Nos dias 25 e 26 de novembro, estará em cartaz em Londrina o filme Milagre Vivo, que narra a extraordinária e comovente história do padre Márlon Múcio, o homem mais longevo a carregar o peso da rara e debilitante doença RTD (Deficiência de Transportador de Riboflavina). Embora essa condição consuma lentamente seu corpo, ela jamais abala sua fé. Em meio a dores físicas e espirituais, padre Márlon embarca em uma peregrinação à Europa, com um único propósito: buscar a bênção do Papa para os esquecidos e invisíveis – os enfermos de doenças raras no Brasil, que, como ele, enfrentam martírios silenciosos.
O filme Milagre Vivo estará em cartaz no Cinemark do Shopping Boulevard nos dias 25 e 26 de novembro, segunda e terça-feira.
Diagnosticado há 5 anos com Deficiência de Transportador de Riboflavina (RTD), padre Márlon é um dos 15 casos no país, considerado o paciente mais velho com a enfermidade no mundo e um dos fundadores da Casa de Saúde Nossa Senhora dos Raros dedicada integralmente a esses casos, em Taubaté/SP.
Estima-se que 13 milhões de brasileiros convivam com uma doença rara. Essas enfermidades, na maioria com origem genética, são assim consideradas quando atingem até 65 entre 100 mil indivíduos. Mas algumas delas são tão incomuns que afetam um número ainda mais limitado de indivíduos.
Padre Márlon, como é conhecido, é o paciente mais velho com a enfermidade no mundo. Embora os primeiros sintomas tenham se manifestado na infância, foi somente em 2019 que sua doença foi diagnosticada, após nove anos de périplo entre consultas e exames. Atualmente, ele toma 287 comprimidos diariamente e usa respiração mecânica 24 horas por dia.
Nada disso, no entanto, impede-o de atuar em favor de pessoas com doenças raras. Inclusive, essa é uma missão que ele escolheu: ajudar e dar visibilidade a esses pacientes. Por isso, junto com seus médicos e com o Instituto Vidas Raras, referência no Brasil no assunto, fundou a Casa de Saúde Nossa Senhora dos Raros – primeira instituição de saúde do país dedicada integralmente a esses casos, em Taubaté, no interior paulista.
O encontro com Papa Francisco
Neste ano, o sacerdote peregrinou à Europa para buscar a bênção do Papa Francisco às pessoas com doenças raras. A visita foi o ponto de partida para o documentário da Lumine, que conta com a direção de Gustavo Leite e Julia Sondermann. Filmado no Brasil e em diversas cidades da Itália, “Milagre Vivo” registrou momentos desafiadores como, quando, em Roma, padre Márlon foi hospitalizado após o rompimento da sua traqueostomia.
“Ao acompanhar a jornada do padre Márlon, lançamos luz não apenas sobre sua resiliência, mas transformamos essa luta em uma obra que nos convida a enxergar a vida de outra forma. É um lembrete de que, nas adversidades, muitas vezes, residem os maiores tesouros da vida, se soubermos enxergá-los”, explica Matheus Bazzo, fundador da Lumine, produtora de cinema e maior plataforma católica de filmes e séries do país, que produziu a documentário sobre o padre Márlon.
“Cada pessoa é rara”
Com quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais e 45 livros publicados, a história e a fé do sacerdote já impactam milhares de brasileiros. É o próprio padre Márlon que comenta o porquê de compartilhar a história de quem é diagnosticado com uma doença rara:
“Somos 13 milhões com doenças raras, mas não existem duas pessoas iguais no mundo. Todos somos únicos e irrepetíveis, com dons e chamados personalizados. E a principal mensagem do filme é de que todos podem ir além. Que todos descubram, de algum modo, que cada pessoa é rara.”
Além da vida do sacerdote, o filme de 1h40 apresenta a história de mais cinco pessoas portadoras de doenças raras, que enfrentam com coragem e esperança os desafios e dificuldades do tratamento. Para tentar entender melhor essas realidades, algumas cenas de “Milagre Vivo” foram gravadas em instituições de saúde do Brasil e da Europa.
Com informações: Vatican News
Imagem: Divulgação