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No dia 22 deste mês, a comunidade londrinense celebrou os 43 anos da morte da Serva de Deus Madre Leônia Milito. Fundadora da Congregação das Missionárias Claretianas, juntamente com dom Geraldo Fernandes, Madre Leônia atuou principalmente na cidade de Londrina, onde a congregação nasceu. Morreu em 1980 em um acidente de carro, em Cambé, onde hoje está instalada a Capela Nossa Senhora do Caminho.

Marcando a data, foi celebrada uma missa às 7h da manhã no Santuário Eucarístico, presidida pelo padre Dirceu Reis, e às 19h30, na Capela Nossa Senhora do Caminho, no dia 22. No domingo, dia 23, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu a Santa Missa às 17h, concelebrada pelo padre Dirceu Reis, também no Santuário.

Refletindo sobre o Evangelho das parábolas do joio e do trigo, do grão de mostarda e do fermento, o arcebispo comparou a vida de Madre Leônia a uma semente, que germina e vira uma árvore frondosa, e com o fermento jogado na massa. “O fermento vai fermentando toda a massa. E ainda tem a questão da humildade. Quando a gente se alimenta do pão, a gente nem lembra do fermento, importa que o pão seja bom.”

Assim, continuou ele, tem sido a vida da Madre Leônia para a comunidade de Londrina e para a Congregação das Irmãs Claretianas: “pelo mundo afora uma semente que vai ajudando a vencer o mal, o pecado, anunciando e fazendo acontecer o bem”, o trigo que vai vencendo o joio, diz o arcebispo. Esta é a receita do evangelho, aponta dom Geremias: vencer o mal semeando o bem, semeando a melhor semente, aquela que o patrão mandou, que o Pai mandou, que é a Palavra de Deus”, explica dom Geremias.

Essa é a dinâmica do Reino de Deus, continua. Como o fermento da massa, como aquela sementinha que tem dentro de si toda a força para ser uma grande árvore. “Assim, todos nós batizados temos dentro de nós a força para que ela possa crescer e se tornar uma árvore. Assim como Madre Leônia, como muitas pessoas, entregaram-se no serviço, na oração, no apoio a tantas causas bonitas e boas, para se tornar verdadeiras árvores onde pássaros vem para comer e se abrigar.”

“Fermento, joio, trigo, semente da mostarda. Tudo isso tem a ver com a santidade”, finaliza dom Geremias.

Uma vela que se consome

Utilizando uma simbologia da irmã Tereza de Almeida na biografia de Madre Leônia, padre Dirceu Junior dos Reis, na missa do dia 22, comparou a Serva de Deus com uma vela, cuja chama irradia luz em todas as direções. “A vida de Madre Leônia foi uma luz para os cinco continentes. Nenhum é melhor do que o outro: para todas as direções.”

O destino da luz é definido não pela sua vontade, mas a partir da brisa que a vai dirigindo, continua o padre. “No Antigo Testamento, o que é a brisa? É o Espírito Santo. O Senhor não estava na tempestade, o Senhor não estava no trovão. O Senhor não estava no barulho, o Senhor, com a sua presença, estava na brisa suave que conduz a direção e o consumo desta luz que ilumina em todas as direções”, explica.

“É um privilégio eu, como padre diocesano, pertencer a uma arquidiocese cuja história se confunde com a história da Madre Leônia. Que ela nos ajude com a sua intercessão a entender que a conversão passa pelo querer. O que nós de fato queremos? Qual desejo que trazemos no coração? Quantas vezes queremos coisas tão superficiais. Que nosso verdadeiro desejo seja a santidade!”, finalizou.

Juliana Mastelini Moyses

Foto de destaque: Juliana Mastelini Moyses

Fotos: Divulgação

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