O ano de 2022 começou e várias mensagens surgem como bússolas para a caminhada cotidiana a partir das palavras do Papa Francisco nas celebrações e orações desde o último dia do ano. Francisco parte do Evangelho para anunciar ao mundo inteiro, assim como Maria, que mostra a todas as nações o seu Filho. É da Santa Mãe de Deus que também surgem indicações de atitudes importantes frente à realidade do “escândalo da manjedoura”. O pontífice ainda convidou a construir a paz.

 

Sigamos o Menino

Na celebração das primeiras vésperas da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, no dia 31 de dezembro, quando também a Igreja rendeu ação de graças pelo ano que passou, o Papa Francisco indicou seguir o Menino Jesus. Ele, que é mostrado a todos por sua mãe, é o caminho que deve ser seguido e em quem deve ser colocada a confiança: “Sigamo-lo no caminho quotidiano: [Ele] dá plenitude ao tempo, dá sentido às obras e aos dias. Temos fé, nos momentos felizes e dolorosos: a esperança que Ele nos dá é a esperança que nunca desilude”.

 

Espanto cheio de gratidão

Falando sobre o Tempo do Natal, o Papa disse que a celebração da encarnação do verbo “que se fez carne e habitou entre nós” não deve ser ocorrer sem “espanto”. Em Maria e na Igreja, este espanto é cheio de gratidão:

“A gratidão da Mãe que, contemplando o Filho, sente a proximidade de Deus, sente que Deus não abandonou o seu povo, que Deus veio, que Deus está perto, é Deus conosco. Os problemas não desapareceram, não faltaram as dificuldades e as preocupações, mas não estamos só: o Pai “enviou o seu Filho” ( Gl 4, 4) para nos resgatar da escravidão do pecado e restaurar a nossa dignidade de filhos”

 

Aprender de Maria

Na celebração da solenidade de Maria, Mãe de Deus, o Papa Francisco sugeriu aprender de Nossa Senhora a atitude de “guardar meditando”. Como mãe, Maria teve de suportar o que Francisco chamou de “escândalo da manjedoura”, também ligado ao que se vive entre “expectativa e realidade”.

 

Antes da visita dos pastores narrada no Evangelho do primeiro dia do ano, houve o anúncio do anjo com palavras solenes, falando-Lhe do trono de Davi (cf. Lc 1, 31-32), e após o nascimento, o menino acaba tendo de ser colocado numa manjedoura para animais.

‘Como harmonizar o trono do rei e a pobre manjedoura? Como conciliar a glória do Altíssimo e a miséria dum estábulo? Pensemos no desconsolo da Mãe de Deus. Que há de mais duro, para uma mãe, do que ver o seu filho sofrer a miséria? É caso para se sentir desconsolado. Não se poderia censurar Maria, se Se lamentasse de toda aquela desolação inesperada. Ela, porém, não perde a coragem. Não Se queixa, mas está em silêncio. Em vez dos nossos queixumes, opta por uma saída diversa: «Quanto a Maria – diz o Evangelho –, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração» (Lc 2, 19)”, sublinha Francisco.

 

O Papa ensina que a cada um, que também pode ter de suportar certos “escândalos da manjedoura”, é possível tirar proveito da colisão entre expectativa e realidade. E isso pode acontecer também na fé, “quando a alegria do Evangelho é posta à prova numa situação difícil por que passamos”.

 

Foto: Vatican Media

 

Olhar materno

No início do novo ano, está o “signo da Santa Mãe de Deus”, o olhar materno “para renascer e crescer”.

“As mães, as mulheres olham o mundo não para o explorar, mas para que tenha vida: olhando com o coração, conseguem manter juntos os sonhos e a realidade concreta, evitando as derivas do pragmatismo assético e da abstração. E a Igreja é mãe, é mãe assim! E a Igreja é mulher, é mulher assim!”

 

O Papa sugere que “coloquemo-nos sob a proteção desta mulher, a Santa Mãe de Deus, que é nossa mãe. Que Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”.

 

Deus nos encoraja

No Ângelus do dia 1º de janeiro, o Papa Francisco partilha a imagem do Evangelho, na qual “Deus que, nos braços da sua Mãe e deitado numa manjedoura, nos encoraja ternamente”. E é esse encorajamento necessário para o início de um novo ciclo, ainda na realidade da pandemia:

“Ainda vivemos tempos incertos e difíceis devido à pandemia. Muitos estão assustados com o futuro e sobrecarregados por situações sociais, problemas pessoais, perigos que provêm da crise ecológica, injustiças e desequilíbrios econômicos planetários. Olhando para Maria com o Filho nos braços, penso nas jovens mães e nos seus filhos que fogem das guerras e da fome ou que aguardam nos campos de refugiados. São tantos! E ao contemplarmos Maria que coloca Jesus na manjedoura, pondo-o à disposição de todos, lembremo-nos que o mundo muda e a vida de todos só melhora se nos colocarmos à disposição dos outros, sem esperar que eles comecem a fazê-lo. Se nos tornarmos artífices da fraternidade, seremos capazes de tecer os fios de um mundo dilacerado por guerras e violências.”

Foto: Vatican Media

 

Construir a Paz

No Dia Mundial da Paz, Francisco também convidou a olhar não para o que divide, mas “para o bem que nos pode unir”, evitando a lamentação, mas arregaçando as mangas para construir a paz.

 

“No início do novo ano desejo a todos a paz, que é o compêndio de todo o bem. Paz!”

 

Confiar-nos ao Senhor

Mais um voto que pode ser extraído das palavras do Papa para o início de 2022 é a confiança em Deus.

“Nos bons e nos maus momentos, confiemo-nos a Ele, que é a nossa força e a nossa esperança. E não vos esqueçais: convidemos o Senhor para vir dentro de nós, para vir à nossa realidade, por pior que seja, como uma manjedoura: “Senhor, não gostaria que entrasses, mas olha para ela, permanece próximo”. Façamos isto”, sugere Francisco.

CNBB

 

Foto destaque: Vatican Media

Em unidade com o Papa Francisco e com toda a Igreja, a Arquidiocese de Londrina celebrou no dia 14 de novembro, o 5º Dia Mundial dos Pobres, um convite do Sumo Pontífice à reflexão, ação e oração em torno dos que vivem em vulnerabilidade social. Neste ano as reflexões giraram em torno do tema “Sentes compaixão?”, e o lema bíblico: “Sempre tereis pobres entre vós” (Mt 14, 7).

 

Desde 2017, quando a data foi instituída, diversos grupos e paróquias da arquidiocese se mobilizam para celebrar esse dia, com almoço, café da manhã e ações sociais. Neste ano, Pastorais Sociais, Catedral Metropolitana de Londrina, Pastoral da Rua da Paróquia São Lourenço, Paróquia Rainha dos Apóstolos e Santuário Nossa Senhora Aparecida, Toca de Assis e Paróquia Ambiental se juntaram para promover ações em nível arquidiocesano.

Dom Geremias abençoou as pessoas presentes na Café da Manhã servido na Catedral / Foto: Reprodução

Logo cedo, um café da manhã foi servido no estacionamento da Catedral para cerca de 100 pessoas em situação de rua. O arcebispo dom Geremias Steinmetz fez a oração inicial, abençoou os alimentos e conversou com os presentes. Também estiveram presentes o padre Wendel Perre, vigário da Catedral, atendendo confissões, e o padre Rafael Solano, cura da Catedral.

 

Ao meio dia, foi servido almoço em quatro pontos da cidade de maior incidência de pessoas em situação de rua: a Concha Acústica, o Centro Pop e a Praça São Pedro, na Avenida Tiradentes. Foram preparadas 250 refeições, a maioria servida no almoço e uma parte na janta. Dom Geremias esteve presente no almoço servido na Praça São Pedro. Diversas paróquias da arquidiocese também promoveram suas ações do Dia Mundial dos Pobres, como a Paróquia São Francisco Xavier, de Cambé, e a Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Decanato Leste.

 

Concha Acústica foi o local que reuniu maior número de pessoas no almoço / Foto: Marilene Maria de Souza

 

Centro Pop foi um dos locais de acolhida e distribuição de alimentos / Foto: Cristiane Yoshimura
Praça São Pedro, na Avenida Tiradentes foi um dos locais escolhidos por ter grande incidência de pessoas em situação de rua / Foto: Marisa Colares

 

Na Paróquia São Francisco Xavier, de Cambé, as pessoas em situação de rua foram acolhidas na própria paróquia / foto: Pascom Paroquial

Paróquia São Francisco Xavier

A Pastoral de Rua da Paróquia São Francisco Xavier, de Cambé, organizou, no dia 14, um café da tarde com louvor para pessoas em situação de rua, que foram acolhidas na paróquia, onde também tomaram banho. É o terceiro ano que a paróquia celebra o dia do pobre com ações sociais e segundo a organização, três pessoas pediram ajuda para iniciarem tratamento de reabilitação de dependência química. A pastoral está acompanhando o processo para encaminhá-los para casas de recuperação. 

 

A Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Decanato Leste, levou doações a famílias com dificuldades financeiras da comunidade / Foto: Pascom Paroquial

Paróquia Nossa Senhora da Paz

Na Paróquia Nossa Senhora da Paz, Decanato Leste, pastorais se reuniram para visitar famílias com dificuldades financeiras, oferecendo-lhes alimento, acolhimento e afeto. A paróquia já atua na dimensão social através de pastorais como a Conferência Vicentina, Pastoral da Saúde e Pastoral da Criança.

 

 

 

 

 

Pascom Arquidiocesana

Foto de Destaque: Daniel Kanki

Fotos: Daniel Kanki, Cristiane Yoshimura, Marilene Maria de Souza, Mariza Colares e Pascom Paroquial

 

Trata-se da 5ª edição da Jornada Mundial dos Pobres instituída pelo Papa Francisco em 20 de novembro de 2016, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.

 

No Brasil, adotou-se o tema: “Sentes compaixão?”, um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais 51,9 milhões de brasileiros e brasileiras. O lema bíblico que inspira a celebração desta edição é: “Sempre tereis pobres entre vós”, extraído de Mt. 14, 7.

 

A V Jornada Mundial dos Pobres será marcada, no país, por uma série de ações, desde o lançamento, no dia 14 de setembro, até o Dia Mundial dos Pobres, 14 de novembro, com o lançamento do Manifesto pela Vida. Na Arquidiocese de Londrina, as Pastorais Sociais organizam ações para o domingo em parceria com Toca de Assis, Catedral, Santuário Nossa Senhora Aparecida de Londrina e Paróquia São Lourenço. Também as paróquias farão ações específicas deste dia.

 

A JMP no Brasil é organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com Pastorais Sociais e organismos da Igreja no Brasil (Semana Social Brasileira, Cáritas Brasileira, Pastoral Carcerária, Pastoral dos Povos de Rua, Pastoral Operária, Pastoral da Mulher Marginalizada, Serviço Pastoral dos Migrantes, Conferência dos Religiosos do Brasil, Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Pascom Brasil, Conselho Pastoral dos Pescadores, Signis Brasil e o Setor de Mobilidade Humana da CNBB).

 

Dados de Londrina

Segundo dados do Ministério da Cidadania referentes a setembro de 2021, no município de Londrina, mais de 27 mil famílias vivem em extrema pobreza, ou seja, com uma renda per capita de até R$89. Já as famílias consideradas de baixa renda, que vivem com menos de meio salário mínimo per capita, são pouco mais de 63 mil. Esses dados são obtidos através das inscrições no Cadastro Único para Programas Sociais, que reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda.

 

Mensagem do Papa para a V Jornada Mundial dos Pobres 2021

Na mensagem para V Jornada Mundial dos Pobres deste ano, publicada em 13 de junho de 2021, o Santo Padre convida a Igreja e a sociedade para não apenas se reconhecer também pobres e “ficar à espera que batam à nossa porta” mas ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento… É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração”.

 

O Sumo Pontífice lembra também que “os pobres não são pessoas ‘externas’ à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social”.

 

Além do mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias, criando incessantemente armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes económicos e financeiros, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social, o Papa aponta a pandemia como uma praga que multiplicou ainda mais o número de pobres no mundo.

 

Como saídas, o Papa aponta ser urgente dar respostas concretas a quantos padecem o desemprego, que atinge de maneira dramática tantos pais de família, mulheres e jovens. “A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura”, afirma Francisco.

 

O Papa aponta ainda que a assistência imediata para acorrer às necessidades dos pobres não deve impedir de ser clarividente para atuar novos sinais do amor e da caridade cristã como resposta às novas pobrezas que experimenta a humanidade de hoje.

 

“Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua quinta celebração, possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão”, exorta o Santo Padre em sua mensagem.

 

Pascom Arquidiocesana (com informaçoes CNBB)

Neste domingo, 17 de outubro, será a abertura da fase diocesana do Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa Francisco para conclusão em 2023, com o tema: “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. A celebração será presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz na Catedral Metropolitana de Londrina às 18h.

 

O Sínodo, anunciado em maio deste ano, será realizado em três fases: diocesana, continental e universal. Este caminho sinodal terá a duração de três anos. 

 

Atualmente, esta primeira fase será realizada em todas as dioceses do mundo, sob presidência de seu respectivo bispo e terá seu fim em abril de 2022. A assembleia em Roma acontecerá em 2023.

 

A fase arquidiocesana será marcada pela consulta ao Povo de Deus. O objetivo é que o processo sinodal se realize na escuta da totalidade dos batizados a partir de um Documento preparatório, acompanhado por um Vademecum.

No domingo da ascensão do Senhor, 16 de maio, celebrando o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu a Santa Missa com a presença de agentes da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Londrina. A missa, concelebrada pelo assessor da Pascom padre Dirceu Júnior dos Reis, foi na Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, e transmitida pelas redes sociais da arquidiocese.

 

A reflexão deste dia é inspirada na mensagem do Papa Francisco: “Vem e verás”, que convida os comunicadores a encontrar as pessoas onde elas estão. Em sua homilia, dom Geremias destacou a mensagem do Papa Francisco ao dizer que é importante os comunicadores estarem abertos ao encontro procurando verificar “com os próprios olhos”. “Se não nos abrimos ao encontro, permanecemos espectadores externos” disse o Papa Francisco na mensagem.

 

Ainda na homilia o arcebispo agradeceu a generosidade de todos os agentes da Pascom que, em suas paróquias ou em suas comunidades, colaboram diretamente na comunicação do Evangelho por meio das mídias sociais, transmissões e demais conteúdos de evangelização. 

 

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Terumi Sakai e Marcio Eduardo Vendrametro

 

Foi publicado nesta terça-feira (11) o Motu proprio “Antiquum ministerium” com o qual Francisco institui o ministério de catequista: uma necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo, a ser realizada sob forma secular, sem cair na clericalização

 

“Fidelidade ao passado e responsabilidade pelo presente” são “as condições indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo”: assim escreve o Papa Francisco no Motu proprio “Antiquum ministerium” – assinado ontem, 10 de maio, memória litúrgica de São João de Ávila, presbítero e doutor da Igreja – com o qual institui o ministério de catequista. No contexto da evangelização no mundo contemporâneo e diante da “imposição de uma cultura globalizada”, de fato, “é necessário reconhecer a presença de leigos e leigas que, em virtude de seu Batismo, se sentem chamados a colaborar no serviço da catequese”. Além disso o Pontífice enfatiza a importância de “um encontro autêntico com as gerações mais jovens”, como também “a necessidade de metodologias e instrumentos criativos que tornem o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária da Igreja”.

 

Um novo ministério, mas com origens antigas
O novo ministério tem origens muito antigas que remontam ao Novo Testamento: de forma germinal, é mencionado, por exemplo, no Evangelho de Lucas e nas Cartas de São Paulo Apóstolo aos Coríntios e aos Gálatas. Mas “toda a história da evangelização nestes dois milênios”, escreve o Papa, “manifesta com grande evidência como foi eficaz a missão dos catequistas”, que asseguraram que “a fé fosse um válido sustentáculo para a existência pessoal de cada ser humano”, chegando ao ponto de “até dar a sua vida” para este fim. Por isso desde o Concílio Vaticano II tem havido uma crescente consciência de que “a tarefa do catequista é da maior importância”, bem como necessária para o “desenvolvimento da comunidade cristã”. Ainda hoje, continua o Motu Proprio, “muitos catequistas competentes e perseverantes” realizam “uma missão insubstituível na transmissão e no aprofundamento da fé”, enquanto uma “longa série” de beatos, santos e mártires catequistas “marcaram a missão da Igreja”, constituindo “uma fonte fecunda para toda a história da espiritualidade cristã”. Clique no botão abaixo para acessar o texto do “Motu Proprio – Antiquum Ministerium” na íntegra.

 

Transformar a sociedade através dos valores cristãos
Sem diminuir em nada a “missão própria do bispo, o primeiro catequista na sua diocese”, nem a “responsabilidade peculiar dos pais” quanto à formação cristã de seus filhos, portanto, o Papa exorta a valorizar os leigos que colaboram no serviço da catequese, indo ao encontro “dos muitos que esperam conhecer a beleza, a bondade e a verdade da fé cristã”. É tarefa dos Pastores – destaca ainda Francisco – reconhecer “ministérios laicais capazes de contribuir para a transformação da sociedade através da penetração dos valores cristãos no mundo social, político e econômico”.

 

Evitar formas de clericalização
Testemunha da fé, mestre, mistagogo, acompanhante e pedagogo, o catequista – explica o Pontífice – é chamado a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé desde o primeiro anúncio até a preparação para os sacramentos da iniciação cristã, incluindo a formação permanente. Mas tudo isso só é possível “através da oração, do estudo e da participação direta na vida da comunidade”, para que a identidade do catequista se desenvolva com “coerência e responsabilidade”. Receber o ministério laical de catequista, de fato, “imprime uma acentuação maior ao empenho missionário típico de cada batizado”. E deve ser desempenhado – recomenda Francisco – “de forma plenamente secular, sem cair em qualquer tentativa de clericalização”.

 

Congregação para o Culto Divino publicará Rito de Instituição
O ministério laical de catequista também tem “um forte valor vocacional” porque “é um serviço estável prestado à Igreja local” que requer “o devido discernimento por parte do bispo” e um Rito de Instituição especial que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicará em breve. Ao mesmo tempo – assinala o Pontífice – os catequistas devem ser homens e mulheres “de fé profunda e maturidade humana”; devem participar ativamente da vida da comunidade cristã; devem ser capazes de “acolhimento, generosidade e uma vida de comunhão fraterna”; devem ser formados do ponto de vista bíblico, teológico, pastoral e pedagógico; devem ter amadurecido a prévia experiência da catequese; devem colaborar fielmente com os presbíteros e diáconos e “ser animados por um verdadeiro entusiasmo apostólico”.

 

O convite do Papa para as Conferências Episcopais
Por fim, o Papa convida as Conferências Episcopais a “tornarem realidade o ministério de catequista”, estabelecendo o iter formativo necessário e os critérios normativos para o acesso ao mesmo, encontrando as formas mais coerentes para o serviço e em conformidade com o Motu proprio que poderá também ser recebido, “com base no próprio direito particular”, pelas Igrejas Orientais.

 

Isabella Piro
Vatican News

Foto: Vatican Media

O Santuário Nacional de Aparecida vai representar o Brasil na “maratona” de oração convocada pelo Papa Francisco pelo fim de pandemia durante o mês de maio. Esta jornada de oração envolverá 30 santuários marianos do mundo. Hoje, dia 6 de maio, a partir das 11h, a oração do terço será rezada nesta intenção na Basílica de Aparecida (SP). A iniciativa está sendo realizada à luz da expressão bíblica: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5). “Rezar com o Papa Francisco é rezar com a Igreja. Num gesto de eclesialidade e comunhão com o Santo Padre, o Santuário Nacional se une às famílias enlutadas. Só existe luto onde houve amor. Com esperança e fé recorremos à proteção da Santa Mãe de Deus, pelo fim da pandemia”, afirma o reitor da Basílica de Aparecida, padre Eduardo Catalfo.

 

O momento oracional será transmitido ao vivo pelas redes sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelas redes sociais do Santuário Nacional (Facebook e YouTube), TV Aparecida, TV ao Vivo no A12 e Aplicativo Aparecida. Os canais oficiais da Santa Sé vão exibir a celebração às 13h, com tradução ao português, no horário de Brasília, 18h de Roma.

 

O templo que abriga a Imagem da Padroeira do Brasil vai se unir a um conjunto de 30 santuários dedicados à Virgem Maria em todo o mundo, que ao longo do mês de maio, elevarão preces pelo “término do contágio da Covid-19 e pela retomada das atividades sociais e do trabalho”, conforme destaca a nota emitida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, organizador do evento a nível mundial. A jornada de orações tem como tema em todos os santuários a expressão bíblica: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5).

 

Além das intenções gerais, a celebração em Aparecida também rezará pelos jovens. Eles terão participação ativa na cerimônia, realizando as orações que compõem o terço. A cerimônia será presidida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes. As canções serão executadas por músicos do Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida (PEMSA), um dos projetos sociais mantidos pelo Santuário Nacional.

 

Por orientação do Vaticano, a celebração será aberta aos fiéis que desejarem participar de forma presencial no interior da Basílica. Porém, as vagas no interior do templo serão restritas a capacidade atual do local, limitada a apenas dois fiéis por banco.

 

O ingresso será feito próximo à Capela da Ressurreição, na Esplanada São João Paulo II. No local, é realizada uma triagem com aferição de temperatura corporal e higienização das mãos. Só é permitida a entrada com uso de máscara, que deve ser utilizada durante todo o rito e em todo o complexo de acolhida.

 

Início da Jornada de Oração em Roma

O próprio Papa quem abriu o calendário de orações no último sábado, 1º de maio. O pontífice rezou na Capela Gregoriana da Basílica de São Pedro, diante de um ícone da Virgem Maria, venerado na Basílica Vaticana desde o século VII.

 

No final do Terço o Santo Padre proferiu uma oração da qual transcrevemos um trecho: “Sob vossa proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus, na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção. Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados de uma maneira que fere a alma”.

 

Na ocasião, Francisco abençoou terços que serão enviados aos trinta santuários diretamente envolvidos na ação. Sendo que uma parcela deles será destinada ao Santuário de Aparecida, como presente do chefe da Igreja Católica ao maior centro de peregrinação do Brasil. Bergoglio também encerrará o calendário de preces rezando nos Jardins do Vaticano no dia 31 de maio. Os detalhes desta cerimônia ainda serão definidos e informados pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

 

CNBB

Neste mês dedicado a Maria, temos um encontro com o nosso arcebispo dom Geremias Steinmetz para rezarmos o Santo Terço, todas as quartas-feiras, às 18h, junto com toda arquidiocese.
Um convite especial do Papa Francisco direcionado aos fiéis do mundo inteiro para uma maratona de oração pelo fim da pandemia e pela retomada das atividades sociais e de trabalho.
Reúna a sua família e vamos rezar juntos!
Você pode enviar suas intenções para a oração do Santo Terço pelo aplicativo da Arquidiocese de Londrina.
“Sob vossa proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus”

O Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo para o episcopado brasileiro reunido na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB) desde a segunda-feira, 12 de abril. O Santo Padre optou por dirigir-se aos bispos do Brasil falando espanhol, razão pela qual pediu desculpas e justificou tratar-se de um idioma que argentinos e brasileiros entendem bem o “portunhol”.

 

Francisco estendeu carinhosamente, através dos bispos do Brasil, a mensagem também “a cada brasileiro e brasileira” e ao amado Brasil, país que em sua avaliação “enfrenta uma das provas mais difíceis de sua história”.

 

“Desejo, em primeiro lugar, manifestar a minha proximidade a todas as centenas de milhares de famílias que choram a perda de um ente querido. Jovens, idosos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres: a pandemia não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento”, disse o chefe da Igreja Católica.

 

No vídeo, o Pontífice dirige uma mensagem de ânimo aos bispos brasileiros no contexto da celebração da Páscoa e da Ressurreição de Jesus Cristo. “O anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos! Como cantamos na sequência do Domingo de Páscoa: ‘Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte. O Rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo!’ Sim queridos irmãos, o mais forte está ao nosso lado! Cristo venceu! Venceu a morte! Renovemos a esperança de que a vida vencerá!”, disse.

 

O Santo Padre aponta, na mensagem, o caminho para superar o “momento trágico” da pandemia da Covid-19 no país. “A nossa fé em Cristo Ressuscitado nos mostra que podemos superar esse momento trágico. Nossa esperança nos dá coragem para nos reerguemos. A caridade nos impulsiona a chorar com os que choram e a dar a mão, sobretudo aos mais necessitados, para que possam voltar a sorrir. E a caridade nos impulsiona a nós como Bispos a nos despojar. Não tenham medo de despojar-se. Cada um sabe de que coisa… É possível superar a pandemia, é possível superar suas consequências”, afirmou.

 

O Sucessor de Pedro exorta os bispos a buscarem a unidade, deixando de lado as divisões e desentendimentos, e se encontrando no que é essencial: “Sempre Jesus! Nele está a nossa base, a nossa força, a nossa unidade”. O Chefe da Igreja disse que a missão da Igreja no Brasil, mais do que nunca, é “ser instrumento de reconciliação, ser instrumento de unidade (…). A Conferência Episcopal deve ser una neste momento, pois o povo que sofre é uno”, conclamou.

 

Francisco encoraja os bispos a não desanimarem frente aos desafios. “Porém sabemos que o Senhor caminha conosco: ‘Eis que estarei convosco, todos os dias, até o final dos tempos’ (Mt 28,20) – nos diz Ele. Por isso, na certeza de que ‘não nos deu um espírito de covardia, mas de fortaleza, de amor e moderação’ (2 Tim 1,7), deixemos “de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve”, disse.

 

“Peço ao Senhor ressuscitado que esta Assembleia Geral produza frutos de unidade e reconciliação para todo o povo brasileiro e na Conferência Episcopal. Unidade que não é uniformidade, mas que é harmonia: essa unidade harmônica que somente o Espírito Santo confere. Imploro à Nossa Senhora Aparecida que Ela, como Mãe, fomente entre todos os seus filhos a graça de ser defensores do bem e da vida dos outros, bem como promotores da fraternidade”, conclui Francisco.

 

Veja, no vídeo abaixo, a mensagem que o Papa enviou especialmente para os bispos brasileiros reunidos na 58ª AG CNBB: 

 

“De coração aberto, o Papa Francisco com a sua simplicidade, com seu ardor missionário, vai testemunhar o que está na sua carta encíclica Fratelli Tutti, ensinando que as diferenças não são barreiras para se construir a amizade social”. Assim comentou o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, sobre a visita do Papa Francisco ao Iraque, que terá início nesta sexta-feira, 5 de março.

 

Para dom Walmor, a missão do Papa Francisco no Iraque é rica de lições para o mundo, especialmente no que se refere ao diálogo inter-religioso e ao compromisso cristão de se promover a paz. Com o lema “Sois todos irmãos”, Francisco se propõe a uma “viagem de fraternidade” aberta a todos, na qual deseja mostrar sua proximidade especialmente às comunidades cristãs perseguidas, com as visitas a Mosul, Qaraqosh e Erbil, no Curdistão iraquiano.

 

“O Papa Francisco visita um país que sofre com a guerra, em que a população está em permanente estado de medo, uma nação de maioria muçulmana”, recorda dom Walmor, ao comentar que Francisco vai “de coração aberto” testemunhar o que está na sua carta encíclica Fratelli Tutti, sobre a fraternidade e a amizade social.

 

“Quando as diferenças são trabalhadas e administradas no amor e no compromisso fraterno do diálogo, elas se tornam riquezas. Cada cristão possa inspirar-se no exemplo do Papa Francisco testemunhando a fé não apenas com palavras, mas com disponibilidade para dialogar, para ouvir, cultivando proximidade”, deseja dom Walmor.

 

De acordo com informações divulgadas pela Santa Sé, um dos pontos altos da viagem será a visita a Ur, terra de Abraão, local símbolo para as três religiões monoteístas, onde será realizado o encontro inter-religioso que pretende reunir representantes de todas as religiões presentes no Iraque: cristãos de diversas denominações, muçulmanos xiitas e sunitas, judeus, yazidis, zoroastristas, entre outros.

 

Dom Walmor considera essa “presença afetuosa, sincera”, como forte testemunho do Evangelho: “inspira pessoas, transforma culturas”.

 

“Permaneço em comunhão com o Papa Francisco e, em minhas orações, suplico a Deus que o ilumine de modo ainda mais especial nessa sua importante missão no Iraque. Deus seja louvado por sua coragem, por seu coração aberto, por sua exemplaridade fraterna. É o que o mundo mais precisa”.

 

Peregrino penitente

O Papa Francisco enviou uma mensagem ao povo iraquiano antes de sua viagem. O pontífice se apresenta como “peregrino de paz e de esperança”. E recordando o pai Abraão, que “confiando em Deus, deu vida a uma descendência tão numerosa quanto as estrelas do céu”, convidou a todos os irmãos e irmãs: “caminhem com esperança e nunca deixem de olhar para as estrelas. Ali está a nossa promessa”.

 

Acompanhe a agenda do Santo Padre no Iraque:

Sexta-feira, 5 de março de 2021 – ROMA – BAGDÁ

Manhã

7:45 Partida de avião de Roma / Aeroporto Internacional Fiumicino para Bagdá: https://bit.ly/2OkisGt

Tarde

11:54 Chegada ao Aeroporto Internacional de Bagdá
12:00 Acolhida oficial no Aeroporto Internacional de Bagdá e encontro com o Primeiro Ministro na sala VIP do Aeroporto Internacional de Bagdá: https://bit.ly/2MSVPsq
13:00 Cerimônia oficial de boas-vindas no Palácio Presidencial em Bagdá (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
13:15 Visita de cortesia ao Presidente da República no escritório privado do Palácio Presidencial em Bagdá (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
13:45 Encontro com as Autoridades, a Sociedade civil e o Corpo Diplomático no salão do Palácio Presidencial em Bagdá (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
14:15 Deslocamento para a Catedral sírio-católica de Sayudat al-Nejat
14:40 Encontro com os Bispos, Sacerdotes, Religiosos/as, Seminaristas e Catequistas na Catedral Sírio-Católica de “Nossa Senhora da Salvação”, em Bagdá (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
15:40 Deslocamento para a Nunciatura Apostólica

Sábado, 6 de março de 2021 – BAGDÁ – NAJAF – UR – BAGDÁ

Manhã

5:45 Partida de avião para Najaf
6:30 Chegada ao Aeroporto de Najaf
07:00 Visita de cortesia ao Grande Aiatolá Sayyid Ali Al-Husayni Al-Sistani, em Najaf
08:00 Partida de avião para Nassiriya
08:50 Chegada no aeroporto de Nassiriya
09:10 Encontro Inter-religioso na Planície de Ur (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
10:30 Partida de avião para Bagdá
11:20 Chegada ao Aeroporto Internacional de Bagdá

Tarde

15:30 Deslocamento da Nunciatura Apostólica para a Catedral caldeia
16:00 Santa Missa na Catedral caldeia de São José, em Bagdá (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)

Domingo, 7 de março de 2021 – BAGDÁ – ERBIL – MOSUL – QARAQOSH – ERBIL – BAGDÁ

Manhã

5:15 Partida de avião para Erbil
6:20 Chegada ao aeroporto de Erbil
6:20 Acolhida pelo Presidente da Região Autônoma do Curdistão Iraquiano e Autoridades Religiosas e Civis da Região, no Aeroporto de Erbil
6:30 Encontro com o Presidente e o Primeiro Ministro da Região Autônoma, na Sala VIP Presidencial do Aeroporto de Erbil
07:00 Partida de helicóptero para Mosul
07:35 Chegada ao campo de pouso de Mosul
08:00 Oração de sufrágio pelas Vítimas da guerra, na Hosh al-Bieaa (Praça da Igreja) em Mosul (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
08:55 Partida de helicóptero para Qaraqosh
09:10 Chegada ao campo de pouso de Qaraqosh
09:30 Visita à Comunidade de Qaraqosh na Igreja da “Imaculada Conceição” em Qaraqosh (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
10:15 Transferência para Erbil

Tarde

13:30 Chegada no Estádio “Franso Hariri” – Papa passa entre os fiéis (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
14:00 Santa Missa no Estádio “Franso Hariri” em Erbil
15:45 Deslocamento para o Aeroporto de Erbil
16:10 Partida de avião para Bagdá
17:15 Chegada ao Aeroporto Internacional de Bagdá

Segunda-feira, 8 de março de 2021 – BAGDÁ – ROMA

07:20 Cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Bagdá (Evento com previsão de transmissão do Vatican News)
07:40 Partida de avião para Roma
12:55 Chegada ao Aeroporto Internacional de Roma/Ciampino

 

CNBB

Foto: Vatican Media