Trata-se da 5ª edição da Jornada Mundial dos Pobres instituída pelo Papa Francisco em 20 de novembro de 2016, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.

 

No Brasil, adotou-se o tema: “Sentes compaixão?”, um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais 51,9 milhões de brasileiros e brasileiras. O lema bíblico que inspira a celebração desta edição é: “Sempre tereis pobres entre vós”, extraído de Mt. 14, 7.

 

A V Jornada Mundial dos Pobres será marcada, no país, por uma série de ações, desde o lançamento, no dia 14 de setembro, até o Dia Mundial dos Pobres, 14 de novembro, com o lançamento do Manifesto pela Vida. Na Arquidiocese de Londrina, as Pastorais Sociais organizam ações para o domingo em parceria com Toca de Assis, Catedral, Santuário Nossa Senhora Aparecida de Londrina e Paróquia São Lourenço. Também as paróquias farão ações específicas deste dia.

 

A JMP no Brasil é organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com Pastorais Sociais e organismos da Igreja no Brasil (Semana Social Brasileira, Cáritas Brasileira, Pastoral Carcerária, Pastoral dos Povos de Rua, Pastoral Operária, Pastoral da Mulher Marginalizada, Serviço Pastoral dos Migrantes, Conferência dos Religiosos do Brasil, Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Pascom Brasil, Conselho Pastoral dos Pescadores, Signis Brasil e o Setor de Mobilidade Humana da CNBB).

 

Dados de Londrina

Segundo dados do Ministério da Cidadania referentes a setembro de 2021, no município de Londrina, mais de 27 mil famílias vivem em extrema pobreza, ou seja, com uma renda per capita de até R$89. Já as famílias consideradas de baixa renda, que vivem com menos de meio salário mínimo per capita, são pouco mais de 63 mil. Esses dados são obtidos através das inscrições no Cadastro Único para Programas Sociais, que reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda.

 

Mensagem do Papa para a V Jornada Mundial dos Pobres 2021

Na mensagem para V Jornada Mundial dos Pobres deste ano, publicada em 13 de junho de 2021, o Santo Padre convida a Igreja e a sociedade para não apenas se reconhecer também pobres e “ficar à espera que batam à nossa porta” mas ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento… É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração”.

 

O Sumo Pontífice lembra também que “os pobres não são pessoas ‘externas’ à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social”.

 

Além do mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias, criando incessantemente armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes económicos e financeiros, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social, o Papa aponta a pandemia como uma praga que multiplicou ainda mais o número de pobres no mundo.

 

Como saídas, o Papa aponta ser urgente dar respostas concretas a quantos padecem o desemprego, que atinge de maneira dramática tantos pais de família, mulheres e jovens. “A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura”, afirma Francisco.

 

O Papa aponta ainda que a assistência imediata para acorrer às necessidades dos pobres não deve impedir de ser clarividente para atuar novos sinais do amor e da caridade cristã como resposta às novas pobrezas que experimenta a humanidade de hoje.

 

“Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua quinta celebração, possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão”, exorta o Santo Padre em sua mensagem.

 

Pascom Arquidiocesana (com informaçoes CNBB)

Pastorais Sociais e o trabalho do Vigário Social na arquidiocese

Na live de hoje, o arcebispo dom Geremias Steinmetz conversa sobre pastorais sociais e o trabalho do vigário social na arquidiocese com o padre Dirceu Fumagalli, vigário social; Cristina Coelho, coordenadora da Pastoral Carcerária das questões da mulher presa; e Jair Roberto Corrêa, coordenador da Pastoral do Menor.

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34)

Interpretação de Libras: Márcio Ferri Dutra

 

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, a Conferência dos Religiosos do Brasil e demais organismos da Igreja Católica apresentaram na semana passada a nota pública: “Democracia: mudança com Justiça e Paz”, que chama a atenção para o voto consciente no próximo 28 de Outubro. O texto destaca a importância da defesa da preservação do Estado Democrático, frente à conjuntura política do país.

Leia a nota na íntegra:

 


 

Democracia: mudança com Justiça e Paz


Há trinta anos a Constituição Federal entrou em vigor. Os constituintes objetivaram instituir “um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”.

 

No processo eleitoral em curso, um movimento antidemocrático fere estes valores supremos assegurados pela Constituição e apela ao ódio e à violência, colocando o povo contra o povo. Demoniza seus opositores, classifica-os de comunistas e bolivarianos, menospreza a população do nordeste brasileiro e tenta semear o ódio e o medo. Esta atitude já se concretiza por meio de agressões e assassinato contra os que manifestam posições divergentes.

 

A Constituição sai ferida com esta intolerância que nega a diversidade do povo brasileiro, estimula preconceitos e incentiva o conflito social. Estes candidatos e seus seguidores, que pregam a tortura e a pena de morte, sustentam que as mulheres podem ter menos direitos que os homens, usam de violência contra a população LGBT, discriminam negros, índios e quilombolas com insultos, racismo e xenofobia. Em resumo, atacam a democracia pelo desprezo dos seus valores republicanos.

 

O candidato deste movimento quer se valer de eleições democráticas em sentido contrário para dar legalidade e legitimidade a um governo que pretende militarizar as instituições, garantir impunidade aos abusos policiais, armar a população civil e reduzir ou cortar programas de direitos humanos e sociais. Em poucas palavras, é o abandono do Estado Democrático de Direito.

 

O Brasil é um país de desigualdades sociais profundas em que os ricos estão cada vez mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres. Estes candidatos antidemocráticos atendem às imposições do sistema financeiro e da política neoliberal que atacam direitos sociais, ambientais e o patrimônio do país. As possíveis consequências deste programa são: o fim do décimo terceiro salário, a diminuição do Bolsa Família, a extinção das cotas nas universidades e a privatização sumária das estatais. Na verdade, tais medidas constituem a intensificação do Governo Temer, que está produzindo desemprego, sofrimento e abandono da população.

 

Tais políticas, já receberam veemente condenação do reconhecido líder mundial, o Papa Francisco: “Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata.” (Evangelii Gaudium, 53). 

 

Este movimento apoia um candidato que pretende ser um político novo, salvador da pátria, que está no Congresso há quase trinta anos, trocou de partido oito vezes e não aprovou um projeto sequer para melhorar as condições de vida do nosso povo, votando contra todas as políticas sociais que beneficiariam os trabalhadores e trabalhadoras, principalmente, os mais pobres.

 

Por tudo isso, nós, integrantes de organizações da sociedade civil, portadores da convicção da inafastável dignidade da pessoa humana, fundamento dos direitos humanos, não podemos nos omitir. Respeitamos todos aqueles que, por motivos variados, tenham votado no 1º turno sem atentar para estes valores, mas queremos dialogar francamente com todos. A possibilidade de se instalar um governo como esse movimento deseja, retoma o passado de ditadura já superado.

 

Nosso Brasil pode ter divergências, porém sem ódio. Há necessidade do crescimento da economia com diminuição da desigualdade. Com base nestes valores, temos o dever fraterno de alertar a todos os nossos concidadãos e concidadãs, para que sua escolha no 2º turno contemple os princípios aqui defendidos e o candidato que os representa, integrante de uma ampla frente democrática pluripartidária, para assegurar um futuro de Justiça e de Paz para o Brasil.

Brasília, 15 de Outubro de 2018

Cáritas Brasileira
CBJP – Comissão Brasileira Justiça e Paz
CCB – Centro Cultural de Brasília
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
CJP-DF – Comissão Justiça e Paz de Brasília
CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil
CPT – Comissão Pastoral da Terra
CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil
FMCJS – Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
OLMA – Observatório De Justiça Socioambiental Luciano Mendes De Almeida
Pastoral Carcerária Nacional
Pastoral da Mulher Marginalizada
Pastoral Operária
SPM – Serviço Pastoral do Migrante

Neste sábado, 22 de julho, agentes das Pastorais Sociais e padres da arquidiocese reuniram se para organizar o Grito dos Excluídos, que este ano, em sua 23ª edição tem como tema “Por direito e democracia, a luta é todo dia” e o lema “Vida em primeiro lugar”.
O Grito dos Excluídos na Arquidiocese de Londrina será um momento de forte integração e articulação entre as Pastorais Sociais, Santas Missões Populares, Grupos Bíblicos de Reflexão e todas as pessoas de boa vontade que acreditam na justiça e na paz.
Durante a semana da Pátria, serão oportunizados momentos de reflexão sobre a atual conjuntura social, política, econômica e eclesial, além de uma reflexão sobre o tema e o lema. Também será realizado um levantamento de possíveis ações, visando o enfrentamento de situações de exclusão existentes na arquidiocese. O Grito dos Excluídos será realizado no dia 07 de setembro e poderá ser organizado nos decanatos ou pela articulação entre eles, de acordo com a possibilidade de cada comunidade.
Pe. Joel Ribeiro Medeiros, coordenador da Ação Evangelizadora, considera um avanço a preparação e realização do Grito dos Excluídos, tendo em vista que as Pastorais Sociais serão fortalecidas, dando continuidade nessa reflexão. Lenir de Assis, coordenadora das Pastorais Sociais, compreende que a organização do Grito dos Excluídos vem ao encontro do Plano Pastoral Arquidiocesano que se soma todas as ações implementadas pelas Santas Missões Populares, Grupos Bíblicos de Reflexão e 14º Intereclesial das CEBs, sendo um momento oportuno de olhar para o povo, ouvir seus clamores enfrentando os desafios que diariamente faz sofrer as comunidades.
Em breve toda a programação será informada.

Leoni Alves Garcia
CEBs / PASCOM Arquidiocesana

Nos dias 21 a 23 de abril de 2017, reuniu-se em Guarapuava (PR), no Centro São João Diego, 57 representantes agentes das pastorais sociais de 15 dioceses do Regional Sul 2 da CNBB.

O encontro teve como tema Uma Pastoral Social Sociotransformadora. Com o objetivo de animar a caminhada das Pastorais Sociais do Paraná, à luz da profecia do Evangelho, a partir dos desafios da realidade social, pastoral e política.

Num primeiro momento o encontro foi assessorado por André Lander, professor da FAVI (Faculdade Vicentina), doutor em Sociologia, e assessor dos movimentos populares e pastorais sociais em Curitiba, que fez uma vasta análise de conjuntura.

Em seguida Jardel Lopes (coordenador regional das Pastorais Sociais e Coordenador Nacional da Pastoral Operária) falou sobre a Dimensão Socioestrutural da Caridade Cristã. Os grupos fizeram trabalhos de grupo sobre a Pastoral de Conjunto, a partir do texto “Pastorais Sociais – Pastoral de Conjunto”, do Pe. Francisco Aquino Junior (tema trabalhado na Comissão Nacional das Pastorais Sociais).

O encontro contou com a presença de um grupo musical de Guarapuava, que animou a noite cultural com músicas, danças, comes e bebes.

Estiveram presentes agentes, militantes e coordenações das seguintes pastorais e organismos: Criança, Pessoa Idosa, Afro brasileira, Operária, Conselho de Leigos, Juventude, Migrante, Carcerária, AIDS, CEBs, CPT, Sobriedade, Povo em situação de Rua, Diversidade, Saúde, Caritas.          

Veja na íntegra a Carta:

carta final encontro pastorais sociais reg 2

Download da Carta aqui>>

 Veja a seguir vídeo das Pastorais Sociais com posicionamento sobre as Reformas do Governo e Carta final do encontro.