Rezemos para que os movimentos e grupos eclesiais redescubram cada dia a sua missão evangelizadora, pondo os próprios carismas ao serviço das necessidades do mundo.

Reflexão

Somos convidados a rezar neste mês pelas associações de fiéis, pelos movimentos eclesiais internacionais e pelas muitas comunidades cristãs, para que desempenhem juntos uma verdadeira missão da Igreja. Cada um é chamado a desenvolver a sua missão evangelizadora a partir dos próprios carismas, mas todos devem estar ao serviço das necessidades do mundo.

A evangelização é uma missão comum a todos os batizados. Não é apenas para alguns, mas para todos. Sublinha o Papa Francisco que «quem recebeu o Batismo tem a tarefa de evangelizar». Aqueles que, depois, evangelizam inseridos em movimentos e grupos concretos da Igreja de Cristo devem fazê-lo com criatividade, solidariedade e dedicação, para serem um verdadeiro testemunho evangélico capaz de chegar até às periferias existenciais das nossas sociedades.

O Evangelho chama-nos a partir, põe-nos em movimento, disponíveis para sairmos dos nossos interesses pessoais em direção ao outro. O descentramento é uma verdadeira atitude de serviço. Quando nos colocamos em missão tornamo-nos um sinal de vitalidade da Igreja, representamos uma força missionária e uma presença profética geradora de esperança. Diz ainda o Papa Francisco que temos de procurar «viver e fazer frutificar aqueles carismas que o Espírito Santo, através dos fundadores, confiou a todos os membros das realidades agregativas, em benefício da Igreja e dos numerosos homens e mulheres a quem se dedicam no apostolado».

Assim, rezamos para que o seu serviço missionário seja humilde, imitando o exemplo que nos deu Jesus ao lavar os pés dos discípulos.

Oração

Obrigado, Pai, por nos dares vida pela ação do teu Espírito
em tanta diversidade de dons e carismas para a missão.
Desejamos viver o nosso Batismo com fidelidade e entrega,
dando testemunho do Evangelho
na nossa vida quotidiana.
Ajuda os movimentos e grupos da tua Igreja
a serem espaços fecundos de serviço e entrega aos outros.
Que todos os seus membros vivam com amor a disponibilidade
ao serviço dos irmãos e irmãs.
Nesta Rede Mundial de Oração,
pedimos-te especialmente pelos jovens e crianças do MEJ,
Movimento Eucarístico Juvenil,
para que vivam cada dia ao estilo de Jesus,
dando testemunho de Cristo Eucaristia
com eucaristias vivas e abertas a todos,
ao serviço das necessidades do mundo.
Amém.

Desafios

  • Abertura às necessidades do mundo: Participar na missão da Igreja em favor dos mais frágeis.
  • Descentramento: Viver a fé com disponibilidade para o outro.
  • Disponibilidade: Atuar movido pelo bem do outro.
  • Voltar à fonte: Deixar-se moldar pela vida de Jesus.
  • Serviço: Participar ativamente num movimento ou grupo eclesial.

Por uma cultura da não violência

Rezemos pela maior difusão de uma cultura da não violência, que implica um cada vez menor recurso às armas, seja da parte dos Estados, seja da parte dos cidadãos.

Reflexão

Vivemos num mundo dilacerado por inúmeros conflitos, sejam eles bélicos, de tensão entre culturas, de ideologias ou de intolerância. Podemos dizer com o Papa Francisco que hoje se vive uma violência que se exerce «aos pedaços». Basta pensar na guerra da Ucrânia, por exemplo, nas notícias de terrorismo e atentados, na criminalidade, nos maus-tratos ou no tráfico de seres humano. A violência traz consigo o sofrimento de muitas vítimas inocentes.

Para além das realidades globais, até na nossa vida quotidiana podemos identificar a cultura da violência, seja a nível verbal – na crítica destrutiva, na difamação e na calúnia –, seja na violência usada por egoísmo, vingança e interesses de poder. A violência gera indiferença e desprezo pelos mais vulneráveis.

Diz o Papa Francisco na Encíclica “Fratelli tutti” que «cada ato de violência cometido contra um ser humano é uma ferida na carne da humanidade; cada morte violenta “diminui-nos” como pessoas. (…) A violência gera mais violência, o ódio gera mais ódio, e a morte mais morte. Temos de quebrar esta corrente que aparece como inelutável». Precisamos de recuperar um outro modo de viver as relações interpessoais, sociais e internacionais, deixando-nos guiar pela caridade. A intenção do Papa Francisco leva-nos, por isso, a desejar que o estilo caraterístico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações quotidianas e da política em todas as suas formas seja o da cultura da não violência.

Oração

Jesus Cristo, Príncipe da paz, manso e humilde de coração,
ensina-nos a forjar um coração como o teu.
Envia o teu Espírito Santo aos nossos pensamentos
para que não nos deixemos seduzir pela cultura do conflito.
Que o seu abrasador Amor incendeie os nossos corações
e nos guie até à cultura do encontro,
da não violência, visível nas nossas decisões,
nas nossas ações, no cuidado pelo outro.
Ajuda-nos a perceber que a não violência
concretiza-se na nossa vida, nos pensamentos,
palavras e ações que dirigimos aos nossos irmãos e irmãs.
Dá-nos a coragem de um estilo pacífico, que procura o encontro,
o diálogo, a aceitação da diferença
e a não violência diante de toda a dificuldade.
Coração de Jesus, dá-nos um coração semelhante ao teu!
Amém.

Desafios

Não violência – Ganhar perspectiva antes de reagir.

Não rivalidade – Colocar-me na pele do outro e tentar compreender porque faz o que faz.

Não magoar o outro – Falar sempre com caridade.

Não à inimizade – Não cortar relações, ainda que esfriem ou brote alguma distância necessária.

Desarmar-nos – Assumir como ponto de partida a benevolência.

Francisco chega aos 10 anos de pontificado: a fraternidade humana, a atenção à família, a ecologia integral, o combate aos abusos na Igreja, a presença na sociedade e uma nova perspectiva para os cristãos leigos, temas de gestos e ações

Nesta segunda-feira, 13 de março, o Papa Francisco completa 10 anos de pontificado. Nessa década, Francisco tem marcado a realidade com sua presença frente aos desafios no interior da Igreja e às mudanças e conflitos que se manifestam no mundo. A partir dos gestos e dos processos que leva adiante na Igreja, e também dos documentos que produz, tem anunciado o Evangelho e convidado à fraternidade, à proximidade e à ternura, a exemplo de Jesus, como ele mesmo costuma dizer.

Dentre todas as realidades nas quais a Igreja toca com sua presença, algumas foram escolhidas para serem destacadas neste momento em que Francisco chega aos 10 anos de pontificado: a fraternidade humana, a atenção à família, a ecologia integral, o combate aos abusos na Igreja, a presença na sociedade e uma nova perspectiva para os cristãos leigos.

Fratelli tutti

Um dos marcos do pontificado do Papa Francisco foi a oferta à humanidade da encíclica Fratelli tutti, documento que apresenta o desejo de que, como humanidade, “possamos reviver em todos a aspiração mundial à fraternidade”. Para o subsecretário adjunto de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Marcus Barbosa Guimarães, a carta encíclica “é um grande presente do Papa Francisco para a Igreja e para a nossa humanidade”.

“De modo especial, entre os inúmeros pontos, as inúmeras contribuições que a Fratelli tutti nos traz, eu destacaria duas chaves que parecem centrais: a primeira, como lembra o Papa: se quisermos viver a fraternidade, devemos reconhecer a verdade fundamental que Deus é nosso Pai. E se Deus é nosso Pai, somos filhos e filhas, todos, sem distinção, e somos irmãos e irmãs. Essa é a raiz, é a verdade central. É a certeza que fecunda o compromisso, o dom da fraternidade”.

“A segunda inspiração que me vem dessa carta, ao lê-la, é o que o Papa Francisco nos diz que precisamos recomeçar. E se vamos recomeçar a reconstrução da fraternidade,de um modo artesanal… devemos recomeça-la a partir dos pobres, para que ninguém fique de lado”.

Família

A realidade da família tem sido outro destaque no pontificado do Papa Francisco. Foram duas assembleias sinodais, uma exortação apostólica, um ano temático e dezenas de catequeses sobre o tema.

“Nesses 10 anos de pontificado, temos muito que agradecer ao Papa Francisco pela sua dedicação e o seu amor pela família. Com o Sínodo, trouxe a família para o centro da atenção pastoral, um olhar para um modo de ser Igreja que é como a família: de corresponsabilidade, de cuidado, de amor, de ternura, de gratuidade”, comentou o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers.

Para dom Ricardo, a Amoris Laetitia “veio confirmar o trabalho que já vinha sendo feito pela Pastoral Familiar” e trouxe para os setores inspirados na Familiaris Consortio, de São João Paulo II, “um ar de renovação, uma motivação ainda maior para cuidarmos das fragilidades das famílias”.

Ecologia Integral

Francisco deu especial atenção ao cuidado da casa comum nesses primeiros anos de pontificado. Marca disso foi a encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum. A leiga Patrícia Cabral, que faz parte das articulações da Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), do Laicato, e do Comitê Repam no Regional Norte 1, aponta como o “grande diferencial” a proposta da reflexão do tema da ecologia integral com a encíclica Laudato Si’ “que, aqui no Brasil, casou com a Campanha da Fraternidade dos biomas e “fez com que a gente pudesse refletir mais sobre a maneira como nós cuidamos dessa casa comum, e entender a nossa pertença a esse corpo, que não estamos isolados”.

Para ela, essa ideia de pertença favorece a compreensão da necessidade de cuidar. “Não é simplesmente não cortar as plantas, mas renovar aquilo que está sendo destruído de outra forma”, pontua.

Presença na sociedade

O arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros Silva, destacou a experiência de cuidado com a vida da Igreja e a relação com a sociedade durante o pontificado de Francisco. Sobre a presença na sociedade, ele destacou que o Papa tem contribuído com diversas abordagens, como o cuidado e o zelo com a educação na proposta do Pacto Educativo Global; o cuidado com o tema da ecologia, “com a sua belíssima encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum”; e a Economia de Francisco, “proposição que interpela a economia, a partir da participação de jovens”.

“Esses três temas são muito interessantes, poderíamos citar tantos outros, mas creio que são de uma importância muito grande para pensar a presença da Igreja na sociedade”, comentou dom Justino.

Leigos

Francisco tem marcado a Igreja com um novo impulso ministerial para os leigos, de forma especial para as mulheres e, com a proposta do Sínodo, propõe uma nova dinâmica nas relações entre as diversas vocações.

Marilza Schuina, membro do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, avalia que o Papa Francisco “nos chama a uma Igreja em saída, uma Igreja-povo de Deus, onde todos e todas sejam sujeitos da evangelização”. Em relação aos cristãos leigos e leigas, Marilza considera que Francisco “vê e espera um laicato maduro, capaz de discernir sobre os sinais dos tempos, em comunhão com a sua comunidade, buscar o melhor caminho, um laicato que assuma a vocação no mundo, na história, um laicato capaz de semear, trazer os sinais do Reino da justiça, do amor e da paz”. 

“Francisco, nessa dimensão da Igreja em saída, fala de um laicato em saída, que ofereça à Igreja, um novo modo de ser Igreja, de ser presença em todos os lugares onde ninguém mais chega, onde ninguém mais vá ou aonde o padre, o bispo, até o Papa pode ir, mas, nesses lugares, o leigo e a leiga não vai, ele está lá, ele vive lá, ele mora lá. Ele, portanto, é sinal desta Igreja presente no mundo”, comenta. 

Marilza acredita que permanece um desafio à questão das mulheres, ao qual o Papa Francisco tem se mostrado sensível, “para que cada vez mais sejam reconhecidos os direitos da mulher na Igreja, a estar nos espaços de decisão, a ter seu lugar reconhecido efetivamente”.

Prevenção aos abusos

A presidente do Núcleo Lux Mundi, Eliane De Carli, comanda uma das estruturas criada pela Igreja no Brasil cuja atuação tem sido considerada delicada, mas essencial para combater a chaga dos abusos na Igreja. O escritório é responsável por assessorar as dioceses e entidades religiosas na implementação de serviços de prevenção e proteção, conforme estabelecido pelo Papa Francisco.

“A gente avalia [a criação de iniciativas de prevenção e combate aos abusos] como um momento bastante especial para a Igreja porque ele traz a questão de uma mudança de paradigmas, no sentido de trabalhar com transparência, com cuidado, com a proteção e a prevenção no caso dos abusos”, disse Eliane.

Vatican News e CNBB

Foto: Vatican Media

Pelas vítimas de abusos 🙏🏻

Neste mês de março, o Papa Francisco nos convida a rezar por quantos sofrem por causa do mal cometido por parte de membros da comunidade eclesial: para que encontrem na própria Igreja uma resposta concreta às suas dores e aos seus sofrimentos.

Reflexão

A intenção do Papa Francisco para o mês de março vai ao encontro de um tema sensível que temos conhecido nos últimos anos: os abusos dentro da Igreja, sejam eles abusos de consciência, de poder ou sexuais. É uma realidade dolorosa para a Igreja de Cristo, chamada a ser uma comunidade de fé, esperança e amor, que comunica aos homens os frutos da salvação.

“O abuso de homens e mulheres da Igreja é uma monstruosidade”, diz claramente o Papa. Neste mês, o convite que nos é feito é de rezarmos por quem sofre este mal cometido por parte de membros da Igreja. Mas a intenção vai mais longe e pede para que se reze pela própria comunidade eclesial, para que encontre em si uma resposta concreta às dores e aos sofrimentos destas pessoas.

A Igreja é “chamada a combater este mal que atinge o centro da sua missão: anunciar o Evangelho aos pequeninos e protegê-los dos lobos vorazes. O objetivo da Igreja será ouvir, tutelar, proteger e tratar os menores abusados, explorados e esquecidos, onde quer que estejam”, diz o Papa Francisco. É necessário criar espaços para escutar e acolher com respeito e verdade as vítimas.

Ao mesmo tempo, é preciso que estas encontrem no seio da Igreja quem as ouça e ofereça uma resposta concreta à suas dores e ao seu sofrimento. A Igreja tem ainda de saber curar as feridas do mal provocado através de medidas concretas e eficazes. No início do seu pontificado, que completa este mês dez anos, o Papa já dizia que aquilo que a Igreja mais precisa é de curar feridas e aquecer o coração dos fiéis.

Oração

Pai, Tu que és compassivo e misericordioso, acolhe no teu Amor aqueles que sofrem as dores causadas pelo horror dos abusos cometidos por aqueles que deveriam ser na Igreja pais, mães, pastores e irmãos. Dá-nos um coração misericordioso face a esta miséria humana; um coração grande para ouvir aqueles que sofrem; braços abertos que nunca se cansem de abraçar; discernimento claro para responder à dor; azeite e vinho para curar as suas feridas. Que cuidemos dos que sofrem sendo samaritanos e mantendo a estalagem aberta. Ajuda-nos a ajudar os nossos irmãos e irmãs que sofrem ou tenham sofrido abusos na Igreja! Amém

Desafios

– Criar espaço para os que sofrem abusos

– Ter um coração disponível para a escuta.

– Escutar: Dar tempo ao outro para que partilhe o que vive.

– Acolher: Empenhar-se na ajuda às vítimas de qualquer tipo de abuso.

– Dar resposta à dor: Aliviar o sofrimento do próximo.

– Curar feridas: Concretizar com gestos de compaixão.

Pelas paróquias 🙏🏻

Rezemos para que as paróquias, pondo no centro a comunhão, sejam cada vez mais comunidades de fé́, de fraternidade e de acolhimento dos mais necessitados.

Reflexão

No mês de fevereiro, o Papa Francisco pede-nos para rezarmos pelas paróquias. Chama-lhes «comunidade de comunidades» por ser aí que as comunidades cristãs celebram os sacramentos, a vivência da fé na liturgia, a prática da fraternidade e o acolhimento dos mais necessitados.

Embora a dimensão territorial tenha uma importância grande na vida das paróquias, estas são mais do que edifícios ou conjunto de estruturas complicadas que respondem aos serviços administrativos paroquiais. Acima de tudo, devem ser lugares da «própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas», lembra o Papa Francisco, pondo cada um e cada uma como centro da sua ação.

As paróquias têm de estar em contato com as famílias e com a vida do povo cristão. Assim, o que identifica as paróquias deve ser o espaço que reúne a comunidade de fiéis com o pároco num caminhar em conjunto.

Outra dimensão importante da comunidade paroquial é a sua missão de evangelização. Esta realiza-se na complementaridade, na medida em que cada um dos membros põe a serviço de todos os seus dons e talentos. Mas é preciso também que a paróquia se deixe evangelizar pelos pobres. Como afirma ainda o Papa Francisco, «muitas vezes a comunidade paroquial é o primeiro lugar de encontro humano e pessoal dos pobres com o rosto da Igreja».

Nesta intenção do Papa, somos desafiados a interrogar-nos sobre a nossa pertença e participação na paróquia onde vivemos.

Oração

Vimos ao teu encontro, Senhor, como irmãos e irmãs de uma comunidade paroquial. Somos frágeis e nem sempre fazemos comunhão. Precisamos de ser comunidade de comunidades que ponha as pessoas sempre no centro, acolhendo o que cada um é e tem. Envia o teu Espírito sobre nós para construirmos uma verdadeira comunidade cristã, que nasça da partilha da fé, da fraternidade e do acolhimento aos que mais precisam. Ajuda-nos, Pai, a construir espaços de participação viva e comunhão, cheios de espírito missionário. Dá-nos a graça de ser uma comunidade paroquial que evangeliza e se deixa evangelizar pelos mais pobres, como sinal de que o todo o amor e esperança se encontram em Ti.

Amém

Desafios

– Ser comunidades: Rezar e partilhar com a comunidade paroquial.

– Com as pessoas no centro: Ser próximo das famílias e outros grupos da paróquia.

– Ao serviço da fé: Imaginar e propor novas práticas evangelizadoras.

– Ao serviço da fraternidade: Ser agente de reconciliação.

– Ao serviço dos mais necessitados: Avaliar e renovar o compromisso da comunidade com os pobres e os mais necessitados.

Rede Mundial de Oração do Papa

O próximo dia 22 de janeiro de 2023, será 4° Domingo da Palavra de Deus, e foi instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019. O lema desta edição é do Evangelho de João: “Nós vos anunciamos o que vimos” (1 Jo 1,3).

Às 9h30, horário de Roma, o Papa presidirá a celebração da Santa Eucaristia na Basílica de São Pedro e, em seguida, com o objetivo de reavivar a responsabilidade dos crentes em ter conhecimento da Sagrada Escritura, ele dará aos presentes o Evangelho de Mateus. Durante a celebração, serão conferidos a homens e mulheres leigos os ministérios do Leitorado e de Catequista. Em particular três pessoas receberão o ministério do Leitorado e sete o de Catequista. São fiéis leigos e leigas que pretendem representar o Povo de Deus, e são provenientes da Itália, Congo, Filipinas, México e País de Gales.

O evento será transmitido ao vivo pela Mídia do Vaticano (Vatican News) também em língua portuguesa. A Seção para Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo do Dicastério para a Evangelização, encarregada pelo Santo Padre de promover o evento, disponibilizou um subsídio litúrgico-pastoral útil para viver a Palavra de Deus na comunidade, na família e pessoalmente. O subsídio online poderá ser baixado em inglês, espanhol, português e francês no site www.evangelizatio.va. Trata-se de um instrumento que oferece iniciativas para favorecer um encontro profundo com a Palavra de Deus na comunidade, na família, na vida diária, e também inclui artigos, meditações, textos para adoração, atividades para crianças e sugestões pastorais.

O Domingo da Palavra de Deus tem o objetivo de destacar a presença do Senhor na vida das pessoas. Ele realmente caminha conosco e está presente através da sua Palavra, como é expresso no logotipo do Domingo, inspirado na história bíblica dos Discípulos de Emaús, a caminho, para repercorrer com o Senhor a Escritura, deixando-se ser ensinados e iluminados.

Em particular, para se preparar ao Jubileu de 2025, o Papa Francisco pediu aos fiéis que relessem as quatro constituições do Concílio Ecumênico Vaticano II. O Dicastério planejou produzir um série de pequenos livros em uma única coletânea intitulada “Quaderni del Concilio” (Cadernos do Concílio), lançada nas livrarias e plataformas on-line em 8 de dezembro de 2022. Por ocasião do Domingo da Palavra de Deus, se propõe uma releitura da Dei Verbum também através dos primeiros cinco volumes da série dedicada precisamente a este documento conciliar.

Vatican news

Foto: Vatican Media

Vamos rezar pelas intenções do Papa?

A cada mês, o Papa Francisco propõe intenções para a oração dos fiéis, confiadas especialmente à Rede Mundial de Oração, o Apostolado da Oração. Acompanhe pelos meios de comunicação da arquidiocese, a cada mês, as intenções do Santo Padre e reze com toda a Igreja.

JANEIRO: PELOS EDUCADORES

A primeira intenção de oração do Papa Francisco para 2023 vai ao encontro dos educadores. O Papa pede para rezarmos para que os educadores sejam testemunhas credíveis do Evangelho na construção de um mundo mais fraterno.


Na nossa sociedade, muitas vezes competitiva, é preciso aprender a colaborar. É necessário ensinar os jovens a encarar cada pessoa como um irmão e não como um adversário, aprendendo a trabalhar juntos na construção de um mundo melhor. Em especial, os educadores devem cuidar dos jovens mais vulneráveis.


Como afirma a Carta Encíclica “Fratelli Tutti” e o Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum, é essencial criar uma educação integral que ajude a conhecer o outro, diferente na cultura, na língua, nas crenças e na tradição espiritual e religiosa.


Uma sã educação promove os valores morais e capacita para se enfrentarem as tendências individualistas, egoístas, conflituais, o radicalismo e o extremismo cego em todas as suas formas e manifestações. As diferenças são uma riqueza. Educar para uma coexistência pacífica no respeito mútuo é o caminho para a fraternidade.
Na Carta Encíclica Laudato Si’ é ainda recordada a necessidade de educar para o cuidado da casa comum, indo para além das atitudes ecológicas no dia a dia, ensinando a viver numa convivência colaborativa. Educar significa sobretudo ser testemunhas consistentes, ensinando com a própria vida, porque se comunica muito aos outros na forma como se vive.


Oração
Jesus, bom Mestre, como te chamou o jovem do Evangelho, a tua vida foi testemunho vivo de amor e de acolhimento. Ensinaste-nos com a tua coerência que o amor se põe nas obras fazendo o que dizias e sendo testemunha credível do amor do Pai. Contemplando-te no Evangelho compreendemos que só podemos comunicar aos outros o que vivemos. Por isso te pedimos que ensines o teu estilo àqueles que educam; que eles comuniquem com atitudes concretas, e também com palavras, a fraternidade, o respeito mútuo e o valor da diferença. Que o teu Espírito de Amor infunda neles a tua maneira de proceder com os mais frágeis, ajudando-os a construir uma vida digna enraizada em Ti e aberta aos irmãos e às irmãs. Amém.
Desafios

  • Dar testemunho com a própria vida: cultivar um estilo de vida que seja sinal das convicções e crenças de um discípulo de Jesus.
  • Coerência: Procurar ser coerente na forma como vivemos a relação com os outros, o mundo e o Senhor e aquilo que exigimos aos outros.
  • Viver a fraternidade: Agir de forma a crescermos em amor e serviço às irmãs e aos irmãos.
  • Ajudar os vulneráveis: Dedicar tempo a formar e a educar os que precisam de nós.
  • Comunicar com alegria: Procurar viver com alegria as exigências de cada dia.

Neste primeiro dia do Ano Novo, celebramos a Solenidade de Maria Mãe de Deus. Coloquemo-nos em oração com o Papa Francisco:

“No início do Ano Novo, coloquemo-nos sob a proteção desta mulher, a Santa Mãe de Deus, que é nossa mãe. Que Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições. Invoquemo-La, também hoje, como fez o Povo de Deus em Éfeso. Ponhamo-nos todos de pé, fixemos o olhar em Nossa Senhora e, como fez o povo de Deus em Éfeso, repitamos três vezes o seu título de Mãe de Deus. Todos juntos: ‘Santa Mãe de Deus, Santa Mãe de Deus, Santa Mãe de Deus! Amém'”

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!

Papa Francisco (copyrigth@ Vatican Media)

O prefeito do dicastério de Comunicação do Vaticano, Paolo Ruffini, divulgou uma carta às dioceses, paróquias e comunidades com orientações sobre o uso indevido de imagens do Papa Francisco com o objetivo “de evitar situações desagradáveis, tais como ações judiciais ou o pagamento de indenizações financeiras” em razão da utilização de fotografias cujos direitos autorais pertencem à agências privadas de imagem.

O dicastério orienta as Igrejas a utilizarem o site (www.vatican.va). Diferente do site (www.vaticannews.va), que utiliza fotos privadas de agências com as quais o Dicastério mantém acordos que não podem ser estendidos a terceiros, todas as fotografias postadas no Vatican.Va são de propriedade do Vatican.Media.

Para os sites institucionais das Conferências Episcopais, dioceses, paróquias e instituições relacionadas, o dicastério concede o uso gratuito até o máximo de 10 fotos por mês, com a exigência de que a publicação da foto seja acompanhada pelo “copyrigth@ Vatican Media”.  O documento também apresenta outras orientações para facilitar o acesso às páginas e plataformas de comunicação e informação da Santa Sé.

Conheça a íntegra do documento: Orientações para o uso de imagens do Papa

O episcopado brasileiro, reunido na 59ª Assembleia Geral da Conferência Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB) desde domingo, 28 de agosto, aprovou e enviou um carta encaminhada ao Papa Francisco na segunda-feira, 29 de agosto. No documento, afirmaram que “Comunhão, participação e missão”, o mesmo tema do Sínodo dos Bispos de 2023 convocado pelo Santo Padre, constituem a inspiração e o critério das duas etapas da 59ª Assembleia Geral.

“Esta inspiração foi enriquecida pela conclusão da fase diocesana do Sínodo em todas as Igrejas Particulares do Brasil o que nos proporcionou a oportunidade de conhecer um retrato da escuta sinodal realizada nas comunidades eclesiais de todo o nosso País”, escreveram.

Os bispos destacam na carta que neste ano comemora-se os 200 anos da Independência do Brasil (1822 – 2022). “Neste contexto, a sociedade brasileira se encaminha para a eleição dos seus representantes legislativos e executivos, em âmbito nacional e estadual. Contudo, observamos que os contextos da comemoração histórica e do exercício democrático de direito desenvolvem-se sob clima de tensão entre os Poderes da República”, expressaram.

No documento, os prelados disseram que a Conferência Episcopal do Brasil tem se esforçado para animar as pessoas e as organizações da sociedade civil, através do Pacto pela Vida e pelo Brasil, dentro da tônica de amizade e cooperação social, em vista do bem comum, proposta na Carta Encíclica Fratelli Tutti. “Acreditamos na irrenunciável missão de nos empenharmos na promoção da pessoa humana à luz da fé cristã. Nesta tarefa, em que reconhecemos a essência do humanismo solidário cristão”, afirmaram na carta.

Leia a carta na íntegra: