Mensagem do 3º Objetivo das Santas Missões Populares para o Dia Mundial do Meio Ambiente
“Meu Ambiente: Casa comum, nossa responsabilidade”
No dia 05 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, que podemos dizer: “não Meio, mas Meu Ambiente e Nosso Ambiente”, ou seja, a nossa “Casa Comum”. Este dia começou a ser comemorado no ano 1972, com o objetivo de promover atividades de conscientização, proteção e preservação do meio ambiente e alertar o público mundial para os perigos de sermos indiferentes à tarefa de cuidar do planeta como um todo.
Em Estocolmo, capital e maior cidade da Suécia, no dia 5 de junho de 1972, teve início à primeira das Conferências das Nações Unidas sobre o ambiente humano e por esse motivo foi à data escolhida como Dia Mundial do Meio Ambiente.
Falar em Meio Ambiente, ou nosso Ambiente, significa falar em uma Casa Comum, que tem lugar para todos e todas, e daí podemos pensar nas pessoas, na natureza, nos animais, em todos os seres vivos. O meio ambiente engloba todas as cosias vivas e não vivas existentes na Terra, ou ainda em determinada região dela, que vem afetar ecossistemas e a vidas dos seres humanos. O meio ambiente é o conjunto de leis, condições, influencias e da infraestrutura física, biológica e química que rege, abriga e permite a vida em todas as formas possíveis. Por isso, que já em 1967, Paulo VI, na Populorum progressio, falando do progresso dos povos, coloca um dos princípios que ainda hoje podem nortear as atitudes humanas diante do meio ambiente. Diz ele: “Herdeiros das gerações passadas e beneficiários do trabalho dos nossos contemporâneos, temos obrigações para com todos, e não podemos desinteressar-nos dos que virão depois de nós” (n. 17).
A Igreja tem acompanhado a questão ecológica com assiduidade principalmente a partir da década de 1970. Pode-se destacar aqui alguns trechos da mensagem do papa Paulo VI ao Secretário Geral da Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972: “Hoje, de fato, há maior consciência de que o homem e o ambiente em que ele vive são mais do que nunca inseparáveis”. Insiste o Papa na necessidade de respeitar os limites da regeneração da natureza: O homem deve “respeitar as leis que regulam o impulso vital e a capacidade de regeneração da natureza; ambos, portanto, são solidários e compartilham um futuro temporal comum”. Dependendo do modo como agirmos com a natureza, serão “os fatores de interdependência, para o melhor ou para o pior, para a esperança de salvação ou para o risco do desastre”.
O Meio Ambiente também, foi uma preocupação do Papa João Paulo II, como nos recorda o Papa Francisco na Laudato Si: “São João Paulo II debruçou-se, com interesse sempre maior, sobre este tema. Na sua primeira encíclica, advertiu que o ser humano parece não dar-se conta de outros significados do seu ambiente natural, para além daqueles que servem somente para os fins de um uso ou consumo imediatos. Mais tarde, convidou a uma conversão ecológica global. Entretanto fazia notar o pouco empenho que se põe em salvaguardar as condições morais de uma autêntica ecologia humana. A destruição do ambiente humano é um facto muito grave, porque, por um lado, Deus confiou o mundo ao ser humano e, por outro, a própria vida humana é um dom que deve ser protegido de várias formas de degradação. Toda a pretensão de cuidar e melhorar o mundo requer mudanças profundas nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder, que hoje regem as sociedades. O progresso humano autêntico possui um carácter moral e pressupõe o pleno respeito pela pessoa humana, mas deve prestar atenção também ao mundo natural e ter em conta a natureza de cada ser e as ligações mútuas entre todos, num sistema ordenado (Laudato Si. nº 05)”.
A vida em geral, dom de Deus, só é possível em um ambiente saudável, rico em recursos naturais, como a água e livre de poluição. Atualmente, vemos uma grande depredação de nosso meio ambiente, uma diminuição de recursos hídricos e um ar cada vez mais impuro e poluído.Esses fatores não prejudicam apenas a nossa geração, mas especialmente as gerações futuras, que irão sofrer as consequências de nossos atos presentes. É por isso que o Mundial foi criado, visando reeducar o cidadão, as indústrias e o Estado, para que cada um, fazendo sua parte, possa preservar nosso meio ambiente. E com este mesmo intuito, a Arquidiocese de Londrina movida pelas Santas Missões Populares, instituiu o 3º Objetivo, o Sócio Ecológico.
Como Objetivo Sócio Ecológico, queremos dar algumas orientações práticas através de ações, para comemorarmos bem o Dia Mundial do Meio Ambiente, antes, durantes e depois: Redução da poluição e limpeza, para que no futuro cheguemos a poluição zero na Arquidiocese de Londrina; Redução do consumo de combustíveis não-renováveis pela sociedade; Proteção de ecossistemas; Preservação de espécies em geral; Conscientização para um consumo sustentável; Tratamento adequado de resíduos, por meio de reciclagem ou reaproveitamento; Fortalecer os pedidos da arquidiocese nas paróquias: reciclagem do óleo (Projeto Óleo Solidário), coleta seletiva do lixo, conscientização dos problemas de saúde, como por exemplo: epidemia da dengue;
Pe. José Cristiano Bento dos Santos
Assessor do 3º Objetivo das Santas Missões Populares da Arquidiocese de Londrina
Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida Km9