No dia 14 de agosto, festa da Assunção de Maria, o arcebispo dom Geremias Steinmetz celebrou a Santa Missa de Dedicação da Igreja e Consagração do Altar da Paróquia Nossa Senhora da Paz, Decanato Leste. A missa foi concelebrada pelo pároco, padre Alessandro Bobinton, padre Romão Antônio Martini Martins, figura importante na história da paróquia pelas importantes reformas que realizou enquanto pároco, padre Emanuel José de Paula, que foi pároco por duas vezes, e padre Joel Ribeiro Medeiros, cerimoniário. Também esteve presente o diácono Joaquim Batista Santos.

 

Dom Geremias explicou que esse é um dos ritos solenes mais bonitos da Igreja Católica, quando os fiéis são convidados a perseverarem na fé e na esperança. A celebração manifesta a dignidade da construção e mostra o mistério do Povo de Deus que é a Igreja.

 

Na festa da assunção de Nossa Senhora, data escolhida para a dedicação da igreja que leva o nome de Nossa Senhora Rainha da Paz, o arcebispo comparou a Mãe de Deus à Igreja. “Olhando para Maria é possível entender o que é a Igreja. Quando olhamos para Maria e todas as dádivas que ela recebeu, podemos atribuir tudo isso à Igreja. Por exemplo, a assistência do Espírito, a fecundidade que vem do Espírito Santo, e, mais ainda, o modo como Maria se colocou a caminho da busca de uma pessoa necessitada, que também coloca a Igreja sempre a caminho, sempre em saída”, destaca.

 

A celebração de dedicação e consagração do altar da Paróquia Nossa Senhora da Paz integra as comemorações do Jubileu de Diamante, da comunidade, que completou 61 anos de fundação no dia 15 de agosto de 2021.

 

Pascom Paróquia Nossa Senhora da Paz

Foto de Destaque: Guto Honjo

Fotos: Guto Honjo e Terumi Sakai

 

 

 

A Câmara Municipal de Ibiporã recebeu, logo após a Sessão Ordinária de segunda-feira (6), o padre André Luis de Oliveira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, que discorreu sobre a Campanha da Fraternidade 2017, com o tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). O espaço foi aberto prelo presidente da Casa, vereador Roberval dos Santos (PSDB), atendendo requerimento do vereador Professor Abreu (PSC).

Padre André solicitou aos vereadores especial atenção em projetos de instalações de novas indústrias, que mexam com o zoneamento e com o Plano Diretor, para que tenham cuidado com os estudos de impacto ambiental, afirmando que o econômico não deve estar acima da preservação da vida e da natureza.

O pároco lembrou que a destruição dos biomas afeta os indígenas, quilombolas, povos ribeirinhos e as periferias das cidades, principalmente os irmãos mais pobres, que devem ter atenção especial de todos os cidadãos, em especial da classe política que é quem define a lei e tem poder de fiscalização sobre as obras realizadas nos municípios.

A Campanha da Fraternidade (CF), realizada todos os anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), teve início em 1964 com temas que diziam respeito apenas à Igreja. A partir de 1973, a CF começou a mostrar uma maior preocupação com a realidade social do povo brasileiro e os temas começaram a dar destaque à promoção da Justiça e a situações existenciais do povo brasileiro como a realidade sócio-econômico-política, marcada pela injustiça, pela exclusão e por altos índices de miséria.

A Campanha da Fraternidade 2017 tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da visa” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).

O texto-base da CF 2017 tem como uma proposta principal dar uma ênfase maior à diversidade de cada bioma e criar as relações respeitosas com a vida e a cultura de todos os povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. A depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior.

Bioma quer dizer a vida que se manifesta em um conjunto semelhante de vegetação, água, superfície e animais. Uma “paisagem” que mostra uma unidade entre os diversos elementos da natureza. “Um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação é similar e contínua, cujo clima é mais ou menos uniforme, e cuja formação tem uma história comum” (Texto-Base CF 2017, Introdução).

O texto-base está divido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais, e também traz diversas reflexões nas perspectivas de São João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco.

O cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil em imagens características de cada região do país, evidenciando a beleza natural do país, onde podem ser identificados os seis biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

O cartaz também mostra o cenário, com os personagens principais, os povos originários, primeiros habitantes dos biomas; os pescadores, simbolizando o trabalho e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, acontecido há 300 anos; e o povo brasileiro em sua relação com a natureza. Não podemos esquecer-nos de citar também a preocupação e o alerta para os perigos da devastação em curso, em nove de um “desenvolvimento” que visa unicamente o lucro.

pe andre sessao ordinaria1O cartaz pretende também despertar a atenção de toda a população para a maravilha da obra criadora de Deus, e convocar os cristãos e as pessoas de boa vontade ao comprometimento com o “Cultiva e guardar a criação” (Gn 2,15), nossa “casa comum”.

Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova. Todos nós cristãos recebemos o dom da fé e, na fé, somos despertados párea o cultivo e cuidado. São Gregório Magno, em uma de suas homilias, perguntava-se: “Que gênero de pessoas são aquelas que se apresentam sem o hábito nupcial? Em que consiste este hábito e como se pode adquiri-lo?” E sua resposta é: “Aqueles que foram chamados e se apresentam, de alguma maneira, têm fé. É a fé que lhes abre a porta; mas falta-lhes o hábito nupcial do amor. Cultiva e guardar tem a dinâmica do amor. Somos convidados ao hábito do cuidado e do cultivo”.

O Ano Nacional Mariano celebra os 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Aparecida com os pescadores do rio Paraíba. Encontro que desperta o cuidado e fortalece o cultivo. Cuidado com o Mistério revelado e cultivo da familiaridade. Hoje, é o rio que pede cuidado e cultivo.

É importante que cada comunidade, a partir do bioma em que vive, e em relação com os povos originários desse bioma, faça o discernimento de quais ações são possíveis e, entre elas quais são as mais importantes e de impacto mais positivo e duradouro.

Para este discernimento é importante ouvir a mensagem do Papa Francisco proferida no dia 01/09/2016 no Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. Francisco convida a renovar o diálogo sobre os sofrimentos que afligem os pobres e a devastação do meio ambiente. Para o Papa Francisco, é por nossa causa que milhares de espécies já não dão glória a Deus com sua existência. É devido à atividade humana que o planeta continua a aquecer. Este aquecimento provoca mudanças climáticas que geram a dolorosa crise dos migrantes forçados.

Os pobres do mundo, embora sejam os menos responsáveis pelas mudanças climáticas, são os mais vulneráveis e já sofrem os seus efeitos.

Fonte: portaltudo.com.br