Terça-feira, 28/2/2023

Hoje, padre Rafael Solano, vigário geral da arquidiocese, vai na fonte da Palavra de Deus para aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). O ponto central deste Evangelho, destaca o padre, é a compaixão: “eu e você precisamos nos sentir tocados pela compaixão”.

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens/Foto: Tiago Queiroz

Segunda-feira, 27/2/2023

Seguindo a série de vídeos sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala sobre as campanhas da fraternidade que abordaram o tema da fome ao longo dos anos. São três: 1975, “Fraternidade é repartir”; 1985, “Pão para quem tem fome”; e 2023, “Dai-lhes vós mesmos de comer”.

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Fotos: Terumi Sakai

O arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu, neste dia 22 de fevereiro, a Santa Missa de Quarta-feira de cinzas e abertura da Campanha da Fraternidade 2023, na Catedral de Londrina. A Santa Missa, com a Catedral lotada, foi concelebrada pelos  padres Rafael Solano, cura da Catedral; Paulo Rorato, reitor do Seminário São Paulo VI; padre Elizeu Bonfim de Souza, vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, km 9; padre Humberto Lisboa Nonato Gema, administrador da Casa Sacerdotal São João Maria Vianney; padre Renato Pelisson, assessor do Serviço de Animação Vocacional (SAV) e vigário da Paróquia Santa Terezinha de Sertanópolis; e padre Valdomiro Rodrigues da Silva, diretor espiritual para os seminários.

A Quarta-feira de cinzas é a porta de entrada da Quaresma rumo à ressurreição de Jesus, explicou o arcebispo em sua homilia. “Ela só tem sentido porque começamos como que uma caminhada em escalada para, junto com Jesus, fazermos a caminhada da dor, do sofrimento, do jejum, da esmola, da oração, e podermos assim viver com intensidade o grande mistério da ressurreição de Nosso Senhor”, destacou dom Geremias.

Ao receber as cinzas, os fiéis expressam com humildade e sinceridade de coração que desejam se converter e crer de verdade no Evangelho, continuou o arcebispo. “As cinzas simbolizam o nosso nada diante do Senhor, fomos criados do pó da terra e ao pó voltaremos. Essa sempre é a grande expressão para entendermos o que nós, na nossa humildade, na nossa simplicidade, somos diante de Deus.”

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Terumi Sakai

Sexta-feira, 24/2/2023

No terceiro vídeo da série sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala do problema da fome, uma vergonha que afronta direta e imediatamente todos os princípios da Doutrina Social da Igreja (DSI), principalmente aquele que diz respeito à destinação universal dos bens, segundo o qual o mundo criado é uma propriedade de Deus, e não do homem.

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Foto: Ernani Roberto
Banco de imagens: Envato

Quinta-feira, 23/2/2023

No segundo vídeo da série sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala da Quaresma como o tempo favorável para a conversão pessoal, comunitário-eclesial e social.

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Foto: Terumi Sakai

A proposta da Igreja, no Ano Litúrgico, é de uma boa e edificante vivência da Quaresma. Ela tem características próprias e propõe a intensificação da prática do jejum, da esmola e da oração como meios de identificação e solidariedade para com as pessoas que sofrem na carne os sofrimentos de Jesus no alto da cruz. Tudo em vista de um aprofundamento da fé e da vivência do Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim como nós vamos aprofundando a fé, as expressões  “Jejum, Esmola e Oração” vão mudando a sua incidência sobre a nossa vida.

A Campanha da Fraternidade é uma consistente expressão de comunhão, conversão e partilha da Igreja no Brasil. Tem alguns objetivos que são permanentes: 1. Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; 2. Educar para a vida em fraternidade; 3. Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária. Sendo que já um trabalho permanente no Brasil, a Campanha da Fraternidade de 2023 traz um tema bastante atual, real e polêmico. O grande tema é a Fraternidade e a Fome. É a terceira vez que ele entra na reflexão da Campanha da Fraternidade. “A primeira vez foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema ‘Repartir o pão’, no clima do Ano Eucarístico que precedeu o Congresso Eucarístico Nacional de Manaus. Com os mesmos tema e lema, desejava intensificar a vivência da Eucaristia em nosso povo” (Texto Base, 17).

Na década de 1980, com outras características da mesma problemática, a CF de 1985, em preparação ao Congresso Eucarístico de Aparecida, tratou o tema “Pão para quem tem fome”. Agora, em 2023, “logo depois do Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Recife, de 11 a 15 de Novembro de 2022, sob o tema “Pão em todas as mesas”, a Igreja no Brasil enfrenta pela terceira vez o flagelo da fome, com um lema que é uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) (pg. 17).

O Objetivo Geral se apresenta com características de convite à missão: “SENSIBILIZAR a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs por meio de compromissos que transformem a realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo”. A metodologia da Campanha da Fraternidade sempre apresenta objetivos mais específicos que mostram a necessidade de uma abordagem ampla do tema: compreender a realidade da fome à luz da fé em Jesus Cristo; desvelar as causas estruturais da fome; indicar contradições de uma economia que mata pela fome, etc. Mas há outros verbos provocativos: investir, estimular, reconhecer, mobilizar, etc.

O texto bíblico que é colocado como base para a reflexão de Mateus 14,13-21. É o primeiro relato no Evangelho de Mateus do episódio conhecido como multiplicação dos pães e localiza-se praticamente na metade do Evangelho. “Isto indica que Jesus já realizara muita coisa, o seu ministério já estava adiantado e, mesmo que não compreendessem totalmente e nem aceitassem completamente o que ele propunha, a sua mensagem se popularizava cada vez mais e as populações o seguiam” (Texto Base,19). Queriam compreender mais profundamente a sua Palavra. O texto aponta para a partilha, a generosidade e para a organização da própria sociedade em vista da superação  do flagelo da fome e de outros flagelos que persistem entre nós. Trata-se de uma verdadeira Quaresma social.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

Quarta-feira de Cinzas, 22/2/2023

No primeiro vídeo da série sobre a Campanha da Fraternidade 2023: “Fraternidade e Fome”, o arcebispo dom Geremias Steinmetz fala sobre a Quarta-feira de cinzas e o início da Quaresma. “A quaresma é esse tempo oportuno de voltarmos para Deus”, exorta dom Geremias, que explica o significado das cinzas e as três atitudes apontadas por Mateus no Evangelho para a caminhada quaresmal.
Também na Quarta-feira de cinzas, a Igreja do Brasil dá início à Campanha da Fraternidade. Por isso a partir de amanhã iniciaremos uma caminhada formativa com esta temática, conduzida por um padre da nossa arquidiocese. “Vamos juntos fazer nossa caminhada quaresmal em direção a Jesus.”

Realização: Pascom Arquidiocesana
Direção: Pe. Dirceu Júnior dos Reis
Produção: Juliana Mastelini Moyses
Edição/Imagens: Tiago Queiroz
Fotos: Terumi Sakai

Lideranças paroquiais da Arquidiocese de Londrina se reuniram neste sábado, 4 de fevereiro, para uma formação sobre a Campanha da Fraternidade 2023: que tem como tema Fraternidade e Fome. A formação no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor foi assessorada pelo padre Valdecir Badzinski, secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB.

A Campanha da Fraternidade é celebrada todos os anos pela Igreja no Brasil no período da Quaresma, que inicia na Quarta-feira de Cinzas e vai até a Sexta-feira Santa. É um convite, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, buscar a conversão quaresmal de modo pessoal, comunitário e social.

Dom Geremias, padre Valdecir e padre Alexandre (Foto: José Aparecido do Nascimento)

Neste ano, pela terceira vez o tema da fome volta ao centro das reflexões da Campanha da Fraternidade, uma realidade que infelizmente está bem próxima de nós.

Retirado da passagem da multiplicação dos pães do Evangelho de Mateus, o lema da campanha: “Dai-lhes vós mesmo de comer” é um chamado de Jesus a seus discípulos para não cruzarem os braços diante de uma multidão faminta, mas agir.

Na segunda parte da formação, o assessor procurou instigar os participantes a pensarem ações concretas que reduzam os efeitos da fome em âmbito pessoal, comunitário e social.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Assista a matéria:

Fotos: Guto Honjo e José Aparecido do Nascimento | PASCOM

Na mensagem para o 55º Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco propôs o que considera instrumentos eficazes para a construção de uma paz duradoura: o diálogo entre gerações, Educação e Trabalho. Afirma que “nos últimos anos, diminuiu sensivelmente a nível mundial o orçamento para a instrução e a educação, vistas mais como despesas do que como investimentos; e, todavia, constituem os vetores primários dum desenvolvimento humano integral: tornam a pessoa mais livre e responsável, sendo indispensáveis para a defesa e promoção da paz”. Por outras palavras, instrução e educação são os alicerces duma sociedade coesa, civil, capaz de gerar esperança, riqueza e progresso. Cita ainda a “promoção de uma cultura do cuidado”.

Mesmo que a publicação do Texto Base da Campanha da Fraternidade 2022 tenha sido planejada a mais tempo, trata igualmente da Fraternidade e Educação, trazendo como Lema “fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26). O objetivo geral da CF – 2022 é: “Promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”. Há vários objetivos específicos. Os principais são: Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia; Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do Reino de Deus; Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino, etc.

O primeiro ponto do Texto Base analisa o texto de São João da Mulher Adúltera levada a Jesus (Jo 8,1-11). É um episódio da vida de Jesus que manifesta o amor e a sabedoria do divino Mestre. Diz que “à luz da Palavra de Deus, a Campanha da Fraternidade quer nos ajudar a compreender duas lições sobre o ato de educar: a primeira diz respeito ao valor da pessoa como princípio da educação. A segunda se refere ao ato de correção que é conduzir ao caminho reto. Não é repressão, mas é orientar a pessoa no caminho de uma vida transformada, verdadeiramente convertida à luz da verdade…” (n.25).

Outro ponto trata do “Escutar”. A escuta é fundamental, é mais que ouvir. É uma condição para as nossas relações, para a compreensão do que se passa, para o diagnóstico dos caminhos que devemos tomar. Escutar é uma condição para podermos falar com sabedoria e ensinar com amor. Jesus nos demonstrou em toda a sua pedagogia que é o ponto de partida para acolher, compreender, problematizar e transformar a realidade (cf. n. 27). Reflete sobre a questão da pandemia da COVID-19; a cultura do encontro, a formação humana e o papel da educação, educação formal, educação básica, educação católica, etc.

Ouvida a realidade da educação é hora de discernir a partir da Palavra de Deus e da Palavra da Igreja. Observa a vida de Jesus, sua pedagogia e seus ensinamentos e como se interpretou tais realidades em vista da pastoral e da educação das pessoas. Trata também do horizonte próprio da educação cristã: educação integral, a vida em família como processo educativo, educação para todos, educação para a fé, para o diálogo, para o belo, o bom e o verdadeiro. Por fim, trata do agir. Escutar e discernir conduz para o agir. As propostas giram em torno de um projeto de vida como fonte para uma nova sociedade; o Pacto Educativo Global, educar para um novo humanismo e a educação vista como iniciação de processos. Por fim, a realidade da educação nos interpela e exige profunda conversão de todos. Verdadeira mudança de mentalidade, reorientação da vida, revisão das atitudes e busca de um caminho que promova o desenvolvimento pessoal integral, a formação para a vida fraterna e para a cidadania. Que esta Quaresma e a CF 2022 nos conduzam a uma mudança muito realista.

Dom Geremias Steinmetz

Arcebispo de Londrina