Padre Valdecir Badzinski falou sobre a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, convidando a paróquia a rezar e contribuir com a ação mantida pela Igreja do Paraná

No final de semana, dias 19 e 20 de agosto, Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no Decanato Centro, recebeu o secretário executivo da CNBB Sul 2, padre Valdecir Badzinski, para uma visita missionária, em nome do Conselho Missionário Regional (COMIRE). Padre Valdecir participou da Santa Missa, no sábado e no domingo, juntamente com o pároco padre Vandemir Araujo, e convidou os paroquianos a se aproximarem da Missão São Paulo VI, mantida pela Igreja do Paraná na Guiné-Bissau, na África, um dos países mais pobres do mundo, desde 2014.

A visita buscou articular e fortalecer a dimensão missionária na própria comunidade paroquial e arquidiocesana. Além disso, pedir que a comunidade reze pela missão e pelos missionários, gerando proximidade com a Missão São Paulo VI. Assim, ao tornar a missão mais conhecida, propiciar que paroquianos possam, futuramente, se tornar missionários, e que a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora passe a compor um grupo de paróquias no Estado do Paraná que promovam, eventualmente, ações para arrecadar fundos financeiros para o sustento da missão.

Padre Valdecir relatou como a missão nasceu, tem se desenvolvido até aqui e como é a realidade do povo e a vida dos missionários que para lá são enviados. Ao mesmo tempo, motivou a assembleia a crescer na consciência missionária que todo batizado deve ter, pois a missão acontece, primeiramente, em nível local. 

Padre Valdecir abordou o tema da Missão na Igreja, que acontece não somente em terras distantes, mas também na realidade local. Partindo do Evangelho da visita de Maria a sua prima Isabel, o padre falou de Nossa Senhora como a primeira missionária. “Quando ela terminou o diálogo com o anjo, partiu para as montanhas da Judeia para ajudar alguém. A missão é um ato de ajudar, ela é essência da Igreja. Na vida da Igreja há algumas essências, uma delas é a dimensão missionária. Não pode haver uma Igreja (e a Igreja é feita de batizados), sem que tenha a essência missionária.”

Por isso o Papa Francisco diz que a missão é fazer Jesus Cristo ser conhecido. “Toda vez que nós encontramos um batizado que testemunha Jesus Cristo, no qual foi batizado, ele então está cumprindo com a sua vocação missionária. Por isso ser missionário não é necessariamente partir para terras distantes, outros continentes ou até mesmo outras dioceses, mas é um jeito de ser, é a forma como nós vivemos a nossa fé”, afirmou padre Valdecir.

Ao final da missa, o pároco, padre Vandemir Araujo, agradeceu a presença do padre Valdecir Badzinski, que trouxe a visão do que é se Igreja, em sua essência missionária. “Quando nós imaginaríamos que a Igreja do Paraná iria ter uma missão num país tão distante, servindo e atendendo aquilo que Jesus pediu para nós: evangelizar e  cuidar do mais pequeninos. Que Deus continue abençoando a missão do padre Valdecir aqui no Paraná”, concluiu o padre, que agradeceu também as religiosas presentes da celebração, inclusive a irmã Salette Besen, coordenadora das Missões Permanentes na Arquidiocese de Londrina.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Ernani Roberto e Vani Baptista

Entre os dias 3 a 11 de novembro, o arcebispo de Londrina e Presidente do Regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz, vai realizar uma visita pastoral missionária ao país da Guiné-Bissau, na África, com foco na Missão São Paulo VI, na cidade de Quebo. O arcebispo embarca em São Paulo, na quarta-feira, dia 2 de novembro, acompanhado dos padres Emerson Lipinski e Edson Zamiro, que compõem a presidência da Comissão Regional de Presbíteros do Paraná (CRP-PR), do padre Rafael Fuchs, da Diocese de São José dos Pinhais (PR), do missionário Wesley Fonseca, que permanecerá na Missão como missionário, e da assessora de imprensa da CNBB Sul 2, Karina de Carvalho. 

A Missão São Paulo VI é de responsabilidade da Igreja do Paraná. Existe desde o ano de 2014, com atuação em três âmbitos: evangelização, saúde e educação. Ao longo desses anos, muitos missionários paranaenses, na sua maioria leigos, já foram enviados para lá, enquanto aqui no Paraná, uma multidão de católicos exerce sua vocação missionária, rezando, contribuindo e amando essa Missão. De fato, um dos objetivos da Missão na África é fortalecer a dimensão missionária em toda Igreja do Paraná. 

Um dos principais objetivos dessa visita pastoral missionária é a bênção de inauguração oficial da Escola São Paulo VI, que será realizada na manhã de segunda-feira, dia 7 de novembro. Essa escola iniciou suas atividades em outubro de 2020 (quando inicia o ano letivo na Guiné-Bissau) e hoje já está no terceiro ano de funcionamento, com 157 alunos, em turmas dos três níveis de Jardim de Infância até o segundo ano do ensino fundamental. Essa bênção de inauguração estava prevista para o final de 2020, mas devido ao contexto da pandemia foi adiada mais de uma vez. 

Além da inauguração da escola, o arcebispo e os demais visitantes terão uma série de atividades ao longo desses dias. Estão programados vários encontros, reuniões, celebrações, visitas a outras missões, ao hospital e as tabancas de Quebo (comunidades distantes).

Segundo dom Geremias, a expectativa para a viagem é grande. “Primeiro, porque eu nunca estive na África. Depois, porque é a oportunidade de olhar de perto tudo aquilo que recebemos da Missão, em imagens, fotos e vídeos, e conhecer a realidade. Dessa forma, podemos pensar em outros projetos que podem ajudar a Missão no futuro. Espero que seja uma viagem exitosa e que possamos voltar com um bom conhecimento da Missão e, ao mesmo tempo, levar uma palavra de ânimo aos missionários que lá estão e enfrentam o cotidiano da missão com muito amor e carinho”, disse o arcebispo. 

Dom Geremias é o 7º bispo do Paraná a visitar a Guiné-Bissau. Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR), já esteve no país dando aulas de Bíblia aos seminaristas, antes da Missão São Paulo VI existir; dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa e referencial para a dimensão missionária no Paraná, visitou a Missão São Paulo VI em seus primeiros passos, no ano de 2015; dom Mauro Aparecido dos Santos (in memorian), arcebispo de Cascavel, junto com dom Mário Spaki (ainda padre), visitaram a Missão em dezembro de 2016; dom Anuar Battisti, arcebispo emérito de Maringá, também visitou a Missão no ano de 2019; e dom Manoel João Francisco, bispo emérito de Cornélio Procópio, visitou em janeiro de 2020. 

As atividades dessa visita serão divulgadas no site: www.cnbbs2.org.br e nas redes sociais do Regional Sul 2 da CNBB.

Karina de Carvalho
Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2

A comunidade da Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África, viveu um momento histórico de celebração e festa neste domingo, 17 de janeiro. Numa missa presidida por dom Pedro Carlos Zilli, bispo de Bafatá, e concelebrada pelo padre Antônio Ambona, 19 pessoas receberam o sacramento do Batismo e cinco jovens o sacramento da Crisma.

 

Além de toda a preparação catequética para os sacramentos, esse momento celebrativo foi antecedido por um retiro, nos dias 8 e 9 de janeiro, com o tema: “Sal da terra e luz do mundo”, pensado e preparado pelos missionários. Os dois dias de retiro foram intensos, com momentos de oração e adoração ao Santíssimo e de palestras sobre a importância dos Sacramentos.

 

A missionária Márcia Pereira relatou que o sacramento do Batismo para os guineenses possui um valor muito grande, tanto que eles guardam a data como a do nascimento. Durante a homilia, Dom Pedro perguntou à assembleia quem lembrava a data do Batismo e foram muitos os que levantaram a mão.

 

“A mãe de Nelson Fernandes, de 12 anos, ficou muito emocionada ao ver o filho receber o sacramento do Batismo tão jovem. Ela mesma ainda não recebeu, pois aqui é comum as pessoas se batizarem a partir dos 40 anos de idade”, contou Márcia.

 

Também é costume entre os guineenses, nos sete primeiros dias após receberem o sacramento do Batismo, irem até a comunidade e participar da celebração da Palavra com os missionários. “Na segunda-feira, às 7h00, os recém batizados vieram até a casa da missão para rezar conosco. Testemunhar o valor que eles dão ao sacramento do Batismo é algo que renova nossa fé e enche o coração de ânimo”, disse Márcia.

 

Nessa data, de 17 de janeiro, estava prevista a inauguração oficial do Jardim Infantil Irmã Clara Giacopuzzi, com a presença do presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Geremias Steinmetz, e uma comitiva com outros bispos, padres e leigos do Brasil. No entanto, devido à pandemia do Coronavírus, a inauguração foi adiada e ainda não tem uma data prevista para acontecer.

 

 

Karina de Carvalho
CNBB Sul 2