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, dom Valdir José de Castro, SSP. Com base no recente documento do Dicastério para a Comunicação do Vaticano: “Rumo à presença plena: uma reflexão pastoral sobre a participação nas redes sociais”, o bispo instigou os comunicadores a exercerem seu papel nas redes sociais. “Cada cristão é um evangelizador, a partir de sua experiência pessoal com Jesus”, falou dom Valdir, chamando a atenção para a responsabilidade que os cristãos têm no mundo.
Citando o Papa Bento XVI, dom Valdir destacou que evangelizar nos meios de comunicação não é apenas falar do Evangelho explicitamente, mas também se evangeliza através de um jeito cristão dentro do ambiente digital, a partir do testemunho. “Mesmo se estou sozinho, existe toda uma caminhada de Igreja atrás de mim.” Evangelizar, continua ele, é viver à luz do que viveu Jesus.
Para o bispo, não basta estar presente nos meios e se conectar com as pessoas, é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. “A comunicação começa com a conexão, passa pela comunidade e gera comunhão”, explica.
Nesse caminho, os influenciadores digitais têm um papel muito importante, não só aqueles que têm milhares ou milhões de seguidores, mas aqueles que, com poucos seguidores exercer também influência para um número pequeno de pessoas. “Todos nós deveríamos encarar a nossa influência, seja uma microinfluência, ou uma macroinfluência. Todos os cristãos são microinfluenciadores”, afirmou referindo-se ao documento do Dicastério de Comunicação.
Nesse sentido, dom Valdir sintetizou a palestra em quatro atitudes do artesão da comunhão: humildade, escuta, diálogo e discernimento. E finalizou com alguns questionamentos: 1) Como está a nossa presença, como Igreja, no ambiente digital?; e 2) Que contribuição real estamos dando para uma efetiva construção da cultura do encontro?
Influenciadores digitais
Na terceira conferência, os pesquisadores Aline Amaro, Alzirinha Rocha, Fernanda Medeiros, Moisés Sbardelotto e Vinícius Borges apresentaram seu estudo sobre influenciadores digitais católicos. O trabalho analisa como se manifesta, no âmbito católico brasileiro, o fenômeno dos influenciadores digitais da fé e as possíveis consequências socioeclesiais. Elenca cinco aspectos para uma evangelização digital: 1) a primazia do Evangelho; 2) a primazia da Caridade; 3) a primazia da Graça; 4) a primazia da Sinodalidade; e 5) a primazia da Unidade. O artigo com o resultado da pesquisa será publicado e divulgado até o final deste ano.
Amizade Social
A vaticanista correspondente da Globonews em Roma Mirticeli Medeiros falou sobre a amizade social e diálogo na era da desinformação, a partir da encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, que, segundo ela, é um resumo do pontificado de Francisco. No documento, endereçado não só aos cristãos, mas a todas as pessoas de boa vontade, o Papa fala de um novo sonho de fraternidade e amizade social que vá além das palavras. “Embora a tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, que me animam e nutrem, procurei fazê-lo de tal maneira que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade”, escreve o Papa.
Francisco se fundamenta na teoria aristotélica sobre a amizade, que elenca três tipo de amizade: 1) útil; 2) pelo prazer; e 3) virtuosa/bondosa. Esta última é a amizade cristã, que deve ir além da simples relação cordial e que aparece na encíclica como amizade social. É esse tipo de amizade que o Papa propõe às pessoas de boa vontade. Citando o Pontífice, Medeiros destaca que a amizade social é o caminho para a cultura do encontro: olhar o próximo como um amigo, numa relação virtuosa.
Ecologia Integral
A quarta conferência do encontro abordou a ecologia integral e a cultura do bem viver, baseada na encíclica Laudato Si. A palestrante Marcia Oliveira explicou que refletir com o Papa sobre a ecologia integral é destacar que tudo estar interligado, percebendo a atuação do cristão no mundo de uma forma mais ampla. “Eu cuido [do meio ambiente] porque amo, porque Deus confiou a mim a criação”, falou Marcia.
A ecologia integral retoma a teologia da criação: “Deus viu que tudo era bom”. Ao fim da palestra os participantes assistiram ao documentário A Carta, baseado na encíclica Laudato Si.
Santa Missa de encerramento
A programação do evento encerrou com a Santa Missa presidida por dom Valdir Castro, no dia 15. “Terminamos com esta Eucaristia o 13º Mutirão Brasileiro de Comunicação, que, podemos dizer, não é um ponto de chegada, mas de partida”, destacou. “O tema deste encontro, que é justamente o encontro: comunicação para cultura do encontro, continuará sendo um desafio para todos nós. Urge da parte de cada um construir pontes, melhorar a convivência, dar a nossa parte, seja no ambiente digital, seja nas relações presenciais físicas.”
Comentando a evangelho do Semeador, dom Valdir exortou os comunicadores a assumirem o compromisso de, por meio de palavras e gestos, semear a verdade, a compreensão, a paciência, a harmonia, a bondade, a ternura, a amabilidade e a fraternidade para construir a cultura do encontro. “O semeador por excelência, Jesus, Ele se encarregará que a semeadura seja eficaz e produza frutos, não nós. A nossa missão de comunicadores é semear sem medo de desperdiçar sementes.”
Dom Valdir fez o convite a não desanimar. “A nossa missão é semear com constância e generosidade.” Mesmo que haja contrariedade, mesmo em uma sociedade e cultura polarizada, às vezes dividida dentro da própria Igreja, continua. “Vamos acreditar que é possível melhorar o nosso mundo, a nossa sociedade, começando a construir a cultura do encontro a partir de nós, a partir de dentro da Igreja”, finalizou dom Valdir agradecendo a Diocese da Paraíba pela realização do 13º Muticom Nacional.
Ao final, foi lida a carta compromisso do 13º Muticom e anunciada a cidade sede do 14º Mutirão de Comunicação: Manaus (AM) em 2025. Veja aqui a carta na íntegra.
A coordenação da Pascom arquidiocesana de Londrina participou, entre os dias 18 e 21 de julho, da 11ª edição do Muticom – Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Goiânia (GO). O encontro, que ocorre a cada dois anos, teve como tema Comunicação, Democracia e Responsabilidade Social.
Durante quatro dias, o Centro de Pastoral Dom Fernando, da Arquidiocese de Goiânia, se transformou na Cidade da Comunhão para receber os 600 participantes provenientes de 22 estados.
A programação contou com conferências, workshops e trilhas que reuniu jornalistas e pesquisadores gabaritados da comunicação brasileira. A palestra de abertura foi sobre a Midiatização e Responsabilidade na Igreja e no mundo, ministrada pelo jornalista Moisés Sbardelotto, doutor e professor colaborador do Programa de Pós-graduação de Ciências da Comunicação da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos).
Ele também falou na Trilha de Comunicação sobre “Relações midiáticas no interior da Igreja”, onde abordou os desafios da Pastoral da Comunicação. Sbardelotto disse que o primeiro passo para o bom andamento da pastoral é conhecer a realidade da comunidade, da sua paróquia e como elas se comunicam, quais os veículos mais utilizados, as linguagens que mais funcionam. “É importante conhecer esse interlocutor, assim você poderá ser mais fiel com o próprio Evangelho, sem perder a essência da comunicação cristã”, afirmou o professor.
Com a clareza desta realidade será possível definir se o caminho da comunicação será por uma rede social, um jornal, via rádio ou até mesmo um jornal-mural. “Nenhum meio de comunicação é melhor ou pior do que outro. Vai depender do público que você quer conversar e engajar. Todas as plataformas, digitais ou não, são importantes para a Igreja”, reforçou Sbardelotto.
OS LIKES
O professor falou também sobre os perigos de se ficar refém dos números de curtidas e compartilhamentos. “A comunicação da igreja corre o risco de comunicar para ser visto, para ter audiência, e isso é um desvio do foco”, comentou. Ele usou a frase do Papa Francisco sobre o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida para fazer uma analogia sobre a questão, para mostrar que não importar ter 1.000 curtidas ou 10, o importante é chegar ao coração das pessoas com esses postes.
“As redes não se encheram de peixes, se transformaram em comunidade” (Papa Francisco). Gosto de usar como metáfora da comunicação. Às vezes o nosso jornal não é lido por todo mundo, o canal de TV tem alcance pequeno, as mídias sociais não têm todo aquele engajamento, mas o importante é se os meios estão conseguindo construir comunidade, uma boa relação com os nossos paroquianos, com os membros da diocese, entre o clero e as pastorais. A missão da Pascom é construir comunidade, relação para além dos números”, afirmou o professor.
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PROFISSIONALIZAÇÃO
A necessidade de profissionais qualificados para atuação nas dioceses e paróquias foi um dos pontos defendidos pelo professor, mas com a integração de pessoas da comunidade na Pastoral da Comunicação.
“Do ponto de vista institucional da Igreja é importante ter profissionais da comunicação, bem pagos, remunerados, que façam seu trabalho com profissionalismo, porque a Igreja lida com uma sociedade diversa e é um diálogo complexo e que precisa de pessoas formadas para isso, que dediquem seu trabalho para uma boa comunicação da Igreja, representando o bispo, o padre. É preciso ter uma postura e uma ética que vem junto com a profissão”, ressaltou.
A Pascom, por outro lado, segundo ele, tem o pé no chão da vida da comunidade. É também importante que pessoas que não são profissionais da comunicação possam atuar na pastoral, justamente porque como pastoral ela precisa ser um ambiente acolhedor.
“Mesmo na Pascom é importante os profissionais para ajudar na formação que é um dos pilares da pastoral, para produzir bons materiais. Quem trabalha com comunicação vai ter mais conhecimento das linguagens, estilos e formas de comunicar. A Pascom é um importante laboratório, onde todos tem seu espaço e aprendem juntos”, disse Sbardelotto.
EXPERIÊNCIA DE COMUNHÃO
O anfitrião do encontro dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, destacou em sua fala, na solenidade de abertura, o papel do Muticom para a Igreja e para a sociedade. “Um mutirão, como a própria palavra diz. Trata-se de uma experiência de fazer junto, em unidade, em prol de uma causa e nossa causa aqui é construir pontes através da comunicação e o Muticom é uma experiência de Deus e de comunhão entre as pessoas por isso é importante”, afirmou.
E disse que a missão da Igreja é universal e a comunicação é imprescindível no processo de ação evangelizadora. “Jesus deve ser anunciado e todas as pessoas devem, pelo menos, ouvir falar dele. Nós podemos propor e oferecer a mensagem do Evangelho em todo o mundo porque é uma mensagem de paz, de misericórdia, que transforma os corações e dar à sociedade um novo rosto e uma nova vida”.
Ele enfatizou ainda que a Igreja nasce de uma comunicação que vem de Deus para a humanidade e impulsiona a missão universal. Por isso, a Igreja deve estar atenta a uma comunicação plural.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol, fez um balanço positivo do mutirão. “Fomos felizes na escolha das pessoas para orientar com suas experiencias, partilhas e teorias da comunicação. Tivemos coisas preciosas e desconcertante”, afirmou dom Joaquim.
E completou “reunimos jornalistas, relações públicas, publicitários, bispos, padres, religiosos, agentes da Pascom e fizemos uma experiencia comunicacional”, disse. Ele espera que “o Muticom e seu espírito chegue a Londrina e a todas as dioceses do país”.
Para o bispo não é possível fazer evangelização sem comunicação. “A comunicação e a riqueza do mundo da comunicação são indispensáveis à evangelização. É fundamental que a evangelização se abra à comunicação, por isso os comunicadores têm um papel muito importante para Igreja.”
Dom Joaquim deixou um recado de incentivo para todos os comunicadores que enfrentam dificuldades em atuar em suas paróquias e dioceses, em função da resistência do clero. “Tem muita gente do clero que não tem abertura e entendimento das grandes exigências que temos hoje no campo da evangelização da sociedade contemporânea, então fica uma pessoa que entende pouco de comunicação, segurando a atuação de quem entende muito e gostaria de evangelizar”, falou o bispo.
Ele lembra que o Papa Francisco e o documento de Aparecida dizem que precisa haver uma conversão pastoral, inclusive para entender que nenhum segmento isolado da Igreja é Igreja. Que leigo sem ministro ordenado não é Igreja, ministro ordenado sem leigo não é Igreja.
“A Igreja é a comunidade dos discípulos de Jesus e no meio dos discípulos cada um exercendo seu ministério, por tanto ninguém manda na comunidade. Ela não é propriedade de nenhuma pessoa. A comunidade de fé é dos seguidores de Jesus. Por isso digo para vocês da Pastoral da Comunicação, insistam, nem tanto para convencer algum membro da hierarquia da Igreja que não entende isso, mas insistam em continuar fazendo da comunicação um excelente instrumento de evangelização”, concluiu.
O Muticom 2019 encerrou com uma celebração de Ação de Graças no Santuário-Basílica Pai Eterno, em Trindade, cidade próxima de Goiânia.
Evento promovido pela PASCOM da arquidiocese é voltado para todos os interessados na área
Com o alcance das mídias sociais, hoje todo mundo busca comunicar. Tudo é muito instantâneo e fugaz, despertando e perdendo interesse num toque de tela. A veracidade das notícias e fontes é um fator preocupante dentro e fora da Igreja, já que falsos boatos se espalham com rapidez e ganham tom de verdade… Para tratar deste e de outros temas é que PASCOM (Pastoral da Comunicação) da Arquidiocese de Londrina promove o 2ᵒ Mutirão de Comunicação (MUTICOM Arquidiocesano), que será realizado no próximo dia 1ᵒ de julho, das 8h às 17h, no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor (Rua Dom Bosco, 145).
O encontro abordará o tema “A verdade vos libertará” (Jo 8, 32), e trará pela manhã a palestra: Fake News e Jornalismo de Paz, com João Eduardo, da Personalité Comunicação, de Curitiba. A segunda palestra será sobre o Doc. 99 da CNBB, Diretório de Comunicação da Igreja do Brasil, ministrada por Patrícia Caldana e Anderson Queiroz, coordenadora arquidiocesana e coordenador provincial da PASCOM.
Patrícia Caldana destaca que as tecnologias digitais estão a nosso favor e, por isso, a Igreja tem de se adequar. Nossa missão é orientar. “Nosso objetivo é formar e preparar com qualidade para que os que atuam com comunicação e evangelização nas paróquias o façam com propriedade e baseados, sobretudo, na verdade do Evangelho”, explica.
O domingo à tarde é destinado a oficinas práticas em comunicação. Haverá workshops simultâneos sobre produção de conteúdo escrito, transmissão ao vivo pelas redes sociais (como transmitir com qualidade, noção de equipamento e custo por parte das paróquias), fotografia e evangelização pelo celular, e mídias sociais.
O MUTICOM Londrina é aberto ao público em geral que se interessa pelo assunto, além de agentes de comunicação, estudantes e profissionais da área. O valor do investimento, a ser pago no local no dia do evento, é de R$ 25,00, já incluso café e almoço.
Entre os dias 18 a 20 de agosto de 2017, na cidade de Joinville (SC), no Complexo Expoville, a Pastoral da Comunicação (PASCOM) da Arquidiocese de Londrina participou do 11º Muticom (Mutirão Brasileiro de Comunicação) com o tema: educar para a comunicação.
O presente evento teve como objetivo ajudar na compreensão da comunicação como instrumento de comunhão e progresso humano, assim como auxiliar e promotora da leitura de conteúdos disponibilizados pelas diversas mídias. Esse evento contribuiu para à assistência do uso das novas tecnologias e também na formação do senso crítico para evitar a manipulação e auxiliar na compreensão do verdadeiro potencial da comunicação e de cada meio de comunicação religioso.
Foi promovido e organizado pela CNBB (Sul 4) e pela Diocese de Joinville. Participaram do evento o assessor eclesiástico, Diácono Dirceu Júnior dos Reis, o Coordenador Arquidiocesano, Seminarista Caio Matheus Caldeira da Silva e, o Secretário, Tiago Queiroz, ambos da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana. O 11º Muticom contou com presenças marcantes entre seus palestrantes, entre eles: Monsenhor Dario Viganó, Prefeito da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, que fez a palestra de abertura com o tema: “A comunicação na Igreja na perspectiva do Papa Francisco”; Ricardo Von Dorff, Jornalista da TV Globo (Programa Globo Repórter Brasil), que participou de coberturas como a do Furacão Catrina (2004), e a tragédia dos deslizamentos no Vale do Itajaí (2008), abordou em sua palestra sua experiência como jornalista; Irmã Helena Corazza, jornalista, doutora em Ciências da Comunicação pela USP, que abordou o tema: “Educomunicação: a formação pastoral na cultura digital” entre outros palestrantes como Dom Darci Nicioli, C.Ss.R (Bispo Referencial para a Comunicação) e Dom Francisco Carlos Bach (Bispo Diocesano de Joinville).
Durante o evento os participantes também tiveram a oportunidade de participarem de oficinas para o aprimoramento comunicacional, como: oratória, assessoria de imprensa, leitura crítica dos meios de comunicação, media training, programação informativa no rádio, comunicação católica, fotografia: imagem que evangeliza, as novas mídias e a evangelização, informativo diocesano, uso de aplicativos na evangelização entre outros. O 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação foi uma oportunidade para o crescimento e aprimoramento da comunicação católica no Brasil por meio da formação e atualização dos mais variados agentes que realizam a evangelizam pelos meios de comunicação católicos.
Seminarista Caio Matheus Caldeira da Silva Coordenador da PASCOM Arquidiocesana
“Comunicação e evangelização – a arte de comunicar a palavra”. Esse foi o tema do II Mutirão Paranaense de Comunicação (Muticom) realizado no último final de semana, dias 7, 8 e 9 de julho, na FAE Colégio Bom Jesus, na capital paranaense.
Nesta edição o Muticom Paranaense foi organizado pela Pascom da Arquidiocese de Curitiba. Mais de 400 pessoas, entre comunicadores profissionais, agentes de pastoral, religiosos, sacerdotes participaram de palestras e oficinas.
Articular, motivar e intensificar a comunicação entre as pastorais da Igreja e comunidades paroquiais, considerando os processos e meios de comunicação, além das novas tecnologias, foram alguns dos objetivos do encontro. Entre os palestrantes estiveram Daniel Godri Jr., professor Jair Passos, Frei Rogério Soares e padre Joãozinho.
Para o bispo referencial para a Pastoral da Comunicação da CNBB – Regional Sul 2, o Bispo da Diocese de Guarapuava, dom Antônio Wagner da Silva, o evento serviu para fortalecer ainda mais a Pascom no âmbito Regional.
O próximo Muticom Paranaense, vai ocorrer no ano de 2020, o que segundo o coordenador regional Jorge Teles, foi decidido entre as coordenações diocesanas da Pascom. “Percebemos que será mais produtivo encontros em anos pares, para não coincidir com os mutirões brasileiros de comunicação.
Teles disse que a Pascom do Paraná agora se articula para participar do 10º Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Joinville (SC), no mês de agosto.
Ouça a reportagem da Jornalista Céci Maciel.
Foto destaque: Participantes da Arquidiocese de Londrina, Beatriz Araújo, Eli Araújo, Willian Goiris, Gabriela Azevedo e Luiz Vianna.