Com grande participação de fiéis na noite dessa terça-feira, 19 de março, a Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, realizou a solenidade de São José, Esposo de Maria e Patrono da Igreja. A Santa Missa coroou o tríduo da consagração a São José que muitos fiéis devotos estão realizando desde o dia 16/03.

“São José, o guardião da Igreja, continua a ser uma fonte de inspiração para nós e para a igreja em todo o mundo. Em todos os momentos de sua vida, principalmente em dificuldades, ele soube guardar com fidelidade a missão confiada a ele: tomar Maria como sua esposa e Jesus, seu filho. Cuidar e protegê-los foi sua missão de guardião e hoje ele o faz com a Igreja. O ato da consagração a São José é um ato livre, piedoso e consciente a fim de pedir sua paternidade espiritual e, na força da sua intercessão, cultivar no coração as mesmas virtudes que encontramos na vida e no coração do Esposo da Virgem Maria. São José guarde-nos de todos os perigos e nos ajude a guardar o dom da fé em nossos corações. Sendo assim, podemos rezar como o salmista: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação’”, afirmou o Pe. Dirceu Reis, pároco, durante a homilia.

Ao final da celebração os objetos trazidos pelos fiéis foram abençoados pela intercessão de São José e aspergidos. A água abençoada nos recorda a força do nosso batismo. “Em virtude da fé que alguém se torna herdeiro” (Rm 4,16). E, após a benção final os fiéis devotos livres e piedosamente, diante da imagem de São José, realizaram o ato individual de consagração ao Esposo de Maria segundo o método e oração do Pe. Donald Calloway. O Padre Dirceu assinou cada ato de consagração e os presenteou com uma medalha de São José. Um momento para alimentar a devoção a São José e buscar viver com simplicidade, alegria e fidelidade a vocação recebida.

Pedimos a intercessão de São José sobre nossas comunidades paroquiais, nossas famílias, pelos casais, jovens e enfermos.

Pascom paroquial

Fotos: Pascom paroquial

A 3ª edição do Missal Romano tem entre suas principais novidades um novo calendário do Próprio dos Santos, que estabelece as missas para os santos e santas. No livro litúrgico traduzido para o Brasil estão os novos santos incluídos no Calendário Universal e também os santos brasileiros ou que possuem expressiva devoção no país, dentre eles Nossa Senhora Aparecida e São josé de Anchieta. As dioceses e paróquias poderão contar com o material a partir de agosto, mas já podem fazer sua reserva junto à Edições CNBB.

De acordo com o padre Leonardo Pinheiro, assessor que colaborou com a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no último período da tradução, o novo calendário dos santos têm gerado “grande interesse” nas formações oferecidas pelo Brasil.

Confira as datas das celebrações dos santos:

Calendário Próprio do Brasil

São José de Anchieta (9 de junho)

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (9 de julho)

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires (17 de julho)

Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)

Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira, leigo, e companheiros mártires (3 de outubro)

São Benedito, o Negro (5 de outubro)

Nossa Senhora da Conceição Aparecida (12 de outubro)

São Pedro de Alcântara (19 de outubro)

Santo Antonio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro)

São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo (19 de novembro)

Próprio dos Santos – Ciclo Eclesiológico: novos santos incluídos no Calendário Universal

Santíssimo Nome de Jesus (3 de janeiro)

Santa Josefina Bakhita (8 de fevereiro)

São Gregório de Narek (27 de fevereiro)

Sâo João de Ávila (10 de maio)

Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio)

São Cristóvão Magalhães e comp. mártires (México, 21 de maio)

Santa Rita de Cássia (22 de maio)

São Paulo VI (29 de maio)

Santo Agostinho Zhao Rong e comp. mártires (China, 8 de julho)

Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo – atualização: festa

Santa Maria Madalena – atualização: festa

São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho)

Santos Irmãos marta, Maria e Lázaro (29 de julho)

Santa Teresa Benedita da Cruz (9 de agosto)

São Ponciano e Santo Hipólito (12 de agosto)

Santíssimo Nome da Bem-aventurada Virgem Maria (12 de setembro)

Santa Hildegarda de Bingen (17 de setembro)

São Pio de Pietrelcina (23 de setembro)

Santa Faustina Kowalska (6 de outubro)

São João XXIII (11 de outubro)

São João Paulo II (22 de outubro)

Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro)

São João Diego (9 de dezembro)

Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto (10 de dezembro)

Festividade móvel

Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja – memória a ser celebrada na segunda-feira após Pentecostes.

CNBB

Imagem: CNBB

Na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos para crescer como Igreja do seguimento, humilde, que nunca dá por terminada a busca do Senhor e encontra a sua alegria no anúncio do Evangelho ao mundo

Seguimento e anúncio: estas foram as duas palavras ressaltadas pelo Papa na homilia da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, festejada neste 29 de junho. No Brasil, a data foi transferida para o próximo domingo, 2 de julho.

Na Basílica de São Pedro, concelebraram com o Pontífice os 32 arcebispos nomeados no ano passado. Na Basílica, como é tradição, também estava presente uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. A Santa Sé retribui o gesto fraterno, enviando um representante na Festa de Santo André, em 30 de novembro, padroeiro da Igreja local.

Já em sua homilia, Francisco se inspirou na pergunta que Jesus dirige aos discípulos, contida no Evangelho de Mateus: “Vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16, 15). Para o Pontífice, esta é a pergunta fundamental, a mais importante: Quem é Jesus para mim?

Seguimento

Os dois Apóstolos responderam a esta pergunta de modo diferente. A resposta de Pedro poderia se resumir em uma palavra: seguimento. Pedro largou tudo para ir atrás do Senhor. E o Evangelho sublinha que foi “imediatamente”, não disse a Jesus que iria pensar, fazer cálculos para ver se lhe convinha, não apresentou desculpas para adiar a decisão, mas deixou as redes e O seguiu. Haveria de descobrir tudo dia após dia, no seguimento de Jesus.

Aquela anotação “imediatamente”, acrescentou o Papa, vale também para nós: se há tantas coisas na vida que podemos adiar, o seguimento de Jesus não pode ser uma delas. E atenção! Pois algumas desculpas aparecem disfarçadas de espiritualidade, como “não sou digno”, “não sou capaz”. Para Francisco, são artimanhas do diabo, que nos rouba a confiança na graça de Deus. A lição de Pedro, portanto, é: devemos nos desprender de nossas seguranças terrenas, imediatamente, e seguir Jesus todos os dias. 

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Já a resposta de Paulo se resume na palavra anúncio. No caminho de Damasco, Jesus foi ao seu encontro e cegou-o com a sua luz, ou melhor, graças àquela luz, Saulo deu-se conta de quanto era cego. Assim, consagra a sua vida a percorrer terra e mar, cidades e aldeias, para anunciar Jesus Cristo.

Portanto, à pergunta “quem é Jesus para mim”, Paulo não responde com uma religiosidade intimista, mas com a inquietação de levar o Evangelho aos outros. Também hoje, observou o Papa, a Igreja tem necessidade de colocar o anúncio no centro, que não se cansa de repetir: “Ai de mim se eu não evangelizar”. Uma Igreja que precisa anunciar como necessita de oxigênio para respirar.

Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos Pedro e Paulo para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.

Dirigindo-se aos arcebispos que recebem o Pálio, pede que sejam apóstolos como Pedro e Paulo, discípulos no seguimento e apóstolos no anúncio. Por fim, o Pontífice saudou a Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, enviada por Bartolomeu. “Obrigado pela presença! Caminhemos juntos, no seguimento e no anúncio da Palavra, crescendo na fraternidade. Que Pedro e Paulo nos acompanhem e intercedam por nós.”

Bianca Fraccalvieri
Vatican News

Foto: Reprodução Vatican Media

Deus trino e único deve ser mostrado através do testemunho de vida, explica o Papa Francisco

Celebrar a Santíssima Trindade não é tanto um exercício teológico, mas uma revolução em nosso modo de vida. Deus, em quem cada Pessoa vive para o outro, não para si mesmo, nos provoca a viver com os outros e para os outros: disse o Papa Francisco na oração do Angelus na solenidade do ano passado. A solenidade da Santíssima trindade contempla e louva o mistério do Deus de Jesus Cristo, que é um na comunhão de três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Em sua homilia na solenidade do ano passado, o Papa se ateve ao Evangelho de Jo 16,12-15, em que Jesus nos apresenta as outras duas Pessoas divinas, o Pai e o Espírito Santo. Deste último Jesus diz: “Não falará de si mesmo, mas receberá o que é meu e vos anunciará”. E depois, a respeito do Pai, ele diz: “Tudo o que o Pai tem é meu”.

Espírito Santo fala, mas não de si mesmo

Observamos, disse o Santo Padre, que o Espírito Santo fala, mas não de si mesmo: anuncia Jesus e revela o Pai. E que o Pai, o qual possui tudo, porque é a origem de todas as coisas, dá ao Filho tudo o que possui: não guarda nada para si mesmo e se dá inteiramente ao Filho.

E agora, exortou Francisco, olhemos para nós, para aquilo de que falamos e para o que possuímos. “Quando falamos, queremos sempre que se fale bem de nós, e muitas vezes falamos apenas de nós mesmos e do que fazemos. Quão diferente do Espírito Santo, que fala anunciando os outros! E, sobre o que possuímos, como somos ciumentos disso e como é difícil para nós compartilhá-lo com os outros, mesmo com aqueles que não têm o necessário! Em palavras, é fácil, mas na prática é muito difícil”, ressaltou o Pontífice.

Celebrar Trindade, uma revolução em nosso modo de vida

O Papa destacou que celebrar a Santíssima Trindade não é tanto um exercício teológico, mas uma revolução em nosso modo de vida.

Deus, em quem cada Pessoa vive para o outro, não para si mesmo, nos provoca a viver com os outros e para os outros. Hoje podemos nos perguntar se nossa vida reflete o Deus em que acreditamos: eu, que professo a fé em Deus Pai e Filho e Espírito Santo, realmente acredito que para viver preciso dos outros, preciso me doar aos outros, preciso servir aos outros? Afirmo isto com palavras ou com a vida?

Deus deve ser mostrado com ações antes das palavras

“O Deus trino e único, queridos irmãos e irmãs – prosseguiu Francisco -, deve ser mostrado assim, com ações antes das palavras. Deus, que é o autor da vida, é transmitido menos através dos livros e mais através do testemunho de vida.”

Aquele que, como escreve o evangelista João, “é amor” (1 João 4,16), revela-se através do amor. Pensemos nas pessoas boas, generosas e mansas que conhecemos: lembrando sua maneira de pensar e agir, podemos ter um pequeno reflexo de Deus Amor. E o que significa amar? – perguntou Francisco. “Não apenas querer o bem e fazer o bem, mas antes de tudo, na raiz, acolher os outros, dar lugar aos outros, dar espaço aos outros.”

A Trindade, em cada nome há a presença do outro

Para entender melhor isto, disse, pensemos nos nomes das Pessoas divinas, que pronunciamos cada vez que fazemos o sinal da cruz: em cada nome há a presença do outro.

“O Pai não o seria sem o Filho; da mesma forma, o Filho não pode ser pensado sozinho, mas sempre como o Filho do Pai. E o Espírito Santo, por sua vez, é o Espírito do Pai e do Filho. Em resumo, a Trindade nos ensina que nunca se pode ficar sem o outro. Não somos ilhas, estamos no mundo para viver à imagem de Deus: abertos, necessitados dos outros e necessitados de ajudar os outros.”

Então, nos façamos esta última pergunta: na vida cotidiana sou também eu um reflexo da Trindade? O sinal da cruz que faço todos os dias permanece um gesto finalizado a si mesmo, ou inspira minha maneira de falar, de encontrar, de responder, de julgar, de perdoar? Após o Angelus, Francisco concedeu a todos a sua Bênção apostólica.

Raimundo de Lima
Vatican News (com adaptações)

Imagem: vaticannews

Neste primeiro dia do Ano Novo, celebramos a Solenidade de Maria Mãe de Deus. Coloquemo-nos em oração com o Papa Francisco:

“No início do Ano Novo, coloquemo-nos sob a proteção desta mulher, a Santa Mãe de Deus, que é nossa mãe. Que Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições. Invoquemo-La, também hoje, como fez o Povo de Deus em Éfeso. Ponhamo-nos todos de pé, fixemos o olhar em Nossa Senhora e, como fez o povo de Deus em Éfeso, repitamos três vezes o seu título de Mãe de Deus. Todos juntos: ‘Santa Mãe de Deus, Santa Mãe de Deus, Santa Mãe de Deus! Amém'”

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!

Celebramos hoje a Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, data que nos ajuda a recordar que Cristo é o centro da Igreja. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da Eucaristia, o povo é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Por isso, saímos às ruas e fazemos a procissão de Corpus Christi, tendo à frente o Santíssimo Sacramento, recordando a “arca da aliança”, que caminhava à frente do povo no deserto rumo à terra prometida, os abençoando e os livrando do perigo.

O povo apresentava as suas intenções e angústias, assim como acontece hoje; o Santíssimo Sacramento vai a nossa frente e apresentamos a ele nossas intenções. Recebemos a visita do Santíssimo pelas ruas de nossa cidade, anunciando a Sua presença na vida do nosso povo. Jesus se dá gratuitamente a nós nas espécies sagradas do pão e do vinho.

De modo especial, pedir ao Santíssimo Sacramento neste dia pela Igreja, pelo Papa, pelos bispos e por todo o clero, que nunca faltem ministros na Igreja para nos trazer a Eucaristia e que a Igreja possa continuar sendo sinal de Deus para o mundo. Rezar, também, pela conversão dos pecadores e que todas as pessoas possam encontrar em Jesus a paz, o amor e a misericórdia.

Graças e louvores sejam dados ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Um dos elementos mais presentes na religiosidade ou devoção popular são as novenas preparatórias para as festas da Igreja ou de algum santo particular de nossa devoção. Em nossa tradição católica as novenas são como que uma espera orante por um acontecimento ou celebração importante.

 

Uma das maiores místicas da espiritualidade cristã soube integrar muito bem liturgia e piedade. Santa Faustina Kowalska alimentava a sua fé, esperança e caridade, sobretudo a partir dos sacramentos. Em seu diário nos deixa uma nova e importante prática de piedade, a novena em preparação à Festa da Divina Misericórdia, que por isso mesmo se encontra em profunda relação com a liturgia da Igreja. É realizada durante o Tríduo Pascal e a Oitava da Páscoa, favorecendo ao fiel uma mais profunda imersão no mistério da misericórdia divina, que plenamente se manifesta na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Em três momentos em seu Diário trata desta novena de um modo específico. Em um deles ela relata:

“O Senhor me disse para rezar o Terço da Misericórdia por nove dias antes da Festa da Misericórdia. Devo começar na Sexta-feira Santa…. Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (Diário n° 796).

 

Desde 2003 fazemos a novena e celebramos a Festa da Misericórdia em nossa arquidiocese. De forma especial neste ano a realizaremos em nossa Igreja doméstica com nossas famílias.

 

Convidamos você a participar acompanhando pelas redes sociais esse tempo de graça e misericórdia que o Senhor nos concede.

 

Iniciaremos a novena dia 10/04 (Sexta-feira Santa) encerrando dia 18/04.

 

Dia 19/04 – Santa Missa no Domingo da Festa Misericórdia às 9h na Catedral de Londrina presidida por nosso arcebispo dom Geremias Steinmetz. Teremos a bênção das estampas e a Consagração das Famílias à Divina Misericórdia.

 

O tema da Festa esse ano será:
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em vós! (Diário n° 949)

Redes sociais:

Instagram: aedm.londrina
YouTube: AEDM Londrina
Facebook: Divina Misericórdia Catedral Londrina

 

A missa será transmitida pelo Facebook, site e Youtube da Catedral de Londrina: 

http://catedrallondrina.com.br/ao-vivo/

https://www.facebook.com/catedrallondrinaPR

https://www.youtube.com/c/CatedralLondrinaPR

 

Voz do que clama no deserto

 

A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a soubermos dar tão bem, como exige a importância desta solenidade, pelo menos meditemos nela mais frutuosa e profundamente. João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem.

 

O pai de João não acredita que ele possa nascer e fica mudo; Maria acredita, e Cristo é concebido pela fé. Eis o assunto que quisemos meditar e prometemos tratar. E se não formos capazes de perscrutar toda a profundeza de tão grande mistério, por falta de aptidão ou de tempo, aquele que fala dentro de vós, mesmo em nossa ausência, vos ensinará melhor. Nele pensais com amor filial, a ele recebestes no coração, dele vos tornastes templos.

 

João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista (Lc 16,16). Ele representa o antigo e anuncia o novo. Porque representa o Antigo Testamento, nasce de pais idosos; porque anuncia o Novo Testamento, é declarado profeta ainda estando nas entranhas da mãe. Na verdade, antes mesmo de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Maria. Antes de nascer, já é designado; revela-se de quem seria o precursor, antes de ser visto por ele. Tudo isto são coisas divinas, que ultrapassam a limitação humana. Por fim, nasce. Recebe o nome e solta-se a língua do pai. Relacionemos o acontecido com o simbolismo de todos estes fatos.

 

Zacarias emudece e perde a voz até o nascimento de João, o precursor do Senhor; só então recupera a voz. Que significa o silêncio de Zacarias? Não seria o sentido da profecia que, antes da pregação de Cristo, estava, de certo modo, velado, oculto, fechado? Mas com a vinda daquele a quem elas se referiam, tudo se abre e torna-se claro. O fato de Zacarias recuperar a voz no nascimento de João tem o mesmo significado que o rasgar-se o véu do templo, quando Cristo morreu na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta-se a língua, porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? (Jo 1,19). E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1,23). João é a voz; o Senhor, porém, no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
Sermo 293,1-3: PL 38,1327-1328 – Séc.V

 

A Arquidiocese de Londrina tem quatro paróquias dedicadas a São João Batista. Elas estão localizadas no Distrito de Guaravera e nas cidades de  Bela Vista do Paraíso, Florestópolis e Prado Ferreira.

 

 

 

Paróquia São João Batista – Distrito de Guaravera – Decanato Tamarana (Foto arquivo PASCOM)

 

 

 

Paróquia São João Batista – Bela Vista do Paraíso – Decanato Sertanópolis (Foto Tiago Queiroz)

 

 

 

Paróquia São João Batista – Florestópolis – Decanato Porecatu (Foto Google Street View)

 

 

 

Paróquia São João Batista – Prado Ferreira – Decanato Porecatu (Foto arquivo PASCOM)

 

Foto destaque: imagem de São João Batista da paróquia em Bela Vista do Paraíso  (Fotógrafo Tiago Queiroz)

Catedral Metropolitana de Londrina, Paróquia Sagrados Corações e Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição se uniram nesta quinta-feira, 31, para celebrar a solenidade de Corpus Christi. Cerca de 4 mil pessoas se dirigiram à catedral para celebrar o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fiéis começaram a chegar às ruas ao redor da catedral antes mesmo do dia amanhecer, por volta das 4 horas da manhã, para montar os tapetes. Pó de serra colorido, sal e farinha deram vida aos desenhos preparados pelas comunidades, retratando desde elementos importantes da nossa fé, como a devoção ao Santíssimo Sacramento, até a Ação Evangelizadora: Cada Comunidade uma Nova Vocação.

A missa foi celebrada pelo arcebispo Dom Geremias Steinmetz e concelebrada pelos padres da catedral e das paróquias participantes, além do reitor do Seminário Propedêutico São José.

O Evangelho, tirado do livro de São Marcos, trouxe a narrativa da instituição da eucaristia na véspera da Paixão de Jesus. Na homilia, Dom Geremias destaca os elementos que Jesus escolhe para se tornar presente no meio de nós: pão e vinho, frutos da terra e do trabalho humano. Pão e vinho são dons de Deus nos quais se pode ver aquilo que se dá na morte de Jesus, explica.

“Veja por exemplo, a gente não come o trigo por inteiro, grãozinho por grãozinho, mas o trigo é moído, é transformado em farinha, que é transformada em pão”.

“É para ser um símbolo exatamente de Jesus, que foi como que triturado na cruz. Perdeu todo seu sangue derramado sobre a humanidade. Ali perdeu a sua vida, ali perdeu tudo. A única coisa que sobrou foi a certeza do amor de Deus. Quando a gente toma a eucaristia, come esse pão, é o Cristo triturado pelo pecado da humanidade que agora se faz salvação. Da mesma forma o vinho”.

Depois da comunhão, clero e fiéis saíram em procissão pelas alamedas e retornaram à catedral para adoração ao Santíssimo e bênção final. Como de costume, o arcebispo abençoou os pãezinhos partilhados com a comunidade.

Juliana Mastelini Moyses
PASCOM Arquidiocesana

 

Fotos: Guto Honjo