A Missa com o rito de ordenação presbiteral do diácono Renato Augusto Ferreira, SAC, no dia 3 de agosto, foi presidida por dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia, arquidiocese na qual o sacerdote exerceu o diaconato na Paróquia São Vicente Pallotti e onde irá, a princípio, trabalhar como vigário paroquial.

Iniciando a celebração eucarística, o pároco, padre Luciano Macedo, SAC, acolheu a comunidade, os visitantes, os padres, diáconos, religiosos e seminaristas presentes. Destacou que mais uma vez a paróquia se alegra por receber um filho de sua cidade para a Missa com o rito da ordenação sacerdotal. Diácono Renato vai ser o 22º padre nascido em Cambé. “O 14º palotino entre os padres de outras congregações e diocesanos”, destacou padre Luciano. 

Na sequência, pediu que os padres e diáconos presentes, mais de 15, se apresentassem à assembleia. Entre eles, o reitor da Província São Paulo Apóstolo dos Padres e Irmãos Palotinos, Reinaldo Baggio, SAC, e o vice-provincial e reitor do Santuário Nossa Senhora Aparecida de Arapongas, Cristiano de Jesus, SAC.

A Missa seguiu com os Ritos Iniciais e a Liturgia da Palavra até o Rito de Ordenação de um Presbítero, conduzido pelo provincial, acompanhado pelo ordenante.

Com Renato Augusto aceito para a Ordem do Presbiterato, dom João fez a homilia, na qual aconselhou o candidato ao sacerdócio a ser “operador zeloso da nossa ordem sacerdotal para que as palavras do Evangelho, caindo nos corações humanos através de sua pregação, possam dar muitos frutos. Tenha o coração sempre aberto para escutar a Palavra que você vai ensinar”, falou dom Justino.

Manifestando estímulo, prosseguiu com um conselho que denominou ser de “ordem pastoral”. “Onde estiver, nas paróquias, nos santuários, nas missões que a sua congregação lhe confiar, leve sempre seu zelo. Nunca se esqueça, diácono Renato Augusto, nós ordenados presbíteros e bispos não vivemos o sacerdócio como um privilégio, não é para nos destacarmos dos irmãos e irmãs, mas é para nos colocarmos a serviço da santificação dos irmãos e das irmãs na dinâmica da vida litúrgica da Igreja, especialmente por meio dos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia”.

Por fim, advertiu: “Seja zeloso para celebrar a Liturgia da Igreja e vença aquela tentação que pode vir. Quem é o maior? Você foi escolhido no meio do povo para servir o povo!”

Feito o propósito de ingressar na Ordem dos Presbíteros, veio a Ladainha dos Santos com Renato Augusto prostrado ao chão em sinal de humildade e de entrega. Na sequência, a imposição das mãos e a Prece de Ordenação, quando é invocado o Espírito Santo.

Os paramentos, ele recebeu dos padrinhos, um casal de amigos, de Goiânia, que entrou pela nave central acompanhado dos filhos. A estola foi revestida pelo padre José Lino, SAC, convidado para fazer a pregação na primeira Missa, e a casula pelo provincial Reinaldo Baggio, SAC.

Feita a unção das mãos, teve a fita nelas envolta e retirada pelos pais, a quem abençoou. Logo após, duas amigas cambeenses de longos anos, levaram até ele o pão e o vinho acondicionados na patena e no cálice.

Ordenado padre, Renato Augusto, SAC, foi acolhido pelos demais sacerdotes. Terminado o Rito de Ordenação, a Missa prosseguiu com a Liturgia Eucarística. Depois da comunhão vieram os agradecimentos e a leitura da ata.

O provincial, Reinaldo Baggio, agradeceu a “Deus por conceder à Igreja e aos palotinos mais um sacerdote, a dom João pela disponibilidade e à comunidade cambeense pela generosidade na acolhida dos palotinos. Nós os amamos muito e os queremos muito, muito, muito próximos de nossos corações”. Encerrando, pediu a Renato que “como padre seja um homem espiritual, um homem que se deixa levar pelo Espírito de Deus”.

Em seus agradecimentos, padre Renato enfatizou o apoio dos pais e dos falecidos avós materno e paterno à sua vocação, “a Deus e aos padres Amaury José Domingues, SAC, ex-pároco, que plantou as primeiras sementes e me ajudou a discernir no chamado, e José Lino, SAC, meu promotor vocacional”.

Para terminar, consagrou seu ministério sacerdotal a Nossa Senhora e depositou um buquê de flores aos pés de uma antiga imagem de Nossa Senhora Aparecida, exposta no presbitério.

Explicou que a decisão foi embasada na atitude de seu pai que “em 25 de junho de 1993, pouco depois de eu nascer, veio diante desta imagem e me consagrou”.

Finda a leitura da ata pelo vice-provincial, Cristiano de Jesus, SAC, o arcebispo deu a bênção final com o neossacerdote ajoelhado de frente para ele.

Sérgio Marchese
Pascom Paroquial

Fotos: Edna Vieira

No dia 28 de julho, o padre Lucimar de Assis Mendes, SF, pároco da Paróquia Cristo Rei, em Cambé, celebrou 17 anos de ordenação presbiteral. A comunidade comemorou junto ao sacerdote no sábado, 27, com a Santa Missa. Os paroquianos homenagearam o sacerdote com o lema de sua ordenação: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2,20). Na sequência, os coordenadores de pastorais entregaram 17 rosas a Nossa Senhora de Fátima, a quem padre Lucimar é devoto, representando cada ano de ordenação. Após a cerimônia, os paroquianos se reuniram no salão paroquial para celebrar com um jantar partilhado, fortalecendo os laços de fé e comunidade.


A cada ano, padre Lucimar continua a fazer memória de sua ordenação, como uma forma de renovar e celebrar o dom da vocação e do chamado de Deus. “Não deixa de ser um mistério ser clamado, convocado, tirado do meio do povo, e depois de um certo tempo ser enviado para o povo,” refletiu, citando São João Maria Vianney: “O sacerdote não é para si, mas para vós!”

Ordenação
No dia 28 de julho de 2007, padre Lucimar celebrou um dos momentos mais significativos de sua vida: sua ordenação sacerdotal. Para chegar até esse dia memorável, os preparativos foram minuciosamente organizados desde a Espanha, onde ele residiu por alguns anos.


“Aproximando o dia, a correria foi grande, e o melhor seria aproveitar o local onde já estava para organizar e deixar tudo como sempre sonhei,” relatou padre Lucimar. Ele dedicou-se aos mínimos detalhes: convites, lema sacerdotal, livrinhos para a celebração, lembrancinhas, música, conversas com o bispo, cerimonial, flores, local, liturgia, fotógrafo, recepção, convidados, veste sacerdotal, ornamentação e muito mais.

Padre Lucimar com seus pais no dia da ordenação


A preparação intensa culminou em um tríduo, três dias de celebrações que padre Lucimar descreve como “uma preparação agradável e emotiva”. Nessas vésperas, amigos encheram a frente da casa de seus pais com cartazes, faixas e até mesmo um desenho da Sagrada Família em pó de serragem, criando um ambiente de grande expectativa e alegria.


Inicialmente, a ordenação estava programada para acontecer na Matriz de São Sebastião, em Taiobeiras (MG), sua cidade natal. No entanto, devido à grande quantidade de pessoas, o evento foi transferido para um poliesportivo. “Nas cidades do interior, estes acontecimentos são vividos com muito mais fervor por todos,” destacou.


Passados 17 anos desde aquele dia, padre Lucimar continua a fazer memória de sua ordenação a cada ano, como uma forma de renovar e celebrar o dom da vocação e do chamado de Deus. “Não deixa de ser um mistério ser clamado, convocado, tirado do meio do povo, e depois de um certo tempo ser enviado para o povo,” refletiu, citando São João Maria Vianney: “O sacerdote não é para si, mas para vós!”


Compreender o sacerdócio como vocação é, para padre Lucimar, responder ao chamado de Deus com total entrega. Ele fala da necessidade de renunciar a si mesmo, doar-se por inteiro e abrir mão de coisas essenciais na vida, como a família, o conforto e os amigos, para estar a serviço do povo de Deus. “Não que isso não seja importante, mas a proposta de Deus, o chamado requer uma maior adesão, para viver só por, para e com Ele, para assim poder se entregar por completo na missão de evangelizar,” explicou.
Todos os anos, no dia de sua primeira Missa, padre Lucimar relembra um texto de um amigo:


“Padre Lucimar, saiba que como sacerdote, entregará aos homens o que ninguém mais poderá oferecer. As tuas mãos consagradas farão realidade cada dia a grande promessa de Jesus, ‘Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos’ (Mt 28,20). As tuas mãos nos entregarão o ‘Deus conosco’, o ‘Emanuel’ feito carne, feito pão. O Mistério da Eucaristia deve ser em tua vida a realidade mais importante. Não unicamente porque todos os dias celebres com a maior dignidade o Santo Sacrifício da Missa, mas em primeiro lugar porque toda a tua vida seja eucarística, doação, entrega, sacrifício, ação de graças… Este é o único caminho da santidade sacerdotal, este é o único caminho que fará de tua vida uma seta que aponta para o único absoluto, Deus. Ao repetir as palavras e os gestos de Jesus sobre o pão e vinho, que se transformarão no Corpo imolado e no Sangue derramado do Senhor, não te esqueças que tu mesmo deves ser presença sacramental do Senhor na vida das pessoas. Quando olhem para ti não vejam você, mas o próprio Senhor; ao escutar as tuas palavras e verem os teus gestos, não esqueças que você é Alter Christos, outro Cristo.”


Para o sacerdote, a ordenação foi um momento de grande significado e uma oportunidade contínua para renovar seu “sim” ao chamado divino. “Vejo como um belo momento para renovar o meu sim, o meu fiat voluntas tua,” concluiu.

Cris Andréia Cauvilla
Pascom Paroquial

Fotos: Kátia Toffolo e Marilene Maria de Souza

Primeiro trabalho do neossacerdote como presbítero é na Paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã, onde já atuava como diácono

A Arquidiocese de Londrina, nos últimos dias de 2023, ganhou um novo sacerdote. Alan Carlos Araújo de Oliveira foi ordenado presbítero pela imposição das mãos do arcebispo dom Geremias Steinmetz, no dia 30 de dezembro, em celebração eucarística na Paróquia Santa Margarida de Cortona, em Bela Vista do Paraíso. O neossacerdote escolheu como lema presbiteral a expressão de Santo Inácio de Loyola: “Em tudo amar e servir”.

Além de familiares e amigos, estiveram presentes na celebração padres, religiosos, seminaristas e leigos da arquidiocese, com destaque para os representantes das comunidades por onde padre Alan passou no seu tempo de formação. No cair da tarde de sábado, as leituras da missa trouxeram a liturgia da festa do domingo, 31 de dezembro, da Sagrada Família.

Na homilia, dom Geremias relacionou a temática da família à reflexão sobre a própria Igreja. “Sempre que podemos pensar sobre a família, não pensamos simplesmente a nossa família, com o núcleo: pai, mãe e filhos, mas pensamos na Igreja, nas nossas comunidades. E através da reflexão sobre a família, vamos percebendo quantas coisas precisamos continuar cultivando para que o Reino aconteça”, destacou dom Geremias.

Dirigindo-se ao ordenando, o arcebispo extraiu cinco orientações das leituras para a vivência cristã e presbiteral: 1) a centralidade da fé na Pessoa e no Mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo; 2) Sábio é quem sabe lidar de maneira inteligente e justa com as coisas do dia a dia, ou seja, todos são chamados a ser santos vivendo bem o seu dia a dia, os “santos ao pé da porta”, como diz o Papa Francisco; 3) A fé cristã nos liberta das muitas escravidões as quais o pecado nos conduz; 4)  A importância do cuidado com a vivência e a experiência de fé dentro das nossas casas, “como é bom ter famílias que vivem uma espiritualidade profunda calcada no mistério de Nosso Senhor. Como é bom, padres, seminaristas, leigos e leigas entenderem isso e, a partir do seu lugar, do seu espaço, das suas possibilidades, viver essa experiência de fé”; e 5) O cristão, assim como o presbítero, deve escutar a Palavra, colocar Deus em primeiro lugar e estar pronto a acolher a consolação que Deus sempre nos oferece.

Em seus agradecimentos, padre Alan expressou a alegria de partilhar esse momento com as pessoas que participaram de sua formação e, comentando o lema “em tudo amar e servir”: “eu quero realmente, junto ao clero de Londrina, amar aos meus irmãos. Amar verdadeiramente, sem distinção, amar sem nenhum interesse, me colocar a serviço do próximo nas mais diversas necessidades. O amor doação, é isso que Cristo nos ensina!” O neossacerdote encerrou sua fala consagrando-se à Virgem Maria, presença constante em sua vida. 

Em nome do clero, padre André de Oliveira, pároco da Cristo Redentor e membro da Pastoral Presbiteral, acolheu padre Alan ao presbitério da Arquidiocese de Londrina. Padre André fez um pedido ao neossacerdote: “viva o teu ministério, não isolado, pois você pertence a uma Igreja. Viva o teu ministério a favor do povo e principalmente com muita humildade”; e ofereceu o auxílio do clero de Londrina: “Conte conosco, não se isole, você está entre irmãos, e não hesite, nos momentos mais difíceis do teu ministério, em pedir ajuda e, principalmente, em ser presença.”

Padre Alan presidiu sua primeira missa no domingo, 31 de dezembro, na Paróquia São João Batista de Bela Vista do Paraíso. Como padre, ele continuará exercendo seu ministério na Paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã, onde já atuava como diácono.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Ernani Roberto, José Faria de Oliveira

“Em tudo amar e servir” (Santo Inácio de Loyola)

A Arquidiocese de Londrina e o diácono Alan Carlos Araújo de Oliveira convidam para a Solene Celebração Eucarística de ordenação presbiteral no dia 30 de dezembro, às 15h na Paróquia Santa Margarida de Cortona, em Bela Vista do Paraíso.

A Santa Missa de ordenação será transmitida pelas redes sociais da arquidiocese.

Rezemos por esse nosso futuro sacerdote!

Londrina acolhe quatro novos padres que abraçaram a vocação na vida adulta

Em sintonia com o 3º Ano Vocacional, a Arquidiocese de Londrina celebra a graça do sim de quatro neossacerdotes. Em fevereiro, foram ordenados os padres Jefferson Bassetto, Ricardo Vicente Campanuci e Sidnei de Jesus Izzo Júnior, e em março, Juniar Aparecido Padilha.

São quatro vocacionados que exemplificam o lema do Ano Vocacional “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc 24, 32-33). As suas vocações foram amadurecidas ao longo do caminho, mas a semente foi plantada no início das suas iniciações à vida cristã.

O padre Sidnei de Jesus Izzo Júnior conta que sua primeira Eucaristia foi um encontro pessoal com Jesus. “Foi o despertar da vocação, de que Deus existia. Eu deveria ter uns dez anos”, recorda. Mas pelos planos de Deus, esse chamado teve que ficar em espera, pois com 12 para 13 anos ele perdeu o pai e precisou ajudar em casa. “A vocação ficou adormecida”, afirmou.

A vocação ficou adormecida, mas não a missão de servir a Deus. Participou de grupos de adolescentes e jovens, fazia as leituras nas missas. E aos 18 anos, entrou para a Renovação Carismática Católica (RCC) e ali o chamado à vocação sacerdotal começou a ficar mais forte.

“Fiz faculdade, trabalhava, namorava, mas nada disso preenchia. Tinha um vazio dentro de mim. Então decidi fazer um ano de adoração ao Santíssimo. Uma vez por semana eu ficava com Jesus e ali também começou um grande amor por Nossa Senhora. Comecei a estudá-la”, contou o neossacerdote.

Ele recorda que um dia estava adorando Jesus, quando começou a chorar e sentiu uma grande necessidade de se confessar. Neste processo entendeu que era um chamado para fazer os encontros vocacionais. E aos 29 anos, padre Júnior entrou para o seminário.

“A vocação vai brotando e junto com Jesus fui tendo o discernimento. Entrei no seminário com a certeza que queria ter mais intimidade com Jesus. Foi uma decisão fácil, preparei minha família. Vi como um processo de Deus para me preparar para ser o primeiro religioso da família”, disse.

Padre Júnior quer ser um bom pastor para as pessoas. “Aquele que é pai, que ama, corrige, que tem misericórdia, que quer ser moldado pelo Senhor e sua comunidade”, afirmou. O neossacerdote será vigário na Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo (Decanato Centro).

O primeiro chamado do padre Jefferson Bassetto para uma vida mais próxima a Jesus, à vocação sacerdotal ocorreu na catequese. “As catequistas Neusa e Tânia, a Irmã Marina e o padre Paulo Brincat que me acompanhavam na época deram um estímulo, mas eu digo sempre que ‘fingi que não era comigo’”, falou o sacerdote.  

Por vários anos o padre “fingiu que a vocação não era com ele”. Mas chegou um momento que não pôde mais “fingir e, com quase 40 anos, aceitou o chamado. “Com mais discernimento na questão vocacional e disposto a seguir o processo formativo, em fevereiro de 2017 me apresentei para realizar esse meu sonho na cidade onde nasci e construí minha história de vida e ingressei no Seminário Arquidiocesano Dom Albano Cavalin, da Arquidiocese de Londrina”, contou.

Padre Jefferson

Padre Jefferson Bassetto cresceu em um lar católico praticante. “Uma das minhas tias paternas, Irmã Lourdes Bassetto, é claretiana há mais de 50 anos”, disse. Quando criança conviveu com Madre Lêonia Milito e dom Geraldo Fernandes. Estudou em escolas católicas, fez faculdade e mestrado, estudou nos Estados Unidos. Foi um profissional de sucesso.

“Mas pode-se perguntar, o que faz um homem, na época com quase 40 anos, com uma carreira profissional em ascensão, desejar mudar radicalmente sua vida e se tornar sacerdote?”, indaga o padre.

Ele responde que em 2013, quando fez uma peregrinação para a Terra Santa sentiu fortemente o chamado para abandonar tudo e buscar discernir sobre sua vocação, servindo a Jesus Cristo de forma plena no exercício do sacerdócio. “Várias confirmações foram acontecendo em 2014, junto com meu diretor espiritual na época, padre Giovanni Mezzadri, que me acompanhava há vários anos”, disse.

O padre decidiu participar da comunidade Dois Corações, em Sorocaba (SP), onde participou de retiros e reciclagens. O tempo que ficou ali foi de amadurecimento e aprendizado. Entrou no curso de Filosofia na Uniso e foi quando o chamado se consolidou.

O neossacerdote assumiu como pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga (Decanato Leste).

Padre Ricardo

Para o padre Ricardo Vicente Campanuci a vocação surgiu já na vida adulta. Durante sua infância e adolescência nunca pensou em ser padre. “Nunca fui coroinha, participava da Igreja, meus pais eram catequistas na Paróquia São José Operário”, recorda o padre.

O chamado ocorreu quando estava com quase 25 anos. Na época estava namorando, um relacionamento que durou cinco anos, coordenava o grupo de adolescentes, era catequista e ministro extraordinário da Sagrada Comunhão (MESC). “Acredito que foi fruto do trabalho na Igreja, o contato de fato com Jesus foi despertando o desejo”, falou.

Ele lembra que o padre Adriano Zandoná, seu amigo há mais de 20 anos, sempre falava que ele seria padre. E um tempo depois que o jovem Ricardo havia terminado seu relacionamento, o amigo sugeriu que fizesse um encontro vocacional. Ele fez três encontros e foi selecionado para ingressar no seminário.

Padre Ricardo não tinha contado para ninguém que estava fazendo os encontros vocacionais. “Entrar no seminário foi uma decisão difícil. A primeira dificuldade foi largar o emprego. Estava há cinco anos na empresa, com estabilidade e era eu quem pagava o aluguel da casa. Conversei com a minha mãe e a empresa, que me deram apoio”, contou. A paróquia ajudou a pagar o aluguel da mãe dele por um tempo. “Assim fui para o seminário mais tranquilo”, revelou.

Depois de um período no seminário, ele decidiu sair. Ficou quatro anos fora, mas o chamado de Deus foi mais forte. “Os dois primeiros anos foram difíceis, sem estabilidade financeira e emocional. Voltei a trabalhar e a namorar. Mas no fundo a gente sabe a vocação. Podemos fugir, enganar as pessoas, mas Deus sabe. Foi minha ex-namorada que falou para eu voltar para o seminário”, disse.

O neossacerdote, que será vigário na Paróquia São Luiz Gonzaga (Decanato Leste), afirma que sua experiência de vida, de trabalho e relacionamentos ajudaram a construir a sua personalidade e vão ajudar no seu ministério.

“A bagagem que eu já tinha ajudou muito no processo vocacional. A experiência de vida ajuda a compreender o que é a família, ajuda a entender o jovem na Igreja e na sociedade”, afirmou.

“Acredito que meu ministério que vai ser pautado em dois pilares: a confissão, quero atender bastante confissões, correspondendo ao que as pessoas buscam em um sacerdote, e uma boa homilia.  A palavra de Deus é viva e eficaz e falar na homilia é falar de Deus, das leituras do Evangelho. Enfim, quero ser um padre que reza, que atende, que prepara a sua reflexão e vive a palavra”, disse padre Ricardo Vicente Campanuci.

Padre Juniar

Desde pequeno, histórias que traziam em seu enredo algum sacerdote chamavam a atenção do padre Juniar Aparecido Padilha. Essa e outras lembrança permanecem vivas em sua memória quando fala do seu chamado vocacional. As Missas do Galo na Basílica de São Pedro transmitidas na TV; histórias da vida dos santos que ele lia; padres que passaram pela sua paróquia de origem.

Mas o grande marco na sua caminhada foi quando conheceu Santa Tereza d’Ávila, São João da Cruz e Santo Afonso Maria de Ligório, que o guiaram na vida espiritual e ajudaram a aprofundar os sinais vocacionais que recebeu a vida toda. “Fui aprofundando minha vida espiritual, a vida sacramental, isso foi me ajudando a reconhecer cada vez mais a ação de Deus na minha vida”, conta o neossacerdote.

A vida de comunidade também colaborou com a sua caminhada vocacional. Ele atuou como ministro de música litúrgica, catequista, participante e coordenador de grupo de jovens.

Por volta dos 19, 20 anos, padre Juniar cursava a faculdade de Física na Universidade Estadual de Londrina (UEL), depois de fazer uma consagração a Nossa Senhora, resolveu ingressar no seminário da arquidiocese para aprofundar o discernimento vocacional. No seminário, Deus confirmou o chamado para continuar a missão de Cristo no mundo. “E eu, como um companheiro de viagem d’Ele, como um amigo d’Ele, aceitei estar junto nesta missão e fazer tudo pra ser útil à salvação das pessoas e para a glória de Deus”, conclui padre Juniar.

Aline Machado Parodi
(Colaborou: Juliana Mastelini Moyses)

Pascom Arquidiocesana

Foto: Ordenação do padre Jefferson Bassetto – Crédito: Guto Honjo

Padre Juniar é o quarto presbítero ordenado neste ano na Igreja de Londrina

A Arquidiocese de Londrina celebrou no último dia 19 de março, Domingo da Alegria, a ordenação presbiteral do diácono Juniar Aparecido Padilha, pela imposição das mãos do arcebispo dom Geremias Steinmetz. Padre Juniar é o quarto presbítero ordenado neste ano na arquidiocese, recebendo o segundo grau do sacramento da ordem. A celebração na Catedral Metropolitana contou com a participação de dezenas de padres e fiéis, que rezaram pela vocação do neossacerdote.

Na homilia, dom Geremias destacou alguns pontos do rito de ordenação do novo sacerdote. “Este irmão, depois de séria e prolongada reflexão, vai ser ordenado para o sacerdócio na Ordem dos presbíteros, para servir a Cristo, Mestre, Sacerdote e Pastor, por cujo ministério o seu Corpo, que é a Igreja, cresce e se edifica como templo santo e povo de Deus”, falou dom Geremias.

Na ordenação, o novo padre é configurado com Cristo, sumo e eterno Sacerdote, e associado ao sacerdócio dos Bispos, consagrado como verdadeiro sacerdote da Nova Aliança para anunciar o Evangelho, apascentar o povo de Deus e celebrar o culto divino, principalmente no sacrifício do Senhor.

“Tu, querido filho, que vais entrar na Ordem dos presbíteros, exercerás, no que te compete, o sagrado múnus de ensinar em nome de Cristo, nosso Mestre”, continuou o arcebispo citando as palavras do rito de ordenação. “Distribui a todos a palavra de Deus, que tu mesmo recebeste com alegria. Meditando na lei do Senhor, procura crer o que lês, ensinar o que crês e viver o que ensinas.”

“Celebrando o mistério da morte e da ressurreição do Senhor, esforça-te por fazer morrer em ti todo o mal e por caminhar na vida nova”, finalizou dom Geremias.

Em seus agradecimentos, padre Juniar lembrou o motivo de todos estaren ali: “Não viemos por causa de um homem, viemos por causa do Homem-Deus, que feito homem nos eleva até Deus. Aí reside o mistério do sacerdote”.

“Hoje a Igreja confirma o chamado que Deus, em sua infinita misericórdia, me fez ao sacerdócio”, continua. “Que Deus me dê a alegria de ser para a Igreja o que São José foi para a Virgem Maria e Jesus”, deseja o neossacerdote.

Com a ordenação, lembra padre Juniar, ele dá mais um passo na vocação a qual todos são chamados: a vocação à santidade na vida diária, como aponta a Lumen Gentiun, documento do Concilio Vaticano II. “Começo uma nova etapa que me coloca à disposição para continuar servindo a Deus, servindo aos que Ele me enviar, mas, sobretudo, para oferecer sacrifício pelos pecados do povo e os meus próprios”, destacou o padre, que concluiu sua fala com a consagração a Nossa Senhora.

Em nome do clero, padre Manuel Joaquim dos Santos, coordenador da Pastoral Presbiteral, acolheu o neossacerdote ao ministério. “Conte sempre com a gente, nunca fique longe da família biológica, mas conte com esta família [o clero] como um porto seguro… Tenha o espírito aberto, porque nós faremos o possível para que você se sinta em casa”, finalizou padre Manuel.

Padre Juniar celebrou sua primeira missa no dia 19 às 19h na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Cambé.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Aruqidiocesano

Fotos: Guto Honjo, Marcio Vendrametro, Paulo Henrique Bonatti, Terumi Sakai

A questão vocacional sempre foi um mistério para mim. Sempre há um mistério de amor de Deus por nós. E eu entendo que a nossa vocação, sobretudo a vocação sacerdotal, é sempre a história de Deus conosco. Desde pequeno eu vejo sinais vocacionais em mim, sobretudo no modo como eu via a vida, diferentemente de outros jovens. Por exemplo, quando meus pais ou meus tios contavam algum causo e na história tinha um padre, a figura do sacerdote me chamava à atenção.

Quando eu via uma novela, por exemplo ‘As pupilas do senhor reitor’, que tem um sacerdote, a figura daquele sacerdote me chamava à atenção. Filmes, livros de literatura universal, enfim, sempre que tinha um sacerdote me chamava à atenção. Isso é algo que fica muito forte na minha memória.

Também a beleza da Liturgia da Basílica de São Pedro nas Missas do Galo fazia meu coração vibrar de um modo diferente, sobretudo com o Papa Bento XVI quando eu já era adolescente. Mas antes disso, na minha casa tinha um quadro da Basílica de Aparecia que também tinha o Papa João Paulo II. Eu ficava olhando para a Basílica, para o Papa, e aquilo despertava algo diferente em mim.

Outras influências importantes na minha história vocacional. Exemplos de padres que passaram pela minha paróquia de origem, como o padre Jean Mário Peregrinelli, que foi muito próximo da minha família, me ajudaram muito a despertar para a vocação sacerdotal.

Também as histórias da vida dos santos me marcaram bastante, sobretudo São Francisco de Assis, um exemplo muito grande de entrega total a Deus, de desprendimento, de alguém que tem como o único foco na vida a busca da amizade com Deus, da intimidade com Deus. Tanto que o primeiro lugar que procurei para aprofundar o discernimento vocacional foi com os capuchinhos. Depois de alguns encontros acabei percebendo que não era para ser frade capuchinho o meu chamado.

Mais tarde conheci Santa Tereza d’Ávila e São João da Cruz, que foram dois santos carmelitas que me abriram para o horizonte da vida espiritual. Como a espiritualidade carmelita é muito rica, a partir de Santa Tereza, São João da Cruz, e também Santo Afonso Maria de Ligório, fui aprofundando minha vida espiritual, a vida sacramental, isso foi me ajudando a reconhecer cada vez mais a ação de Deus na minha vida.

Iniciei, então, um processo de conversão mais profundo, de oração, de vida sacramental, de estudo da doutrina da Igreja, decidi dar catequese, começar um grupo de jovens com alguns amigos na paróquia. Tudo isso foi fazendo amadurecer aos poucos esses pequenos sinais que eu já via desde pequeno.

A vida de comunidade na minha paróquia também foi algo marcante. Atuei como ministro de música litúrgica, como catequista, como participante e coordenador do grupo de jovens, onde fazíamos também visitas aos que precisavam. Tudo isso foi me despertando mais ainda para o cuidado da vida espiritual e a formação das pessoas.

Também nesse processo conheci São João Maria Vianney, que, para o clero diocesano é uma grande referência, e ele me ajudou muito, sobretudo por toda a seriedade com o ministério sacerdotal, com o cuidado na salvação da alma das pessoas, o cuidado com a confissão, a austeridade dele, toda a sua profundidade e simplicidade ao mesmo tempo. Aquilo me encantou.

Então eu decidi, depois de fazer uma consagração a Nossa Senhora (consagrei a ela minha vida inteira e também a minha vocação), ingressar no seminário da arquidiocese para aprofundar meu discernimento vocacional. Nesse período eu já tinha 19 – 20 anos e estava no terceiro ano do curso de Física.

Durante todo o período de seminário, Deus foi me confirmando que Ele me queria para continuar a missão que é do próprio Cristo. E eu, como um companheiro de viagem d’Ele, como um amigo d’Ele, aceitei estar junto nesta missão e fazer tudo pra ser útil à salvação das pessoas e para a glória de Deus.

Diácono Juniar Aparecido Padilha
Catedral Metropolitana de Londrina

Foto: Terumi Sakai

A Arquidiocese de Londrina ganhou, no último sábado (25), mais um sacerdote. Sidnei de Jesus Izzo Júnior é o terceiro padre ordenado neste ano na Arquidiocese de Londrina pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz. A Santa Missa de ordenação foi na Paróquia São Lourenço, Decanato Sul, e contou com a presença de dezenas de padres e fiéis.

Na homilia, dom Geremias reforçou o “sim” que o ordenando renova diante da Igreja e do povo de Deus, como tantas outras vezes em sua caminhada vocacional. “Você está aqui para mais uma vez fazer esse gesto de uma entrega total.”

Comentando o Evangelho da ordenação sobre o chamado de São Mateus, o arcebispo lembra que Deus não é lei, mas amor; não é sanção ou punição, mas perdão e remédio. “Deus ama mais o pecador, porque necessita mais, assim como o pecador o amará mais, porque recebeu mais amor”, refletiu.

E dirigindo-se ao diácono: “Sabes bem, pela preparação que tiveste, que a nossa missão é de pregação da Palavra, de admoestação, de reconciliação, de aproximar as pessoas de Deus. Convém ter a consciência de que somos misericordiosos por Deus”, falou. “Lembre-se sempre que esta é a sua missão. Precisamos menos de uma religião que exclui, mas que seja capaz de acolher e misericordiar. Que Deus te abençoe sempre e Nossa Senhora te guie.”

Ao final da celebração, padre Joel Medeiros convidou os fiéis a cantarem parabéns para o arcebispo dom Geremias pelo aniversário, dia 26 de fevereiro. “Amanhã nós vamos celebrar o seu nascimento, a sua vida, que também no seio de sua mãe o Senhor te escolheu para ser cristão, padre e nosso bispo”, falou padre Joel. “Por isso, que Deus te abençoe, que te guarde sempre. E é uma alegria muito grande, neste momento, com todos, celebrarmos a sua vida, a sua presença no meio de nós. Neste tempo da história da Igreja, que tantas situações vivemos, o Senhor está aqui e mesmo em momentos conturbados, [está] firme, porque o Senhor te chamou, te escolheu e te amou.”

Padre Júnior presidiu sua primeira missa no domingo, 26 de fevereiro, na Paróquia São Lourenço.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo, Paulo Henrique Bonatti

Pela imposição das mãos do arcebispo dom Geremias Steinmetz, o diácono Ricardo Vicente Campanuci foi ordenado padre no último sábado, 18 de fevereiro, na Paróquia São Judas Tadeu, Decanato Oeste. A celebração contou com a presença de dezenas de padres, diáconos, seminaristas e fiéis da Arquidiocese de Londrina e outras dioceses. Padre Ricardo trabalhará como vigário da Paróquia São Luiz Gonzaga, Decanato Leste.

Na homilia, dom Geremias destacou três lições do Evangelho proclamado na ordenação, que relata o episódio das Bodas de Caná. A primeira lição é a Virgem Maria sempre está atenta às necessidades e urgências de seus filhos. “Ela é a mãe intercessora, aquela que por meio de uma sensibilidade única, sabendo olhar as nossas carências, vai saber dizer ao Filho que está faltando algo que é essencial para a nossa vida humana ou espiritual”, fala o arcebispo.

O segundo aspecto do Evangelho que o arcebispo destaca é o fato de Deus querer contar com a ajuda de cada fiel. “No aprendizado da fé, na conquista das virtudes, no combate ao pecado, na luta em prol da concretização da verdade, da justiça e do bem, Deus deseja que colaboremos com aquilo que nós temos. Mesmo que seja apenas um ou dois talentos.”

Cristo poderia ter produzido aquele melhor vinho “do nada”, fala dom Geremias, mas Ele preferiu que os serventes trouxessem as talhas e as enchessem de água. “Deus continua fazendo milagres todos os dias, mas Ele age oportunamente após contar com a nossa colaboração.”

Por fim, a terceira lição é Maria como discípula missionária por excelência, que nos aproxima sempre mais de Cristo. “Ela é o modelo de identificação com a vontade divina, e por isso, quando imitamos o exemplo da nossa Virgem Mãe, nós aprendemos a fazer a entrega agradável ao Senhor. Aliás o padre faz essa oferta agradável colocando a sua vida à disposição de Deus, à disposição de Nossa Senhora, à disposição da comunidade para fazer com que Ele possa ser cada vez mais conhecido.”

Ao fim da ordenação, acólitos e jovens do grupo Sentinela da Paróquia Santo Antônio de Pádua levaram até o presbitério o coração símbolo do Ano Vocacional.

Padre Ricardo presidiu sua primeira no domingo, 19 de fevereiro, na Paróquia Santo Antônio de Pádua, às 9h. Às 19h o neossacerdote celebrou na Paróquia São Judas Tadeu.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesaba

Fotos: Guto Honjo, Kacieli Caroline Mendes Xavier, Karina Reis, Paulo Henrique Bonatti e Wellington Ferrugem