O arcebispo dom Geremias Steinmetz participou, próximo do Natal, do programa Folha Entrevista, da MultiTV, com o jornalista Diego Prazeres. Em pauta, o balanço dos dois anos de Londrina, as visitas pastorais, as ações sociais desenvolvidas pela Igreja, o Sínodo da Amazônia e o planejamento para 2020. Confira o bate-bate:
Neste dia 12 de dezembro, dia da padroeira da América Latina, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu a Santa Missa na Capela Nossa Senhora de Guadalupe, da Paróquia Santa Teresinha, no Decanato Norte. A missa foi concelebrada pelo padres Justin Francis e Arockiaraj Devadoss pároco e vigário paroquial.
Nesta quinta-feira, 5 de dezembro, os presbíteros de Londrina estão reunidos em retiro de Natal. O encontro é realizado todo ano no início de dezembro com o objetivo de proporcionar aos padres se prepararem para o Natal. “A gente sabe que os padres se dedicam tanto ao povo de Deus e para eles não sobra um tempo para que possam refletir e rezar um pouco mais profundamente sobre isso”, explicou dom Geremias Steinmetz.
O encontro iniciou com a oração da Liturgia das Horas e uma reflexão conduzida por dom Geremias sobre o significado do tempo do advento e do Natal. “Especialmente para nós nos voltarmos para dentro de nós mesmos e descobrirmos sempre os sinais de Deus que vem.”
Os padres também tiveram momento de oração pessoal, silêncio e adoração ao Santíssimo Sacramento. Durante a adoração, também puderam se confessar. “Foi um momento bonito, rico, que tem ajudado os nossos padres a viverem bem o Natal”, afirma o arcebispo. No período da tarde, os padres têm reunião sobre o Fundo Arquidiocesano de Amparo aos Sacerdotes (FAAS).
Juliana Mastelini Moyses PASCOM Arquidiocesana
Fotos: Pe. Laurindo Lopes da Silva / Tiago Queiroz
O Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco em 2017, foi celebrado com ações em toda Arquidiocese de Londrina no dia 17 de novembro. Em Cambé, a Paróquia São Francisco Xavier e a Missão Três Corações promoveram missa e almoço para moradores em situação de rua com a participação do arcebispo dom Geremias Steinmetz e dos padres da Congregação Filhos da Sagrada Família.
Participaram do almoço 220 pessoas. Além dos moradores de rua, estavam também pessoas do abrigo Padre Manoel Coelho de Souza, da Casa de Acolhida Belém e famílias haitianas da comunidade.
O arcebispo dom Geremias Steinmetz celebrou na quinta-feira, 7 de novembro, o segundo dia da novena de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná no Santuário Estadual, em Paranaguá. Nesse dia, a intenção da novena foi pelas famílias. ““A felicidade é encontrada na família, com a família, no amor entre as pessoas. Na família que verdadeiramente busca o amor de Deus”, afirmou o arcebispo na homilia.
A Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio, neste ano em sua 206ª edição, é o maior evento religioso do sul do país. Reúne anualmente milhares de pessoas em Paranaguá, a cidade mais antiga do Paraná.
Como é tradição, o novenário é iniciado no dia 6 e vai até o dia 14. As missas com a novena são celebradas em quatro horários, 6 e 9 da manhã, 15h e 19h. Para a celebração das 19 são convidados os bispos das diversas dioceses do Paraná.
Desde o início da novena de 2019, o Santuário de Nossa Senhora do Rocio, tem ficado lotado de pessoas em todos os horários. Quem não consegue lugar dentro da igreja pode acompanhar nos dois telões instalados nas laterais em frente à entrada principal.
As romarias são recebidas durante todo o ano, mas especialmente durante a festa, de 3 a 17 de novembro, são esperadas mais de 400 caravanas. A maior parte vem para o dia 15, ponto alto da festa, dia da Padroeira do Paraná, quando acontece a Procissão Solene. Conhecida como Procissão dos Milagres, dela participaram, em 2018, em torno de 100 mil pessoas. O povo acompanha a imagem até a Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário no centro histórico de Paranaguá.
No dia seguinte, 16, que este ano é sábado, aguarda-se um número recorde de pessoas para acompanhar a segunda procissão. Conhecida como “Procissão do Retorno”, tem início na igreja matriz, após a missa das 18 horas. Esta procissão traz “de volta” a singela imagem de Nossa Senhora do Rocio, de volta ao seu nicho, na igreja centenária. A festa se estende até o domingo, dia 17 de novembro.
PASCOM Arquidiocesana e PASCOM Diocese de Paranaguá – Jornalista Giolete Babinski
Fotos: Santuário Nossa Senhora do Rocio- Paranaguá PR
[dropcap]C[/dropcap]ada vida nesta terra, também a do homem, encontra o seu ponto final na morte. A vida humana, desde o início, é orientada para a morte, é “ser para a morte”. Num primeiro momento nós a experimentamos na morte de outros, mas nenhum evento é tão inevitável como a própria morte. Diferentemente de criaturas inferiores, o homem sabe que a morte está diante dele. Ele a espera e a experimenta com consciência. O seu instinto de conservação, porém, se opõe à morte e não consegue aceitar imediatamente este seu destino certo. A morte que destrói a vida é vista como um inimigo contra o qual é preciso se defender e prevenir. Pensa-se, então, nos meios e nas possibilidades para evitá-la. Mas, também isto, logo se revela como inútil porque os remédios, a medicina podem no máximo retardar o declínio das forças do corpo, mas não impedi-la. Diante disso tudo resta o temor.
Nos nossos tempos ainda podemos acrescentar as numerosas notícias dos Meios de Comunicação Social, de mortes violentas e cruéis provocadas por acidentes, catástrofes, homicídios, atos de terrorismo e guerra. O homem não só tenta se proteger de toda morte violenta, mas também proteger-se da morte natural que acontece em consequência da velhice, da doença. Um motivo dessa “rebelião” do homem contra a morte pode ser a convicção de que a vida humana seja limitada à vida terrena, e por isso a morte seria a extinção definitiva da existência humana. Outra razão poderia ser que “o germe de eternidade que o homem carrega em si, não deixa que o homem simplesmente aprove a morte” (GS 18). A fé em Deus criador não deixa que o homem aceite “tornar-se um nada” diante da morte. Por isso se pergunta por um significado mais profundo da morte. Como resposta a esta pergunta, a morte aparece não como uma destruição total ou como ponto final na vida, mas como “uma passagem para uma etapa mais feliz da vida”. Com esta certeza a morte se torna tolerável, aceitável. Pela fé em uma vida ulterior após a morte, seja da natureza que for, e na esperança de alcançar tal vida, o homem é capacitado a suportar a angústia diante da morte.
A razão última para a fé e a esperança do cristão diante da morte é a morte e a ressurreição de Cristo. A sua morte violenta foi uma passagem a uma vida nova, uma exaltação. Jesus foi “coroado de honra e de glória por causa da sua morte” (Fl 2,9). Portanto, a sua morte não foi absurda, mas trouxe a vitória sobre a morte mesmo que ainda não a sua completa eliminação e destruição: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,21). A Igreja cerca de especial amor e devoção a memória dos fiéis defuntos e oferece-lhes orações em sufrágio dos seus pecados. Na morte de seus filhos, ela celebra o Mistério Pascal do Filho de Deus, centro de nossa fé. O dia 2 de novembro, Dia de Finados, é um convite à esperança, enquanto aguardamos – “até que Ele venha” (1Cor 11,26) – a consumação do mistério redentor em nossas vidas, através de nossa associação ao mistério da vida e da morte de Cristo. Não é, portanto, um dia de tristeza e revolta, mas de esperança e paz no nosso futuro que está em Deus.
Dom Geremias Steimnetz Arcebispo Metropolitano de Londrina
Foto destaque: Dom Geremias Steinmetz e Monsenhor José Bernard Agius, Missa no Cemitério Municipal de Rolândia, Visita Pastoral, Setembro de 2019 (Foto Tiago Queiroz)
As celebrações da festa do Círio de Nazaré, em Macapá, recebeu de forma especial este ano, a presença do Arcebispo da Arquidiocese de Londrina, no Paraná, Dom Geremias Steinmetz. Em virtude da realização do Sínodo da Amazônia, o bispo diocesano Dom José Conti, não esteve presente na programação do Círio 2019.
O Arcebispo desembarcou em Macapá sexta-feira, 11, e acompanhou a Romaria dos Rodoviários que levou a imagem peregrina até o município de Santana. Na manhã de sábado, 12, esteve nas romarias fluvial e dos motociclistas. Para ele este foi um momento de muita alegria e solidariedade ao povo amapaense.
“O convite de Dom Pedro é uma alegria e um momento de solidariedade ao povo da Amazônia. Viver essa realidade diferente, principalmente ver o rio, as pessoas, a cultura, a religiosidade, as manifestações da realidade popular com um objeto de devoção a Nossa Senhora, em cada cultura vemos a diversidade de expressões”, disse Dom Geremias.
A programação contou com a presença do Arcebispo ainda nas celebrações da Apresentação do Manto e dia do Círio que aconteceu neste domingo, 13 de outubro, a partir das 7h, no santuário de Nossa de Fátima.
Círio 2019
A festa do Círio aconteceu no dia 13 de outubro começando a partir das 7h, com missa campal em frente ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. O tema escolhido para este ano é “Salve Maria, Rainha da Amazônia Missionária” e o lema: “O Senhor fez por nós maravilhas, Santo é seu nome” (Lc 1,46-55). A festividade oportunizou a reflexão sobre a missionariedade e ecologia integral, em alusão ao sínodo da Amazônia e o Mês Missionário Extraordinário, declarado pelo Papa Francisco.
Terminou nesta terça-feira, 1° de outubro, com missa na Igreja Matriz, às 19h30, a visita pastoral que dom Geremias Steinmetz fez à Paróquia Santo Antônio de Cambé.
A “peregrinação” começou às 9 horas pela Prefeitura Municipal, onde o arcebispo foi recebido pelo prefeito José do Carmo Garcia e funcionários que preparam um ambiente onde D. Geremias conduziu uma oração, conversou com os trabalhadores e se reuniu no gabinete acompanhado do pároco, padre Cristiano de Jesus, SAC, e do vigário, padre Pedro Ramos, SAC. Nos dois dias, além da Prefeitura, percorreu hospitais, postos de saúde, escolas, colégios, creches, APAE, entidades assistenciais . Também visitou as comunidades paroquiais (capelas Santa Teresinha, Rainha dos Apóstolos, Mãe do Divino Amor e Santa Helena). D. Geremias avaliou como “altamente positiva” a visita pastoral à paróquia. E enfatizou: “quantas coisas lindas vimos, quantas coisas belas assistimos, quantas pessoas deram seus testemunhos de fé. Quantos homens e mulheres recuperados pelas instituições”.
O pároco, padre Cristiano, salientou que “a comunidade paroquial se alegrou com a presença do arcebispo, caminhando conosco, conhecendo nossa realidade”. E finalizou: “como ovelhas deste grande rebanho da Arquidiocese de Londrina, nos comprometemos a rezar e a trabalhar com o senhor”. A visita pastoral de D. Geremias ao Decanato de Cambé começou na segunda-feira, 30 de agosto, pela Paróquia Santo Antônio, a “paróquia mãe”. Até o dia 16 deste mês estará nas outras sete paróquias do decanato.
A partir da próxima quinta-feira, dia 3 de outubro, visita a Paróquia Cristo Rei, no Residencial Cambé II.) Esteve em Centenário do Sul, Rolândia, e, agora, Cambé.
Sérgio Marchese Jornalista Pascom Paróquia Santo Antonio Cambé
A Arquidiocese de Londrina tem consciência de que dentro da Igreja como um todo e fora dela, há tensões e ideias diferentes, que, no entanto, sempre gravitam em torno do essencial: o amor fraterno. Por isso como instituição religiosa, queremos afirmar, que a Igreja apoia a inserção de seus fiéis e de todos os cidadãos de boa vontade na participação política, independentemente de partidos, em vista de uma convivência pacífica, fraterna e solidária. A pluralidade na busca do bem comum, como ensinou o Papa Emérito Bento XVI, é saudável e salutar: “Os cristãos não procuram a hegemonia política ou cultural, mas onde quer que se empenhem, são movidos pela certeza que Cristo é a pedra angular de todas as construções humanas” (Bento XVI, 21 de maio de 2010). As ações da Arquidiocese têm fundamento no próprio Catecismo da Igreja Católica: “A Igreja emite um juízo moral, em matéria econômica e social, quando exigem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas. A Igreja se preocupa com aspectos temporais do bem comum em razão de sua ordenação ao Sumo Bem, nosso fim último. Procura inspirar as atitudes justas na relação com os bens terrenos e nas relações socioeconômicas” (Catecismo da Igreja Católica, nº 2420).
Fundamentada no próprio ensinamento da Igreja, a Arquidiocese lamenta que alguns de seus posicionamentos evangélicos, que se traduzem no cumprimento de sua missão pastoral, que é cuidar dos mais fracos, sejam confundidos por algumas pessoas com projetos de partidos políticos. É comum que pessoas de diversos partidos e grupos políticos estejam engajadas em pastorais e movimentos dentro da instituição católica e sejam acolhidas pelos pastores responsáveis pela administração da Igreja. Contudo, o testemunho evangélico de muitos padres, religiosos (as) e leigos (as), mostra que a Arquidiocese de Londrina é uma instituição aberta ao diálogo com pessoas e grupos da sociedade londrinense e região, sem nenhuma exclusividade partidária.
Portanto, a Arquidiocese de Londrina vem reforçar para a sociedade civil, o seu comprometimento com a política no sentido amplo do termo, que tem a ver com a paz, a justiça e defesa da vida, independente de classe cultural, social e econômica e religiosa. Conclui, reafirmando com os Bispos do Brasil, por ocasião da 56ª Assembleia Geral: “A Igreja reivindica sempre a liberdade, a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais […] Isso nos compromete profeticamente. Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada. Se, por este motivo, formos perseguidos, nos configuraremos a Jesus Cristo, vivendo a bem-aventurança da perseguição (Mt 5,11)”.
Acompanhe em textos, vídeos e áudios como foram as duas semanas da visita pastoral do arcebispo na cidade
Em visita pastoral a Rolândia do dia 2 ao dia 14 de setembro, o arcebispo dom Geremias Steinmetz procurou atingir duas dimensões eclesiais: “ad intra” e “ad extra”, ter um olhar atento para o interior e para o exterior da Igreja. O arcebispo dedicou um ou dois dias a cada uma das cinco paróquias da cidade: Paróquia São José, Paróquia São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora de Fátima, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Paróquia da Ressurreição e Paróquia São Paulo Apóstolo, bem como suas capelas.
Logo no segundo dia de visita pastoral a Rolândia, no dia 4 de setembro, dom Geremias participou do programa Em Nome do Senhor, da Rádio Cultura, com o diácono Adilson. Confira:
Além de conhecer as comunidades, dom Geremias conversou com os padres, diáconos e fiéis, apresentando o planejamento pastoral da arquidiocese e escutando sobre a realidade e vida pastoral das comunidades de Rolândia. “Dom Geremias deixou uma mensagem muito bonita. Ele falou da pessoa de Cristo, que Cristo está no centro da vida do ser humano, devemos nos aproximar de Cristo, amar a Cristo, amar a cruz de Cristo e ver nEle a ressurreição, a vida eterna”, comentou o pároco da Paróquia da Ressurreição, padre Layrton dos Santos PMS.
Padre Djohn Denys comenta a reação dos fiéis ao receber o arcebispo e a programação na Paróquia Nossa Senhora Aparecida:
Irmã Elizabeth Mendes, gestora interna da Unidade Social Nossa Senhora Aparecida, explica o trabalho desenvolvido pela instituição localizada no território da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
Dom Geremias foi recepcionado na Unidade Social Nossa Senhora Aparecida com apresentação das crianças:
A cada noite, dom Geremias presidiu a Santa Missa em uma comunidade. “Ao celebrar a missa, ele está rodeado de leitores, ministros da Eucaristia, coroinhas, de movimentos e pastorais. Quer dizer, o pastor está ao centro e todos os movimentos e pastorais ao redor fortalecendo esse pastor”, fala o pároco.
A leiga Edneia Ribeiro Lopes comenta o trabalho realizado e a visita do arcebispo à Capela Sata Rita, do Jardim do Lago:
No dia 2 de setembro, dom Geremias celebrou a Santa Missa da primeira segunda-feira do mês no Cemitério Municipal de Rolândia, local onde estão enterrados três padres e seis religiosas que exerceram seu ministério na cidade. Monsenhor José Agius, administrador paroquial da São Paulo Apóstolo, explica a devoção da primeira segunda-feira do mês e os nomes dos padres enterrados no cemitério.
Frei Rodrigo Vieira OSA, pároco da São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora de Fátima comenta a programação do dia de visitas aos territórios paroquiais e sobre a Casa de Missão Filhos da Luz, confira:
Diácono Adilson de Freitas, fundador da Comunidade Filhos da Luz, explica o carisma da comunidade visitada por dom Geremias no dia 4 de setembro:
Ad extra
Na dimensão “ad extra”, dom Geremias visitou escolas, Unidades Básicas de Saúde, centro de convivência de idosos, creches, batalhão da Polícia Militar, prefeitura, associação comercial, APAE, Secretaria de Saúde, hospital e asilo, levando a presença do Evangelho a variados ambientes. “Os filhos chegavam falando: ‘o bispo foi na minha escola hoje’”, contou Bruna Moraes, da Paróquia São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora de Fátima. “Uma das minhas filhas falou que não tinha dado tempo dele passar na sala dela. Mas ela falou que ia pegar a bênção dele aqui”, conta Bruna, que participou da missa de encerramento da visita pastoral que reuniu todas as comunidades no Campo do Terrão.
O senhor Natal Balan, do Terço dos Homens, também participou da missa com os netos, que serviram ao altar como coroinhas. “Esperamos a volta dele em breve.”
Norma das Neves Castilho, 60, do Movimento Adoradores da Eucaristia, andou 30 minutos a pé para participar da missa. No trajeto ela foi rezando 40 Pai Nossos, pedindo pela paz. “Eu vim sozinha, eu e Jesus”, conta. “As visitas foram uma bênção. Rolândia estava precisando de paz. Em todo lugar que ele vai está sendo uma paz para a nossa cidade. E o pessoal só está comentando que está bom.”
No dia 3 de setembro, dom Geremias celebrou a Santa Missa no Centro de Convivência de Idosos (CCI), local que acolhe cerca de 270 idosos durante o dia para atividades recreativas e de interação. Escute a entrevista com o idoso José Norberto da Silva:
Juventude
No sábado, dia 14 de setembro, dom Geremias se encontrou com os jovens da cidade na Paróquia São José. São ao todo 15 grupos de jovens divididos entre as paróquias e capelas. O arcebispo respondeu às perguntas dos jovens e mostrou um pouco dos trabalhos realizados na arquidiocese.
Os jovens se animaram com a presença do arcebispo, conta Karla Moraes, 20, coordenadora do Setor Juvenil do Decanato Rolândia. “Na cabeça de muitos deles a figura do arcebispo é muito distante para chegar, conversar. Hoje o jovem pôde falar diretamente com o representante da Igreja e tirar suas dúvidas, eles gostaram muito. Ele foi muito aberto, muito receptivo e os jovens aos poucos se abriram para perguntar. Surgiram perguntas ‘polêmicas’ para a juventude.” Dentre os assuntos, dom Geremias falou sobre homossexualidade, tatuagem, suicídio e depressão. “É muito bom saber que nosso arcebispo está tão disposto a estar próximo, ele quer saber como está, conhecer as dificuldades, as coisas boas. Me senti acolhida por ele”, conclui Karla.
A coordenadora do Setor Juvenil do Decanato Rolândia apresenta os grupos presentes no encontro do dom Geremias com os jovens de Rolândia:
Capelas rurais
Dentre as capelas rurais visitadas está a Capela São Pedro, na Comunidade Ribeirão Vermelho. Ali toda comunidade se dividiu para preparar a recepção ao arcebispo. “Os ministros tomam a frente da preparação da igreja, para organizar e deixar tudo certinho. As mulheres ficaram com a limpeza e a organização da igreja, do salão, das comidas. Ficamos muito felizes com a visita”, conta a catequista Alessandra Lisse Miotto, 34.
Próximo dali, a Capela São Rafael, também reuniu toda comunidade para a visita do arcebispo. “Dom Geremias como chefe da comunidade, da Arquidiocese de Londrina, mostrou ser o pastor de todas as igrejas”, fala Estefano Godofrego Rodolfo Gair, 83. Estefano compara à atitude de Jesus, que ia nas comunidades onde era preciso levar a Palavra. “É o exemplo que o dom Geremias também está fazendo.”
Escola
Nas escolas que visitou, dom Geremias respondeu às perguntas das crianças e adolescentes. Na Escola Municipal Maria Teixeira Georg e no Colégio Bom Jesus, o arcebispo falou sobre sua vocação e esclareceu as dúvidas sobre pecado.
No Colégio Bom Jesus, os estudantes cantaram uma música de boas vindas ao dom Geremias:
“Os alunos estavam ansiosos pela visita, fizeram perguntas muito saudáveis, coerentes. Realmente eles têm muitas perguntas e muitas dúvidas”, fala Janaina Andreza Benelli, diretora da Escola Maria Teixeira Georg.
No vídeo, dom Geremias responde a uma criança que pergunta sobre o pecado do orgulho:
Padre Joel Ribeiro Medeiros, pároco da São José, ficou admirado com a receptividade das crianças. “Ele está falando com as crianças e a criançadinha fica toda sentadinha escutando, como foi nos outros colégios. É impressionante o silêncio, a escuta, essa unidade.”
Ouça na entrevista com a diretora da Escola Municipal Garrastazu Médici, Silvana Cristina Borges Regatieri, sobre a visita de dom Geremias à escola no dia 3 de setembro. A instituição atende 530 crianças da Educação Infantil ao 5º ano fundamental.
No Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva, no dia 4 de setembro, o arcebispo conversou com os professores sobre a situação da educação. Ouça na entrevista com dom Geremias:
Continuidade
Segundo o padre Joel, as comunidades vão dar continuidade à fala do arcebispo. “Vamos trabalhar de tal forma que todos possam refletir e que seja uma palavra que realmente seja vivenciada.”
O padre também destacou que as visitas e a aproximação com o bispo fortaleceram a comunidade. “A cada entidade, a cada instituição a gente vai ficando muito feliz com a receptividade. Em todos os lugares que a gente vai é muito interessante.”
ACIR
Na Associação Comercial e Empresarial de Rolândia (ACIR), dom Geremias dialogou com empresários sobre questões como desemprego, profissionalização e a relação entre Igreja e sociedade. “Foi um diálogo bem aberto ao que chamamos de Doutrina Social da Igreja”, destacou dom Geremias.
Para Claudio Luis Mota, da diretoria da ACIR, a conversa com o arcebispo demonstrou a preocupação que a Igreja tem em agir na sociedade. “A responsabilidade que ela trabalha em cima da educação dos jovens, da criança e principalmente a base familiar que nós temos que construir, a base familiar é muito importante”, conclui.