No próximo dia 2 de fevereiro, sob o mote central “Manter a luz da Esperança”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza o Dia de Oração diante da pandemia da covid-19. Na liturgia da Igreja, o dia marca a festa da Apresentação de Jesus no templo e também é dedicado à memória de Nossa Senhora da Luz.
Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a data foi escolhida pela entidade para pedir a intercessão da virgem Maria e de São José para fortalecer a esperança dos brasileiros frente às incertezas provocadas pelo contexto imposto ao mundo pelo novo Coronavírus. “Queremos, com este dia de Oração, pedir a Deus para alimentar a nossa esperança e ânimo para nos mantermos firmes no enfrentamento à pandemia”, disse.

 

Como símbolo e para estar em comunhão, a CNBB pede que, durante a programação do dia, os fiéis acendam uma vela. À noite, durante a oração do terço, pede-se que a vela, protegida contra o vento, seja colocada em um lugar visível, em uma janela, por exemplo. A ideia, segundo dom Joel, é que, ainda que pequena, a luz se irradie para as outras pessoas como sinal de esperança. Pode-se compartilhar, nas redes sociais, uma foto com a hashtag #LuzdaEsperança.

 

Programação do Dia de Oração

A programação tem início às 9h, com uma Missa no Santuário Nossa Senhora da Piedade, na capital mineira, presidida pelo arcebispo da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Às 17h, a CNBB realiza uma live que buscará refletir sobre as fontes que alimentam o ânimo e a esperança neste tempo de pandemia.

 

Participam desta live, o frei Paulo Batista, membro da Fraternidade São Francisco de Assis na providência de Deus; Salésio e Angelita, casal da Pastoral da Família de Santa Catarina; Mariana Azevedo, da Pastoral dos Surdos; Artur Vinícius e Estephany Maria da Silva, adolescentes da Infância Missionária; e a Cristiane Araújo Queiroz, secretária executiva do Regional Norte 2 da CNBB. O momento poderá ser acompanhado pelas redes sociais da CNBB.

 

Direto do Santuário Nacional de Aparecida (SP), às 19h, será realizado o Terço. Para este momento, a CNBB pede que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas. A oração do terço será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida. A programação encerra-se às 21h, com a Oração da Noite, rezada da Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, pelo secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado e convidados. A atividade será transmitida ao vivo pelas redes sociais.

 

MOMENTOS DE ORAÇÃO:

• 9h – MISSA do Santuário Nossa Senhora da Piedade, presidida pelo presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, gerada pela TV Horizonte e retransmitida pelas tvs católicas Evangelizar, Nazaré e Pai Eterno.

• 17h – LIVE sobre as fontes de ânimo em tempo de pandemia, com transmissão pelas redes sociais da CNBB.

• 19h – TERÇO do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, transmitido pela TV Aparecida. Para este terço, a CNBB pede que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas, de modo que, ainda que pequena, a luz irradie para as outras pessoas.

• 21h – ORAÇÃO DA NOITE, da Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, com transmissão pelas redes sociais da CNBB.

 

SERVIÇO:
Dia de Oração diante da pandemia: “Manter a luz Esperança”
Data: 2 de fevereiro de 2021, terça-feira
Horários: Às 9h, 17h, 19h e 21h.

 

Acompanhe nas redes sociais da CNBB:
Facebook: CNBBNacional
Youtube: CNBB Oficial 
Twitter: CNBB Nacional 

 

CNBB

Download App Arquidiocese de Londrina

Considerando os últimos decretos publicados pela Prefeitura de Londrina com medidas de enfrentamento à pandemia da COVID-19, a arquidiocese emite novas orientações para as atividades das paróquias e comunidades. Crianças a partir de 8 anos poderão participar das celebrações junto com pais ou responsáveis, e a distância mínima entre as pessoas passa a ser de 1,5 metro.

Leia o documento na íntegra.

 


 

Atualização das orientações sobre a pandemia em atenção aos Decretos nº 1234 (26 de Outubro de 2020) e 1304 (11 de Novembro de 2020)

 

Ao clero e ao povo de Deus da Arquidiocese de Londrina!

Saudações de saúde, paz e bem!

 

Diante das alterações expostas pela Prefeitura de Londrina nos últimos decretos, orientamos que, nas comunidades onde for possível, os espaços das celebrações sejam readequados e devidamente marcados para possibilitar o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, aumentando a possibilidade de participação de até 50% da capacidade do local.

 

Fica também liberada a participação de crianças maiores de 08 anos completos, desde que acompanhadas dos pais, ou responsáveis maiores de 18 anos. Orientamos que as crianças permaneçam com os responsáveis durante toda a permanência na igreja sempre usando a máscara de proteção.

 

Sabemos do Decreto da Prefeitura Municipal sobre a liberação de crianças maiores de 05 anos, porém, considerando a dificuldade para que as crianças nesta idade permaneçam muito tempo de máscara e quietas, decidimos não liberar a participação de menores de 08 anos.

Londrina, 16 de Novembro de 2020.

 

Atenciosamente em Cristo Jesus.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

 

 

 

A Arquidiocese de Londrina publica nesta tarde, 29 de junho, nova orientação sobre as celebrações Eucarísticas na arquidiocese. Os padres reunidos por videoconferência decidiram manter a suspensão das missas presenciais até 12 de julho.

A novidade é que foi autorizada a distribuição da Sagrada Eucaristia para os fiéis que participarem da missa on-line e do rito litúrgico breve da Sagrada Comunhão e Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, a ser realizado na Igreja conforme orientação do pároco. Para isso, será disponibilizado roteiro extraído do Ritual Romano: Sagrada Comunhão e Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa.

As orientações serão regulamentadas por decreto oficial a ser publicado na quinta-feira, 2 de julho.

Leia a nota na íntegra:

 


NOTA OFICIAL

 

Neste dia 29 de junho, dia de São Pedro Apóstolo, o Clero da Arquidiocese de Londrina esteve reunido, por videoconferência, para avaliar a possibilidade da volta das missas presenciais na arquidiocese.

 

A Arquidiocese de Londrina comunica que as Missas com a presença de fiéis continuam suspensas em toda a arquidiocese, até 12 de julho. Secretarias e igrejas continuam abertas para atendimentos individuais e orações pessoais. No dia 10 de julho os padres voltarão a se reunir para tratar da questão.

 

Decidimos autorizar a distribuição da Eucaristia dentro das Igrejas, conforme orientação a ser dada pelos párocos, para os fiéis que participarem da missa através dos meios de comunicação e participarem do devido rito litúrgico da Sagrada Comunhão e Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, conforme roteiro e orientações disponibilizados à parte.

 

Continuemos confiando-nos à misericórdia de Deus e fazendo a nossa parte em vista da vida plena para todos, especialmente os mais indefesos. Prestemos atenção às medidas de higiene indicadas pelas autoridades para o atendimento seguro das pessoas. Continuemos alimentando a fé do nosso povo com o anúncio da Palavra de Deus, Celebrações Eucarísticas on-line, devoção a Nossa Senhora, Igreja Doméstica, Comunhão Eucarística a partir do Rito Breve fora da Missa, Comunhão Espiritual e Caridade.

Obs.: O decreto oficial regulamentando a decisão será publicado no dia 2 de julho de 2020.

O Sagrado Coração de Jesus seja nosso guia!

Londrina, 29 de Junho de 2020.

 

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

 

Download da nota aqui

A Catedral Metropolitana de Londrina prepara uma vasta programação para a Festa do Padroeiro da arquidiocese e da cidade, comemorado na próxima sexta-feira, dia 19 de junho.

 

As atividades já terão início na quinta-feira, às 18h, com o Canto Solene das Vésperas da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e participação especial dos Arautos do Evangelho. Promete ser um momento de intensa reflexão, transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese de Londrina, Catedral Metropolitana e Rádio Alvorada.

 

A programação de sexta-feira, Dia do Padroeiro, também está pra lá de especial. Às 9h, os internautas poderão acompanhar a inauguração e bênção da nova Cripta; em seguida, a Santa Missa Solene, presidida por Dom Geremias Steinmetz.

 

Após a Santa Missa, a comissão da Festa do Padroeiro organiza uma grande feijoada (que poderá ser retirada direto no estacionamento da Catedral com todas as medidas para atender as normas dos órgãos de saúde para a entrega das porções). “Sempre tivemos uma festa com barracas de quitutes, shows, brincadeiras infantis etc. No entanto, por conta da pandemia, cada um poderá comemorar o Padroeiro  adquirindo a feijoada para degustar dentro de casa com a família. Será uma forma diferente – mas igualmente intensa –  de celebrar a festa nas nossas Igrejas domésticas” – explica o Cura da Catedral, padre Rafael Solano Durán. “Mais uma vez, cada lar se torna uma pequena Catedral” – enfatizou.

 

Ainda na sexta, às 15h, um momento extraordinário de oração online com todo o Movimento do Apostolado da Oração, com exposição, adoração e benção Eucarística sobre nossa cidade de Londrina.

 

Vale lembrar que toda programação será transmitida online pela página do Facebook da Catedral  @catedrallondrinapr , pelo Facebook da Arquidiocese de Londrina @arqlondrina no Youtube através dos canais Catedral de Londrina e Arquidiocese de Londrina e também pela Rádio Alvorada FM 106,3

 

A Feijoada pode ser adquirida na Secretaria da Catedral ou online pelo site www.catedrallondrina.com.br  por R$ 40 (quarenta reais – acompanhado de torresmo e farofa). O valor arrecadado será destinado para as ações pastorais e sociais mantidas pela Catedral.

Mais informações para aquisição da Feijoada do Padroeiro pelos fones (43) 3324-5255 ou (43) 99992-5255

 

 

 

 

 

Londrina, 17 de junho de 2020

 

De acordo com as indicações da Prefeitura de Londrina e por motivos que todos nós conhecemos, a inauguração da Nova Cripta da Catedral e a Missa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus na Catedral Metropolitana de Londrina, não terá a participação de todo clero da arquidiocese e grupo de convidados. Participarão somente o arcebispo dom Geremias Steinmetz e o monsenhor Bernard Gafá. Todos poderão acompanhar as solenidades através das redes sociais.

 

Agradecemos a compreensão.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

 

 

 

Reunidos em videoconfrência no dia 10 de junho, o arcebispo dom Geremias Steinmetz e os padres da Arquidiocese de Londrina decidiram por manter as missas sem a presença de fiéis até o fim de junho.

 

Leia na íntegra:

 


 

NOTA OFICIAL

No dia 10 de junho de 2020, véspera da Solenidade de Corpus Christi, o Clero da Arquidiocese de Londrina esteve reunido por videoconferência, para avaliar a possibilidade da volta das missas presenciais na arquidiocese. Em reunião no dia 22 de maio, decidiu-se por manter as missas presenciais suspensas até o dia 15 de junho, quando a questão seria reavaliada.

Considerando que desde o dia 22 de maio até o presente momento a situação da pandemia não decresceu nas cidades da arquidiocese, pelo contrário, só vem piorando, com dados preocupantes em relação ao número de infectados que necessitam ocupar leitos nos hospitais e UTIs da região, os argumentos levantados no dia 22 de maio continuam atuais.

Portanto, a Arquidiocese de Londrina comunica que as Missas com a presença de fiéis continuam suspensas em toda a Arquidiocese, até o final do mês de junho, quando a questão será reavaliada. Secretarias e igrejas continuam abertas para atendimentos individuais e orações pessoais.

Continuemos confiando-nos à misericórdia de Deus e fazendo a nossa parte em vista da vida plena para todos, especialmente os mais indefesos. Prestemos atenção às medidas de higiene indicadas pelas autoridades para o atendimento seguro das pessoas. Continuemos alimentando a fé do nosso povo com o anúncio da Palavra de Deus, Celebrações Eucarísticas online, a devoção a Nossa Senhora, a Igreja Doméstica, a Comunhão Espiritual e a Caridade.

O Sagrado Coração de Jesus seja nosso guia!

Londrina, aos 12 de Junho de 2020.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

 

DOWNLOAD DA NOTA

 

O arcebispo dom Geremias Steinmetz publica, nesta quarta-feira, 3 de junho, orientações para a celebração do Corpus Christi deste ano.

Leia na íntegra:

 


ORIENTAÇÕES PARA CORPUS CHRISTI – 11/06/2020

A Eucaristia nos convoca à unidade de toda a Igreja, pois nos une a todos ao redor da mesma mesa. A celebração de Corpus Christi é a maior manifestação pública deste Mistério da Salvação. Neste intuito sugerimos para a Celebração de Corpus Christi neste ano de 2020 o seguinte:

  1. O horário da Missa de Corpus Christi fica liberado para o que melhor convier a cada paróquia;
  2. O quanto possível as celebrações sejam transmitidas pelos Meios de Comunicação disponíveis (Rádio, internet, etc.) para facilitar a participação dos fiéis e, naturalmente, evitar qualquer tipo de aglomeração;
  3. Nessa missa todos os sacerdotes renovem seus votos de consagração e fidelidade à Igreja;
  4. Em vez de procissão presencial, um carro de som poderá passar pelas ruas da paróquia conduzindo o Padre com o Santíssimo Sacramento, abençoando a todos. Planejar a bênção especialmente para hospitais, asilos, Postos de Saúde, CRAS, favelas e outros lugares onde se manifesta a fragilidade das pessoas e da sociedade;
  5. Informar às famílias o trajeto do carro de som para poderem se preparar e receber a Bênção do Santíssimo;
  6. É importante que os padres estabeleçam contato com os coordenadores das instituições acima citadas para que o Ssmo. Sacramento seja recebido com um mínimo de preparação e dignidade em frente à instituição;
  7. Ao meio-dia todas as paróquias façam soar os sinos da igreja como homenagem á Solenidade de Corpus Christi.

Londrina, 3 de Junho de 2020

Atenciosamente,

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano

Download 

 

Somos seres relacionais. Fomos criados por Deus para estarmos em conexão uns com os outros. Feitos para amar, sofremos com o isolamento social. Em tempos de pandemia do Covid-19 fomos chamados à construir igrejas domésticas on-line em nossos lares, ficando afastados das nossas comunidades físicas nas paróquias, protegendo assim à cada um de nós e àqueles que amamos.

 

Há tempos que já consumimos produtos e serviços, inclusive informação, de forma mais assídua pela internet. Esse comportamento geral da população é algo que parece irreversível e um fato crescente em nossos dias. Com a crise do coronavírus passamos a acompanhar as transmissões da Santa Missa pela TV ou pelas redes sociais. Sacerdotes e leigos têm promovido terços, grupos de oração, adoração ao Santíssimo Sacramento, formações, direção espiritual etc. via Facebook, Instagram e Youtube, tudo para aliviar um pouco o sofrimento e a solidão. Assim, nossas igrejas domésticas, dia após dia tem-se se tornado mais virtuais.

 

Desde o dia 9 de março em função da pandemia do Covid-19, o Santo Padre quis que suas missas diárias na Casa Santa Marta no Vaticano, que antes tinham caráter privado, passassem a ser transmitidas on-line, para estar mais próximo do povo de Deus, e as homilias divulgadas na íntegra.

 

Foto: AFP Vatican News

Porém, no último dia 17 de abril, sexta-feira, nessa missa diária, o Papa Francisco alertou para o risco de uma fé gnóstica, sem comunidade e contatos humanos reais, vivida unicamente por meio da internet que “viraliza” os sacramentos. Precisamos recordar que a fé católica é baseada na experiência concreta entre três sujeitos: Deus, os irmãos e cada um de nós individualmente.

 

A aliança entre Deus e o seu povo nos põe numa dinâmica de vida comunitária, em Cristo, somos todos irmãos e congregados na mesma fé, esperança e caridade. Isso gera em nós um espírito de comunhão, queremos partilhar a alegria do Ressuscitado e os bens espirituais advindos D´Ele mesmo, expressando mutuamente essas maravilhas nos encontros de fé. Desse modo, no dia 17 de abril, o pontífice, com preocupação disse: “as pessoas que estão em conexão conosco (terão) somente a Comunhão espiritual. E esta não é a Igreja. Esta é a Igreja de uma situação difícil, que o Senhor a permite, mas o ideal da Igreja é sempre com o povo e com os Sacramentos”.

 

Assim, fica muito claro que nossa fé não pode estar baseada em algo constituído por uma simulação criada por meios eletrônicos, que são as transmissões virtuais. Isso nos ajuda e muito, neste tempo de pandemia, a rezar, a nos colocar em reflexão, a nos alimentar de algum modo espiritualmente. Porém não podemos nos contentar com isso. Precisamos ter plena consciência que este é um tempo “anormal” de nossa Igreja que, com todo o cuidado com as normas sanitárias vigentes e nossa oração, iremos superar. Consumimos informação, livros, roupas, calçados pela internet, mas a riqueza que são os sacramentos dados por Cristo por meio da Igreja, a cada um de nós, precisa ser recebido presencialmente.

 

Foto: Terumi Sakai

Cristo se dá em seu corpo e sangue, está no Sublime Sacramento da Eucaristia. Ali está a presença espiritual e humana da segunda pessoa da Trindade. Isso não nos comove? Não nos causa ansiedade para encontrá-Lo com a comunidade reunida? Se a resposta for não, alguma coisa está errada. Infelizmente, muitos católicos se “acostumaram” com uma fé virtual, não lhes diz mais nada a experiência de “tocar a chaga aberta” como fez São Tomé. Cristo quer que caminhemos ao seu encontro nos sacramentos e onde “dois ou mais” estiverem reunidos, tal como a experiência do apóstolo incrédulo. Por vezes, ficamos tempo sem ver nossos pais, um parente ou amigo querido, sentimos saudades, queremos abraçar, conversar, estar junto, pois sentimos muita falta. Isso precisa mesmo nos causar alguma dor, em especial a distância do nosso amado Jesus Cristo presente na Eucaristia, que não temos podido receber regularmente nos últimos tempos.

 

Segundo a Sagrada Escritura a fé é “o fundamento da esperança, é uma certeza do que não se vê” (Hb 11,1). De fato, não vemos o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia, mas cremos nisso, esta é a nossa fé. É urgente continuarmos desejosos de receber os sacramentos, viver a vida na comunidade cristã, dar o abraço da paz. Podemos neste momento até usar de meios virtuais para viver nossa fé, mas a fé não é virtual, ela é real e verdadeira, fundamentada em Nosso Senhor Jesus Cristo!

Jefferson Bassetto
Seminarista da teologia da Arquidiocese de Londrina

 

Artigo publicado pela Revista Coração de Jesus, Edição 308, ano 2020 (Catedral Metropolitana de Londrina).

[dropcap]É[/dropcap] visível na história da Igreja como, ao passar do tempo, o Espírito Santo vai agindo, movimentos vêm e vão e a Palavra de Deus nutre a vida do povo, sobretudo, em tempos de dificuldade. Nos últimos anos a Igreja, principalmente no Brasil e América Latina, vem passando por uma conversão bíblica. Com a animação bíblica Pastoral a Palavra tem voltado para seu devido lugar. Corremos um risco e passamos por um tempo de supervalorizar a comunhão eucarística em detrimento da Palavra de Deus. Fomos a Igreja do Pão, mas esquecemos que o Pão só vem até nós pela Palavra. Assim percebemos o quanto somos a Igreja da Palavra e do Pão.

“Comer sua carne e beber o seu sangue, não apenas no mistério eucarístico, mas também na leitura da Escritura.” (São Jeronimo, carta 53 a Paulina)

Tudo foi feito pela Palavra de Divina (cf. Jo 1,3). Cristo é a Palavra que se faz carne e habita no meio de nós. Pela força da sua palavra nos deixa sua presença real no Pão. A Eucaristia não se reduz apenas à comunhão, mas a toda liturgia da Celebração Eucarística. Renovando a certeza de que precisamos “comer sua carne e beber o seu sangue, não apenas no mistério eucarístico, mas também na leitura da Escritura.” (São Jeronimo, carta 53 a Paulina).
Quando fazemos a proposta de resgatar a origem da nossa fé, necessitamos de um retorno às primeiras comunidades cristãs e não ao triunfo da Igreja após Constantino. Conhecer os grupos de Jesus, e as primeiras comunidades petrinas, paulinas e joaninas.Diante da Pandemia mundial com o novo coronavírus, nos deparamos com pessoas que reivindicam os sacramentos e o direito ao culto e comunhão. Fruto de uma catequese que vivemos há tempos, sacramentalista e muitas vezes deixando de lado o caminhar com o Senhor, a Igreja doméstica e força da Palavra. Os sacramentos não são um fim em si mesmos, mas são instrumentos para expansão do Reino de Deus. Nossa catequese deve nos conduzir ao discipulado como condição para os sacramentos “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19)

 

Esse tempo mexe diretamente com a forma em que estávamos acostumados a celebrar, ao que tínhamos como valores e ao mesmo tempo questiona a fé que cultivávamos. Mas é tempo de esperança e com isso podemos sair mais fortes. O isolamento social nos tira do templo e nos leva para a Igreja Doméstica, mesmo como que à força, aprendemos a presença de Cristo nos irmãos (cf. Mt 25,40), em casa e na oração pessoal. Para bem viver esse período faz-se necessário uma conversão na Presença Real do Senhor na Sagrada Escritura. Palavra essa que está próxima de nós, em nossas mãos e corações para colocarmos em prática (cf. Dt 30,14).

 

Não estamos em tempos de clamar a abertura de igrejas, mas de abrir em nossos lares a Igreja doméstica e comungarmos a Palavra de Deus, que arde o nosso coração e nos convoca ao partir do pão, que hoje podemos fazer em obras de misericórdia com o Cristo presente nos mais vulneráveis. Temos a oportunidade de ressignificar muita coisa. Isso só possível se abrirmos os nossos corações à ação do Espirito Santo.

 

O mesmo Espírito que inspirou as Sagradas Escrituras está hoje nos ajudando a perceber o quanto é o tempo da Palavra. “Escutai o que Espírito diz às igrejas” (Ap 2,17). Cristo está presente em cada lar e família que diante da sua Palavra reza unida. “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei, no meio deles” (Mt 18,19). Está abençoando através das mãos de tantos pais, avós, irmãos, tios. A fé é a mesma, a essência continua a mesma, a ação de Deus acontece, porém agora de uma forma diferente e não menos importante. Unimos na comunhão espiritual toda a igreja. Podemos sentir como vivem aqueles que estão afastados da mesa do Senhor.

“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei, no meio deles” (Mt 18,19)

Vamos sair melhores de tudo isso, contudo, todo tempo de crise deve ajudar no crescimento pessoal e eclesial. Que esse período nos ensine a força da Palavra de Deus e enquanto não voltamos com a comunhão física, vivamos o tempo da Palavra e nos deixemos transformar por ela que é “viva e eficaz” (Hb 4,12). E assim como Maria afirmarmos “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Na alegria da esperança que nos salva e nos dá forças em meio às inseguranças da vida.

Em Cristo,

Pe. Djonh Denys
Pároco Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Vila Oliveira – Rolândia PR

 

 

 

 

 

Foto destaque: Terumi Sakai