Os bispos do Brasil, reunidos neste dia 19 de abril, na 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), viveram hoje um dia histórico para a Igreja no país. Com o episcopado de todas as dioceses brasileiras no Santuário Nacional de Aparecida, os bispos celebraram a primeira missa no Brasil com os textos da terceira edição do Missal Romano, que está sendo impresso para chegar a todas as comunidades. O texto demorou 19 anos para ser traduzido e aprovado
O arcebispo dom Geremias Steinmetz, que é liturgista e presidente do Regional Sul 2, explicou, em entrevista à jornalista Karina de Carvalho, quando o novo missal chegará às comunidades. “Já temos uma data”, destacou o arcebispo: o primeiro domingo do Advento deste ano. Na entrevista, ele fala sobre as impressões que teve ao rezar a missa com o novo missal e o processo de adaptação que padres e equipes litúrgicas terão que fazer com os novos textos. Confira a entrevista:
Texto: Juliana Mastelini Moyses – Arquidiocese de Londrina Vídeo: Karina de Carvalho – Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2
Teve início nesta manhã, 19 de abril, a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). Está reunida, até o dia 28 de abril, a quase totalidade dos 326 bispos ativos e parte dos 157 bispos eméritos brasileiros, para refletir, rezar e definir questões importantes da Igreja no Brasil, inclusive escolher a nova presidência da conferência para o próximo quadriênio.
O núncio apostólico, dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco no Brasil, abriu a assembleia com uma saudação em nome do romano pontífice. “O Papa Francisco reza por este importante momento de encontro e unidade”, garantiu dom Giambattista, que convidou os bispos a consolidar, desenvolver e fortalecer a comunhão da Igreja para a qual o Espírito Santo os consagrou, e o caminho da sinodalidade.
“Expressem a unidade da Igreja”, exortou o núncio, “unidade que não é a adição de números, mas a inserção vital com conhecimento e amor num organismo animado pela graça.” “Nas suas mentes e corações de pastores, o Senhor coloque este carisma, esta responsabilidade e este dom”, reiterou.
A experiência sinodal vivida pela Igreja no Brasil em resposta aos apelos do Papa Francisco também foi citada por dom Giambattista, que continuou a encorajar os bispos a serem inspiradores, guias e testemunhas do itinerário sinodal. “Juntos, pela comunhão, que é a expressão mais elevada, mais necessária e mais significativa da Igreja”, apontou.
Participaram da abertura da 60ª AG CNBB, conduzida pela presidência da entidade, o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes e o reitor do Santuário de Aparecida, padre Carlos Eduardo Catalfo. Durante a primeira sessão da 60ª AG CNBB, foram apresentados os bispos nomeados no último ano para a Igreja no Brasil.
Acolhida e comunhão Dando eco à fala do núncio apostólico, o arcebispo de Belo Horizionte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, acolheu os participantes da assembleia, desejando que este seja um momento de comunhão. “O Senhor mostra que Ele é a fonte de comunhão. Portanto, seja esta assembleia, orante, pastoral e permita dar novos passos”, disse.
Balanço do quadriênio 2019-2023 Ao desfazer a mesa de abertura, o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, convidou os bispos a se voltarem à imagem de Nossa Senhora Aparecida cantando e pedindo sua bênção.
A seguir a presidência apresentou o relatório da CNBB para os anos de 2019-2023. Referindo-se ao Papa Francisco, dom Walmor falou do quadriênio como uma travessia em meio à tempestade, um dos períodos mais difíceis do Brasil, tanto no que diz respeito à polarização política que atravessa o país quanto à pandemia da covid-19. “O Senhor interpela-nos, no meio da tempestade, a buscar esperança. Portanto, a CNBB foi meio que um barco no meio dessa difícil travessia, e foi isso que fizemos”, falou o presidente.
Juntamente com os demais bispos do Brasil, dom Geremias participará dos debates e encaminhamentos de cerca de 22 temas em 22 sessões ao longo dos 10 dias da 60ª AG CNBB
No próximo dia 19 de abril, às 8h30, acontece a sessão solene de abertura da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), no Centro de Convenções Padre Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). O encontro do episcopado brasileiro se estende até o dia 28, com 22 sessões ao longo das duas semanas.
A pauta inclui 1 tema central (Avaliação Global da Caminhada da CNBB (Art. 141 do Regimento em vigor), 6 temas prioritários (Doutrina da Fé, Liturgia, Regimento da CNBB, Relatório do Quadriênio, Relatório Econômico, Textos Litúrgicos – CETEL).
A atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) – 2019/2023 – está contida dentro do tema central da Assembleia. Para as atuais diretrizes, estava prevista uma atualização em 2023, ano em que encerra o quadriênio. A escolha do episcopado, no entanto, foi pela continuidade do processo de escuta e incorporação dos resultados do Sínodo sobre a Sinodalidade, cuja primeira sessão será em outubro deste ano e a última em outubro de 2024. Neste sentido, a atualização das novas DGAE da Igreja no Brasil serão construídas num caminho sinodal.
Outros temas
Da programação constam ainda outros 15 temas diversos (Acordo Brasil Santa Sé, Análise de Conjuntura Social e Eclesial, Gestão, Campanha da Fraternidade, Conselho Episcopal Latino Americano, Charis, Comissão Comunhão e Partilha, Comissão Episcopal para a Amazônia, Fundo Nacional de Solidariedade e Jubileu 2025, pesquisa “Saúde Integral do Clero”, Sínodo 2023-2024, visita do bispo auxiliar da diocese de Maiduguri (Nigéria), dom John Bogna Bakeni, região que sofre perseguição (ACN – Ajuda à Igreja que Sofre) e 15º Intereclesial das CEBs.
Estão previstas as seguintes comunicações durante a 60ª AG CNBB dos bispos eméritos, informe do Observatório da Comunicação religiosa no Brasil e do núcleo de estudos em comunicação e teologia, dos Organismos do Povo de Deus, da Ação Missionária Nacional, em Manaus, sobre o Sínodo dos Bispos e o XVIII Congresso Eucarístico Nacional. A Assembleia emitirá ainda três mensagens: ao Papa, ao prefeito do Dicastério para os Bispos e ao povo brasileiro.
Celebrações e retiro
Todos os dias, no Santuário Nacional, às 18h30, os bispos participarão das celebrações eucarísticas da 60ª AG CNBB. Haverá também uma celebração penitencial no dia 23 de abril e uma celebração inter-religiosa, no dia 26 de abril. O retiro espiritual acontece no sábado, 22, e domingo, 23.
Como acompanhar?
No portal da CNBB e nas redes sociais (Facebook e Youtube) será possível acompanhar a cobertura dos principais temas abordados nas sessões. Serão divulgados também diariamente o boletim Igreja no Brasil especial 60ª AG CNBB e um clipping diário de notícias.
Já as coletivas de imprensa poderão ser acompanhadas, ao vivo, pelo portal A12 e redes sociais da CNBB, sempre às 15h. Nas coletivas são apresentados os resultados das reflexões e encaminhamentos dos temas. E as celebrações que acontecerão às 18h30, pela TV Aparecida, TVs de inspiração católica e redes sociais da CNBB.
Como membro do conselho, o arcebispo dom Geremias participa da reunião, que acontece na sede da CNBB em Brasília
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza nos dias 21 a 23 de março reunião ordinária na sede da entidade, em Brasília (DF), na qual participam os membros da presidência, os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e os presidentes dos 19 regionais. Essa é a primeira vez, após o período da pandemia, que os bispos se encontrarão presencialmente.
O primeiro dia do encontro teve início às 14h20 com a palavra do arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Na sequência, ainda no período da tarde, serão apresentadas as análises de conjuntura social e eclesial pelas equipes responsáveis, além dos informes dos regionais e das comissões da CNBB. A missa com vésperas, às 18h, fechará os trabalhos do dia.
No dia 22, quarta-feira, a abertura da reunião se dará às 8h45, seguida de uma avaliação dos trabalhos do quadriênio (2019-2023) pela presidência da CNBB. Na sequência, nessa primeira sessão, os membros do Conselho se debruçarão no planejamento e programação da próxima Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada de 19 a 28 de abril, em Aparecida (SP). Também o regimento interno da Conferência e a realização da Campanha da Fraternidade 2024, que terá como tema “Fraternidade e amizade social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Cf Mt 23,8)”, serão apreciados.
Já a segunda sessão, prevista para o périodo da tarde, a partir das 14h, será dedicada à continuação da avaliação do quadriênio e aos informes dos regionais, comissões e organismos. A missa, com vésperas, acontece a partir das 17h30.
No último dia, 23, haverá sessão só no período da manhã, das 8h45 às 12h, e os membros do Conselho Permanente apreciarão pedidos do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, o CNLB; comunicados da equipe gestora da sede da CNBB; informes do projeto “Encantar a Política” e, ainda, os últimos comunicados dos regionais e das comissões da CNBB.
Bispos elegeram nesta manhã a nova presidência da CNBB Sul 2 para o próximo quadriênio. Dom Geremias Steinmetz continua como presidente, dom Amilton Manoel da Silva assume como vice e dom Mário Spaki como secretário do Regional Sul 2
Nesta terça-feira, 14 de março, os bispos iniciaram o último dia de sua assembleia com a oração das laudes na Capela do Centro Diocesano de Formação. Após o café da manhã, eles deram continuidade às discussões dos assuntos previstos em pauta.
O último assunto previsto em pauta foi a eleição da nova presidência. Os bispos votaram para escolher o presidente, o vice-presidente e o secretário. Na atual presidência (2019-2023), dom Geremias Steinmetz é o presidente, dom José Antonio Peruzzo é o vice-presidente, e dom Amilton Manoel da Silva é o secretário.
A eleição definiu para presidente: dom Geremias, para vice-presidente: dom Amilton e para secretário foi eleito o bispo de Paranavaí, dom Mário Spaki. Após a eleição, a nova presidência concedeu uma entrevista coletiva no canal do Youtube do Regional Sul 2 da CNBB, na qual falaram sobre os desafios da nova missão que assumiram.
“É um serviço à Igreja, é um serviço ao povo de Deus, mas especialmente, para a unidade do episcopado do nosso Regional para que possamos continuar caminhando com os desafios que temos, sempre em unidade, buscando respostas nesse tempo de sinodalidade”, disse dom Geremias.
“Eu continuo servindo, agora como vice-presidente. Aqui estou, em espírito de serviço, de companheirismo, querendo estar junto com dom Geremias e com dom Mário, agora eleito secretário, e com todos os bispos do nosso Regional. Juntos, nós caminhamos, nessa Igreja Sinodal, rumo ao Reino definitivo”, disse dom Amilton.
Dom Mário disse que acolheu com surpresa a eleição para a secretaria do Regional, mas assume a função com alegria. “Com grande alegria eu farei o melhor de mim para esse trabalho na secretaria do Regional”, disse ele. Na coletiva, dom Mário também comunicou que deixa de ser o referencial para a Pastoral da Comunicação e passa a ser o referencial da Dimensão Missionária.
A missa de encerramento foi presidida pelos bispos da nova presidência. A próxima Assembleia dos Bispos está prevista para acontecer no próximo mês de setembro, na Diocese de Cornélio Procópio (PR), que também comemora, neste ano, o seu Jubileu de Ouro.
Karina de Carvalho Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2
Missa na Catedral Divino Espírito Santo marcou início da Assembleia dos Bispos do Paraná no domingo, dia 12
Teve início com uma missa, na noite deste domingo, 12 de março, na Catedral Divino Espírito Santo, em Umuarama (PR), a Assembleia dos Bispos do Regional Sul 2 da CNBB. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Londrina (PR) e presidente da CNBB Sul 2, dom Geremias Steinmetz, ladeado pelo bispo de Guarapuava (PR) e secretário da CNBB Sul 2, dom Amilton Manoel da Silva, e pelo bispo de Umuarama (PR), dom João Mamede Filho. Transmitida ao vivo pelas redes sociais, a missa contou com presença expressiva da comunidade local, religiosos e religiosas.
A Diocese de Umuarama foi escolhida para sediar a assembleia por estar no ano de seu Jubileu de Ouro, sendo assim, a presença do episcopado paranaense é um ato de homenagem, que expressa a fraternidade entre os bispos.
Logo no início da celebração, dom João Mamede, acolheu os bispos e disse que cada paróquia da diocese assumiu um bispo para rezar nos dias que antecederam a Assembleia. Chamou cada bispo pelo nome e disse as paróquias que rezaram por ele.
Em sua homilia, dom Geremias recordou a caminhada da diocese de Umuarama, agradeceu pelos seus pastores, destacando seu primeiro bispo, hoje emérito, dom José Maria Maimone, que estava presente na celebração. Ele recordou que a diocese teve importante destaque na Igreja do Brasil, pela sua atuação na Pastoral do Dízimo e na implantação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Também destacou o trabalho vocacional, do qual os frutos são visíveis pelo expressivo número de sacerdotes diocesanos.
Após comentar o texto Evangelho, referindo-se à experiência da Samaritana, dom Geremias relatou o quanto a diocese de Umuarama fez para saciar no povo a sede de Deus. “Quanto trabalho para saciar a sede do nosso povo, por meio das CEBs. Quantas pessoas sustentaram a sua fé, por meio da Pastoral do Dízimo, que foi prioridade permanente nos planos diocesanos de pastoral. Quantas pessoas sustentaram a sua fé ajudando a sua comunidade, ou ainda, a catequese permanente, a Pastoral Vocacional”, disse o arcebispo.
Dom Geremias destacou também o trabalho que dom Joao Mamede vem realizando, desde 2011, quando assumiu a diocese. Dom João “vem dando continuidade às ações pastorais, aperfeiçoando-as segundo as necessidades dos tempos atuais, focando no cuidado do clero, assim como nas vocações, na Iniciação à Vida Cristã, na formação de lideranças, na renovação das estruturas e na missionariedade, tornando a diocese uma referência de evangelização no Regional Sul 2 da CNBB”.
Após a missa, os bispos voltaram para o Centro Diocesano de Formação (CDF), onde estão hospedados, para o jantar e um momento de convivência fraterna. Amanhã, 13 de março, eles iniciam as atividades do dia com a santa missa na capela do CDF e seguem com uma extensa pauta de assuntos para serem refletidos e discernidos ao longo do dia. A Assembleia acontece até o meio-dia da terça-feira, 14 de março.
Karina de Carvalho Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nessa segunda-feira, 13 de fevereiro, uma mensagem na qual reafirma sua comunhão com a Igreja Católica no mundo inteiro, em especial com a Igreja que está na Nicarágua. “Em prece, a CNBB suplica o fortalecimento dos nicaraguenses na busca pelo respeito e pela dignidade. Fraternal e solidária, reza por nosso irmão bispo, dom Rolando Álvarez, condenado a 26 anos de prisão”, diz o texto do documento. Confira abaixo a íntegra da nota e (aqui) o link do documento em pdf.
Mensagem da Presidência da CNBB
Brasília-DF, 13 de fevereiro de 2023
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), comprometida com a defesa dos direitos humanos e repudiando qualquer gesto ou decisão que neguem estes mesmos direitos, reafirma sua comunhão com a Igreja Católica no mundo inteiro, em especial a Igreja que está na Nicarágua.
Onde a humanidade sofre é também dor e sofrimento da Igreja no Brasil.
A fé cristã é místico-profética, exigindo de cada discípulo e discípula de Jesus uma santa indignação frente aos cenários de desrespeito à vida, de desconsideração da sacralidade humana, templo vivo do Espírito Santo de Deus.
Em prece, a CNBB suplica o fortalecimento dos nicaraguenses na busca pelo respeito e pela dignidade. Fraternal e solidária, reza, por nosso irmão bispo, dom Rolando Álvarez, condenado a 26 anos de prisão.
A cada pessoa seja concedida a liberdade de se expressar com responsabilidade e viver sua fé. As autoridades de todo o mundo, da América Latina e, especialmente, da Nicarágua, possam se sensibilizar.
Ninguém seja indiferente à injustiça.
“Se os profetas se calarem, as pedras falarão” (Lc 19,40).
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã desta quarta-feira, 18 de janeiro, uma nota na qual manifesta reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto a exemplo das últimas medidas do Ministério da Saúde, constantes da Portaria GM/MS de nº 13, publicada no último dia 13.
A portaria permitiu a desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação de outra portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais. A Nota da CNBB pede esclarecimento do Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.
No documento, a CNBB reitera que “a hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz e reforça que é preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social”. Confira, abaixo, a íntegra do documento e aqui a nota em PDF.
A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR
Nota da CNBB
“Diante de vós, a vida e a morte. Escolhe a vida!” (cf. Dt 30,19)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não concorda e manifesta sua reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto. Assim, as últimas medidas, a exemplo da desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais, precisam ser esclarecidas pelo Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.
A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz. É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social.
A Igreja, sem vínculo com partido ou ideologia, fiel ao seu Mestre, clama para que todos se unam na defesa e na proteção da vida em todas as suas etapas – missão que exige compromisso com os pobres, com as gestantes e suas famílias, especialmente com a vida indefesa em gestação.
Não, contundente, ao aborto!
Possamos estar unidos na promoção da dignidade de todo ser humano.
Brasília-DF, 18 de janeiro de 2023
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre (RS) Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá (MT) Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) Secretário-geral da CNBB
“Acolha o chamado de Deus”, esta é, segundo o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a convocação especial feita pelo Ano Vocacional na Igreja no Brasil cuja abertura aconteceu no último domingo, 20 de novembro, e prossegue até 26 de novembro de 2023, Celebração de Cristo Rei.
No vídeo, especialmente gravado para o Ano Vocacional, dom Walmor disse que Deus chama cada pessoa pelo nome e lhe dá a tarefa de contribuir para edificar uma sociedade mais justa, fraterna e solidária à luz do Evangelho.
“Precisamos, pois, ouvir o que Deus tem a nos dizer a partir da oração e também do serviço às nossas comunidades”, ressaltou.
Em referência aos diferentes ministérios e vocações, o presidente da CNBB afirma que todos são protagonistas na Igreja no compromisso de colaborar para que seja servidora e no anúncio incansável do Evangelho em todos os lugares.
Dom Walmor fala do tema “Vocação: Graça e Missão” e do lema o “Corações ardentes, pés a caminho” com o desejo de que reverberem nas comunidades eclesiais católicas do país. “Abrace com coragem a sua vocação na vida da Igreja, sabendo escutar e acolher o chamado de Deus”, exortou o presidente da CNBB.
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta segunda-feira, 31 de outubro, uma mensagem sobre a conclusão das Eleições 2022. O momento, segundo a mensagem, “convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre”.
A presidência da CNBB aponta o caminho que todos os brasileiros, indistintamente, precisam trilhar: acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. “O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral”, diz o documento.
Em um trecho da mensagem, a CNBB cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República e “parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático”.
“Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país”.
Conheça a íntegra da mensagem abaixo:
Mensagem da Presidência da CNBB sobre a conclusão do processo eleitoral 2022
Saúde e paz!
A conclusão das Eleições 2022 convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre. Agora, todos, indistintamente, precisam acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral.
A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República. Parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático.
Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país.
Com a materna intercessão de Nossa Senhora Aparecida – Rainha e Padroeira do Brasil, Deus muito abençoe a sua vida e a sua família.
Fraterno abraço, com apreço.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre (RS) Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá (MT) Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) Secretário-geral da CNBB