O arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu, neste dia 22 de fevereiro, a Santa Missa de Quarta-feira de cinzas e abertura da Campanha da Fraternidade 2023, na Catedral de Londrina. A Santa Missa, com a Catedral lotada, foi concelebrada pelos  padres Rafael Solano, cura da Catedral; Paulo Rorato, reitor do Seminário São Paulo VI; padre Elizeu Bonfim de Souza, vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, km 9; padre Humberto Lisboa Nonato Gema, administrador da Casa Sacerdotal São João Maria Vianney; padre Renato Pelisson, assessor do Serviço de Animação Vocacional (SAV) e vigário da Paróquia Santa Terezinha de Sertanópolis; e padre Valdomiro Rodrigues da Silva, diretor espiritual para os seminários.

A Quarta-feira de cinzas é a porta de entrada da Quaresma rumo à ressurreição de Jesus, explicou o arcebispo em sua homilia. “Ela só tem sentido porque começamos como que uma caminhada em escalada para, junto com Jesus, fazermos a caminhada da dor, do sofrimento, do jejum, da esmola, da oração, e podermos assim viver com intensidade o grande mistério da ressurreição de Nosso Senhor”, destacou dom Geremias.

Ao receber as cinzas, os fiéis expressam com humildade e sinceridade de coração que desejam se converter e crer de verdade no Evangelho, continuou o arcebispo. “As cinzas simbolizam o nosso nada diante do Senhor, fomos criados do pó da terra e ao pó voltaremos. Essa sempre é a grande expressão para entendermos o que nós, na nossa humildade, na nossa simplicidade, somos diante de Deus.”

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Terumi Sakai

Sexta-feira, 24/2/2023

No terceiro vídeo da série sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala do problema da fome, uma vergonha que afronta direta e imediatamente todos os princípios da Doutrina Social da Igreja (DSI), principalmente aquele que diz respeito à destinação universal dos bens, segundo o qual o mundo criado é uma propriedade de Deus, e não do homem.

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Foto: Ernani Roberto
Banco de imagens: Envato

Quinta-feira, 23/2/2023

No segundo vídeo da série sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala da Quaresma como o tempo favorável para a conversão pessoal, comunitário-eclesial e social.

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Foto: Terumi Sakai

A proposta da Igreja, no Ano Litúrgico, é de uma boa e edificante vivência da Quaresma. Ela tem características próprias e propõe a intensificação da prática do jejum, da esmola e da oração como meios de identificação e solidariedade para com as pessoas que sofrem na carne os sofrimentos de Jesus no alto da cruz. Tudo em vista de um aprofundamento da fé e da vivência do Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim como nós vamos aprofundando a fé, as expressões  “Jejum, Esmola e Oração” vão mudando a sua incidência sobre a nossa vida.

A Campanha da Fraternidade é uma consistente expressão de comunhão, conversão e partilha da Igreja no Brasil. Tem alguns objetivos que são permanentes: 1. Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; 2. Educar para a vida em fraternidade; 3. Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária. Sendo que já um trabalho permanente no Brasil, a Campanha da Fraternidade de 2023 traz um tema bastante atual, real e polêmico. O grande tema é a Fraternidade e a Fome. É a terceira vez que ele entra na reflexão da Campanha da Fraternidade. “A primeira vez foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema ‘Repartir o pão’, no clima do Ano Eucarístico que precedeu o Congresso Eucarístico Nacional de Manaus. Com os mesmos tema e lema, desejava intensificar a vivência da Eucaristia em nosso povo” (Texto Base, 17).

Na década de 1980, com outras características da mesma problemática, a CF de 1985, em preparação ao Congresso Eucarístico de Aparecida, tratou o tema “Pão para quem tem fome”. Agora, em 2023, “logo depois do Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Recife, de 11 a 15 de Novembro de 2022, sob o tema “Pão em todas as mesas”, a Igreja no Brasil enfrenta pela terceira vez o flagelo da fome, com um lema que é uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) (pg. 17).

O Objetivo Geral se apresenta com características de convite à missão: “SENSIBILIZAR a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs por meio de compromissos que transformem a realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo”. A metodologia da Campanha da Fraternidade sempre apresenta objetivos mais específicos que mostram a necessidade de uma abordagem ampla do tema: compreender a realidade da fome à luz da fé em Jesus Cristo; desvelar as causas estruturais da fome; indicar contradições de uma economia que mata pela fome, etc. Mas há outros verbos provocativos: investir, estimular, reconhecer, mobilizar, etc.

O texto bíblico que é colocado como base para a reflexão de Mateus 14,13-21. É o primeiro relato no Evangelho de Mateus do episódio conhecido como multiplicação dos pães e localiza-se praticamente na metade do Evangelho. “Isto indica que Jesus já realizara muita coisa, o seu ministério já estava adiantado e, mesmo que não compreendessem totalmente e nem aceitassem completamente o que ele propunha, a sua mensagem se popularizava cada vez mais e as populações o seguiam” (Texto Base,19). Queriam compreender mais profundamente a sua Palavra. O texto aponta para a partilha, a generosidade e para a organização da própria sociedade em vista da superação  do flagelo da fome e de outros flagelos que persistem entre nós. Trata-se de uma verdadeira Quaresma social.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

A Arquidiocese de Londrina lançou, nesta Quarta-feira de Cinzas, 22 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade 2023, que tem como tema: “Fraternidade e Fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Logo cedo, em entrevista coletiva, o arcebispo dom Geremias Steinmetz, o padre Rafael Solano, vigário geral da arquidiocese, o padre Alexandre Alves Filhos, coordenador da Ação Evangelizadora e o padre Dirceu Fumagalli, coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra, apresentaram a campanha à imprensa. Às 11h, dom Geremias presidiu a Santa Missa de abertura da CF na Catedral de Londrina.


A Campanha da Fraternidade (CF) é realizada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o objetivo de levar os cristãos à reflexão e ao compromisso concreto com a sociedade em vista do bem comum. Neste ano visa a conscientização e o combate à fome, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja. “O objetivo da campanha nos convida para a missão que começa com a palavra sensibilizar: sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs”, explicou dom Geremias.

Dom Geremias Steinmetz fala sobre a Campanha da Fraternidade 2023 (Foto Terumi Sakai)


O arcebispo destaca que refletindo pequenas coisas se chega a grandes problemas estruturais. “Nós temos problemas estruturais que fazem com que o Brasil volte ao mapa da fome. São problemas na área do trabalho, da educação, do aproveitamento dos alimentos daquilo que é produzido, é incrível como o Brasil continua sendo um país que joga muita coisa fora”, fala.


Atenta a isso, a Igreja realiza muitas ações no combate à fome, que pretendem ser intensificadas a partir desta quaresma. “As nossas paróquias já tem uma concretude bastante grande, temos muitos trabalhos de pessoas que se dedicam a combater a fome, a levar comida, dar comida, e até mesmo procurando a organização para que com o pouco que se tem possa continuar ajudando.”


No plano individual, o arcebispo fala que as práticas quaresmais (esmola, jejum e oração) têm uma ligação forte com a Campanha da Fraternidade. “O jejum tem que nos levar a uma solidariedade, a compreender mais profundamente a situação pela qual passam muitas pessoas. A esmola é também perceber, nós que estamos bem, que temos saúde, temos nosso salário, podemos ajudar outras pessoas, têm tantas organizações que precisam da nossa ajuda financeira, da nossa presença, do nosso voluntariado. E a oração, para que sempre tenhamos essa globalidade da nossa vida, que nós somos seres humanos, que aqui estamos, mas nossa vocação é para a eternidade, nossa vocação é para junto de Deus, a oração faz esse diálogo, especialmente a oração que se baseia muito na Palavra de Deus, a leitura orante da Sagrada Escritura, faz com que a gente olhe para a realidade do mundo, a realidade das pessoas com mais concretude e possa também se comprometer com essas realidades de transformação”, finaliza.


Padre Dirceu Fumagalli lembra que a Campanha da Fraternidade busca uma conversão das estruturas que levam ao pecado. Apesar de Londrina ser uma cidade rica, destaca o padre, parcela considerável da população convive com a insegurança alimentar, nos graus leve, moderado e grave. “O que gera isso? A Campanha da Fraternidade vai dizer: ‘nós temos situações estruturais que geram situação de fome, ou até de insegurança alimentar, as pessoas podem até comer, mas não sabem quando e como vão comer, essa é a realidade que nós temos também na cidade de Londrina”, pontua.

Padre Dirceu Fumagalli lembra que a Campanha da Fraternidade busca uma conversão das estruturas que levam ao pecado. (Foto Terumi Sakai)


Dai-lhes vós mesmos de comer

Padre Rafael Solano fala que a espiritualidade da Campanha da Fraternidade deste ano passa pela sensibilidade. “Jesus tornou-se sensível diante da fome daquela multidão… As multidões souberam que Jesus estava lá e começou a juntar tanta gente, ao ponto que chegou a tarde os discípulos vêm lhe dizer: ‘Mestre, despede as pessoas’, e Jesus: ‘como assim despedi-las, por quê? Por que temos que nos afastar das pessoas se elas estão aqui?’” E Jesus lhes convida: “Dai-lhes vós mesmos de comer”, aí os discípulos se sentem verdadeiramente tocados.


É essa a ação de um batizado, destaca o padre: ser luz no mundo, não virar as costas para a realidade do irmão que sofre. “Quando fomos batizados recebemos uma luz e na oração de receber a luz, somos enviados a ser luz nesses ambientes de sombra, a fome é uma grande sombra, a fome é uma grande dor. Então como Igreja de Londrina, cada paróquia vai construir seus processos pastorais, mas cada comunidade quer chegar a esse momento forte que é o 2 de abril que toda comunidade vai se reunir na coleta para a Campanha da Fraternidade.”

“Ser luz no mundo, não virar as costas para a realidade do irmão que sofre” – Padre Rafael Solano (Foto: Terumi Sakai)

A Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, acontece em todas as comunidades do Brasil, no Domingo de Ramos. Em 2023, a Coleta será realizada no dia 2 de abril. Do total arrecadado, as dioceses enviam 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), gerido pela CNBB, ação responsável pelo atendimento a projetos sociais em todo território brasileiro. A outra parte, 60%, permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS).

Ações

Padre Alexandre aponta o desperdício como um pecado que agrava a situação da fome e sugere uma ação a mais para o jejum quaresmal. “Esse dinheiro que eu vou deixar de gastar tem que ir para o pobre.

Padre Alexandre fala sobre as ações propostas pela Campanha da Fraternidade 2023 (Foto Terumi Sakai)

Em Isaías diz que o jejum que agrada a Deus é aquele que vai para os pobres”, explica. Também no plano pessoal, o padre sugere analisar, dentro das possibilidades de cada um, fazer algumas economias, racionar algumas coisas, não esbanjar tanto, abster-se de alguns alimentos durante o tempo da Quaresma, e reverter o dinheiro em prol daqueles que passam fome”, finaliza.

Juliana Mastelini Moyses
PASCOM Arquidiocesana

Fotos Terumi Sakai

Quarta-feira de Cinzas, 22/2/2023

No primeiro vídeo da série sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala sobre a Quarta-feira de cinzas e o início da Quaresma. “A quaresma é esse tempo oportuno de voltarmos para Deus”, exorta dom Geremias, que explica o significado das cinzas e as três atitudes apontadas por Mateus no Evangelho para a caminhada quaresmal.
Também na Quarta-feira de cinzas, a Igreja do Brasil dá início à Campanha da Fraternidade. Por isso a partir de amanhã iniciaremos uma caminhada formativa com esta temática, conduzida por um padre da nossa arquidiocese. “Vamos juntos fazer nossa caminhada quaresmal em direção a Jesus.”

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Fotos: Terumi Sakai

Lideranças paroquiais da Arquidiocese de Londrina se reuniram neste sábado, 4 de fevereiro, para uma formação sobre a Campanha da Fraternidade 2023: que tem como tema Fraternidade e Fome. A formação no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor foi assessorada pelo padre Valdecir Badzinski, secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB.

A Campanha da Fraternidade é celebrada todos os anos pela Igreja no Brasil no período da Quaresma, que inicia na Quarta-feira de Cinzas e vai até a Sexta-feira Santa. É um convite, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, buscar a conversão quaresmal de modo pessoal, comunitário e social.

Dom Geremias, padre Valdecir e padre Alexandre (Foto: José Aparecido do Nascimento)

Neste ano, pela terceira vez o tema da fome volta ao centro das reflexões da Campanha da Fraternidade, uma realidade que infelizmente está bem próxima de nós.

Retirado da passagem da multiplicação dos pães do Evangelho de Mateus, o lema da campanha: “Dai-lhes vós mesmo de comer” é um chamado de Jesus a seus discípulos para não cruzarem os braços diante de uma multidão faminta, mas agir.

Na segunda parte da formação, o assessor procurou instigar os participantes a pensarem ações concretas que reduzam os efeitos da fome em âmbito pessoal, comunitário e social.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Assista a matéria:

Fotos: Guto Honjo e José Aparecido do Nascimento | PASCOM