Na Solenidade da Santíssima Trindade, paróquia voltada ao trabalho com japoneses e descendentes da arquidiocese relembrou a chegada do Navio Kasato Maru ao Brasil em 1908
A grande presença de japoneses e descentes na cidade de Londrina e região é um fator que enriquece esta terra. Com seus conhecimentos, costumes e modo de ser, os japoneses contribuíram e contribuem com a cultura brasileira, destaca o padre Emanuel José de Paula, pároco da Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição, paróquia que trabalha especificamente com os fiéis de descendência japonesa em Londrina.
No domingo, 12 de junho, a comunidade se reuniu para celebrar os 114 anos da imigração japonesa no Brasil, que é oficialmente comemorada no dia 18 de junho, em memória da chegada do navio Kasato Maru ao Porto de Santos em 1908. Os imigrantes na época instalaram-se especialmente nos Estados de São Paulo e Paraná. Hoje, o Brasil é o país que mais abriga japoneses e descentes fora do Japão, com mais de 2 milhões de nikkeis, 25 mil deles em Londrina.
“Rezamos para que a graça de Deus continue habitando sempre em cada família que aqui [na Paróquia Pessoal Nipo-brasileira] participa, que mantém a cultura, que decidiu pelo batismo, que decidiu pela fé e decidiu manter toda uma tradição vinda de um outro país, deixando-nos cada vez mais enobrecidos”, destacou o padre Emanuel.
Devido à presença do grande número de japoneses e descentes em Londrina, em 1989, o então arcebispo dom Geraldo Majella Agnelo decretou a criação da Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição, nomeando como primeiro pároco o padre Lino Stahl, SJ, que havia trabalhado por 17 anos no Japão. Desde o fim da década de 1950, porém, padres vindos do Japão a convite de dom Geraldo Fernandes já desenvolviam um trabalho com os japoneses que aqui viviam.
Convite
Ao final da missa, padre Emanuel agradeceu e homenageou os nikkes e fez um convite à comunidade: “Peço que falem para os vossos parentes, amigos que temos essa paróquia pessoal, é a única na Arquidiocese de Londrina e na região creio que exista somente uma em Arapongas para os fiéis ucranianos. Então é um privilégio para a cultura japonesa. Chamem outras pessoas, para que aqui possa ser uma casa de acolhida, da convivência e da cultura, mantendo o que somos: nipo-brasileira”, encerrou.
Pascom Paróquial Nipo-brasileira Imaculada Conceição
Fotos: Guto Honjo