Ação distribuiu mais de 44 toneladas de alimentos produzidos pela agricultura familiar de assentamentos e acampamentos da região norte do Paraná

 

No sábado, 20 de junho, mais de 44 toneladas de alimentos produzidos em assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram distribuídos para população carente de Londrina. Produtos direto campo, como leite, pão caseiro, verduras, legumes, tubérculos e frutas foram destinados a cerca de 3 mil famílias de 11 bairros da cidade, dentre eles União da Vitória, Cristal, Franciscato, Califórnia, Flores do Campo, Primavera, Maria Cecília e Vista Bela. Antes da entrega, o arcebispo dom Geremias Steinmetz levou uma palavra de esperança às comunidades e abençoou os alimentos.

 

Todas as famílias que receberam as doações foram cadastradas antecipadamente e receberam uma senha, para que a distribuição fosse organizada e não houvesse aglomeração. A ação teve apoio de diversas entidades, inclusive da Igreja Católica, com a mobilização das pastorais da paróquia ambiental que atende as ocupações urbanas de Londrina. “A nossa contribuição foi no aspecto de mapear comunidades, mapear lideranças e dialogar com o MST como seria metodologia de distribuição. Todas as pessoas que vão acessar essas cestas já estão com senha, teve organização muito grande de cadastramento. Quem fez cadastramento foram as lideranças locais”, contou padre Dirceu Fumagali.

 

A paróquia ambiental não é uma paróquia territorialmente delimitada que atende os fiéis que participam moram numa localidade específica. A paróquia ambiental trabalha a partir de uma realidade, no caso desta paróquia ambiental atende comunidades vulneráveis que lutam pelo acesso à moradia, explica padre Dirceu. “A paróquia está em construção, ainda não tem nada formalizado. Estamos com ela há um ano e meio, este primeiro ano foi mais vivência. Agora veio a questão pandemia, e mesmo na pandemia é um momento oportuno para fazer esse trabalho”, conclui.

 

Doações
Desde abril os produtores rurais de assentamentos e acampamentos do MST estão se mobilizando em todo Brasil para fazer doações aos mais necessitados. “De lá para cá percebemos que daria para se organizar e ampliar a campanha. Nós nos organizamos agora toda semana tem campanha em alguma região do Paraná”, explicou José Damasceno, da coordenação estadual do MST do Paraná.

Pascom Arquidiocesana

 

Fotos: Luiz Vianna

 

 

“Águas para a Vida, não para a Morte”

Londrina, 18 de março de 2020

Nesse momento de insegurança frente a ameaça da pandemia do coronavirus, queremos bendizer e agradecer a Deus pela Água, pois ela pode nos livrar dessa praga e garantir a vida.

 

Porém, em sintonia com as orientações da vigilância sanitária e da Arquidiocese, em relação as medidas cautelares, para impedir o avanço do contágio do vírus de forma acelerada, achamos por bem suspender a 20ª celebração das águas, programada para dia 22 de março as 15,00h às margens do Lago Norte.

 

Renovados pelas águas do batismo e na solidariedade na defesa das vidas ameaçadas, peçamos O Deus da Vida que abençoe a todas e todas para que a vida seja cada vez mais plena.

Pe. Dirceu L. Fumagalli
Equipe Organizadora

Neste domingo, 18 de agosto, a cidade de Lindoeste, território da Arquidiocese de Cascavel, acolheu os participantes da 32º Romaria da Terra do Paraná. O evento, que é organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), teve por lema: “Nenhum camponês sem terra, mulher sem direito, jovem sem educação e criança sem saúde”, reuniu cerca de dois mil romeiros, na sua maioria integrantes das pastorais sociais, trabalhadores sem-terra e agricultores provenientes de várias regiões do Paraná. O arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, o arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, o bispo de Cornélio Procópio, Dom Manoel João Francisco e sacerdotes e religiosos (as) de várias arqui/dioceses também se fizeram presentes.

A Romaria tem por característica ser um momento de profecia, manifesto, denúncia e fortalecimento da caminhada pastoral e social em busca de luzes e saídas para as situações que ameaçam e ferem, especialmente, as pessoas que vivem da agricultura. Na dinâmica do evento, as caravanas de romeiros chegaram pela madrugada e, ao longo do dia, realizaram celebrações místicas, partilhas sobre os desafios enfrentados, discursos que visam apontar caminhos para a solução dos problemas.

Para o padre Dirceu Luiz Fumagalli, coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra, essa romaria é um momento privilegiado para celebrar a fé e o compromisso com o Reino de Jesus: “o propósito da romaria era de reanimar, não só os agentes da CPT ou agentes que atuam junto ao campo nas pastorais, mas também os movimentos sociais que lutam em defesa dos camponeses e é essa, então, a importância dessa grande celebração, motivar as comunidades”, afirmou.

A escolha da cidade de Lindoeste para sediar a 32ª Romaria da Terra, é por se tratar de uma região na qual há vários assentamentos do Movimento Sem Terra (MST), onde pessoas vivem da agricultura. É um lugar que necessita de Políticas Públicas eficazes para que as pessoas tenham seus direitos à saúde, educação, transporte, moradia assegurados.

Dom Geremias Stenmetz, que já participou de outras Romarias, avaliou o evento de forma muito positiva, apesar de ter percebido uma participação menor de pessoas em relação a outros anos. “A 32ª Romaria da Terra do Paraná tocou a questão das Políticas Públicas no campo e alcançou seu objetivo. Com o uso de imagens simbólicas como o fogo, as barracas, as mochilas e até mesmo as crianças correndo e falando por todos os lados, se mostra a realidade da vida no campo e seus desafios. A romaria é uma grande celebração da vida e da esperança de uma população”, disse o arcebispo. Além disso, reiterou que a presença dos três bispos durante todo o evento buscou incentivar e mostrar que a Igreja tem interesse de que essas discussões sejam feitas nos municípios com a colaboração dos discípulos de Jesus Cristo.

Karina Carvalho
CNBB Regional Sul 2

 

Integrar o campo e a cidade para garantir vida e diretos em abundância. Este é um dos sentidos que fazem parte da caminhada da Romaria da Terra, que em
2019 chega à sua 32ª edição. Este ano, o evento será realizado em 18 de agosto, em Lindoeste, (Oeste do Estado). Com cerca de 6 mil habitantes,
pertencente à Arquidiocese de Cascavel. A realização é da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

 

Romaria da Terra tem seus lemas trabalhados a partir das propostas da Campanha da Fraternidade. Este ano, fazendo paralelo com a temática das
políticas públicas, o lema será “Nenhum camponês sem terra, mulher sem direito, jovem sem educação e criança sem saúde”. A romaria tem caráter
ecumênico, incorporando ritos e símbolos de outras religiões ao universo católico. 

 

“É um momento importante, não só para o campo, mas também para a comunidade urbana, das periferias. Ela contempla a participação do leigo,
religiosos e é uma oportunidade de muita solidariedade”, afirma o padre Dirceu Fumagalli, membro da coordenação da CPT. “São mais de 30 anos de
organização”, ressalta.

 

CARTILHA
Na cartilha do encontro, dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo metropolitano de Cascavel, aponta que a Romaria da Terra versará sobre “os
mártires e a luta por organização de políticas públicas no campo na região Oeste do Paraná, repassando as histórias dos que tombaram na luta por
dignidade no campo”. “O Espírito nos ajude a contemplar os acontecimentos pascais, nos quais morte e ressurreição sejam a dinâmica que dê sentido a
todos os esforços de resistência e superação”.

 

Padre Dirceu Fumagalli explica que todas as dioceses do Estado têm participado. Cerca de 4 mil pessoas devem participar da Romaria. Haverá
celebração, acolhida, reflexão e contextualização de tudo o que é proposto e propagado, reaquecendo a esperança e animação. As romarias nascem da
necessidade de explicitar determinadas situações de injustiças e conflitos sócio-políticos.

 

O sacerdote destaca que as reflexões remetem a momentos de desafio e estão ligadas ao que é vivenciado no país em todas suas esferas. “Estamos num
momento de grandes retrocessos, não só na política, mas estamos perdendo o que tínhamos conseguido, como agricultura familiar, demarcação de terras
indígenas, reforma agrária. Em nível de Estado estamos estagnados, em um modelo que privilegia o agronegócio, com êxodo rural”, detalha.

 

SENTIDO
As romarias têm um sentido simbólico, com fonte na própria marcha da humanidade. Elas se originaram na esteira do Concílio Vaticano II, que acabou
com a ruptura entre povo, palavra e altar. As romarias tradicionais buscam, essencialmente, o altar e o Santo, enquanto que as Romarias da Terra
introduziram a “Palavra”, a reflexão. “São o sacramento da caminhada. Elas são o templo do encontro do divino com o humano”.

 

De acordo com Fumagalli, por mais que existam contrapontos em relação ao trabalho em prol da Romaria da Terra, o intuito é seguir o que prega o
Evangelho, de permanecer ao lado dos que mais precisam, fazendo um paralelo com a missão da Igreja e com o que a própria instituição recomenda
em sua plenitude.

 

“É uma forma de assegurar a questão do campo, para que não caia no esquecimento. Todos precisam apoiar esta causa. A romaria é uma
oportunidade de restabelecer espiritualidade e integrar campo e cidade, garantindo vida mais ampla e para todos, o que é o principal”, reflete.

Pedro Marconi
PASCOM Arquidiocesana

 

 

Convite para 19ª Celebração das Águas

24 de março de 2019

“Dá-me de beber” (Jo 4,7)

Em plena caminhada, em tempos áridos, não tem algo mais propício e alentador que nos encontrarmos à beira de um grande e sagrado rio para nos refrescar e reanimar- nos na caminha e resistência pelo direito ao acesso das políticas públicas, entre elas o direito humano fundamental do acesso à água potável.

Por isso, vimos convidar e motivar os irmãos e irmãs, companheiros e companheiras de caminhada, para juntos celebrarmos o Dia Mundial das Águas e na resistência pelo dia mundial de luta contra as barragens, para que as águas continuem livres da ganância de torná-las mercadoria e serem aprisionadas e privatizadas para saciar a sede do mercado e do lucro.

Neste ano, retornaremos ao leito do Rio Tibagi, nosso maior manancial, que mata nossa sede, alivia nosso cansaço, rega e fecunda nossas terras, gera nossa indústria. Em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2019, queremos refletir e nos comprometer com a defesa das Políticas Públicas: de abastecimento de água potável, saneamento básico, preservação e cuidado ambiental com os mananciais e a defesa de todos os direitos conquistados ao logo de décadas de lutas dos trabalhadores.
Nos encontraremos no dia 24 de março, às 15hs no final da estrada do Limoeiro, espaço da antiga balsa Londrina – Assaí.

Venha você, irmão e irmã, muitos de nós irmãos no batismo nas águas do Tibagi. Convide e mobilize também sua comunidade, seu grupo sua organização, para juntos celebrarmos Deus que é capaz de nos dá a água da vida. Mais informações: 3347-1175 ou 3371-3141.

Abraço Fraterno – Comissão Pastoral da Terra e demais Pastorais e Organizações.

 


Serviço:
19ª Celebração do Dia Mundial das Águas
Data: 24/03
Horário: 15h

Local: Leito do Rio Tibagi, no final da estrada do Limoeiro
Informações: (43) 3347-1175 / 3371-3141

 

 

Comissão Pastoral da Terra – Paraná.
Rua Dom Bosco,145 – Fone 43- 3347-1175
CEP 86060-340 – Londrina – PR  – Brasil
email – cptparana@gmail.com

Londrina,16 de fevereiro de 2018

“O fruto da justiça será a paz” (Is 32,17)

Caros irmãos e irmãs da caminhada,

A festa nunca termina, para aqueles e aquelas que são propagadores/as da Paz. Vimos através desta fazer contato com você agente de pastoral, comunidades, paróquias, dioceses para anunciar nossa 31ª Romaria da Terra do Paraná. A ser realizada dia 19 de agosto de 2018, em Barbosa Ferraz, Diocese de Campo Mourão.

Esse ano sob o contexto das ameaças sistemáticas da violência dos despejos dos acampamentos é que celebraremos o Deus que acampou entre nós e anuncia a todos e  todas a Paz na terra aos homens e mulheres por ele amados.

Para bem celebrar nosso encontro de romeiros e romeiras da terra, refletiremos sob a Luz do Lema “ Com direito e justiça, a paz supera a violência no campo”.

Desde já estamos convidando e convocando para que coloque em sua agenda, e inicie a motivação, mobilização e organização das caravanas de seu grupo, sua pastoral, paróquia, diocese e organizações/movimento sociais e populares. Para juntos celebrar nossa esperança de que “a prática da justiça”, resultará em tranquilidade e segurança duradoura em todos os acampamentos. E o povo, então passará a viver em  ambiente feliz moradias (terra) seguras e tranquilas. ( cf Is 32,17-18).

E que não haja nenhuma família camponesa sem terra, porque “vós sois todos irmãos” e , tens parte dessa herança.

Fraternalmente,

Pe. Dirceu Luiz Fumagalli
Juvenal José Rocha
Coordenação da Comissão Pastoral da Terra no Paraná