O Papa Francisco recebeu no Vaticano membros de seis congregações religiosas. Em seu discurso, destacou a importância das novas vocações, da beleza e simplicidade na vida consagrada, e encorajou as congregações a continuarem suas missões com fé e generosidade

O Papa fez uma pausa em seu período de repouso e, na manhã desta segunda-feira (15/7), recebeu no Vaticano membros de seis congregações religiosas que nestes dias realizam seus capítulos gerais. No início de seu discurso, ao agradecer pela oportunidade do encontro, Francisco mencionou o nome de cada uma das congregações presentes: Ordem dos Mínimos, Clérigos Regulares Menores, Clérigos de San Viatore, Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, Irmãs Reparadoras do Coração de Jesus e Irmãs Agostinianas do Divino Amor.

Em um tom informal e acolhedor, o Pontífice saudou os participantes e questionou: “Eu farei uma pergunta antes de começar. Quantos noviços ou noviças vocês têm?” Ao ouvir as respostas, o Papa destacou a importância das novas vocações para a vida religiosa e completou: “Eu gosto de fazer essa pergunta porque isso significa o futuro de cada congregação”.

O caminho espiritual dos religiosos

Francisco enfatizou a diversidade e a riqueza das congregações presentes, cujas origens vão do século XVI ao século XX: “Na sua variedade, vocês são uma imagem viva do mistério da Igreja, onde: ‘a cada um é dada uma manifestação particular do Espírito Santo para o bem comum de todos’ (1 Cor 12,7), para que no mundo brilhe em toda a sua luz a beleza de Cristo.”

O Papa também trouxe a definição dos Padres da Igreja sobre o caminho espiritual dos religiosos: “Não é por acaso que os Padres da Igreja definiam o caminho espiritual dos consagrados e das consagradas como ‘filocalia’, ou seja, amor pela beleza divina, o qual é a irradiação da bondade divina”, e alertou: “nesse caminho não há espaço para as lutas internas e para os interesses que não são os do amor.”

A beleza presente no Evangelho

O Santo Padre refletiu em seu discurso sobre dois aspectos importantes da vida religiosa: a beleza e a simplicidade. Sobre a beleza, Francisco sublinhou que as histórias de cada congregação, em circunstâncias, tempos e lugares diferentes, são histórias de beleza, porque nelas transparece a graça do rosto de Deus, transcritas nos Evangelhos, “quando Jesus se recolhe em oração, no seu coração cheio de compaixão pelos irmãos, nos seus olhos acesos de zelo quando denuncia injustiças e abusos, nos seus pés calejados, marcados pelas longas caminhadas com que alcançou também as periferias mais carentes e marginalizadas de sua terra”.

O legado dos fundadores

Em seguida, o Papa destacou a importância de continuar o legado dos fundadores das congregações:

“As suas fundadoras e os seus fundadores, sob o impulso do Espírito Santo, souberam captar os traços dessa beleza, e corresponder a ela de diversos modos, conforme as necessidades de suas épocas, escrevendo páginas maravilhosas de caridade concreta, de coragem, de criatividade e de profecia, dedicando-se ao cuidado dos fracos, dos doentes, dos idosos e das crianças, na formação dos jovens, no anúncio missionário e no compromisso social; páginas que hoje são confiadas a vocês, para que continuem a obra por eles iniciada”.

O convite, então, em seus trabalhos capitulares, é “recolher o seu testemunho”, e a continuar como eles a procurar e semear a beleza de Cristo na concretude da história, colocando-se antes de tudo à escuta do Amor que os animou, e deixando-se interrogar pelas modalidades com que corresponderam: “pelo que escolheram e pelo que renunciaram, talvez com sofrimento, para serem para os seus contemporâneos espelho límpido do rosto de Deus”.

A simplicidade na vida consagrada

Ao falar sobre a simplicidade, o Pontífice recordou que este passo só é possível quando a escolha é pelo essencial e pela renúncia ao supérfluo, deixando-se forjar dia após dia pela simplicidade do amor de Deus que resplandece no Evangelho:

“Peçam ao Senhor para serem simples, pessoalmente e também simples nas dinâmicas sinodais do caminho comum, despojando-se de tudo o que não serve ou que pode dificultar a escuta e a concórdia em seus processos de discernimento; despojando-se de cálculos, de ambições – mas a ambição, por favor, é uma praga na vida consagrada; cuidado com isso: é uma praga –, invejas – é feia a inveja na vida comunitária –, pretensões, rigidez e qualquer outra tentação feia de autorreferencialismo. Vocês saberão, assim, ler juntos, com sabedoria, o presente, para captar nele os ‘sinais dos tempos’ e tomar as melhores decisões para o futuro.”

A missão confiada por Deus

O Papa concluiu com um agradecimento e um incentivo para a missão das congregações: “Como religiosas e religiosos vocês abraçam a pobreza justamente para esvaziar-se de tudo o que não é amor de Cristo e para deixar-se encher pela sua beleza, até fazê-la transbordar no mundo, em qualquer lugar que o Senhor os enviar e em direção a qualquer irmão ou irmã que Ele puser no seu caminho, especialmente através da obediência. E esta é uma grande missão! O Pai confia a vocês, membros frágeis do corpo de seu Filho, justamente para que através do seu ‘sim’ humilde apareça o poder da sua ternura, que vai além de qualquer possibilidade, e que permeia a história de cada uma das suas comunidades”.

Francisco fez ainda um convite aos religiosos:

“Não deixem a oração, uma oração do coração; não deixem os momentos diante do tabernáculo falando com o Senhor, falando ao Senhor e deixando que o Senhor fale a nós. Mas a oração do coração, não a dos papagaios, não, não. Aquela que vem do coração e que nos faz seguir em frente no caminho do Senhor.”

Rezar pelas novas vocações

Por fim, assim como fez na introdução do encontro, Francisco sublinhou a importância de rezar pelas vocações:

“Queridas irmãs, queridos irmãos, agradeço pelo grande bem que fazem na Igreja, em tantas partes do mundo, e encorajo-os a continuar a sua obra com fé e generosidade! Rezem pelas vocações. É necessário que vocês tenham sucessores que levem adiante o carisma. Rezem, rezem. E tenham cuidado na formação: que seja uma boa formação.”

Claretianas

Para as religiosas claretianas, as palavras do Santo Padre foram uma fonte de inspiração e orientação muito segura e firme, sobretudo recordando os jovens e as jovens convocadas também ao segmento de Jesus na vida consagrada, como destacou a irmã Ana Bruscato, superiora geral da Congregação das Missionárias Claretianas: “A simplicidade que nos faz próximas de Deus e próximas do povo, em especial aqueles mais vulneráveis”.



A Congregação das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret foi fundada em 1958, pela Madre Leônia Milito e Dom Geraldo Fernandes Bijos, na cidade de Londrina/PR. São religiosas que seguem o carisma de seus fundadores, tendo Claret como santo protetor, e realizam trabalhos importantes na área social, principalmente na assistência aos mais pobres.



A congregação feminina está presente em vários estados do Brasil e em mais 17 países. Com o lema “Bondade e Alegria”, as missionárias claretianas vivem integralmente a vida religiosa, doando seu tempo e atenção ao próximo, se espelhando em Cristo e em Maria.

Thulio Fonseca
Vatican News

Fotos: Vatican Media

50 anos em terras brasileiras

No final de semana, 13 e 14 de julho, cerca de 40 integrantes das comunidades do Caminho Neocatecumenal da Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, juntamente com o pároco, padre Dirceu Júnior dos Reis, estiveram na Basílica Nacional de Aparecida para as celebrações dos 50 anos em terras brasileiras. As principais celebrações foram realizadas no domingo, 14, com a participação de mais 40 mil integrantes do Caminho Neocatecumenal presente em diversas dioceses de todo o Brasil com mais de 1.800 comunidades do Caminho. De Londrina participaram também 150 membros das comunidades neocatecumenais da Paróquia Nossa Senhora da Luz e 80 da Paróquia Nossa Senhora da Piedade.

Durante a peregrinação dos paroquianos com o padre Dirceu Reis pelo Santuário Nacional, a capital da fé, houve um encontro cordial com dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. Nesse encontro dom Orlando lembrou do trabalho do Caminho Neocatecumenal enquanto era arcebispo de Londrina, expressou seu reconhecimento por esse itinerário de iniciação cristã e reforçou a importância da comunhão e da sinodalidade no caminho de evangelização. O arcebispo ainda respondeu perguntas, um bonito momento de partilha e bênçãos. Os jovens, mais tarde, tomaram refeição com o padre Dirceu, momento de integração e proximidade.

Com a presença de mais de 300 padres, 20 bispos, os cardeais dom Odilo Scherer e dom Orani Tempesta e a equipe nacional de catequistas foi realizada no início da tarde de domingo, 14, uma solene celebração da Palavra. Nessa celebração com o Santuário completamente lotado, houve uma grande ação de graças, simbolizada pelo hino “Te Deum” em razão dos 50 anos do Caminho Neocatecumenal em terras brasileiras, houve um forte momento de oração para que jovens rapazes e meninas recebessem o convite e o impulso para a vocação sacerdotal e religiosa. Momento semelhante para as famílias impulsionadas à evangelização em diversos locais do Brasil e do mundo. Um rito forte na oração, na emoção e na certeza de que o Espírito Santo conduz todos os vocacionados.

A Santa Missa, presidida pelo cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, foi o ponto alto dessa ação de graças. O santo padre, o Papa Francisco, por meio da secretaria de Estado do Vaticano, enviou uma mensagem de ação de graças ao Caminho Neocatecumanal no Brasil e a sua benção apostólica que foi lida no início da celebração. Em sua homilia dom Orani destacou que Jesus nos chama e nos envia dentro da realidade de nossa vida, Ele nos predestinou à santidade e ao anúncio do Reino de Deus. “Aquilo que a Igreja decide os carismas vão realizando na nova evangelização inclusive na periferia assim como foi o início do Caminho Neocatecumenal na periferia de Madri. Portanto, tempo de jubileu é tempo de recomeço. Olhar aquilo que já aconteceu nesses 50 anos e também os desafios atuais em vista do chamado que o Senhor Jesus faz. O futuro da Igreja está em olhar os seus inícios e, assim deve ser no Caminho Neocatecumenal para não perder o seu fervor de celebrar a presença do Senhor e fazer a diferença em nossas dioceses e em todo o Brasil. Vamos celebrar com ardor esse jubileu e, com Maria, dizermos sempre ‘sim’ aos planos do Senhor”.

Caminho Neocatecumenal

O Caminho Neocatecumenal começou em 1964 entre as pessoas da periferia de Palomeras Altas, em Madri, por obra do senhor Francisco José (Kiko) Gómez-Agüelllo e da senhora Carmen Hernández que, a pedido desses mesmos pobres com os quais viviam, começaram a lhes anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Com o passar do tempo este Kerygma (anúncio) se concretizou numa síntese catequética fundada sobre o tripé: “Palavra de Deus – Liturgia – Comunidade” e, destinada a conduzir as pessoas à comunhão fraterna e a uma fé madura.

Este novo itinerário de iniciação cristã, nascido no sulco da renovação suscitada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, encontrou o vivo interesse do então arcebispo de Madri, dom Casimiro Morcillo, que encorajou os iniciadores deste caminho a leva-lo às paróquias que o solicitassem. Este se difundiu, assim, gradualmente, na Arquidiocese de Madri e em outras dioceses espanholas. Em 1974 chega ao Brasil, entre as poucas dioceses que os acolhem está a Diocese de Umuarama no Paraná. Nesse mesmo ano o Papa Paulo VI, em uma audiência concedida às primeiras comunidades neocatecumenais, reconheceu o Caminho como um fruto do Concílio Vaticano II: “Há aqui os frutos do Concílio! Vós fazeis depois do Batismo o que a Igreja primitiva fazia antes: o antes ou depois é secundário. O fato é que vós olhais a autenticidade, a plenitude, a coerência, a sinceridade da vida cristã. E isso tem um mérito grandioso, que nos consola enormemente (…) Quanta alegria nos dão com sua presença e atividade!”.

Em 6 de março de 2015, em uma nova audiência com o Caminho, o Papa Francisco se dirigiu aos iniciadores e aos membros do Caminho desta maneira: “Saúdo os iniciadores do Caminho Neocatecumental, Kiko Argüello e Carmen Hernández, juntamente com o P. Mario Pezzi; também a eles expresso meu apreço e alento por tudo o que, através do Caminho, estão fazendo em benefício da Igreja. Eu digo sempre que o Caminho Neocatecumenal faz um grande bem à Igreja!”.

Pascom Paróquia São José Operário

Fotos: Divulgação

Com distribuição da Kolbe Arte, filme aborda a profundidade da vida monástica, e tem estreia prevista para 15 de agosto nos cinemas do Brasil

A Igreja Católica celebra em 11 de julho a memória de São Bento, padroeiro da Europa e um dos maiores expoentes da vida monástica no cristianismo. Na esteira desta data, a Kolbe Arte, apresenta seu próximo lançamento. ‘Livre – Duc in altum’ chega aos cinemas do Brasil no dia 15 de agosto, mês das vocações.

O documentário traz profunda reflexão sobre a vida contemplativa e se conecta à herança espiritual de São Bento. Com imagens e relatos inspiradores, ‘Livre – Duc in altum’ leva os espectadores em uma jornada pela Espanha, conhecida como berço da contemplação, explorando a vida em mosteiros e dialogando com a rica tradição religiosa e vocacional que São Bento tanto valorizava.

O legado de São Bento, sua regra que prega a oração e o trabalho (“ora et labora”), é um dos fios condutores que permeiam o documentário, convidando o público a uma imersão na busca espiritual e liberdade interior.

Aclamado pela crítica especializada, ‘Livre – Duc in altum’ foi o documentário mais visto nos cinemas da Espanha em 2023, com um público de 100 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Cultura local. A produção se destacou pela sua qualidade artística, especialmente pela magnífica fotografia que captura a serenidade e a beleza dos mosteiros e paisagens espanholas.

Além disso, ‘Livre – Duc in altum’ recebeu três indicações a prêmios internacionais, destacando-se como vencedor no “The Movie Music International – Recognition Awards” na categoria de Melhor Trilha Sonora para Documentário, composta por Oscar M. Leanizbarrutia.

“A vida contemplativa contribui muito, aliás é surpreendente quantos santos monges e monjas existem. Contribuem com a sua oração, com o seu testemunho… e poderiam contribuir mais se as pessoas os conhecessem. Espero que com o filme as pessoas possam visitá-los, são lugares muito especiais de meditação, silêncio e natureza”, disse o diretor de ‘Livre’, Santos Blanco, em entrevista ao portal espanhol ‘Religion en Libertad’.

Confira o trailer:

Trailer Legendado | Livre – Duc in altum

Sinopse:

O ser humano é uma simbiose perfeita de corpo, mente e alma. Durante séculos, a Espanha foi o berço da contemplação. ‘Livre – Duc in Altum’ é uma viagem ao interior do homem, onde ganhamos permissão para entrar e falar com pessoas que raramente pronunciam uma palavra e em lugares que permanecem fechados ao mundo: os mosteiros. Esta é a nossa oportunidade de descobrir o que leva uma pessoa do século XXI a decidir fechar-se entre quatro paredes para o resto da sua vida. Como é o seu dia a dia, suas motivações, sua ligação à natureza pura e sua vida exterior, que tem muito a ver com sua vida interior.

Ficha Técnica:

Título Original: Libres | Direção: Santos Blanco | Roteiro: Javier Lorenzo | Edição: Paulo García Seco | Fotografia: Carlos de la Rosa | Elenco: Alexandra Ansidei, Roberto Álvarez, Toyemi, Paula Iglesias, Pastora Vega, Ruth Gabriel, Carlos Iglesias | Trilha Sonora: Oscar Martín Leanizbarrutia | Produção: Lucia González-Barandiarán e Santos Blanco | Produtoras: Bosco Films e Variopinto Producciones | Produção Associada: Altum Faithful Investing, Antonio Torres, Mercedes Montoro Zulueta; Methos Media | Distribuidora: Kolbe Arte | País: Espanha | Ano: 2023 | Duração: 108 minutos | Gênero: Documentário

Sobre a Kolbe Arte

Sob inspiração de São Maximiliano Maria Kolbe, a Kolbe Arte iniciou suas atividades em 2010, promovendo e produzindo eventos. A partir da experiência adquirida, assumiu, em 2019, o desafio de trazer aos brasileiros produções audiovisuais de valores e de interesse do público cristão. São mais de 500 mil pessoas alcançadas pelos filmes e documentários promovidos ou distribuídos pela empresa.

Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

“Não há dúvida de que a ciência jurídica enriquece sobremaneira com o Direito Comparado, notadamente no diálogo entre o Direito Canônico e o Direito Estatal.”

Firmou-se em 10 de julho de 2024, em Vitória, um convênio entre o Instituto Superior de Direito Canônico de Londrina, agregado à Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Algo inédito no Brasil no âmbito dos estudos de Direito Canônico!

No ato de assinatura do protocolo de intenções, o Prof. Dr. Pe. Márcio Fernando França proferiu brilhante palestra intitulada “O papel do advogado no Tribunal Eclesiástico”. Representando a UFES, entre outras autoridades acadêmicas, fez-se presente o Prof. Dr. Gilberto Fachetti Silvestre, autor da proposta de convênio.

O objeto do acordo celebrado entre as duas instituições de ensino superior consiste na realização de atividades didáticas e acadêmicas conjuntas, ofertando-se disciplinas de estudos comparados entre Direito Civil, Direito Processual Civil e Direito Canônico e Direito Processual Canônico para o bacharelado e o mestrado em Direito da UFES. Em contrapartida, a UFES oferecerá o pós-doutorado a candidatos doutores indicados pelo Instituto de Londrina.

Não há dúvida de que a ciência jurídica enriquece sobremaneira com o Direito Comparado, notadamente no diálogo entre o Direito Canônico e o Direito Estatal. Recentemente, escreveu Dom Denilson Geraldo, bispo auxiliar de Brasília: “(…) a proposta que permeia o paralelismo entre o Direito Canônico e o Direito Civil funda-se no ‘humanismo jurídico’, na medida em que analisa as normas e os atos humanos sob o dúplice prisma de cidadão-crente, de ser social, com necessidades urgentes, mas com vistas à eternidade” (Prefácio do “Glossário de Direito Canônico Comparado”, Editora Santuário, 2024).

Dentro em breve, haverá informações específicas no site do Instituto londrinense.

Estão de parabéns o Prof. Dr. Pe. Márcio e Sua Exa. Redma., Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina, pois ambos revelaram visão científica macroscópica, essencialmente benéfica para o desenvolvimento dos estudos de Direito Canônico no Brasil.

Prof. Dr. Edson Luiz Sampel
Docente do Instituto Superior de Direito Canônico de Londrina

Fonte: Vatican News

Celebração no Santuário Nacional de Aparecida espera reunir mais de 30 mil pessoas

No dia 14 de julho de 2024, às 15 horas, o Santuário Nacional de Aparecida será o local de uma celebração especial em comemoração aos 50 anos do Caminho Neocatecumenal no Brasil. O evento contará com a presença de dom Orani João Tempesta, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, diversos arcebispos, bispos, padres e aproximadamente 30 mil membros do Caminho Neocatecumenal vindos de todo o país.

Programação da Celebração

A celebração começará com a proclamação da Palavra e a pregação do Kerigma, conduzida pela equipe responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil: padre José Folqué, Raúl Viana e Tonha Cendán. Em seguida, dom Orani presidirá a Eucaristia.

História e missão do Caminho Neocatecumenal

Este evento celebra a presença e missão do Caminho Neocatecumenal no Brasil, que, após cinco décadas, está presente em mais de 100 dioceses, aproximadamente 500 paróquias com 1.800 comunidades em todo o país. Este itinerário de iniciação cristã pós-batismal está a serviço da Igreja para a Nova Evangelização, anunciando o amor de Jesus Cristo para todas as nações.

Ao longo dos anos, este anúncio tem transformado a vida de muitas pessoas que se abrem ao chamado do Senhor, resultando no surgimento de novas vocações: presbíteros, religiosas e famílias abertas à vida, conforme a Encíclica Humanae Vitae, de São Paulo VI.

O Caminho Neocatecumenal começou em 1964, na favela de Palomeras Altas, em Madri, Espanha, quando o pintor espanhol Kiko Argüello, após uma crise existencial e uma profunda experiência de conversão, decidiu viver entre os pobres para, no sofrimento deles, encontrar e contemplar Jesus Cristo.

Em Palomeras, Kiko conheceu a Serva de Deus Carmen Hernández. A pedido dos pobres, Kiko e Carmen começaram a anunciar o Evangelho, e os primeiros sinais de conversão surgiram quando essas pessoas responderam à Palavra de Deus. Assim, formou-se a primeira comunidade baseada na “Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade” (Fruto das Constituições do Concílio Vaticano II: Dei Verbum, Sacrosanctum Concilium, Lumen Gentium e Gaudium et Spes).

Com a indicação do então arcebispo de Madri, dom Casimiro Morcillo, essa primeira comunidade começou a celebrar em uma paróquia próxima, e, aos poucos, esse itinerário de iniciação cristã se difundiu na Arquidiocese de Madri e demais dioceses em todo o mundo.  Em 1971, o presbítero italiano Mário Pezzi se juntou à equipe de Kiko e Carmen.


Para conhecer a história do Caminho Neocatecumenal, acesse: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/historia/ .

No Brasil, o Caminho Neocatecumenal começou em 1974, nos estados do Paraná e de São Paulo, nas dioceses de Umuarama (PR), Toledo (PR), Franca (SP) e Jaboticabal (SP). As primeiras comunidades foram formadas por duas equipes de catequistas itinerantes enviados pela equipe internacional responsável pelo caminho, Kiko Argüello e Carmen Hernández, que foram acolhidas pelos bispos das respectivas dioceses mencionadas.  

Apoio dos pontífices

No ano de 1974, o Papa Paulo VI, em uma audiência concedida às primeiras comunidades neocatecumenais, destacou a missão do Caminho: “Sabemos que em vossas comunidades vos esforçais todos juntos em compreender e desenvolver as riquezas do vosso Batismo e suas consequências pela vossa pertença a Cristo. Tal empenho vos leva a perceber que a vida cristã não é outra coisa senão uma coerência, um dinamismo permanente que deriva do fato de ter aceitado estar com Cristo e prolongar a sua presença e a sua missão no mundo (…) Viver e promover esse despertar é considerado por vocês como uma forma de catecumenato pós-batismal, que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje aqueles efeitos de amadurecimento e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados no período de preparação ao Batismo (…) O fato é que vós olhais para a autenticidade, para a plenitude, para a coerência, para a sinceridade da vida cristã. E isso tem um mérito grandíssimo, repito, que nos consola enormemente”. (Cf. https://www.vatican.va/content/paul-vi/it/audiences/1974/documents/hf_p-vi_aud_19740508.html).

Os sucessivos pontífices impulsionaram e reconheceram o Caminho como fruto e inspiração do Espírito Santo para ajuda da Igreja.

Em 1990, São João Paulo II escreveu na carta Ogniqualvolta: “Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação católica válida para a sociedade e para os tempos de hoje” e “desejo vivamente, portanto, que os irmãos no episcopado valorizem e ajudem – juntos com seus presbíteros – esta obra para a nova evangelização”. (Cf. https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/it/letters/1990/documents/hf_jp-ii_let_19900830_ogni-qualvolta.html)

Da mesma forma, Bento XVI acompanhou, sustentou e animou a expansão missionária do Caminho. Durante seu pontificado, em 2008, foram aprovados os Estatutos de maneira definitiva pelo Pontifício Conselho para os Leigos.

“Dou graças ao Senhor pela alegria de vossa fé e pelo ardor do vosso testemunho cristão. Graças a Deus! Agradeço-vos por tudo o que fazem na Igreja e no mundo”, disse o Papa Francisco na primeira audiência com os iniciadores e membros do Caminho, em 2014.(Cf. https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/february/documents/papa-francesco_20140201_cammino-neocatecumenale.html)

O atual Pontífice enviou solenemente, em diversas ocasiões, famílias em Missão, presbíteros e novas “missio ad gentes” a lugares descristianizados do mundo.

Vocações

O Caminho Neocatecumenal produziu inúmeros frutos no Brasil, incluindo quatro Seminários Missionários Arquidiocesanos Redemptoris Mater em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém do Pará. São mais de 100 seminários Redemptoris Mater no mundo, formando presbíteros missionários diocesanos para a Nova Evangelização.

Serva de Deus Carmen Hernández

O processo de beatificação de Carmen Hernández, coiniciadora do Caminho Neocatecumenal, foi oficialmente aberto em Madri, em julho de 2021. Carmen dedicou a vida à evangelização, deixando um profundo legado espiritual.

Desde o início do processo, inúmeros testemunhos sobre a vida e virtudes da Serva de Deus Carmen Hernández têm sido coletados, evidenciando seu amor por Cristo. O processo está na fase diocesano que visa reunir provas documentais e testemunhais sobre a vida de Carmen, reconhecendo sua santidade e influência na vida de muitos fiéis.

Caminho Neocatecumenal no Brasil
Assessoria de Comunicação

Fotos: Divulgação

O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) mantém sua tradição de publicar uma Cartilha de Orientação Política em anos eleitorais. Ontem, no Salão Nobre da Cúria da Arquidiocese de Curitiba, foi realizada a solenidade de lançamento, com a presença de dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2; dom Reginei José Modolo, bispo auxiliar de Curitiba e membro da comissão de reflexão da cartilha; professor Rogério Carlos Born, doutor e mestre em Direitos Fundamentais e Democracia e membro da comissão de reflexão da cartilha, com a mediação de padre Valdecir Badzinski, secretário executivo da CNBB Sul 2.

Inspirada pelo documento 82 da CNBB: “Eleições 2006 – Orientações da CNBB”, que encorajava as igrejas a criarem cartilhas adaptadas às diferentes realidades brasileiras, a primeira edição foi lançada em 2008, ano de eleições municipais. Desde então, essas publicações têm desempenhado um papel essencial em informar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do compromisso com a democracia.

O arcebispo dom Geremias Steinmetz destaca a necessidade de a Igreja contribuir para a construção de uma consciência política, sobretudo na hora do voto. “O objetivo geral da cartilha é contribuir para a formação de uma sadia consciência política nas pessoas, incentivando-as a exercerem seu direito cidadão de votar com consciência e responsabilidade. Portanto, eu penso que esse foi um objetivo muito presente desde o começo, trazendo os vícios que nós temos na política nacional, que temos nos períodos eleitorais, para que as pessoas possam discernir melhor realmente o que é melhor para o país, para o Estado, para o seu município, e poderem de fato votar com consciência política, levando em conta também os valores humanos, valores cristãos sobretudo, para que assim possamos construir uma sociedade melhor”, ressalta dom Geremias.

As cartilhas são projetadas para abordar a política de forma simples e didática, ajudando os cidadãos a compreenderem a relevância da política na sociedade. “As características dessa cartilha, primeiro que ela é apartidária, a Igreja Católica não indica candidatos e nem apoia partidos. A segunda é que é uma linguagem simples e de fácil compreensão, didática, colorida, pode ser lida e estudada tanto individualmente quanto em grupo.” No final da cartilha há sugestões de perguntas para serem respondidas em grupo para gerar o desenvolvimento de uma reflexão política.

A edição de 2024 da cartilha é inspirada no Jubileu 2025, proposto pelo Papa Francisco, e adota o tema da Esperança. Com o objetivo de apresentar a política como uma ferramenta positiva e necessária para o bem comum, a esperança é o fio condutor de todo o conteúdo da cartilha.

A elaboração da cartilha teve início em fevereiro de 2024, com a colaboração de uma comissão de reflexão composta por bispos, padres e especialistas em diversas áreas do conhecimento e da comunicação. “A Igreja Católica não tem partido e nem apoia candidaturas. Isto porque está comprometida apenas com o Evangelho. O papel da CNBB é estimular a reflexão, respeitando a liberdade e a vontade dos cidadãos. A Doutrina Social da Igreja tem como finalidade a promoção da paz e a realização da democracia. Para isso, a cartilha traz dicas de proteção contra a desinformação, as conhecidas fake news. Além disso, reafirma a segurança e a confiança no sistema eleitoral brasileiro.”

Dom Reginei José Modolo, bispo auxiliar de Curitiba e membro da comissão de reflexão da cartilha, destacou a necessidade de uma política melhor, como defendido pelo Papa Francisco. “Acho que o primeiro passo é já colocar, de fato, pelo menos, por uma motivação religiosa, embora possa ser toda uma motivação não religiosa, mas humanista, colocar o outro como alguém importante. O outro é alguém importante. Usando a expressão do Papa Francisco, o outro é meu irmão. O grande problema de Caim é quando ele olhou pra Abel e não viu mais o irmão dele. Então foi fácil praticar uma maldade contra aquele que era um estranho ou um adversário. Eu creio que uma grande contribuição da Igreja para a promoção e superação dessas polarizações é resgatar este grande anúncio da Fratelli Tutti: o outro, ele é meu irmão!”

A cartilha 2024 é composta por três partes: A Igreja e a sociedade, as eleições municipais e noções básicas sobre política, abordando temas como política, democracia, o bem comum, cidadania e ética. O preço unitário da cartilha é R$ 1,50, mais frete. O material pode ser adquirido pelo site do Regional Sul 2 da CNBB: https://cnbbs2.org.br/

Com informações: Rádio Alvorada

Fotos: Karina de Carvalho Nadal

Crianças de várias partes da Arquidiocese de Londrina se reuniram na Catedral nesse domingo, 7 de julho, para celebrar a primeira Jornada Arquidiocesana das Crianças. O encontro está em unidade com a Jornada Mundial das Crianças, realizada em Roma nos dias 25 e 26 de maio, com o Papa Francisco.

Em Londrina, a jornada começou com um momento de animação e músicas, conduzido pelo grupo Pescadores Kids. Na oração inicial, as crianças da Catequese rezaram uma dezena do terço. A cada Ave Maria as crianças depositavam velas coloridas junto à Cruz da Alegria, símbolo da jornada, que foi descerrada ao longo da oração. A cruz é uma réplica da obra do artista italiano Mimo Paladino utilizada na Jornada Mundial das Crianças.

Em seguida, um teatro encenado pelos jovens da Paróquia São Tiago e dirigido pelo padre Alex Barbosa apresentou o tema da jornada “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). No encerramento, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu a Santa Missa e dialogou com as crianças.

Padre Evandro Delfino, assessor da Pastoral dos Coroinhas e um dos organizadores do evento, destacou a bonita experiência de ter um espaço de evangelização dedicado especificamente às crianças. “Nós podíamos ver a alegria das crianças em estar ali, celebrando, se confraternizando, se integrando entre os grupos presentes”, ressalta.

“Essa é uma iniciativa sábia do Santo Padre de ter esse momento dedicado a esse público. E esperamos que aqui na arquidiocese essa iniciativa possa se repetir, para que tenhamos de fato uma evangelização que se volte para a criança de uma maneira especial, com toda dedicação, com todo amor”, finalizou padre Evandro.

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Fotos: Alex Martins

Coordenadores paroquiais e decanais dos Grupos Bíblicos de Reflexão (GBR) participaram, no dia 6 de julho, de um encontro de formação sobre os livros  Sabedoria e Jó, livros bíblicos meditados nos encontros do GBR deste ano. A formação, no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor, foi assessorada pela professora Cristina Simões, que aprofundou os conteúdos e respondeu as dúvidas do grupo.

Irmã Salette Besen, coordenadora arquidiocesana do GBR, conduziu a leitura orante da Palavra de Deus com o Salmo 103. Os participantes se debruçaram, primeiramente, na leitura do texto bíblico, percebendo o que o texto diz em si e o contexto no qual foi escrito. A partir dessa compreensão, relacionaram-no com a própria vida.

Na avaliação realizada com os participantes, foi motivo de esperança perceber que em muitas paróquias os sacerdotes, diáconos e outras lideranças apoiam e motivam a continuidade dos GBR. É lamentável quando não existe esse apoio e, aos poucos, os grupos vão diminuindo. Muito triste! Pois sabemos da importância da Palavra de Deus meditada, vivida e anunciada aos pequenos, como sempre nos lembra o Papa Francisco.

Por fim, irmã Salette agradece aos coordenadores e animadores dos GBR. “Percebo neles um grande amor à Palavra de Deus que os faz ser perseverantes apesar das dificuldades. Nossa gratidão também à professora Cristina que está sempre disponível para nos ajudar com sua sabedoria e competência. Prossigamos com fé, coragem e esperança! Que Deus os abençoe e proteja”, desejou irmã Salette Besen.

GBR

Fotos: Divulgação

Com alegria anunciamos que a Revista Comunidade, da Arquidiocese de Londrina, volta a ser publicada e distribuída para as comunidades. Agora em edições bimestrais, estará disponível também em versão digital.


A edição de julho/agosto é inspirada em dois grandes eventos da nossa Igreja: o Ano da Oração, convocado pelo Papa Francisco em preparação para o Jubileu do ano que vem; e o Mês Vocacional, que celebraremos em agosto.


Retire a revista em sua comunidade e apoie-nos nesta iniciativa. Sugestões podem ser enviadas pelo e-mail: revista@arquidioceselondrina.com.br

Boa leitura!

*Disponível nas paróquias da Arquidiocese de Londrina e versão digital no <link>

No sábado, 5 de julho, o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, celebrou 50 anos de ordenação sacerdotal. A data foi celebrada com uma Missa no Santuário Nacional, às 9h, com transmissão pela Tv Aparecida.

Dom Orlando teve uma passagem significativa na Igreja do Paraná, quando esteve à frente do pastoreio da Arquidiocese de Londrina por dez anos (2006-2016), sendo o 4º arcebispo metropolitano. Para celebrar esse momento importante na vida de dom Orlando, cinco bispos do Paraná se fizeram presentes: o arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz; o bispo de Cornélio Procópio, dom Marcos José dos Santos; o bispo de São José dos Pinhais, dom Celso Antonio Marchiori; o bispo emérito de Cornélio Procópio, dom Manoel João Francisco; e o bispo emérito de Guarapuava, dom Antônio Wagner da Silva.

Dom Marcos, que foi padre na Arquidiocese de Londrina durante todo o tempo do ministério de dom Orlando, testemunhou: “Dom Orlando é um grande pastor. E no seu ministério, ele sempre apoiou, incentivou e animou os padres. Poder participar dessa celebração, rendendo graças a Deus por seu ministério, foi um motivo de grande alegria. Até porque, no meu tempo de padre e agora como bispo iniciante, sempre recebi muito apoio e muito incentivo de dom Orlando. Por isso, a minha gratidão e a minha oração a Deus e, ao mesmo tempo, alegria de festejar com ele esses 50 anos de sacerdócio”.

Karina de Carvalho Nadal
CNBB Sul 2

Foto: Divulgação