50 anos em terras brasileiras

No final de semana, 13 e 14 de julho, cerca de 40 integrantes das comunidades do Caminho Neocatecumenal da Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, juntamente com o pároco, padre Dirceu Júnior dos Reis, estiveram na Basílica Nacional de Aparecida para as celebrações dos 50 anos em terras brasileiras. As principais celebrações foram realizadas no domingo, 14, com a participação de mais 40 mil integrantes do Caminho Neocatecumenal presente em diversas dioceses de todo o Brasil com mais de 1.800 comunidades do Caminho. De Londrina participaram também 150 membros das comunidades neocatecumenais da Paróquia Nossa Senhora da Luz e 80 da Paróquia Nossa Senhora da Piedade.

Durante a peregrinação dos paroquianos com o padre Dirceu Reis pelo Santuário Nacional, a capital da fé, houve um encontro cordial com dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. Nesse encontro dom Orlando lembrou do trabalho do Caminho Neocatecumenal enquanto era arcebispo de Londrina, expressou seu reconhecimento por esse itinerário de iniciação cristã e reforçou a importância da comunhão e da sinodalidade no caminho de evangelização. O arcebispo ainda respondeu perguntas, um bonito momento de partilha e bênçãos. Os jovens, mais tarde, tomaram refeição com o padre Dirceu, momento de integração e proximidade.

Com a presença de mais de 300 padres, 20 bispos, os cardeais dom Odilo Scherer e dom Orani Tempesta e a equipe nacional de catequistas foi realizada no início da tarde de domingo, 14, uma solene celebração da Palavra. Nessa celebração com o Santuário completamente lotado, houve uma grande ação de graças, simbolizada pelo hino “Te Deum” em razão dos 50 anos do Caminho Neocatecumenal em terras brasileiras, houve um forte momento de oração para que jovens rapazes e meninas recebessem o convite e o impulso para a vocação sacerdotal e religiosa. Momento semelhante para as famílias impulsionadas à evangelização em diversos locais do Brasil e do mundo. Um rito forte na oração, na emoção e na certeza de que o Espírito Santo conduz todos os vocacionados.

A Santa Missa, presidida pelo cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, foi o ponto alto dessa ação de graças. O santo padre, o Papa Francisco, por meio da secretaria de Estado do Vaticano, enviou uma mensagem de ação de graças ao Caminho Neocatecumanal no Brasil e a sua benção apostólica que foi lida no início da celebração. Em sua homilia dom Orani destacou que Jesus nos chama e nos envia dentro da realidade de nossa vida, Ele nos predestinou à santidade e ao anúncio do Reino de Deus. “Aquilo que a Igreja decide os carismas vão realizando na nova evangelização inclusive na periferia assim como foi o início do Caminho Neocatecumenal na periferia de Madri. Portanto, tempo de jubileu é tempo de recomeço. Olhar aquilo que já aconteceu nesses 50 anos e também os desafios atuais em vista do chamado que o Senhor Jesus faz. O futuro da Igreja está em olhar os seus inícios e, assim deve ser no Caminho Neocatecumenal para não perder o seu fervor de celebrar a presença do Senhor e fazer a diferença em nossas dioceses e em todo o Brasil. Vamos celebrar com ardor esse jubileu e, com Maria, dizermos sempre ‘sim’ aos planos do Senhor”.

Caminho Neocatecumenal

O Caminho Neocatecumenal começou em 1964 entre as pessoas da periferia de Palomeras Altas, em Madri, por obra do senhor Francisco José (Kiko) Gómez-Agüelllo e da senhora Carmen Hernández que, a pedido desses mesmos pobres com os quais viviam, começaram a lhes anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Com o passar do tempo este Kerygma (anúncio) se concretizou numa síntese catequética fundada sobre o tripé: “Palavra de Deus – Liturgia – Comunidade” e, destinada a conduzir as pessoas à comunhão fraterna e a uma fé madura.

Este novo itinerário de iniciação cristã, nascido no sulco da renovação suscitada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, encontrou o vivo interesse do então arcebispo de Madri, dom Casimiro Morcillo, que encorajou os iniciadores deste caminho a leva-lo às paróquias que o solicitassem. Este se difundiu, assim, gradualmente, na Arquidiocese de Madri e em outras dioceses espanholas. Em 1974 chega ao Brasil, entre as poucas dioceses que os acolhem está a Diocese de Umuarama no Paraná. Nesse mesmo ano o Papa Paulo VI, em uma audiência concedida às primeiras comunidades neocatecumenais, reconheceu o Caminho como um fruto do Concílio Vaticano II: “Há aqui os frutos do Concílio! Vós fazeis depois do Batismo o que a Igreja primitiva fazia antes: o antes ou depois é secundário. O fato é que vós olhais a autenticidade, a plenitude, a coerência, a sinceridade da vida cristã. E isso tem um mérito grandioso, que nos consola enormemente (…) Quanta alegria nos dão com sua presença e atividade!”.

Em 6 de março de 2015, em uma nova audiência com o Caminho, o Papa Francisco se dirigiu aos iniciadores e aos membros do Caminho desta maneira: “Saúdo os iniciadores do Caminho Neocatecumental, Kiko Argüello e Carmen Hernández, juntamente com o P. Mario Pezzi; também a eles expresso meu apreço e alento por tudo o que, através do Caminho, estão fazendo em benefício da Igreja. Eu digo sempre que o Caminho Neocatecumenal faz um grande bem à Igreja!”.

Pascom Paróquia São José Operário

Fotos: Divulgação

Celebração no Santuário Nacional de Aparecida espera reunir mais de 30 mil pessoas

No dia 14 de julho de 2024, às 15 horas, o Santuário Nacional de Aparecida será o local de uma celebração especial em comemoração aos 50 anos do Caminho Neocatecumenal no Brasil. O evento contará com a presença de dom Orani João Tempesta, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, diversos arcebispos, bispos, padres e aproximadamente 30 mil membros do Caminho Neocatecumenal vindos de todo o país.

Programação da Celebração

A celebração começará com a proclamação da Palavra e a pregação do Kerigma, conduzida pela equipe responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil: padre José Folqué, Raúl Viana e Tonha Cendán. Em seguida, dom Orani presidirá a Eucaristia.

História e missão do Caminho Neocatecumenal

Este evento celebra a presença e missão do Caminho Neocatecumenal no Brasil, que, após cinco décadas, está presente em mais de 100 dioceses, aproximadamente 500 paróquias com 1.800 comunidades em todo o país. Este itinerário de iniciação cristã pós-batismal está a serviço da Igreja para a Nova Evangelização, anunciando o amor de Jesus Cristo para todas as nações.

Ao longo dos anos, este anúncio tem transformado a vida de muitas pessoas que se abrem ao chamado do Senhor, resultando no surgimento de novas vocações: presbíteros, religiosas e famílias abertas à vida, conforme a Encíclica Humanae Vitae, de São Paulo VI.

O Caminho Neocatecumenal começou em 1964, na favela de Palomeras Altas, em Madri, Espanha, quando o pintor espanhol Kiko Argüello, após uma crise existencial e uma profunda experiência de conversão, decidiu viver entre os pobres para, no sofrimento deles, encontrar e contemplar Jesus Cristo.

Em Palomeras, Kiko conheceu a Serva de Deus Carmen Hernández. A pedido dos pobres, Kiko e Carmen começaram a anunciar o Evangelho, e os primeiros sinais de conversão surgiram quando essas pessoas responderam à Palavra de Deus. Assim, formou-se a primeira comunidade baseada na “Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade” (Fruto das Constituições do Concílio Vaticano II: Dei Verbum, Sacrosanctum Concilium, Lumen Gentium e Gaudium et Spes).

Com a indicação do então arcebispo de Madri, dom Casimiro Morcillo, essa primeira comunidade começou a celebrar em uma paróquia próxima, e, aos poucos, esse itinerário de iniciação cristã se difundiu na Arquidiocese de Madri e demais dioceses em todo o mundo.  Em 1971, o presbítero italiano Mário Pezzi se juntou à equipe de Kiko e Carmen.


Para conhecer a história do Caminho Neocatecumenal, acesse: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/historia/ .

No Brasil, o Caminho Neocatecumenal começou em 1974, nos estados do Paraná e de São Paulo, nas dioceses de Umuarama (PR), Toledo (PR), Franca (SP) e Jaboticabal (SP). As primeiras comunidades foram formadas por duas equipes de catequistas itinerantes enviados pela equipe internacional responsável pelo caminho, Kiko Argüello e Carmen Hernández, que foram acolhidas pelos bispos das respectivas dioceses mencionadas.  

Apoio dos pontífices

No ano de 1974, o Papa Paulo VI, em uma audiência concedida às primeiras comunidades neocatecumenais, destacou a missão do Caminho: “Sabemos que em vossas comunidades vos esforçais todos juntos em compreender e desenvolver as riquezas do vosso Batismo e suas consequências pela vossa pertença a Cristo. Tal empenho vos leva a perceber que a vida cristã não é outra coisa senão uma coerência, um dinamismo permanente que deriva do fato de ter aceitado estar com Cristo e prolongar a sua presença e a sua missão no mundo (…) Viver e promover esse despertar é considerado por vocês como uma forma de catecumenato pós-batismal, que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje aqueles efeitos de amadurecimento e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados no período de preparação ao Batismo (…) O fato é que vós olhais para a autenticidade, para a plenitude, para a coerência, para a sinceridade da vida cristã. E isso tem um mérito grandíssimo, repito, que nos consola enormemente”. (Cf. https://www.vatican.va/content/paul-vi/it/audiences/1974/documents/hf_p-vi_aud_19740508.html).

Os sucessivos pontífices impulsionaram e reconheceram o Caminho como fruto e inspiração do Espírito Santo para ajuda da Igreja.

Em 1990, São João Paulo II escreveu na carta Ogniqualvolta: “Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação católica válida para a sociedade e para os tempos de hoje” e “desejo vivamente, portanto, que os irmãos no episcopado valorizem e ajudem – juntos com seus presbíteros – esta obra para a nova evangelização”. (Cf. https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/it/letters/1990/documents/hf_jp-ii_let_19900830_ogni-qualvolta.html)

Da mesma forma, Bento XVI acompanhou, sustentou e animou a expansão missionária do Caminho. Durante seu pontificado, em 2008, foram aprovados os Estatutos de maneira definitiva pelo Pontifício Conselho para os Leigos.

“Dou graças ao Senhor pela alegria de vossa fé e pelo ardor do vosso testemunho cristão. Graças a Deus! Agradeço-vos por tudo o que fazem na Igreja e no mundo”, disse o Papa Francisco na primeira audiência com os iniciadores e membros do Caminho, em 2014.(Cf. https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/february/documents/papa-francesco_20140201_cammino-neocatecumenale.html)

O atual Pontífice enviou solenemente, em diversas ocasiões, famílias em Missão, presbíteros e novas “missio ad gentes” a lugares descristianizados do mundo.

Vocações

O Caminho Neocatecumenal produziu inúmeros frutos no Brasil, incluindo quatro Seminários Missionários Arquidiocesanos Redemptoris Mater em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém do Pará. São mais de 100 seminários Redemptoris Mater no mundo, formando presbíteros missionários diocesanos para a Nova Evangelização.

Serva de Deus Carmen Hernández

O processo de beatificação de Carmen Hernández, coiniciadora do Caminho Neocatecumenal, foi oficialmente aberto em Madri, em julho de 2021. Carmen dedicou a vida à evangelização, deixando um profundo legado espiritual.

Desde o início do processo, inúmeros testemunhos sobre a vida e virtudes da Serva de Deus Carmen Hernández têm sido coletados, evidenciando seu amor por Cristo. O processo está na fase diocesano que visa reunir provas documentais e testemunhais sobre a vida de Carmen, reconhecendo sua santidade e influência na vida de muitos fiéis.

Caminho Neocatecumenal no Brasil
Assessoria de Comunicação

Fotos: Divulgação

As comunidades neocatecumenais de Londrina celebraram no domingo, 24 de setembro, os 40 anos do Caminho Neocatecumenal na arquidiocese. Cerca de 500 pessoas participaram da Santa Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz e concelebrada pelo frei Mário Traina, responsável pelo caminho em Londrina; frei Wainer Queiroz, FMM, pároco da Nossa Senhora da Piedade; padre Dirceu Júnior dos Reis, pároco da São José Operário; padre Ederivaldo Guerra, da Arquidiocese de Brasília; e frei Eduardo Gomes Césare, FMM, da Diocese de Guarapuava; e o diácono transitório, Lucas Raul de Faria, OSJ.

Participaram da celebração todas as comunidades neocatecumenais de Londrina, presentes nas paróquias Nossa Senhora da Luz, São José Operário e Nossa Senhora da Piedade; além de alguns dos primeiros catequistas que trouxeram o itinerário de iniciação cristã para a cidade; a atual equipe responsável por Londrina: frei Mário Traina, Maria Lúcia Toni e Thiago Pregnolato; e representantes de outras dioceses, como Maringá, Paranavaí e Umuarama. No início da celebração, frei Mário apresentou as comunidades e homenageou os catequistas que desenvolveram as primeiras catequeses e comunidades em Londrina.

Na homilia, dom Geremias comparou o trabalho dos primeiros catequistas, há 40 anos, a uma semente. “Nunca esqueçamos que toda semente, mesmo a de mostarda, por minúscula que seja, vem vocacionada. Ela vem com a possibilidade de se tornar uma árvore, de ser um espaço onde muitas pessoas podem continuar se aproximando para conhecer Jesus Cristo.”

São muitas as necessidades de evangelização hoje na Igreja, continuou o arcebispo. Necessidades de ações que atinjam as pessoas nas diversas fases de suas vidas para que continuem optando por Jesus. “Por isso, que alegria toda vez que eu celebro com grupos como vocês”, falou dom Geremias referindo-se às tantas crianças, adolescentes, jovens, idosos, casais e famílias inteiras, que, ali, continuam com o mesmo fascínio diante de Jesus Cristo.

“Esse maravilhamento porque Deus entrou na nossa história e fez a diferença. Fez a diferença não apenas na nossa fé, mas fez a diferença na nossa felicidade. Fez a diferença na nossa caridade. Fez a diferença nos objetivos da nossa vida. Fez a diferença na nossa esperança. Fez a diferença nas nossas profissões, nos nossos trabalhos. E, aí sim, nós poderemos, de fato, continuar sendo todos trabalhadores da vinha”, afirmou referindo-se ao evangelho do dia. Não são todos pregadores, disse dom Geremias, mas todos são chamados ao testemunho autêntico de Jesus Cristo no mundo de hoje.

“Que Deus continue abençoando o Neocatecumenato, para que seja um espaço, um lugarzinho onde muitos: as crianças, os jovens, os adolescentes, vocês casais novos, vocês pessoas um pouco mais idosas, que todos possam encontrar um espaço para continuar crescendo na fé, e continuar louvando ao Senhor com tanta sobriedade como estou vendo aqui hoje. Parabéns e louvado seja nossa Senhor Jesus Cristo”, finalizou o arcebispo.

Caminho Neocatecumenal
O Caminho Neocatecumenal é um itinerário de iniciação cristã vivido nas paróquias, em pequenas comunidades constituídas por pessoas de diversas idades e condições sociais. Leva, gradualmente, os fiéis à intimidade com Jesus Cristo e os transforma em sujeitos ativos na Igreja e testemunhas da Boa Notícia. É um instrumento para a Iniciação Cristã dos adultos que se preparam para receber o batismo.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Assista a Celebração Eucarística:

Fotos: Terumi Sakai

O Caminho Neocatecumenal da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Decanato Oeste, convida jovens e adultos para os encontros de formação de novas comunidades. Os encontros serão sempre às segundas e quintas-feiras, às 19h30 na paróquia, começando no dia 6 de março.

Caminho Neocatecumenal
O Neocatecumenato é considerado pelo Igreja um caminho de iniciação cristã de formação católica para redescobrir e viver o batismo. “Estou contente porque vocês realizam o mais importante da Igreja, que é evangelizar, e vocês não o fazem com proselitismo, e sim mediante o testemunho” (Papa Francisco aos iniciadores do Caminho, setembro de 2019)

Mais informações: Gerley (43) 99118-1483

Paróquia Nossa Senhora da Piedade
Rua Pedro Nolasco da Silva, 178
Jardim Tókio – Londrina

Até onde a vivência espiritual individualizada supre as necessidades da missão evangelizadora de uma comunidade?

Os dois últimos anos colocaram em evidência a relevância de muitas situações que antes eram consideradas corriqueiras e passavam despercebidas. Esse foi o caso da convivência constante em comunidade. O mundo sentiu o impacto do isolamento físico, os templos precisaram fechar as portas e cada um precisou lidar da melhor maneira possível com as questões físicas, pessoais e espirituais de forma solitária. As orações individuais e a Igreja doméstica, que já desempenhavam um papel importante, ganharam um destaque ainda maior: o de manter viva a fé, mesmo longe da casa de Deus e dos irmãos em Cristo.

[a comunidade] tem que ser uma realidade onde eu conheço o irmão, sei do que ele sofre, as alegrias dele, porque isso me permite amar o irmão

A psicóloga Mayara Barros ressalta que a vida em comunidade possibilita ao ser humano obter um sentido em comum e aprender experiências

Em uma definição geral, comunidade é um grupo de pessoas que partilham algo em comum e, na história humana, a convivência, nessa configuração, tem papel fundamental para a manutenção e a evolução da espécie.  

A psicóloga Mayara Barros ressalta que, além desse aspecto muito importante da vida em comunidade, o de obter um sentido em comum, “precisamos estar em contato com pessoas, transmitir e receber experiências, acolhimento, sabedoria e superação de situações vivenciadas”.

Mayara explica ainda que, esse convívio é também uma das situações que “nos dá a oportunidade de praticar sentimentos que, sozinhos ou somente em nosso meio familiar, nos faltaria”, inclusive, para a psicóloga, a empatia é um desses sentimentos, que ajuda cada um a se relacionar de modo mais respeitoso e compassivo e que ganha espaço com a convivência comunitária.

Fé em comunidade

Na fé não seria diferente, como conta o frei Mario Traina, responsável pelo Caminho Neocatecumenal de Londrina. “O cristão vive na comunidade. O povo de Israel, por exemplo, faz o êxodo, mas não faz sozinho e sim, em caravana”, afirma. 

Frei Mario explica que a função da comunidade é mais do que estar junto, é também amar e cuidar (Foto Tiago Queiroz)

Frei Traina explica que a função da comunidade é mais do que apenas estar junto, mas também amar e cuidar, assim como Cristo, e explica que “a comunidade não é simplesmente uma realidade anônima, tem que ser uma realidade em que eu conheço o irmão, sei do que ele sofre, suas alegrias, porque isso me permite amar o irmão. Quando eu conheço a história, eu conheço de amar o irmão e amar a Cristo. Isso foi inspiração da Virgem Maria”

Luis Claudio Gonçalves, membro do Caminho Neocatecumenal há 28 anos, concorda com frei Mario e lembra que a comunidade é fundamental, por exemplo, em momentos de tristeza, pois é comum que as pessoas se retraiam e, muitas vezes, até afastem-se da Igreja, nas dificuldades. 

“Nos momentos tristes você precisa ter abastecido a sua fé para atravessar e se, de repente, por um motivo ou outro você não conseguir atravessar, aí entra a comunidade pra te ajudar. O irmão que te visita, o irmão que traz uma palavra, o irmão que coloca uma experiência. A comunidade é muito importante nesse sentido, para sustentar a sua fé”, conta.

Luis explica ainda que a comunidade também auxilia os cristãos no dia a dia e que a partilha de experiências durante encontros e reuniões contribui para a aproximação dos membros da comunidade entre si e com a Palavra de Deus e também contribui para o aprendizado, uma vez que participam dos grupos, jovens, casais e idosos com vivências, expectativas e realidades diferentes. 

Um só coração e uma só alma

Luis e a família conhecem bem a força e o acolhimento que uma comunidade próxima pode trazer. Há alguns anos, um dos filhos de Luis precisou ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após um acidente. Ele tinha quatro anos quando ingeriu querosene escondido dos pais. 

Foram sete longos dias de tratamento intensivo e, durante esse tempo, a comunidade neocatecumenal e também de outros movimentos católicos se colocaram em oração e à disposição da família. 

Luis conta que através do apoio recebido, puderam experimentar a misericórdia de Deus através dos irmãos. “Fomos capazes de superar esse momento difícil, e mais, fortalecer nossa caminhada na comunidade”, lembra. 

Luis, a esposa e os 13 filhos (Foto arquivo pessoal)

Entre essa e mais tantas outras lembranças de momentos em que se viu amparado pela fé e pela comunidade, para Luis a comunidade é isso, “acredito esse seja o sentido da comunidade cristã, juntos em todos os momentos, partilhando e colocando tudo em comum, onde o outro é Cristo”, afirma. 

CAMINHO NEOCATECUMENAL

São pequenas comunidades católicas que consistem na formação e evangelização de cristãos para que renovem as promessas do batismo, enquanto vivem em comunhão. Foi reconhecida pelo Papa Paulo VI como fruto do Concílio Vaticano II e é fundamentada no tripé que consiste na Palavra de Deus – Liturgia – Comunidade. 

Amanda França
Pascom Arquidiocesana

Foto Destaque: Cathopic

Revista Comunidade edição maio de 2022.
REPORTAGEM é uma matéria mensal da Revista Comunidade, a revista oficial da Arquidiocese de Londrina, que tem como patrocinadores:

ALVARO TINTAS
BELLA CONFORT
GRUPO METAUS
LIVROS E LIVROS
METRONORTE

PLATOMAC EMBREAGENS
SEBO CAPRICHO
RADIADORES SÃO FERNANDO
TINTAS LONDRES COLOR


Na tarde desta sexta-feira, 4 de março, o arcebispo dom Geremias Steinmetz se reuniu com a nova equipe de itinerantes responsável pelas comunidades do Caminho Neocatecumenal da Arquidiocese de Londrina.

A nova equipe é formada pelo frei Mário Traina, OFMCap, natural da Itália, Maria Lucia Toni, de São João de Boa Vista (SP), e o seminarista Mateus Dias, nascido em Presidente Prudente (SP). Esta nova equipe estará à frente das comunidades pelos próximos anos. Também participou da reunião a equipe que esteve por 10 anos à frente das comunidades: padre Carlos Neri, Escolástica Lurdes Boa e Eduardo Monteiro.

A nova equipe de itinerantes irá realizar o trabalho frente às comunidade na região do norte do Paraná, enquanto que a antiga equipe continuará os trabalhos já desenvolvidos na região de Curitiba (PR).

Tiago Queiroz
Pascom Arquidiocesana

A primeira comunidade do Caminho Neocatecumenal da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Decanato Oeste, realizou entre os dias 3 e 6 de fevereiro, a convivência de Início de Curso 2022, no Centro de Espiritualidade Monte Carmelo em Londrina. A primeira comunidade da paróquia tem em torno de 35 catecúmenos e mais de 20 crianças que fazem o caminho neocatecumenal há mais de 20 anos.

Detalhes

No último sábado, 24 de fevereiro, no salão da Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo, Decanato Centro, Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina, se reuniu com mais de 300 participantes das Comunidades Neocatecumenais pertencentes da arquidiocese. Estiveram presentes no encontro a equipe de responsáveis pelas comunidades de Londrina, formada por Padre Carlos Neri, Escolástica Lurdes Boa e Eduardo Monteiro, o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Frei Wainer Queiroz, e o reitor do Seminário Arquidiocesano Redemptoris Mater, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Padre Marcos André Nascimento Silva.

A equipe responsável apresentou ao arcebispo as comunidades e os neocatecúmenos Ana Paula Barroso Oliveira e Pedro Henrique Gomes testemunharam suas histórias de vida dentro da caminhada catecumenal. Na ocasião, Dom Geremias contou que conheceu o Caminho Neocatecumenal em 1996 na Itália e ressaltou a importância de viver em comunidade.

Em Londrina o Caminho Neocatecumenal está presente nas Paróquias Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Luz e São José Operário.

Tiago Queiroz
PASCOM Arquidiocesana

Fotos: Anderson Queiroz/PASCOM