São esperadas mais de 5 mil pessoas para a celebração que marca a bênção e consagração dos óleos dos sacramentos e a renovação das promessas dos padres e diáconos da arquidiocese
A Arquidiocese de Londrina celebra na próxima terça-feira, 26 de março, a Missa dos Santos Óleos, ou Missa do Crisma, no Ginásio de Esportes Moringão, às 19h30. A celebração será presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, com a presença dos padres da arquidiocese, que renovarão suas promessas sacerdotais. É esperado um público de 5 mil pessoas, das 16 cidades e 84 paróquias que compõem a Arquidiocese de Londrina, entre diáconos, religiosos, seminaristas, lideranças religiosas e fiéis em geral.
Desde 2020, devido a pandemia de COVID-19, esta celebração vinha sendo realizada na Catedral Metropolitana de Londrina. Neste ano, retorna para o Ginásio de Esportes Moringão, local capaz de receber maior número de fiéis. Nessa Missa o arcebispo consagra o óleo do Crisma e abençoa os óleos dos sacramentos do Batismo e da Unção dos Enfermos que serão utilizados nas paróquias até a Páscoa do ano que vem. Todos os presentes também renovam as professas batismais e os padres e diáconos renovam as promessas que fizeram no dia de sua ordenação.
No final da missa haverá um bonito momento em que as luzes serão apagadas e os presentes acendem velas, deixando o ginásio todo iluminado.
Pontos fundamentais da Missa dos Santos Óleos:
1 – Consagração do Óleo do Crisma. Depois de consagrado, o óleo será levado a todas as comunidades da arquidiocese para ser usado na ministração do Sacramento do Crisma até a Páscoa de 2025;
2 – Bênção dos Óleos dos enfermos e catecúmenos. Depois de abençoados também serão levados a todas as comunidades da arquidiocese e usados na ministração dos Sacramentos do Batismo e da Unção dos Enfermos até a Páscoa de 2025;
3 – Renovação das Promessas Sacerdotais por parte dos padres e diáconos da arquidiocese diante do arcebispo dom Geremias Steinmetz.
Serviço:
Missa dos Santos Óleos Terça-feira, 26 de março de 2024, às 19h30 Ginásio de Esportes Moringão
Pascom Arquidiocesana
Foto: Missa dos Santos Óleos 2019/ Crédito: Guto Honjo
Convidamos toda arquidiocese para participar da Missa dos Santos Óleos, na próxima terça-feira, 26 de março, às 19h30, no Ginásio de Esportes Moringão. Também conhecida como Missa Crismal ou Missa da Unidade, a celebração será presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, com a participação de todos os nossos padres e diáconos, que renovarão as promessas feitas na ordenação.
Na Missa dos Santos Óleos, o arcebispo abençoa os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagra o óleo do Crisma que serão usados na ministração dos sacramentos nas paróquias da arquidiocese até a Páscoa do ano que vem.
O arcebispo dom Geremias Steinmetz publicou, neste dia primeiro de abril, um comunicado sobre a celebração da Missa dos Santos Óleos 2020. Neste ano, a celebração será realizada na Quinta-Feira Santa, dia 9 de abril, às 9h, na Catedral de Londrina. A Missa dos Santos Óleos, ou Missa Crismal, é celebrada tradicionalmente nas Igrejas Catedrais na Quinta-Feira Santa de manhã, como será neste ano. Na Arquidiocese de Londrina, porém, há sete anos a celebração era realizada na terça-feira à noite no Ginásio de Esportes Moringão, para possibilitar maior participação dos fiéis. Em 2020, por conta das orientações de afastamento social, a celebração volta para a Catedral, sem a presença dos fiéis e apenas com a participação da equipe de celebração e padres decanos. O comunicado informa que as demais celebrações da Semana Santa continuam em regime de afastamento social e qualquer eventual mudança será rapidamente informada aos padres.
Segue o comunicado na íntegra:
ARQUIDIOCESE DE LONDRINA
CELEBRAÇÃO DOS SANTOS ÓLEOS – 2020
Londrina 01 de abril de 2020.
Gostaria de comunicar aos padres, religiosos, seminaristas e ao Povo de Deus da Arquidiocese de Londrina que:
1. Faremos a celebração dos Santos Óleos no dia 09.04 (Quinta Feira Santa), às 09:00 hs, na Catedral do Sagrado Coração de Jesus.
2. Teremos a presença da Equipe de Celebração e dos Decanos dos 11 decanatos da Arquidiocese, devido às orientações da Autoridade Sanitária pelo afastamento social.
3. Após a celebração cada decano levará os Santos Óleos para as paróquias do seu decanato.
4. Pedimos a todos os padres para se programarem para assistir a celebração pelos meios de comunicação da Arquidiocese.
5. As outras celebrações da Semana Santa continuam no regime de afastamento social exigido pela Autoridade Sanitária.
6. Permanecemos, contudo, atentos a alguma eventual mudança que possa ocorrer que comunicaremos aos padres com a maior rapidez possível.
Que Deus continue abençoando a todos com vida, saúde, paz e bem!
Atenciosamente,
Dom Geremias Steinmetz Arcebispo Metropolitano de Londrina
Na presença do arcebispo dom Geremias Steinmetz e também de padres e fiéis da Igreja Particular de Londrina, a arquidiocese celebrou nessa terça-feira, 16 de abril, a Missa dos Santos Óleos, no Ginásio de Esportes Moringão. Celebração que marca a bênção do óleo dos catecúmenos e dos enfermos e a consagração do óleo do Crisma que serão usados durante todo o ano na ministração dos sacramentos, até a Semana Santa do ano que vem.
Na homilia, dom Geremias explicou a diferença entre a bênção e a consagração dos óleos. “O óleo do Crisma é consagrado, os outros óleos são bentos. A consagração pede a força especial do Espírito Santo de Deus para que a salvação possa continuar acontecendo e ser colocada na vida do nosso povo, no dia a dia do nosso povo durante esse próximo ano”, explicou o arcebispo.
As cadeiras e arquibancadas do Moringão ficaram todas ocupadas com os cerca de 8 mil fiéis que participaram, vindos das 84 paróquias, 11 decanatos e 16 cidades da arquidiocese. A missa teve a presença marcante dos catequizandos que serão crismados neste ano com o óleo consagrado na missa.
Este é o sétimo ano em que a celebração é realizada no Moringão, feita tradicionalmente na Catedral, Igreja Mãe da arquidiocese. Mas a Catedral ficou pequena para a quantidade de pessoas que participam da missa e acompanham, dentro da celebração, a renovação das promessas sacerdotais dos seus párocos.
Os cantos da celebração foram conduzidos por um coral formado por agentes da Pastoral da Música das comunidades e paróquias da arquidiocese.
O rito final da missa contou com o compromisso missionário. Os fiéis acenderam velas simbolizando a luz que cada cristão representa no mundo enquanto a imagem da Imaculada Conceição foi levada por catequizandos até o centro da celebração.
Unidade
Dom Geremias destacou que a Missa dos Santos Óleos, presidida por ele e concelebrada pelos padres da arquidiocese, é sinal da unidade fundamental para a vida da Igreja. “Somos convidados a vivermos a unidade tão bem propagada na teologia, pelos textos bíblicos, no dia a dia do nosso trabalho pastoral. A unidade não acontece por simples espontaneidade, mas pelo esforço que todos temos que empreender.”
O arcebispo apontou diversos trabalhos hoje na arquidiocese que precisam de unidade, a iniciação cristã, a vivência da liturgia, a espiritualidade dos padres, a formação das pastorais e movimentos. “Irmãos e irmãs, caminhemos mais um ano pela graça de Deus que nos é manifestada nesta celebração dos Santos Óleos. Que o mistério da salvação nela celebrada nos conduza a uma vida de Igreja uma, santa e salvífica”, conclui dom Geremias na homilia.
Até o século VII, na liturgia romana, a quinta feira santa foi reservada para a celebração de reconciliação dos penitentes. Contudo, no decorrer daquele mesmo século, como atesta o sacramentário gelasiano, houve uma mudança substancial. Passaram a ser celebradas três missas: Uma, de manhã cedo, para a reconciliação dos penitentes, outra ao meio dia, para consagrar o óleo da crisma, abençoar o dos catecúmenos e o dos enfermos, e uma terceira, ao entardecer ou nas primeiras horas da noite para fazer memória da Ceia do Senhor. No século X, no Pontifical Romano-Germânico não aparece mais a missa da manhã, apenas a missa crismal ao meio dia e a missa “In Cena Domini”, no início da noite.
Hoje, num mundo em que todos vivem apressados, não é mais possível celebrar com proveito nem mesmo as duas missas que sobraram. Por isso a reforma prescrita pelo Concílio Vaticano II, embora, prescreva que a missa crismal seja celebrada na quinta feira santa, permite que seja também em outro dia, “contanto que, nas proximidades da Páscoa e sempre com missa própria”. Na Diocese de Cornélio Procópio, a missa crismal é celebrada na 4ª feira santa. Neste ano vai ser na paróquia Divino Espírito Santo, na cidade de Curiúva. Na Arquidiocese de Londrina, é celebrada na terça feira santa. Neste ano, além de expressar “a plenitude do sacerdócio do Bispo e ser sinal da íntima união dos presbíteros com ele” a celebração também pretende dar graças a Deus pelos 60 anos de existência da Arquidiocese e se unir às comemorações do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida que está acontecendo em todo o Brasil.
O decreto de 1965 que introduz algumas mudanças no rito da semana santa fala que a possibilidade de se celebrar a missa crismal num outro dia que não a 5ª feira santa é para “atender melhor a finalidade desta missa e tornar mais fácil a ativa participação dos fiéis”. Outro documento intitulado “Preparação e Celebração das Festas Pascais, de 1988, aduz mais um motivo para a mudança do dia: “Com efeito, o novo Crisma e o novo óleo dos catecúmenos devem ser usados na noite da vigília pascal, para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã”. Este último documento determina também que a missa crismal seja celebrada uma única vez e que “os fiéis sejam encarecidamente convidados a participar desta missa e a receber o sacramento da eucaristia durante a sua celebração”. Orienta ainda para que o acolhimento dos santos óleos seja feito em cada uma das paróquias da diocese na missa vespertina “In Cena Domini”, na 5ª feira santa. Segundo o documento, “isto poderá ajudar a compreensão dos fiéis sobre o significado do uso dos santos óleos e do Crisma, e da sua eficácia na vida cristã”.
Com o santo Crisma são ungidos os bispos e os padres quando são ordenados. É também usado na celebração dos sacramentos da crisma e do batismo, e ainda, na dedicação de igrejas e altares. Com este óleo se “mostra que os cristãos inseridos pelo Batismo no mistério pascal de Cristo, mortos e sepultados com o Senhor e com ele ressuscitados, se tornam participantes do seu sacerdócio real e profético, e, pela Confirmação, recebem a unção espiritual do Espírito Santo que lhes é dado”.
Se por acaso, durante o ano, vier a faltar o santo Crisma, a liturgia não prevê outra oportunidade para consagrá-lo. Por isso, o volume a ser consagrado deve ser o suficiente para evitar situações embaraçosas.
As orientações da Igreja afirmam que com o óleo dos catecúmenos se preparam os candidatos para o Batismo e se amplia o efeito dos exorcismos. “Com ele os batizandos são fortalecidos para poderem renunciar ao demônio e ao pecado, antes de se aproximarem da fonte da vida e de nela renascerem”.
Se por acaso vier a faltar, o óleo dos catecúmenos pode ser abençoado pelo padre, antes da unção, durante a celebração.
O óleo dos enfermos usado na celebração do sacramento da Unção dos Enfermos, caso venha faltar, também pode ser abençoado pelo padre na própria celebração do sacramento.
Embora seja recomendada a participação dos fiéis em sua celebração, a missa crismal ainda continua dando uma grande acentuação para o ministério presbiteral. A missa do santo Crisma precisa alcançar seu verdadeiro sentido: ser sinal visível de uma Igreja toda ministerial, hierarquicamente organizada. Esta missa, como muito bem dizia, o Beato Oscar Romero, é “a missa em que rendemos honra ao Divino Espírito Santo que unge com sua força divina os presbíteros para fazê-los ministros da misericórdia de Deus para o povo, e unge também o povo com o caráter sacerdotal que os leigos receberam no dia do Batismo”.
Dom Manoel João Francisco Administrador Apostólico da Arquidiocese de Londrina Bispo da Diocese de Cornélio Procópio
Foto destaque: Missa dos Santos Óleos ano 2015 / Arquivo PASCOM