Missa no Santuário Nossa Senhora Aparecida de Londrina reuniu legionários da arquidiocese, “um exército em ordem de batalha”
No dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, a Legião de Maria da Arquidiocese de Londrina celebrou os 102 anos da fundação do movimento no mundo. A Santa Missa de Ação de Graças foi presidida pelo padre Evandro Delfino, assessor eclesiástico, no Santuário Nossa Senhora Aparecida de Londrina. Um dia em que os legionários também rezam pela beatificação do seu fundador, Frank Duff.
Na homilia, padre Evandro agradeceu a Deus pela caminhada da Legião de Maria. “Nós queremos bendizer ao nosso Deus, que tem conduzido essa história, pela intercessão de Maria Santíssima, Mãe de Deus e da Igreja, e tem cuidado de nós para que sejamos fiéis. E os frutos vem surgindo, graças à dedicação daqueles primeiros que chegaram e daqueles que continuam essa grande obra.”
Refletindo o Evangelho da pesca milagrosa, o padre destacou dois pontos importantes para a Legião de Maria e para toda comunidade: a confiança na Palavra do Senhor e o avançar para águas mais profundas.
Cada legionário é chamado a “lançar as redes” a partir da confiança na Palavra do Senhor. Como Simão Pedro no Evangelho, que trabalhara a noite toda sem nada pescar. Mas, em atenção à Palavra de Jesus, lança as redes novamente. “Ele [Pedro] viu que humanamente não era possível, mas o que chama a atenção é que ele diz: ‘em atenção à tua Palavra’. É essa confiança na Palavra do Senhor que faz com que Pedro e os discípulos lancem as redes, confiando na promessa d’Aquele que nunca falha”, explicou o padre.
Avancem para águas mais profundas. Esta é a mensagem para todos aqueles que são chamados a encarar desafios. “Se o desafio existe, então são águas mais profundas as quais eu devo avançar”, afirmou padre Evandro. “O bom legionário não se acomoda, ele entende muito bem o que nosso fundador, [Frank Duff], pelo qual rezamos na intenção de sua beatificação, aquela inspiração que teve da Legião Romana, recordando a figura de um exército, um exército em ordem de batalha”, explicou.
Um bom soldado, destaca padre Evandro, permanece firme na batalha, sacrificando-se e enfrentando condições desfavoráveis. Para um exército como a Legião Romana, que inspira o movimento, os sacrifícios são por um ideal humano. Para a Legião de Maria, por um ideal divino, inspirado pelo Espírito Santo. “E assim sendo, nós queremos sempre avançar, nunca nos acomodar. Ainda que enfrentemos dificuldades.”
O assessor lembrou das dificuldades enfrentadas pelo movimento desde que foi fundado: guerras, perseguições, dificuldades de evangelização. “Mas, mesmo assim, lá estavam os legionários. É preciso que isso sirva para nós como uma grande motivação. Vamos avançar para águas mais profundas e lançar as redes! Que Maria Santíssima interceda por nós, para que sejamos fiéis e atentos à Palavra de Deus e, perseverantes, digamos sempre sim ao nosso Deus”, concluiu padre Evandro.
Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana
Fotos: Sandra Patrícia Belussi