Após um amplo diálogo com a Pastoral da Educação e educadores das escolas públicas do Paraná, o episcopado paranaense escreveu e publicou nesta segunda-feira, 11 de novembro, uma nota de preocupação quanto ao projeto do Governo do Estado do Paraná: “Parceiro da Escola”.

O programa “Parceiro da Escola” é um projeto de lei (22.006/2024) que foi sancionado no dia 4 de junho de 2024, permitindo sua implantação em 204 unidades elegíveis da rede estadual. Segundo o site da Agência Estadual de Notícias do Governo do Paraná, o projeto tem “a finalidade de melhorar a gestão administrativa e de infraestrutura de escolas estaduais mediante parceria com empresas especializadas em gestão educacional. As empresas ficarão responsáveis pelo gerenciamento administrativo de escolas selecionadas e pela gestão de terceirizados na limpeza e segurança”.

Mesmo que a Lei já esteja aprovada e sancionada, ainda há questionamentos, dúvidas e preocupações por parte dos maiores envolvidos, que são os educadores da rede pública estadual e os pais dos alunos.

Assembleia dos Bispos do Paraná
O assunto esteve em pauta na última assembleia dos bispos do Paraná, que aconteceu em Francisco Beltrão (PR) nos dias 24 a 26 de setembro. Os bispos ouviram os envolvidos e dialogaram sobre o assunto, que diz respeito a um direito fundamental e constitucional de todas as pessoas. Na nota, o episcopado recomenda que o projeto seja “respaldado por uma lei Ad Experimentum, por um período de, no mínimo, dois anos”.

O bispo de Palmas-Francisco Beltrão (PR) e referencial para a Pastoral da Educação, dom Edgar Xavier Ertl, afirmou que é muito importante fazer com que essa nota chegue ao Governador, ao Secretário de Educação e a outras instâncias. “Propomos o diálogo, a revisão da proposta e uma escuta também da parte do Governo aos diretores de escolas, professores, pais e assim por diante”, disse o bispo.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE PREOCUPAÇÃO SOBRE O PROJETO DE LEI DO GOVERNO DO PARANÁ: “PARCEIROS DA ESCOLA”

“Busquemos tudo que contribui para a paz e
a edificação de uns pelos outros” (Rm 14,19).

O episcopado paranaense tem acompanhado com solicitude e preocupação o programa instituído pela Lei 22.006/2024, que autoriza a Secretaria do Estado de Educação (SEED/PR) a celebrar contratos com empresas privadas, transferindo a elas a responsabilidade pela administração das escolas públicas selecionadas. Percebemos relevante e intenso desconforto e descontentamento de muitos dos envolvidos no dia a dia da escola, bem como de especialistas em educação.

É fundamental que essa Lei, agora já sancionada, seja amplamente debatida com todos os envolvidos, incluindo professores, pais, alunos, especialistas em educação e a sociedade civil. As políticas devem ser elaboradas com foco no fortalecimento da educação pública, garantindo igualdade de oportunidades e a autonomia pedagógica das instituições de ensino. Nossa preocupação é com a interferência de interesses privados na gestão pública educacional. Isso deve ser cuidadosamente considerado para evitar que a educação se torne um meio de lucro ao invés de um direito fundamental e constitucional.

Recomendamos que o projeto seja respaldado por uma lei Ad Experimentum, por um período de, no mínimo, dois anos. Dessa forma, o projeto “Parceiro da Escola” pode ser implantado, avaliado e melhorado, a fim de que ele seja benéfico para todos os envolvidos e não comprometa a qualidade e os princípios da educação pública.

Que Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Estado do Paraná, interceda por bênçãos e graças sobre todos!

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Regional Sul 2

Dom Amilton Manoel da Silva, CP
Bispo de Guarapuava e Vice-Presidente da CNBB Regional Sul 2

Dom Mário Spaki
Bispo de Paranavaí e Secretário da CNBB Regional Sul 2

Padre Valdecir Badzinski
Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2

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A Concatedral Nossa Senhora da Glória, em Francisco Beltrão, ficou repleta de fiéis na noite dessa terça-feira, 24 de setembro, para a abertura da Assembleia dos Bispos do Paraná. A Missa foi presidida pelo arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geremias Steinmetz, ladeado pelo bispo de Guarapuava e vice-presidente da CNBB Sul 2, dom Amilton Manoel da Silva, e pelo bispo de Paranavaí e secretário do Regional Sul 2 da CNBB, dom Mário Spaki, e concelebrada pelos demais bispos do Paraná e vários padres.

A Missa foi também ocasião para celebrar os 60 anos da fundação do Regional Sul 2 da CNBB, datado em 30 de setembro de 1964. Para marcar essa comemoração, antes de iniciar a Missa, houve um momento em que cada bispo recebeu das mãos de um catequizando da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão (decanato de Francisco Beltrão), uma cruz peitoral comemorativa dos 60 anos.

Dom Geremias recordou o primeiro subsecretário do Regional Sul 2 da CNBB, o então frei Agostinho Sartori, nos anos de 1965 a 1967. Três anos depois, ele foi nomeado o segundo bispo da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão. “Missionário capuchinho, dom Agostinho foi um incansável promotor da evangelização e do desenvolvimento humano no Paraná”.

Em sua homilia, após fazer referência às leituras bíblicas do dia, dom Geremias fez uma breve apresentação do que é o Regional Sul 2 da CNBB e recordou momentos importantes desses 60 anos de caminhada. “Uma das iniciativas marcantes do Regional, nos seus primeiros anos, foi a Grande Marcha dos Bispos pelo Oeste Paranaense, cujo objetivo era conhecer e ouvir as necessidades da população local. Além disso, em 1965, foi criado o Instituto de Catequese do Paraná, que culminou na realização do 1º Congresso Catequético em 1966, um marco para a formação catequética no estado”, recordou o bispo.

Para finalizar, dom Geremias fez um agradecimento, sem citar nomes, a todos os bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas e leigos e leigas que fizeram parte da história do regional. “Até aqui o Senhor nos conduziu, com sua graça e a luz do seu Espírito Santo, e por isso podemos confiar que Ele continuará nos conduzindo ao longo dos próximos anos e décadas, em nossa missão de viver, testemunhar e levar o Evangelho a todas as pessoas e a todas as realidades em nosso Paraná”, finalizou o arcebispo.

Entrega do manto à padroeira do Paraná

No final da Missa, houve um momento mariano de troca de presentes. Em nome do episcopado paranaense, dom Geremias ofereceu aos Missionários Redentoristas: padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rosário do Rocio, em Paranaguá, e ao frater Andrey Reimer, um manto para a padroeira do estado do Paraná, Nossa Senhora do Rocio, no qual veio estampada a logo do Regional Sul 2 da CNBB, em comemoração aos seus 60 anos. E os missionários redentoristas ofereceram aos bispos do Paraná uma imagem de Nossa Senhora do Rocio, com o mesmo manto comemorativo. A imagem ficará exposta na sede do Regional Sul 2 da CNBB, em Curitiba.

Comunidades da diocese de Palmas-Francisco Beltrão rezaram pelos bispos

Em preparação para a assembleia, algumas paróquias e suas comunidades da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão assumiram o compromisso de rezar pelos bispos do Paraná. Cada comunidade foi encarregada de rezar por um bispo e para isso preparou um banner ou um cartaz com a foto do bispo, seu nome e sua diocese.

Membros dessas comunidades estiveram presentes na Missa e, ao final, tiveram a oportunidade de encontrar o bispo pelo qual rezaram e cumprimenta-lo.

Assembleia

A Assembleia dos Bispos do Paraná acontece na Casa de Formação Divino Mestre até o meio dia de quinta-feira, 26 de setembro. Participam todos os arcebispos e bispos das 18 arqui/dioceses do Regional Sul 2 da CNBB e da Metropolia e Eparquia ucranianas, com sede no Paraná; o padre administrador diocesano da diocese de Campo Mourão (PR), padre Genivaldo Barboza; o secretário executivo da CNBB Sul 2, padre Valdecir Badzinski; e o presidente interino da Comissão Regional de Presbíteros do Paraná, padre Emerson Detoni.

Nesta quarta-feira, 25 de setembro, os bispos iniciaram o dia com a Missa e vão trabalhar sobre uma extensa pauta de temas, também terão momentos de oração e convivência fraterna. Entre os principais temas estão: a Missão São Paulo VI, mantida pela Igreja do Paraná na Guiné-Bissau, África; o Jubileu da Esperança 2025; os encaminhamentos sobre a Escola Vocacional; Mídia training e estratégias de comunicação em situação de crise; questões referentes aos indígenas, à educação, à caminhada pastoral da Igreja no Paraná e à administração do Regional.

Karina de Carvalho Nadal
CNBB Sul 2

Fotos: CNBB Sul 2

A Diocese de Palmas-Francisco Beltrão (PR) será a sede da Assembleia dos Bispos do Paraná, que acontecerá dos dias 24 a 26 de setembro, na Casa de Formação Divino Mestre, em Francisco Beltrão (PR). Participam todos os arcebispos e bispos das 18 arqui/dioceses do Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do brasil) e da metropolia e eparquia ucranianas, com sede no Paraná; o padre administrador diocesano da Diocese de Campo Mourão (PR), padre Genivaldo Barboza; o secretário executivo da CNBB Sul 2, padre Valdecir Badzinski; e o presidente interino da Comissão Regional de Presbíteros do Paraná, padre Emerson Detoni.  

A assembleia terá início na noite de terça-feira, dia 24, com a Missa na Concatedral Nossa Senhora da Glória, em Francisco Beltrão, que será aberta à comunidade. Essa Missa marcará a celebração dos 60 anos da fundação do Regional Sul 2 da CNBB. Os Missionários Redentoristas, responsáveis pelo Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, estarão presentes para presentear a CNBB com uma imagem da padroeira, com um manto personalizado comemorativo dos 60 anos. Cada bispo também será presenteado, por um crismando da diocese, com uma cruz peitoral personalizada dos 60 anos. 

Ao longo de todo o dia de quarta-feira, 25, até o meio-dia de quinta-feira, 26, os bispos irão trabalhar sobre uma extensa pauta de temas, e também terão momentos de oração e convivência fraterna.  Entre os principais temas estão: a Missão São Paulo VI, mantida pela Igreja do Paraná na Guiné-Bissau, África; o Jubileu da Esperança 2025; os encaminhamentos sobre a Escola Vocacional; Media training e estratégias de comunicação em situação de crise; questões referentes aos indígenas, à educação, à caminhada pastoral da Igreja no Paraná e à administração do Regional.  

Karina de Carvalho Nadal
CNBB Sul 2

Nos dias 27 e 28 de julho, na cidade de Foz do Iguaçu, a Pastoral Carcerária do Regional Sul 2 realizou a sua assembleia anual eletiva. A assembleia contou com a participação de 58 pessoas das várias dioceses do Paraná. A Arquidiocese de Londrina, esteve presente com a participação de 7 delegados, entre eles o assessor eclesial, padre André Luis de Oliveria, pároco da Paróquia Cristo Redentor do Jardim Piza. A ex-coordenadora da questão da mulher presa do Regional Sul 2, Cristina Coelho, coordenadora da Arquidiocese de Londrina, também se fez presente.

Durante a assembleia, que contou com a assessoria da coordenadora nacional da Pastoral Carcerária da CNBB, irmã Petra Silvia Pfaller, abordado questões sobre a nova resolução 34 de 24 de abril de 2024, publicado no diário oficial, que define diretrizes e recomendações referentes à assistência socio-espiritual e à liberdade religiosa das pessoas privadas de liberdade.

Ela também apresentou questões importantes para o trabalho pastoral com pessoas privadas de liberdade a respeito da proteção de dados e de imagem.

A irmã ainda trouxe o testemunho de esperança do Servo de Deus, cardeal Van Thuan. Ele nasceu no Vietnã em 1928, foi preso durante 13 anos, com relatos de grande sofrimento, e libertado em 1988. Presidiu o Conselho Pontifício Justiça e Paz entre 1998 e 2002, ano em que morreu em Roma.

A assembleia contou com momentos de profundidade espiritual, como a celebração da luz, que levou a refletir sobre a criação do mundo e o quanto o homem tem destruído este presente de Deus, convidando a buscar e viver uma experiência de respeito à Casa Comum.

No último dia de encontro, foi realizada a eleição, com renovação de todos os cargos conforme orientação do regimento da Pastoral Carcerária vigente.

Momento especial para essa pastoral que continua a sua tarefa de realizar a vontade de Deus de estar nos cárceres junto aos que mais precisam e são abandonados pela sociedade, mas são amados por Deus. Continuamos a nossa caminhada em busca de um mundo sem cárceres.

Pastoral Carcerária

Fotos: Divulgação

Material é publicado pelo Regional Sul 2 da CNBB em anos eleitorais desde 2008 e busca ajudar os cidadãos a compreenderem a importância da política na sociedade

A Arquidiocese de Londrina lançou nesta segunda-feira, 22 de julho, a Cartilha de Orientação Política 2024 – “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). A cartilha é produzida pelo Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses da Igreja Católica do estado do Paraná. O material foi apresentado à imprensa, em entrevista coletiva, pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, que é o presidente do Regional Sul 2 e pelo coordenador da Ação Evangelizadora da arquidiocese, padre Alexandre Alves Filho. No dia 9 de julho, o documento já havia sido lançado em nível estadual, em uma solenidade em Curitiba.

O material é publicado desde 2008 em anos eleitorais com o objetivo de informar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do voto e da democracia, explica o arcebispo dom Geremias Steinmetz, presidente do Regional Sul 2 da CNBB e diretor geral da cartilha.

“Atende a um objetivo da Igreja de continuar dando uma orientação segura, de uma verdadeira política, da melhor política para o nosso povo. É uma contribuição, de fato, à cidadania. É uma questão, digamos, religiosa, porque ela é uma questão que trata de ética, trata da justiça, mas ao mesmo tempo é uma questão da sociedade, que trata da questão da representatividade e das explorações que historicamente se registram no nosso país”, explica.

A cartilha é elaborada de forma simples e didática, ajudando os cidadãos a compreenderem a relevância da política na sociedade. O conteúdo é apartidário, focando na essência da política sem qualquer viés ideológico ou de partido político, refletindo a postura da Igreja Católica e da CNBB. Fiel ao Evangelho, a Igreja tem a missão de proteger e promover a vida humana desde a concepção até o fim natural. Conforme destacado pelo Papa Francisco na encíclica Fratelli Tutti, a “política melhor” é vital para que todos possam viver com dignidade.

“A Amizade Social nos convida a ver as pessoas como amigos, não como inimigos. Não é isso que a política agora propõe. Nós somos pessoas adversárias, não inimigas, é o que trata também da cartilha. Então, a Amizade Social nos leva a romper esse casulo dessa briga que está se estendendo e nos aproxima uns dos outros com propostas diferentes, mas com o mesmo ideal, servir o povo. É isso aqui a proposta”, explica o padre Alexandre Alves Filho, coordenador da Ação Evangelizadora da arquidiocese.

A edição de 2024 é inspirada no Jubileu 2025, proposto pelo Papa Francisco, e adota o tema da Esperança. Com o objetivo de apresentar a política como uma ferramenta positiva e necessária para o bem comum, a esperança é o fio condutor de todo o conteúdo da cartilha.

A elaboração da cartilha teve início em fevereiro de 2024, com a colaboração de uma comissão de reflexão composta por bispos, padres e especialistas em diversas áreas do conhecimento e da comunicação.

A Cartilha de Orientação Política 2024 está disponível nas paróquias e também pode ser adquirida pelo site do Regional Sul 2 da CNBB: www.cnbbs2.org.br ou pelo telefone, que também é Whatsapp: (41) 3224-7512.

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Foto: Tiago Queiroz

No sábado, 5 de julho, o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, celebrou 50 anos de ordenação sacerdotal. A data foi celebrada com uma Missa no Santuário Nacional, às 9h, com transmissão pela Tv Aparecida.

Dom Orlando teve uma passagem significativa na Igreja do Paraná, quando esteve à frente do pastoreio da Arquidiocese de Londrina por dez anos (2006-2016), sendo o 4º arcebispo metropolitano. Para celebrar esse momento importante na vida de dom Orlando, cinco bispos do Paraná se fizeram presentes: o arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz; o bispo de Cornélio Procópio, dom Marcos José dos Santos; o bispo de São José dos Pinhais, dom Celso Antonio Marchiori; o bispo emérito de Cornélio Procópio, dom Manoel João Francisco; e o bispo emérito de Guarapuava, dom Antônio Wagner da Silva.

Dom Marcos, que foi padre na Arquidiocese de Londrina durante todo o tempo do ministério de dom Orlando, testemunhou: “Dom Orlando é um grande pastor. E no seu ministério, ele sempre apoiou, incentivou e animou os padres. Poder participar dessa celebração, rendendo graças a Deus por seu ministério, foi um motivo de grande alegria. Até porque, no meu tempo de padre e agora como bispo iniciante, sempre recebi muito apoio e muito incentivo de dom Orlando. Por isso, a minha gratidão e a minha oração a Deus e, ao mesmo tempo, alegria de festejar com ele esses 50 anos de sacerdócio”.

Karina de Carvalho Nadal
CNBB Sul 2

Foto: Divulgação

De 2015 a 2018, diácono Pedro e Salete foram missionários na Guiné-Bissau 

Diácono Pedro Avelino Lang e sua esposa Salete Teresinha Lang, da diocese de Ponta Grossa (PR), receberam o envio dos bispos do Paraná para a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, na África. O envio aconteceu durante uma missa na noite dessa segunda-feira, 13 de maio, na Paróquia Santo Estanislau, em Curitiba (PR).

A celebração foi presidida pelo arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2, dom Geremias Steinmetz, ladeado pelo vice-presidente e o secretário da CNBB Sul 2: o bispo de Guarapuava, dom Amilton Manoel da Silva, e o bispo de Paranavaí, dom Mário Spaki. A missa foi concelebrada pelo bispo auxiliar de Curitiba (PR), dom Reginei José Modolo; pelo bispo de Foz do Iguaçu, dom Sergio de Deus Borges; pelo bispo da metropolia ucraniana São João Batista, dom Volodemer Koubetch; e vários padres e diáconos da arquidiocese de Curitiba e da diocese de Ponta Grossa. 

O casal foi o pioneiro da Missão São Paulo, vivendo lá de 2015 a 2018, período em que se dedicaram em construir a estrutura física da Missão (casas e outros espaços). Ao mesmo tempo, trabalharam na evangelização, organizando a catequese, promovendo formações para a comunidade, celebrações, momentos de oração e indo ao encontro de muitas pessoas que nunca haviam ouvido falar de Jesus. Passados seis anos desde o retorno, o casal foi convidado pelos bispos para irem em missão por um período de mais quatro anos, como casal coordenador. 

A Missão São Paulo VI está localizada no município de Quebo, que pertence à diocese de Bafatá. Ela começou a dar os primeiros passos no ano de 2014 e, desde lá, mais de 30 missionários, na sua maioria leigos, já foram enviados para viver entre o povo, testemunhar a alegria do Evangelho e buscar condições para que as pessoas possam viver com mais dignidade. 

Envio missionário em nível regional

A celebração de envio, com a presença da comunidade local, foi marcada por muita emoção e gratidão. Em sua homilia, dom Geremias recordou que a ação missionária é a essencial na Igreja e que o Evangelho é o fundamento de toda missão. 

“Reunidos em torno do Evangelho, recuperamos nossa identidade de fiéis seguidores do Ressuscitado. Se quisermos ver uma Igreja sempre mais viva, sempre mais forte, o caminho é recuperar a missionariedade”, disse o arcebispo. 

Dom Geremias falou aos presentes sobre a missão que a Igreja do Paraná mantém na Guiné-Bissau, desde o ano de 2014, com seus três pilares de atuação: evangelização, saúde e educação. Também apresentou alguns dados sobre o país, que está entre os mais pobres do mundo. 

Ao final da homilia, dom Geremias dirigiu uma palavra ao casal, agradecendo seu testemunho missionário e dizendo-lhes que a Igreja do Regional Sul 2 da CNBB se orgulha em tê-los entre nós. Por fim, ele concluiu:

“Partam em missão mais uma vez, levem o Evangelho àquele povo, olhem para cada pessoa na sua humanidade total. Não esqueça de que todas as situações de humanidade que lá se encontram, um dia foram redimidos pelo próprio Cristo e nós, missionários, temos essa possibilidade de tornar isso mais evidente no coração das pessoas”. 

Após a homilia, diácono Pedro e Salete receberam a bênção de envio, proferida por dom Geremias. Em seguida, duas irmãs da congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, trouxeram o novo Evangelho no idioma crioulo e os crucifixos, que foram abençoados e entregues ao casal, como sinais e instrumentos da missão para a qual foram enviados. Ao final do rito, o casal rezou uma Ave Maria em crioulo, idioma predominante entre o povo guineense. 

Gratidão dos missionários enviados

No final da celebração, o casal disse algumas palavras aos presentes, ressaltando a necessidade de oração pela missão que vão assumir. 

“Estamos indo com coragem e com alegria, sabendo que a comunidade reza por nós, que a Igreja reza pelos missionários que ela envia. Por isso, queremos fazer um pedido muito especial aos senhores bispos: que motivem nas suas dioceses, os seus padres e o povo a rezarem por nós, missionários. As orações que são feitas aqui chegam lá para nós e são sentidas concretamente. Os desafios são grandes, mas a alegria é maior ainda em poder servir a Deus e servir a Igreja”, disse Salete.  

Diácono Pedro ressaltou que a missão lá na Guiné-Bissau, fortalece a missão aqui no Paraná, tornando-a uma Igreja em estado permanente de missão. 

“Esperamos a oração de todo povo. Intercedam pelos missionários, não só por nós, mas por todos os missionários e locais de Missão. De fato, a missão é exigente e desafiadora, mas vamos com alegria, uma vez que a metade do nosso coração ficou lá no meio daquele povo quando regressamos para o Brasil, em 2018”.

 “Nesse novo convite, escutamos a voz de Deus. Então, estamos felizes e somos gratos por mais esse chamado”, disse Salete aos bispos.  

Envio missionário em nível diocesano

Os missionários Pedro e Salete também receberam a bênção de envio de sua diocese. Na noite do dia anterior, 12 de maio, o bispo da diocese de Ponta Grossa, dom Sergio Arthur Braschi, presidiu uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na qual enviou o casal. O bispo entregou aos missionários uma bíblia em língua crioula, pedindo que anunciassem “o Cristo ressuscitado com poder, sabedoria e convicção”. Dom Sergio rogou que a assembleia orasse em silêncio pelo casal, que rezou uma Ave Maria em Crioulo. Os dois também receberam da comunidade uma imagem da Mãe da Divina Graça, padroeira da diocese. (Clique aqui para ver a notícia completa sobre o envio em nível diocesano). O casal missionário embarca para a Guiné-Bissau nessa quarta-feira, dia 15 de maio. 

Karina de Carvalho Nadal
Regional Sul 2

O momento de partilha sobre as iniciativas e desafios de cada diocese foi um ponto forte do encontro

Nos dias 6 a 8 de maio, foi realizado o encontro anual dos padres coordenadores diocesanos da Ação Evangelizadora no Paraná, em Toledo (PR). O encontro foi conduzido pelo bispo de Paranavaí e secretário do Regional Sul 2 da CNBB, dom Mário Spaki, e pelo secretário executivo, padre Valdecir Badzinski, e contou com a presença de 22 padres, dentre eles o coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Londrina, padre Alexandre Alves Filho. 

O padre coordenador da Ação Evangelizadora numa diocese é responsável por auxiliar o bispo diocesano na condução de todo o trabalho pastoral de evangelização. Sendo assim, esses padres compõe um grupo que protagoniza a caminhada de toda a Igreja do Paraná. 

Na foto: padre Marcelo, de Jacarezinho; padre Alexandre Alves Filho, de Londrina; e padre Alcides, de Cornélio Procópio

Durante os três dias de trabalho, esteve em pauta mais de dez temas, que foram discutidos e refletidos entre os padres. Dentre eles, os preparativos para a 44ª Assembleia do Povo de Deus, que acontecerá no mês de setembro, simultaneamente, nas quatro províncias do Paraná (Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá); o Sínodo sobre a Sinodalidade; o Jubileu 2025: peregrinos da esperança; a dimensão missionária nas paróquias e comunidades; encaminhamentos do Ano Vocacional; a Cartilha de Orientação Política 2024; a Comissão Especial Pró-vida. Além dos temas abordados, o encontro foi permeado por momentos de oração, partilha e convivência fraterna. 

Segundo dom Mário, o objetivo da reunião é organizar a caminhada das 18 dioceses na Igreja do Paraná. “Depois da assembleia dos bispos, fazemos essa reunião que visa centrar toda temática da caminhada pastoral. É uma reunião com padres que estão atuando junto às dioceses, sendo o braço direito dos bispos, fazendo a ponte com as paróquias, conduzindo as pastorais, organizando os movimentos e os serviços, a fim de que haja uma caminhada em conjunto de todas as dioceses”. 

Partilha de iniciativas e desafios

A partilha de uma iniciativa de destaque na diocese e dos principais desafios enquanto ação evangelizadora, foi um dos primeiros pontos da pauta do encontro, ao qual foi dedicado um tempo extenso. Esse momento foi avaliado positivamente pelos padres. 

“Essa partilha inicial, que foi feita entre nós, ajuda a perceber que a evangelização não para e que, de uma forma ou de outra, em cada localidade, ela vai se desenvolvendo com suas particularidades, pois cada diocese tem um perfil que vai se construindo ao redor do Evangelho”, comentou o coordenador da Ação Evangelizadora de Londrina, padre Alexandre Alves Filho.

Para o padre Fábio Welter, da Diocese de Foz do Iguaçu, o encontro foi uma experiência de comunhão entre todas as dioceses do regional. “A partilha de experiências foi muito significativa e inspiradora. Percebi em cada partilha como cada diocese tem tentado enfrentar as diferentes situações na evangelização. Isso ajuda a compreender melhor como está o processo de evangelização no Paraná”. 

O coordenador da ação evangelizadora na Diocese de Campo Mourão, padre Wesley de Almeida Santos, afirmou que foi uma oportunidade ímpar de troca de experiências e aprendizado mútuo, essencial para o dinamismo e a renovação das práticas pastorais. “Destaco essa partilha de iniciativas bem-sucedidas nas dioceses, bem como, dos desafios, pois são fonte de inspiração para todos nós. Conhecer as soluções encontradas por outros coordenadores, diante dos desafios, amplia a nossa visão e capacidade de adaptação nas nossas realidades locais”.

Dom Mário também pontuou a partilha das dioceses como um momento de grande importância do encontro. “Foi uma partilha muito rica e bonita, na qual cada um pôde expor, com tempo, sobre a caminhada de sua diocese. Depois de dois dias estando juntos, escutando os padres, a gente sai com uma visão geral da caminhada da Igreja do Paraná.”

Um encontro que contribui com a missão de cada padre

Um dos objetivos do encontro é contribuir com a missão dos padres que coordenam a Ação Evangelizadora nas dioceses, por meio da partilha, da reflexão conjunta em busca de soluções para os desafios atuais e da projeção da caminhada pastoral. 

Padre Alexandre afirmou que o encontro o ajudou a perceber a necessidade de ouvir mais em sua missão. “A gente tem que ouvir mais, perceber o Espírito que fala em cada um de nós, em nosso povo, em nossos leigos, na vida religiosa masculina e feminina, assim como nos padres. Fazer essa escuta de qualidade exige empenho e dedicação. A evangelização é exigente mesmo e não podemos improvisar”. 

 O coordenador diocesano da Ação Evangelizadora de Ponta Grossa, padre Joel Nalepa, afirmou que sai fortalecido do encontro. “Esse encontro fortalece a minha missão, sobretudo no olhar e atenção para tudo aquilo que é comum na Igreja do Paraná e do Brasil. Foi um momento muito oportuno para renovar o entusiasmo na missão, a serviço da Igreja. Percebemos como é grande a nossa responsabilidade, mas que ela fica mais leve quando assumida juntos, pois todos somos corresponsáveis na missão, todos temos a nossa parcela, a nossa contribuição, pois respondemos ao chamado do Senhor”. 

Padre Wesley disse que o encontro foi fundamental para fortalecer e inspirar sua missão, enquanto liderança comprometida com a Ação Evangelizadora. “Esses dias aqui não apenas enriqueceram a minha experiência e compreensão enquanto coordenador da ação evangelizadora, mas também revitalizaram o zelo na evangelização, capacitando para realizar a missão com renovado vigor e dedicação”.

Karina de Carvalho
CNBB Sul 2

Fotos: Paulo Weber Júnior – Diocese de Toledo (PR) e divulgação

Na quarta-feira, 3 de abril, padres e lideranças leigas de algumas dioceses do Paraná reuniram-se com o presidente do Regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz, e o secretário executivo, padre Valdecir Badzinski, de forma remota, para pensar ações, em nível regional, em vista da preparação para o Jubileu 2025: “Peregrinos da Esperança”. Essa equipe participou do encontro nacional em preparação para o Jubileu 2025, que aconteceu em Brasília, nos dias 29 e 30 de janeiro.

A reunião iniciou com a Oração do Jubileu 2025, a qual todos acompanharam pelo aplicativo lançado pelo Vaticano: “iubilaeum25”. Em seguida, padre Valdecir fez uma breve apresentação dos participantes e reforçou que o objetivo da reunião é pensar ações concretas para serem realizadas em nível regional e diocesano, em vista da preparação para o Jubileu 2025.

Padre Valdecir leu as 17 proposições que foram elencadas no encontro nacional, a fim de animar o Jubileu na Igreja do Brasil. Ele afirmou que as ações programadas devem contemplar essas proposições.

Uma das iniciativas que já está acontecendo desde novembro, em âmbito regional e nacional, destacada pelo secretário são as videoaulas sobre a coleção “Cadernos do Concílio”. Já foram publicadas as videoaulas de oito, dos 34 volumes da coleção.

Os vídeos estão disponíveis no canal do Youtube do Regional Sul 2 da CNBB, e podem ser acessadas pela playlist abaixo:

Com a palavra aberta, os participantes falaram sobre como suas dioceses estão se organizando para animar o Jubileu. As peregrinações, em nível diocesano, nacional e para Roma, estão estre as atividades programadas. O padre Joel Nalepa, da diocese de Ponta Grossa, disse que, em 2025, o tema do Jubileu vai animar todas as peregrinações que já acontecem ordinariamente.

Padre Genivaldo Ubinge, da arquidiocese de Maringá, afirmou que as peregrinações locais podem favorecer uma maior participação e envolvimento de todo o povo na celebração do Jubileu. Além disso, ele contou que, para este ano, estão previstas catequeses com o arcebispo sobre o tema da oração.

A partir dessa primeira reunião, que contou com a representação de seis dioceses, o Regional vai convidar as demais dioceses a escolherem um representante para compor uma equipe regional de animação do Jubileu 2025. Cada membro dessa equipe terá a missão de promover o Jubileu em sua diocese.

Segundo dom Geremias, os próximos serão ouvir e dialogar com os bispos do Paraná e os padres coordenadores diocesanos da ação evangelizadora. Além disso, ele propôs ao grupo uma nova reunião com representantes de todas as dioceses, a partir da publicação da Bula Pontifícia, prevista para o dia 9 de maio. Ao final, dom Geremias agradeceu e concedeu a bênção aos participantes.

Jubileu 2025: Peregrinos da Esperança

O Jubileu 2025 marca os primeiros 25 anos do século XXI. Em fevereiro de 2022, o Papa Francisco escreveu uma carta ao Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Rino Fisichella, confiando-lhe a responsabilidade de preparar o Jubileu, a fim de que seja celebrado “com fé intensa, esperança viva e caridade operosa”.

É uma tradição na Igreja, de tempos em tempos, celebrar um Ano Santo. O primeiro Jubileu foi proclamado pelo Papa Bonifácio VIII, em 1300. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; depois mudou para cada 50 anos e, em 1470, com o Papa Paulo II, passou a ser a cada 25 anos. Além disso, há jubileus “extraordinários”, como o que o Papa Francisco proclamou em 2015: “O Ano da Misericórdia”.

A forma de celebrar esses jubileus também foi se modificando com o tempo. Na sua origem, fazia-se uma peregrinação às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, mais tarde foram sendo acrescentados outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.

Nos dois anos que antecedem o Jubileu, o Papa Francisco pediu a todos os crentes que retomassem os textos fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II, como uma oportunidade de crescimento na fé; e que se dedicassem à oração. Dessa forma, 2023 deveria ser o “Ano do Concílio” e 2024 o “Ano da Oração”.

Proposições para celebrar o Jubileu na Igreja do Brasil
1ª. Incentivar e ajudar as pessoas a viverem o tempo de graça e misericórdia que o Jubileu oferece;

2ª. Ser presença de esperança que anima e fortalece, de modo especial junto às lideranças abatidas, cansadas, sobrecarregadas e feridas, especialmente por meio da escuta;

3ª. Anunciar a beleza da família, da vida e do voluntariado;

4ª. Anunciar a consolação diante dos sofrimentos das pessoas, por meio do diálogo ecumênico e por meio da defesa da ecologia integral;

5ª. Fomentar o sentido de pertença na Igreja;

6ª. Realizar peregrinações regionais e diocesanas, aproveitando as experiências já existentes, especialmente as peregrinações aos Santuários;

7ª. Motivar as peregrinações a Roma nos diversos jubileus propostos;

8ª. Valorizar a festa e o lúdico, saber partilhar as alegrias do que temos, resgatar o sentido genuíno do encontro;

9ª. Favorecer a dimensão cultural, das artes;

10ª. Atenção à comunicação das mídias católicas;

11ª. Eleger um símbolo e uma forma de marcar a abertura do jubileu, no dia 24 de dezembro;

12ª. Favorecer grupos de reflexão de base sobre o Jubileu, especialmente por meio da Leitura Orante da Bíblia;

13ª. Pautar o tema do Jubileu nas festas dos padroeiros e nas expressões de devoção popular;

14ª. Coleta Nacional para a vivência do Jubileu, para ajudar algumas realidades mais pobres;

15ª. Trabalhar o aspecto catequético do Jubileu, garantindo que seja um Jubileu querigmático, missionário, mistagógico e comunitário;

16ª. Ajudar as pessoas a saírem dos endividamentos, promover formação e educação financeira e, na perspectiva bíblica, ajudar a perdoar os devedores;

17ª. Publicar o Hino do Jubileu numa versão oficial.

Karina de Carvalho
Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2

Fotos: Divulgação