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no fracking cambe site

Efeitos podem ser devastadores para nossa região, caso a atividade aconteça

Técnicos de uma empresa (na ocasião não identificada) estiveram na comunidade do Caramuru, no limite dos municípios de Cambé e Rolândia, fizeram medição no subsolo para conhecer a quantidade e a qualidade de xisto contido nele.

Sem autorização, segundo os moradores da localidade, entraram com caminhões, fotografaram casas, fincaram estacas, mediram e levantaram dados.

Alertadas, as autoridades regionais descobriram que a empresa, contratada pelo governo federal, faz medições de xisto visando a extração de gás e óleo contidos neste tipo de rocha. Depois de identificar as reservas, realiza leilões para multinacionais do setor petrolífero, que terão o direito de explorar essas fontes de combustível.

O problema está no método de extração deste tipo de gás e óleo: o Fracking (fraturamento). As regiões onde os poços de extração são instalados ficam devastadas.

O que é Fracking

O fraturamento hidráulico, também conhecido como “Fracking”, é utilizado para fazer perfurações e extração do gás de xisto. A profundidade de cada poço pode ser superior a 3.200 metros. Por meio de tubulação, é injetado grande volume de água e solventes químicos com potencial cancerígeno. A forte pressão provoca explosões que trituram a rocha.

Para que o buraco não se feche novamente, é introduzida enorme quantidade de areia que, supostamente, evita que o terreno ceda e permita a extração do gás.

Estudos mostram que parte dos resíduos ficam armazenados na superfície, em lagoas abertas ou tanques, gerando assim contaminação do solo, do ar e de lençóis de água subterrânea.

Leilões

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ANP, sem abrir consulta para a sociedade civil ou mesmo ter comprovação científica da segurança de uma tecnologia como o Fracking, ofereceu para leilão 240 blocos localizados nos principais aquíferos brasileiros, como o Guarani, Bauru, Acre, Parecis, Parnaíba e Urucuaia.

Doze empresas arremataram 78 blocos em quase 50% de toda a área disponível. Este resultado expõe as bacias do Recôncavo, Alagoas, Paraná, Sergipe, Parnaíba e Acre a alto risco.

Consequências e Danos Ambientais

As consequências podem ser Mudanças Climáticas, consumo de grandes quantidades de água no processo de exploração, contaminação de nascentes e rios, desmatamentos e abalos de solo (pequenos terremotos) e ocupação de terras produtivas.

Cambé

Dia 1º de agosto passado, o presidente da Cáritas Paraná, Reginaldo Urbano Argentino, e membro da Coalisão Não Francking Brasil e pela Sustentabilidade (COESUS) fez palestra em Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Cambé. Falou sobre os efeitos devastadores do método de exploração do petróleo do xisto.

Segundo ele, estudos mostram que a água contaminada tem cerca de 40% de seu volume evaporado, indo para a atmosfera, causando chuva ácida e contaminação de outros locais. Os efeitos são cancerígenos, radioativos, provocam mutação genética, afetam o gado e plantações.

E ainda alerta que, em caso de contaminação da água, toda a bacia do Paraná (que abrange o próprio estado e parte dos estados de Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) pode ficar comprometida.

Iniciativa de vereador cambeense

Um projeto de lei, de autoria do vereador Cecílio Araújo (PT) está sendo elaborado para proibir a exploração do xisto no município. Infelizmente, Cecílio e a vereadora Estela Camata (PSDB) foram os únicos legisladores na audiência Pública.  Lideranças de várias paróquias, pastorais e movimentos da Igreja Católica estiveram presentes.  

Outras iniciativas

A câmara Municipal de Londrina também está elaborando projeto de lei para proibir a atividade em seu território. Outros municípios estão se mobilizando.

O Arcebispo dom Orlando Brandes esteve com Reginaldo Urbano Argentino para obter informações. Outra reunião está sendo agendada com representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que também é contra a atividade. O Papa Francisco já se posicionou contrário ao método Fracking de extração de xisto.
Mais informações no site
naofrackingbrasil.com.br.

PASCOM – Paróquia Santo Antônio  (Cambé)

 

 

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