Neste domingo, 17 de outubro, será a abertura da fase diocesana do Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa Francisco para conclusão em 2023, com o tema: “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. A celebração será presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz na Catedral Metropolitana de Londrina às 18h.

 

O Sínodo, anunciado em maio deste ano, será realizado em três fases: diocesana, continental e universal. Este caminho sinodal terá a duração de três anos. 

 

Atualmente, esta primeira fase será realizada em todas as dioceses do mundo, sob presidência de seu respectivo bispo e terá seu fim em abril de 2022. A assembleia em Roma acontecerá em 2023.

 

A fase arquidiocesana será marcada pela consulta ao Povo de Deus. O objetivo é que o processo sinodal se realize na escuta da totalidade dos batizados a partir de um Documento preparatório, acompanhado por um Vademecum.

A Arquidiocese de Londrina recebeu no dia 24 de agosto a visita de Lucas Barboza Galhardo. Natural de Caieras, em São Paulo, ele foi o único jovem brasileiro a participar como auditor da 15ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que ocorreu entre 3 e 28 de outubro do ano passado, no Vaticano. Ele proferiu palestra na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ibiporã, com o tema “A força do coração dos jovens à luz do Sínodo da Juventude”. Cerca de 60 pessoas estiveram presentes no encontro, organizado pelo Movimento Apostólico de Schoenstatt de Ibiporã.

 

Membro da Juventude Masculina de Schoenstatt, Lucas integra a Coordenação Nacional da Pastoral Juvenil. Antes do Sínodo, esteve presente em diversos momentos de preparação, como a reunião pré-sinodal. O tema do Sínodo realizado em 2018 foi “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. “Foi um Sínodo com um processo de consulta e participação muito grande das pessoas antes da assembleia geral em si, que durou um mês. Tiveram iniciativas inéditas, como reunião dos jovens com o Papa Francisco, questionário online”, elencou.
O jovem classificou o último Sínodo como “incrível”, destacando o verdadeiro sentido desta importante assembleia. “A palavra Sínodo vem do grego e significa caminhar juntos. Então, tem este espírito. Foi uma experiência enriquecedora, estar lá com vários bispos, o Papa. Tudo muito positivo”, valorizou. Ao todo, foram 49 auditores de várias partes do mundo, sendo 33 jovens.

 

Estes auditores puderam participar de todos os momentos do Sínodo com os 267 padres sinodais, só não tendo direito a voto nos pontos elencados para a confecção do documento final. “Vimos um ambiente bom, de família. Isso ficou marcado para a maioria de pessoas que participaram”, relatou.

 

Segundo Lucas Galhardo, três mensagens o marcaram e foram as principais do balanço final após esta vivência tão intensa da vida da Igreja: escuta, discernimento e sinodalidade. “A escuta é tudo na vida, principalmente quando se trabalha com jovens. Muitos buscam ser ouvidos, seja para se sentir importante, parte de algo. E no Sínodo tinham realidades do Mundo inteiro. O próprio Papa falou muito sobre isso, de uma escuta que não passa somente pelo ouvido, mas pela cabeça, exige atenção, tempo, empatia”, ressaltou.

 

“O discernimento, porque temos que tomar decisões o tempo inteiro, ainda mais na juventude. Precisamos viver a cultura do discernir e transmitir isto, o que a própria Igreja tem muito. É um exercício da vida”, refletiu. “Já a sinodalidade é o espírito de caminhar juntos. Às vezes pensamos muito na mudança do outro, mas temos que pensar em nós. Se queremos uma Igreja com mudança, temos que pensar no que posso fazer, a contribuição dos dons de cada um, encontrando o ponto de comunhão, com todos dando das mãos: jovens, adultos, idosos, padres. Aí sim conseguiremos encontrar melhores soluções para a realidade que temos.”

 

A 15ª edição do Sínodo dos Bispos resultou no documento final, nomeado “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. “Surgiu de vários bispos a sugestão de usar a passagem dos discípulos de Emaús como linha condutora do documento”, contou. O Papa Francisco ainda escreveu uma exortação com base em toda esta experiência, intitulada “Cristo Vive”.

Pedro Marconi
Pascom Arquidiocesana

 

Fotos: Michael Moreto

 

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, na tarde de segunda-feira, 11 de fevereiro, lembrou que o Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia convocado pelo Papa Francisco em 2017 é uma iniciativa para que a Igreja compreenda sua missão evangelizadora naquela região do mundo: “é um evento, uma celebração da Igreja e para a Igreja”.

Brasília

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, na tarde desta segunda-feira, 11 de fevereiro, lembrou que o Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia é uma iniciativa para que a Igreja compreenda sua missão evangelizadora naquela região do mundo: “é um evento, uma celebração da Igreja e para a Igreja”.

O secretário-geral gravou um vídeo que está disponível abaixo e nas redes sociais no qual se vê o anúncio feito pelo Papa Francisco da realização da assembleia especial do Sínodo dos Bispos no mês de outubro de 2017. Dom Leonardo esclareceu: “da Igreja para a Igreja envolve toda a questão da Pan-Amazônia: os povos, o meio ambiente. Toda essa realidade, certamente será abordada. O Santo Padre, no entanto, deseja que encontremos novos caminhos para a evangelização, para a Pan-Amazônia”.

Dom Leonardo pede, no vídeo, que os brasileiros e as populações dos outros oito países que integram a região da Pan-Amazônia rezem pela boa realização do Sínodo.

 

Sínodo Especial

O documento preparatório para a assembleia de outubro está definido que a Amazônia é “uma região com rica biodiversidade, é multiétnica, pluricultural e plurirreligiosa, um espelho de toda a humanidade que, em defesa da vida, exige mudanças estruturais e pessoais de todos os seres humanos, dos Estados e da Igreja”.

Na primeira parte deste documento, verifica-se a preocupação da Igreja em fazer um chamado a todos para “olhar a identidade e os clamores da Pan-Amazônia. Território, diversidade sociocultural, identidade dos povos indígenas, memória histórica eclesial, justiça e direitos dos povos, espiritualidade e sabedoria.Segundo o documento preparatório, “em sua história missionária, a Amazônia tem sido lugar de testemunho concreto de estar na cruz, inclusive, muitas vezes, lugar de martírio. A Igreja também aprendeu que neste território, habitado por mais de 10 mil anos por uma grande diversidade de povos, suas culturas se construíram em harmonia com o meio ambiente”.

O Sínodo se propõe, desde a sua convocação, a fazer uma revisão do trabalho de evangelização e, por isso, a Igreja deve fazer um sério discernimento diante da Palavra de Deus. O anúncio do Evangelho de Jesus na Amazônia é apresentado a partir das dimensões bíblico-teológica, social, ecológica, sacramental e eclesial-missionária. “Hoje o grito da Amazônia ao Criador é semelhante ao grito do povo de Deus no Egito (cf. Ex 3,7). É um grito de escravidão e abandono, que clama pela liberdade e o cuidado de Deus. É um grito que anseia pela presença de Deus, especialmente quando os povos amazônicos, por defender suas terras, são criminalizados por parte das autoridades; ou quando são testemunhas da destruição do bosque tropical, que constitui seu habitat milenar; ou, ainda, quando as águas de seus rios se enchem de espécies mortas no lugar de estarem plenas de vida”, afirma o texto de preparação.

E, por fim, o texto-base aponta para um comprometimento de todos diante da realidade: novos caminhos para uma Igreja com rosto amazônico. O texto reflete o que seria esse rosto, a dimensão profética, os ministérios e os novos caminhos. “No processo de pensar uma Igreja com rosto amazônico, sonhamos com os pés fincados na terra de nossos ancestrais e com os olhos abertos pensamos como será essa Igreja a partir da vivência da diversidade cultural dos povos. Os novos caminhos terão uma incidência nos ministérios, na liturgia e na teologia”, destaca o texto.

 

Veja o vídeo com a fala de dom Leonardo:

(CNBB)

Na Praça S. Pedro, o Papa Francisco presidiu à missa de abertura da XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos e pediu aos 266 Padres sinodais que reavivem a própria paixão por Jesus.

 

 

Manoel Tavares- Cidade do Vaticano

O Santo Padre presidiu esta manhã (03/10), na Praça São Pedro, à solene celebração da Santa Missa por ocasião da inauguração do Sínodo dos Bispos, que se realiza no Vaticano de 3 a 28 do corrente, sobre o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

 

O Papa iniciou sua homilia com o trecho do Evangelho de São João, que diz: “O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará tudo e recordará tudo o que Eu lhes disse”.

 

Desta maneira tão simples, – disse o Papa – Jesus oferece aos seus discípulos a garantia de que o Espírito Santo os acompanhará em toda a sua obra missionária. O Espírito do Senhor é o primeiro a guardar e manter sempre viva e atual a memória do Mestre no coração dos discípulos e faz com que a riqueza e beleza do Evangelho sejam fonte de constante alegria e novidade. E Francisco exortou os presentes:

“No início deste momento de graça para toda a Igreja, em sintonia com a Palavra de Deus, peçamos insistentemente ao Paráclito que nos ajude a trazer à memória e reavivar as palavras do Senhor, que faziam arder o nosso coração. Memória para que possa despertar e renovar em nós a capacidade de sonhar e esperar. Os jovens serão capazes de profecia e visão, na medida em que nós, adultos ou idosos, formos capazes de sonhar, contagiar e partilhar os nossos sonhos e esperanças”.

 

 

Sonhos e esperanças

O Santo Padre expressou seu desejo de que “o Espírito do Senhor nos dê a graça de sermos Padres sinodais, ungidos com o dom dos “sonhos e da esperança”, para podermos ungir os jovens com o dom da profecia e da visão; possa dar-nos a graça de sermos memória atuante, viva e eficaz, que não se deixa sufocar e esmagar pelos falsos profetas, mas levar a inflamar o coração e discernir os caminhos do Espírito. E acrescentou:

“É com esta disposição de dócil escuta da voz do Espírito que viemos aqui, de todas as partes do mundo. Hoje, pela primeira vez, estão conosco também dois irmãos Bispos da China continental, a quem damos as nossas calorosas boas vindas. Com a sua presença, a comunhão de todo o Episcopado, com o Sucessor de Pedro, torna-se ainda mais visível”.

 

 

Dilatar os corações

Ungidos com a esperança, – disse Francisco – começamos um novo encontro eclesial, capaz de ampliar os horizontes, dilatar os corações e transformar as estruturas, que hoje nos paralisam, dividem e afastam dos jovens, deixando-os expostos às intempéries e órfãos de uma comunidade de fé que os apoie, de um horizonte de sentido e de vida. A esperança interpela-nos, destronca o conformismo e nos convida a trabalhar contra a precariedade, exclusão e violência, às quais está exposta a nossa juventude. E falando dos jovens, o Papa disse:

“Os jovens, fruto de muitas das decisões tomadas no passado, exortam-nos a cuidar do presente, com maior esforço e com eles, a lutar contra tudo aquilo que impede a sua vida de crescer com dignidade. Pedem-nos e exigem-nos uma dedicação criativa, uma dinâmica inteligente, entusiasta e cheia de esperança, e que não os deixemos sozinhos nas mãos de tantos traficantes de morte que oprimem a sua vida e obscurecem a sua visão”.

 

 

Sob a proteção de Maria

O dom da escuta sincera deve ser livre de preconceitos para entrarmos em comunhão com as diferentes situações do Povo de Deus, sem cairmos na tentação de certos moralismos, elitismos e de ideologias abstratas. E o Papa convidou os Padres Sinodais, dizendo:

“Irmãos, coloquemos este tempo sob a proteção materna da Virgem Maria, mulher da escuta e da memória, para que nos guie no reconhecimento dos vestígios do Espírito, a fim de que, entre sonhos e esperanças, possamos acompanhar e encorajar nossos jovens para que não cessem de profetizar”.

Neste sentido, Francisco recordou que, ao término do Concílio Vaticano II, os Padres Conciliares dedicaram a sua última mensagem aos jovens: «A Igreja, durante quatro anos, trabalhou para um rejuvenescimento do seu rosto, para melhor responder à intenção do seu fundador, Cristo, o eterno jovem… É especialmente para os jovens que a Igreja acende, neste Concílio Ecumênico, uma luz, que iluminará o futuro da juventude. A Igreja espera que a sociedade respeite a dignidade, a liberdade, o direito sobretudo dos jovens».

Francisco concluiu sua homilia exortando os Padres Sinodais e representantes da Igreja no mundo, a alargar seus corações, a escutar o apelo do Povo de Deus e a colocar suas energias a serviço da juventude:

“Lutem contra todo o egoísmo. Rejeitem dar livre arbítrio aos instintos da violência e do ódio, que geram guerras e suas consequentes misérias. Sejam generosos, puros, respeitadores, sinceros. Construam, com entusiasmo, um mundo melhor, que o dos seus antepassados. Padres sinodais, a Igreja olha para vocês com confiança e amor.”

 

Atenção Coordenadores de Pastorais e Movimentos da Arquidiocese de Londrina:

Conselho Pastoral Arquidiocesana – CPA

DOCUMENTO PREPARATÓRIO da XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos

“Jovens, fé e discernimento vocacional”

AMÉRICA

1) De que modo as comunidades se ocupam com os jovens que experimentam situações de violência extrema (drogas, prisão, dependências, casamentos forçados) acompanhando-os ao longo dos percursos de vida?

2) Que formação oferecei para apoiar o compromisso dos jovens em âmbito sociopolítico, tendo em vista o bem comum?

3) Em contextos de forte secularização, que ações pastorais resultam mais eficazes para prosseguir um caminho de fé depois do percurso de iniciação cristã?

COORDENADORES DAS PASTORAIS E MOVIMENTOS:
Enviar as respostas para o email do secretariado da Ação Evangelizadora: pastorallondrina@gmail.com
até o 17 de junho de 2017.