O Papa Francisco recebeu no Vaticano membros de seis congregações religiosas. Em seu discurso, destacou a importância das novas vocações, da beleza e simplicidade na vida consagrada, e encorajou as congregações a continuarem suas missões com fé e generosidade

O Papa fez uma pausa em seu período de repouso e, na manhã desta segunda-feira (15/7), recebeu no Vaticano membros de seis congregações religiosas que nestes dias realizam seus capítulos gerais. No início de seu discurso, ao agradecer pela oportunidade do encontro, Francisco mencionou o nome de cada uma das congregações presentes: Ordem dos Mínimos, Clérigos Regulares Menores, Clérigos de San Viatore, Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, Irmãs Reparadoras do Coração de Jesus e Irmãs Agostinianas do Divino Amor.

Em um tom informal e acolhedor, o Pontífice saudou os participantes e questionou: “Eu farei uma pergunta antes de começar. Quantos noviços ou noviças vocês têm?” Ao ouvir as respostas, o Papa destacou a importância das novas vocações para a vida religiosa e completou: “Eu gosto de fazer essa pergunta porque isso significa o futuro de cada congregação”.

O caminho espiritual dos religiosos

Francisco enfatizou a diversidade e a riqueza das congregações presentes, cujas origens vão do século XVI ao século XX: “Na sua variedade, vocês são uma imagem viva do mistério da Igreja, onde: ‘a cada um é dada uma manifestação particular do Espírito Santo para o bem comum de todos’ (1 Cor 12,7), para que no mundo brilhe em toda a sua luz a beleza de Cristo.”

O Papa também trouxe a definição dos Padres da Igreja sobre o caminho espiritual dos religiosos: “Não é por acaso que os Padres da Igreja definiam o caminho espiritual dos consagrados e das consagradas como ‘filocalia’, ou seja, amor pela beleza divina, o qual é a irradiação da bondade divina”, e alertou: “nesse caminho não há espaço para as lutas internas e para os interesses que não são os do amor.”

A beleza presente no Evangelho

O Santo Padre refletiu em seu discurso sobre dois aspectos importantes da vida religiosa: a beleza e a simplicidade. Sobre a beleza, Francisco sublinhou que as histórias de cada congregação, em circunstâncias, tempos e lugares diferentes, são histórias de beleza, porque nelas transparece a graça do rosto de Deus, transcritas nos Evangelhos, “quando Jesus se recolhe em oração, no seu coração cheio de compaixão pelos irmãos, nos seus olhos acesos de zelo quando denuncia injustiças e abusos, nos seus pés calejados, marcados pelas longas caminhadas com que alcançou também as periferias mais carentes e marginalizadas de sua terra”.

O legado dos fundadores

Em seguida, o Papa destacou a importância de continuar o legado dos fundadores das congregações:

“As suas fundadoras e os seus fundadores, sob o impulso do Espírito Santo, souberam captar os traços dessa beleza, e corresponder a ela de diversos modos, conforme as necessidades de suas épocas, escrevendo páginas maravilhosas de caridade concreta, de coragem, de criatividade e de profecia, dedicando-se ao cuidado dos fracos, dos doentes, dos idosos e das crianças, na formação dos jovens, no anúncio missionário e no compromisso social; páginas que hoje são confiadas a vocês, para que continuem a obra por eles iniciada”.

O convite, então, em seus trabalhos capitulares, é “recolher o seu testemunho”, e a continuar como eles a procurar e semear a beleza de Cristo na concretude da história, colocando-se antes de tudo à escuta do Amor que os animou, e deixando-se interrogar pelas modalidades com que corresponderam: “pelo que escolheram e pelo que renunciaram, talvez com sofrimento, para serem para os seus contemporâneos espelho límpido do rosto de Deus”.

A simplicidade na vida consagrada

Ao falar sobre a simplicidade, o Pontífice recordou que este passo só é possível quando a escolha é pelo essencial e pela renúncia ao supérfluo, deixando-se forjar dia após dia pela simplicidade do amor de Deus que resplandece no Evangelho:

“Peçam ao Senhor para serem simples, pessoalmente e também simples nas dinâmicas sinodais do caminho comum, despojando-se de tudo o que não serve ou que pode dificultar a escuta e a concórdia em seus processos de discernimento; despojando-se de cálculos, de ambições – mas a ambição, por favor, é uma praga na vida consagrada; cuidado com isso: é uma praga –, invejas – é feia a inveja na vida comunitária –, pretensões, rigidez e qualquer outra tentação feia de autorreferencialismo. Vocês saberão, assim, ler juntos, com sabedoria, o presente, para captar nele os ‘sinais dos tempos’ e tomar as melhores decisões para o futuro.”

A missão confiada por Deus

O Papa concluiu com um agradecimento e um incentivo para a missão das congregações: “Como religiosas e religiosos vocês abraçam a pobreza justamente para esvaziar-se de tudo o que não é amor de Cristo e para deixar-se encher pela sua beleza, até fazê-la transbordar no mundo, em qualquer lugar que o Senhor os enviar e em direção a qualquer irmão ou irmã que Ele puser no seu caminho, especialmente através da obediência. E esta é uma grande missão! O Pai confia a vocês, membros frágeis do corpo de seu Filho, justamente para que através do seu ‘sim’ humilde apareça o poder da sua ternura, que vai além de qualquer possibilidade, e que permeia a história de cada uma das suas comunidades”.

Francisco fez ainda um convite aos religiosos:

“Não deixem a oração, uma oração do coração; não deixem os momentos diante do tabernáculo falando com o Senhor, falando ao Senhor e deixando que o Senhor fale a nós. Mas a oração do coração, não a dos papagaios, não, não. Aquela que vem do coração e que nos faz seguir em frente no caminho do Senhor.”

Rezar pelas novas vocações

Por fim, assim como fez na introdução do encontro, Francisco sublinhou a importância de rezar pelas vocações:

“Queridas irmãs, queridos irmãos, agradeço pelo grande bem que fazem na Igreja, em tantas partes do mundo, e encorajo-os a continuar a sua obra com fé e generosidade! Rezem pelas vocações. É necessário que vocês tenham sucessores que levem adiante o carisma. Rezem, rezem. E tenham cuidado na formação: que seja uma boa formação.”

Claretianas

Para as religiosas claretianas, as palavras do Santo Padre foram uma fonte de inspiração e orientação muito segura e firme, sobretudo recordando os jovens e as jovens convocadas também ao segmento de Jesus na vida consagrada, como destacou a irmã Ana Bruscato, superiora geral da Congregação das Missionárias Claretianas: “A simplicidade que nos faz próximas de Deus e próximas do povo, em especial aqueles mais vulneráveis”.



A Congregação das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret foi fundada em 1958, pela Madre Leônia Milito e Dom Geraldo Fernandes Bijos, na cidade de Londrina/PR. São religiosas que seguem o carisma de seus fundadores, tendo Claret como santo protetor, e realizam trabalhos importantes na área social, principalmente na assistência aos mais pobres.



A congregação feminina está presente em vários estados do Brasil e em mais 17 países. Com o lema “Bondade e Alegria”, as missionárias claretianas vivem integralmente a vida religiosa, doando seu tempo e atenção ao próximo, se espelhando em Cristo e em Maria.

Thulio Fonseca
Vatican News

Fotos: Vatican Media

Crianças de várias partes da Arquidiocese de Londrina se reuniram na Catedral nesse domingo, 7 de julho, para celebrar a primeira Jornada Arquidiocesana das Crianças. O encontro está em unidade com a Jornada Mundial das Crianças, realizada em Roma nos dias 25 e 26 de maio, com o Papa Francisco.

Em Londrina, a jornada começou com um momento de animação e músicas, conduzido pelo grupo Pescadores Kids. Na oração inicial, as crianças da Catequese rezaram uma dezena do terço. A cada Ave Maria as crianças depositavam velas coloridas junto à Cruz da Alegria, símbolo da jornada, que foi descerrada ao longo da oração. A cruz é uma réplica da obra do artista italiano Mimo Paladino utilizada na Jornada Mundial das Crianças.

Em seguida, um teatro encenado pelos jovens da Paróquia São Tiago e dirigido pelo padre Alex Barbosa apresentou o tema da jornada “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). No encerramento, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu a Santa Missa e dialogou com as crianças.

Padre Evandro Delfino, assessor da Pastoral dos Coroinhas e um dos organizadores do evento, destacou a bonita experiência de ter um espaço de evangelização dedicado especificamente às crianças. “Nós podíamos ver a alegria das crianças em estar ali, celebrando, se confraternizando, se integrando entre os grupos presentes”, ressalta.

“Essa é uma iniciativa sábia do Santo Padre de ter esse momento dedicado a esse público. E esperamos que aqui na arquidiocese essa iniciativa possa se repetir, para que tenhamos de fato uma evangelização que se volte para a criança de uma maneira especial, com toda dedicação, com todo amor”, finalizou padre Evandro.

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Fotos: Alex Martins

Evento no dia 7 de julho na Catedral Metropolitana contará com momentos de oração, teatro e interação voltados para os pequenos

“Como Jesus, queremos colocar as crianças no centro”. Esse foi o convite do Papa Francisco ao anunciar a 1ª Jornada Mundial das Crianças, realizada em Roma nos dias 25 e 26 de maio. Na ocasião, o Papa se reuniu com 70 mil crianças de todo o mundo no Estádio Olímpico de Roma e celebrou a Santa Missa com cerca de 50 mil peregrinos na praça São Pedro.

O Papa convidou os pequenos a darem o “pontapé inicial” a um movimento de meninos e meninas que querem construir um mundo de paz, “onde sejamos todos irmãos, um mundo que tem futuro, porque queremos cuidar do ambiente que nos rodeia”, disse o Pontífice. O evento foi concluído com a Missa presidida pelo Papa Francisco e a fala do ator Roberto Benigni no adro da praça São Pedro.

Junto à Jornada Mundial das Crianças, as dioceses do mundo foram convidadas a promover encontros diocesanos, seguindo os passos do Papa Francisco. Na Arquidiocese de Londrina, teremos a Jornada Arquidiocesana das Crianças, no dia 7 de julho, com início às 13h30 e encerramento com a Santa Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, na Catedral Metropolitana. São esperadas cerca de 2 mil crianças para esse dia, que contará com momentos de oração, teatro e interação voltados para os pequenos.

Diálogo do Papa com as crianças

O lema: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5), conduzem as atividades da jornada.  No encontro com as crianças em Roma no dia 25 de maio, o Papa comentou: “Esse é o lema. É lindo. Pensem: Deus quer isso, tudo o que não é novo passa. Deus é novidade. O Senhor sempre nos dá novidade”, disse o Papa.

Francisco também animou as crianças a viveram a alegria: “Queridas crianças, vamos em frente e tenhamos alegria. A alegria é saúde para a alma. Queridas meninas, queridos meninos, Jesus disse no Evangelho que ama vocês. Coragem e adiante”, sublinhou o Papa, que rezou uma Ave-Maria com as crianças.

Depois, o Papa respondeu algumas perguntas feitas pelas crianças. Jerônimo proveniente da Colômbia perguntou ao Papa se a paz é sempre possível. O Papa dirigiu a pergunta às crianças que responderam que sim e que é preciso fazer a paz quando se tem um problema na escola. É preciso perdoar e pedir desculpas. “Dar as mãos é um gesto de paz”, disse Francisco, estendendo a mão ao menino.

O evento no Estádio Olímpico foi marcado por testemunhos, música e esporte. Uma criança de cada continente falou sobre a sua vida e o que a preocupa. Victor, 13 anos, de Belém, há oito meses vê o céu ocupado por mísseis e se pergunta: “Que culpa temos nós, crianças, se nascemos em Belém, Jerusalém ou Gaza?” Eugenia, de Kharkiv, na Ucrânia, quer a paz e não quer que as crianças ouçam bombas caindo e vejam a morte. Mila, da Nova Zelândia, teme pelo futuro do planeta devido ao aumento das enchentes, assim como Mateus, de Buenos Aires, disse estar preocupado com as crianças que estão doentes e não têm o que comer.

A cada criança que se aproximava dele, o Papa dava um sorriso e alguns doces. “Como fazer para amar a todos. Todos. Todos?”, perguntou Ricardo, um menino cigano de Scampia. “Comecemos por amar aqueles que estão mais próximos de nós”, respondeu o Papa, “e assim vamos adiante”.

Pascom Arquidiocesana
Com informações: vaticannews

Foto: Vatican Media

Neste fim de semana, 29 e 30 de junho, as ofertas das Missas nas nossas comunidades e paróquias serão destinadas para o Óbolo de São Pedro, que mantém a missão do Papa Francisco de caridade e proximidade com os que mais necessitam

É a oportunidade para ajudar o Papa a se aproximar ainda mais de todos, especialmente daqueles que sofrem. O Dia da Caridade do Papa, que é celebrado no domingo, 30 de junho, oferece às comunidades de todo o mundo a possibilidade de fazer doações para o Óbolo de São Pedro e, assim, apoiar a missão do Bispo de Roma. Missão de paz, de caridade, de proximidade com aqueles que estão em dificuldades.

Com uma oferta, que pode ser doada nesse dia especial, assim como em qualquer outro dia do ano, qualquer pessoa pode colaborar ativamente na missão universal de Francisco, nunca tão necessária como em nossos dias, em um mundo devastado por guerras, pela corrida armamentista, pela injustiça, pelo sofrimento de tantos pobres e por ataques à sacralidade da vida humana e à dignidade da pessoa. Graças às atividades de serviço realizadas pelos dicastérios da Santa Sé que o assistem diariamente, o Papa faz com que sua voz chegue a tantas situações difíceis. Ele apoia obras de caridade em favor de pessoas e famílias em dificuldade, ajuda as populações afetadas por desastres naturais e por guerras.

A mensagem do Sucessor de Pedro é uma mensagem universal, que brota do Evangelho, e para chegar a todos precisa do apoio de cada um de nós. Portanto, ajude o Papa a ajudar, ofereça sua contribuição para colaborar com sua missão, torne possível sua proximidade a todas as periferias geográficas e existenciais, coopere para levar sua mensagem e sua voz profética a todo o mundo, apoie sua incansável ação em favor da paz e da fraternidade.

O Óbolo de São Pedro é uma oferta que pode ser pequena, mas tem grande valor simbólico. É uma maneira concreta de fortalecer nosso senso de pertença à Igreja e nosso amor pelo Bispo de Roma, que preside todas as Igrejas na caridade. Quem doa ao Óbolo não apenas ajuda o Papa a ajudar aqueles que sofrem, mas também participa de sua missão de proclamar o Evangelho e coopera no serviço que o Papa oferece às Igrejas locais por meio dos dicastérios da Santa Sé e da rede de seus representantes no mundo, apoiando a promoção do desenvolvimento humano integral, da educação, da paz, da justiça e da fraternidade.

Faça sua doação agora:

IT:       https://www.obolodisanpietro.va/it/dona.html

ENG:   https://www.obolodisanpietro.va/en/dona.html

ES:      https://www.obolodisanpietro.va/es/dona.html

Foto: Vatican News

O Sumo Pontífice também aprovou os votos favoráveis ​​da Sessão Ordinária dos padres cardeais e bispos para a canonização dos Beatos Emanuele Ruiz e 7 Companheiros, da Ordem dos Frades Menores, e de Francisco, Abdel Mooti e Raffaele Massabki, fiéis leigos, assassinados por ódio à Fé em Damasco (Síria) entre 9 e 10 de julho de 1860, e decidiu convocar um Consistório, que tratará também da canonização dos Beatos José Allamano, Marie-Léonie Paradis, Elena Guerra e Carlo Acutis.

O Papa Francisco recebeu em audiência na quinta-feira, 23 de maio, o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro. O Pontífice autorizou a publicação de alguns decretos, entre quais consta o reconhecimento do milagre atribuído à intercessão do Beato Carlo Acutis.

Fiel leigo, Carlo nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres (Inglaterra) e morreu em 12 de outubro de 2006 em Monza (Itália).

A sua festa, portanto, é celebrada no mesmo dia de Nossa Senhora Aparecida. Aliás, são muitos os fatos na vida de Carlo que o ligam ao Brasil, a começar pelo milagre com o qual foi beatificado, verificado em Campo Grande (MS).

O milagre aconteceu em Mato Grosso do Sul, quando um menino de 7 anos com problemas graves no pâncreas foi curado após o avô tocar as roupas do menino italiano, expostas em uma paróquia em Campo Grande, e pedir pela cura do neto.

Desde cedo, Carlo demonstrou uma grande habilidade para a informática, dom que utilizou no serviço aos outros e na divulgação de conteúdos de formação cristã, como a exposição sobre os milagres eucarísticos.

Em setembro de 2006, surgiram os primeiros sinais de doença e, após o diagnóstico, uma leucemia fulminante. Com total confiança, entregou a Deus o pouco tempo de vida que lhe restava. Faleceu no dia 12 de outubro de 2006 e foi beatificado no dia 10 de outubro de 2020.

Ao recordar este evento, um dia depois, no Angelus dominical, o Papa Francisco afirmou:

Carlo Acutis “não se acomodou numa imobilidade confortável, mas colheu as necessidades do seu tempo, porque viu o rosto de Cristo nos mais frágeis. O seu testemunho mostra aos jovens de hoje que a verdadeira felicidade se encontra pondo Deus em primeiro lugar e servindo-O nos irmãos, especialmente nos últimos. Um aplauso ao novo jovem beato da geração atual!”.

O beato foi um dos patronos da JMJ de Lisboa e os seus restos mortais repousam na cidade italiana de Assis.

Reconhecimento de outros milagres, martírio e virtudes heroicas

O Santo Padre também autorizou o Dicastério das Causas dos Santos a promulgar os decretos relativos:

– ao milagre atribuído à intercessão do Beato José Allamano, sacerdote fundador do Instituto das Missões da Consolata; nascido em Castelnuovo Don Bosco (Itália) em 21 de janeiro de 1851 e falecido em Turim (Itália) em 16 de fevereiro de 1926;

– ao milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Giovanni Merlini, sacerdote e moderador geral da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue; nascido em Spoleto (Itália) em 28 de agosto de 1795 e falecido em Roma (Itália) em 12 de janeiro de 1873;

– ao martírio do Servo de Deus Estanislau Kostka Streich, sacerdote diocesano; nascido em 27 de agosto de 1902 em Bydgoszcz (Polônia) e assassinado por ódio à fé em 27 de fevereiro de 1938 em Luboń (Polônia);

– ao martírio da Serva de Deus Maria Maddalena Bódi, fiel leiga; nascida em 8 de agosto de 1921 em Szgliget (Hungria) e assassinada por ódio à fé em 23 de março de 1945 em Litér (Hungria);

– as virtudes heróicas do Servo de Deus Guglielmo Gattiani (nome de batismo Oscar), sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; nascido em 11 de novembro de 1914 em Badi, em povoado do município de Castel di Casio (Bolonha) e falecido em Faenza (Itália) em 15 de dezembro de 1999;

– as virtudes heróicas do Servo de Deus Ismaele Molinero Novillo, conhecido como Ismael de Tomelloso, fiel leigo; nascido em 1 de maio de 1917 em Tomelloso (Espanha) e falecido em Saragoça (Espanha) em 5 de maio de 1938;

– as virtudes heróicas do Servo de Deus Enrico Medi, Fiel Leigo; nascido em 26 de abril de 1911 em Porto Recanati (Itália) e falecido em Roma (Itália) em 26 de maio de 1974.

Além disso, o Sumo Pontífice aprovou os votos favoráveis ​​da Sessão Ordinária dos padres cardeais e bispos para a canonização dos Beatos Emanuele Ruiz e 7 Companheiros, da Ordem dos Frades Menores, e de Francisco, Abdel Mooti e Raffaele Massabki, fiéis leigos, assassinados por ódio à Fé em Damasco (Síria) entre 9 e 10 de julho de 1860, e decidiu convocar um Consistório, que tratará também da canonização dos Beatos Giuseppe Allamano, Marie-Léonie Paradis, Elena Guerra e Carlo Acutis.

CNBB

Com informações: VaticanNews

Fiéis de todo o mundo poderão lucrar as indulgências tanto nas peregrinações a Roma, onde estarão as Portas Santas, quanto nas peregrinações a catedrais e santuários locais

A Penitenciária Apostólica do Vaticano divulgou, nesta segunda-feira, 13 de maio, o documento que trata da concessão da indulgência durante o Jubileu Ordinário de 2025. No texto, o Tribunal de Misericórdia, como definiu-se o órgão, destaca que “pretende estimular os ânimos dos fiéis a desejar e alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo”. Fiéis de todo o mundo poderão lucrar as indulgências tanto nas peregrinações a Roma, onde estarão as Portas Santas, quanto nas peregrinações a catedrais e santuários locais, por exemplo.

O texto da Penitenciária Apostólica estabelece as prescrições para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para poder obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Jubilar” (Spes non confundit, 23).

“Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 20, § 1) e movidos por um espírito de caridade, e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, poderão obter do tesouro da Igreja pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio”.

As formas de alcançar as indulgências estão organizadas em três pontos: nas sagradas peregrinações; nas piedosas visitas aos lugares sagrados; e nas obras de misericórdia e de penitência.

Possibilidades para o Brasil

Sobre o segundo ponto, das visitas aos lugares sagrados, a Penitenciária Apostólica estabeleceu que, além das Basílicas Papais, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar em alguns locais de Roma e de outras partes do mundo, o que chama atenção para os fiéis brasileiros quando cita o seguinte: “qualquer Basílica menor, igreja catedral, igreja concatedral, santuário mariano, assim como, para o benefício dos fiéis, qualquer insigne igreja colegiada ou santuário designado por cada Bispo diocesano ou eparquial, bem como santuários nacionais ou internacionais, “lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança” (Spes non confundit, 24), indicados pelas Conferências Episcopais.”

Os requisitos para alcançar a indulgência nesses locais são a visita piedosa, individualmente ou em grupo; a dedicação de um período adequado à adoração eucarística e à meditação, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e invocações a Maria, Mãe de Deus. Além do mais, no primeiro ponto são citadas as participações na Santa Missa, na celebração da Palavra de Deus, na Liturgia das Horas, na Via-Sacra, no Rosário Mariano, no hino Akathistos ou numa celebração penitencial.

O que são indulgências

As indulgências podem ser consideradas formas com que a Igreja manifesta a misericórdia de Deus aos seus fiéis. Por meio delas, a misericórdia Divina alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado.

Os documentos da Igreja ensinam que, com a indulgência, ocorre a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. Assim, após a reconciliação pelo Sacramento da Penitência – com perfeita contrição, sem nenhum afeto ao pecado -, e cumpridas as demais condições, o fiel recebe graças especiais para a remissão de algum “resquício do pecado”.

Leia a seguir o documento na íntegra:

SOBRE A CONCESSÃO DA INDULGÊNCIA DURANTE O JUBILEU ORDINÁRIO DO ANO 2025 PROCLAMADO POR SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO

“Agora chegou o momento dum novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para oferecer a experiência viva do amor de Deus” (Spes non confundit, 6). Na bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, o Santo Padre, no momento histórico atual em que, “esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência” (Spes non confundit, 8), convida todos os cristãos a tornarem-se peregrinos de esperança. Esta é uma virtude a redescobrir nos sinais dos tempos, os quais, contendo “o anélito do coração humano, carecido da presença salvífica de Deus, pedem para ser transformados em sinais de esperança” (Spes non confundit, 7), que deverá ser obtida sobretudo na graça de Deus e na plenitude da Sua misericórdia.

Já na bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2015, o Papa Francisco sublinhava o quanto a Indulgência adquiria, naquele contexto, “uma relevância particular” (Misericordiae vultus, 22), uma vez que a misericórdia de Deus “torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado” (ibid.). Do mesmo modo, hoje, o Santo Padre declara que o dom da Indulgência “permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era cambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites” (Spes non confundit, 23). A Indulgência é, pois, uma graça jubilar.

Também por ocasião do Jubileu Ordinário de 2025, portanto, por vontade do Sumo Pontífice, este “Tribunal de Misericórdia”, ao qual compete dispor tudo o que diz respeito à concessão e ao uso das Indulgências, pretende estimular os ânimos dos fiéis a desejar e alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo, e estabelece as seguintes prescrições, para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para poder obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Jubilar” (Spes non confundit, 23).

Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 20, § 1) e movidos por um espírito de caridade, e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, poderão obter do tesouro da Igreja pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio:

I. – Nas sagradas peregrinações

Os fiéis, peregrinos de esperança, poderão obter a Indulgência Jubilar concedida pelo Santo Padre se empreenderem uma piedosa peregrinação:

a qualquer lugar sagrado do Jubileu: aí participando devotamente na Santa Missa (sempre que as normas litúrgicas o permitam, poderá recorrer-se especialmente à Missa própria para o Jubileu ou à Missa votiva: Pela reconciliação, Pelo perdão dos pecados, Para pedir a virtude da caridade e Para promover a concórdia); numa Missa ritual para conferir os sacramentos da iniciação cristã ou a Unção dos Enfermos; na celebração da Palavra de Deus; na Liturgia das Horas (Ofício de Leituras, Laudes, Vésperas); na Via-Sacra; no Rosário Mariano; no hino Akathistos; numa celebração penitencial, que termine com as confissões individuais dos penitentes, como está estabelecido no Rito da Penitência (forma II);

em Roma: a pelo menos uma das quatro Basílicas Papais Maiores: São Pedro no Vaticano, Santíssimo Salvador em Laterão, Santa Maria Maior, São Paulo fora de Muros;

na Terra Santa: a pelo menos uma das três basílicas: do Santo Sepulcro em Jerusalém, da Natividade em Belém, da Anunciação em Nazaré;

noutras circunscrições eclesiásticas: à igreja catedral ou a outras igrejas e lugares santos designados pelo Ordinário do lugar. Os Bispos terão em conta as necessidades dos fiéis, assim como a própria oportunidade de manter intacto o significado da peregrinação com toda a sua força simbólica, capaz de manifestar a necessidade ardente de conversão e reconciliação;

II.- Nas piedosas visitas aos lugares sagrados

Ademais, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, individualmente ou em grupo, visitarem devotamente qualquer lugar jubilar e aí dedicarem um côngruo período de tempo à adoração eucarística e à meditação, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e invocações a Maria, Mãe de Deus, para que, neste Ano Santo, todos possam “experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos” (Spes non confundit, 24).

Na particular ocasião do Ano Jubilar, poderão visitar-se, para além dos supramencionados insignes lugares de peregrinação, estes outros lugares sagrados nas mesmas condições:

em Roma: a Basílica de Santa Cruz em Jerusalém, a Basílica de São Lourenço fora de Muros, a Basílica de São Sebastião (recomenda-se vivamente a devota visita conhecida como “das sete Igrejas”, tão cara a São Filipe Neri), o Santuário do Divino Amor, a Igreja do Espírito Santo em Sassia, a Igreja de São Paulo “alle Tre Fontane”, o lugar do Martírio do Apóstolo, as Catacumbas cristãs; as igrejas dos caminhos jubilares dedicadas ao Iter Europaeum e as igrejas dedicadas às Mulheres Padroeiras da Europa e Doutoras da Igreja (Basílica de Santa Maria sobre Minerva, Santa Brígida em Campo de’ Fiori, Igreja Santa Maria da Vitória, Igreja de “Trinità dei Monti”, Basílica de Santa Cecília em Trastevere, Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio);

noutros lugares do mundo: as duas Basílicas Papais menores de Assis, de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos; as Basílicas Pontifícias de Nossa Senhora de Loreto, de Nossa Senhora de Pompeia, de Santo António de Pádua; qualquer Basílica menor, igreja catedral, igreja concatedral, santuário mariano, assim como, para o benefício dos fiéis, qualquer insigne igreja colegiada ou santuário designado por cada Bispo diocesano ou eparquial, bem como santuários nacionais ou internacionais, “lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança” (Spes non confundit, 24), indicados pelas Conferências Episcopais.

Os fiéis verdadeiramente arrependidos que não puderem participar nas celebrações solenes, nas peregrinações e nas piedosas visitas por motivos graves (como, primeiramente, todas as monjas e monges de clausura, os idosos, os doentes, os reclusos, assim como quantos, nos hospitais ou noutros lugares de assistência, prestam um serviço continuado aos doentes), receberão a Indulgência jubilar nas mesmas condições se, unidos em espírito aos fiéis presentes, sobretudo nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas através dos meios de comunicação, recitarem nas suas casas ou nos lugares onde o impedimento os reter (por exemplo, na capela do mosteiro, do hospital, do centro de assistência, da prisão…) o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e outras orações em conformidade com as finalidades do Ano Santo, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida;

III.- Nas obras de misericórdia e de penitência

Além disso, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, com ânimo devoto, participarem em Missões populares, em exercícios espirituais ou em encontros de formação sobre os textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, que se realizem numa igreja ou noutro lugar adequado, segundo a intenção do Santo Padre.

Apesar da norma segundo a qual se pode obter uma só Indulgência plenária por dia (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 18, § 1), os fiéis que terão praticado o ato de caridade a favor das almas do Purgatório, se se aproximarem legitimamente do sacramento da Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, poderão obter duas vezes no mesmo dia a Indulgência plenária, aplicável apenas aos defuntos (entende-se no âmbito de uma celebração eucarística; cf. cân. 917 e Pontificia Commissione per l’interpretazione autentica del CIC, Responsa ad dubia, 1, 11 iul. 1984). Com esta dupla oblação, cumpre-se um louvável exercício de caridade sobrenatural, através daquele vínculo pelo qual estão unidos no Corpo místico de Cristo os fiéis que ainda peregrinam sobre a terra, juntamente com aqueles que já completaram o seu caminho, em virtude do facto de que “a Indulgência Jubilar, em virtude da oração, destina-se de modo particular a todos aqueles que nos precederam, para que obtenham plena misericórdia” (Spes non confundit, 22).

Mas, de modo particular, precisamente “no Ano Jubilar, seremos chamados a ser sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade” (Spes non confundit, 10): a Indulgência está, portanto, ligada também às obras de misericórdia e de penitência, com as quais se testemunha a conversão empreendida. Os fiéis, seguindo o exemplo e o mandato de Cristo, sejam encorajados a praticar mais frequentemente obras de caridade ou misericórdia, principalmente ao serviço daqueles irmãos que se encontram oprimidos por diversas necessidades. Mais concretamente, redescubram “as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos” (Misericordiae vultus, 15) e redescubram também “as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos” (ibid.).

Do mesmo modo, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se se deslocarem para visitar por um côngruo período de tempo os irmãos que se encontrem em necessidade ou dificuldade (doentes, presos, idosos em solidão, pessoas com alguma deficiência…), quase fazendo uma peregrinação em direção a Cristo presente neles (cf. Mt 25, 34-36) e cumprindo as habituais condições espirituais, sacramentais e de oração. Os fiéis poderão, sem dúvida, repetir estas visitas no decurso do Ano Santo, adquirindo em cada uma delas a Indulgência plenária, mesmo quotidianamente.

A Indulgência plenária jubilar também poderá ser obtida mediante iniciativas que implementem de forma concreta e generosa o espírito penitencial, que é como que a alma do Jubileu, redescobrindo em particular o valor penitencial das sextas-feiras: abstendo-se, em espírito de penitência, durante pelo menos um dia, de distrações fúteis (reais mas também virtuais, induzidas, por exemplo, pelos meios de comunicação social e pelas redes sociais) e de consumos supérfluos (por exemplo, jejuando ou praticando a abstinência segundo as normas gerais da Igreja e as especificações dos Bispos), assim como devolvendo uma soma proporcional em dinheiro aos pobres; apoiando obras de caráter religioso ou social, especialmente em favor da defesa e da proteção da vida em todas as suas fases e da própria qualidade de vida, das crianças abandonadas, dos jovens em dificuldade, dos idosos necessitados ou sós, dos migrantes de vários Países “que deixam a sua terra à procura duma vida melhor para si próprios e suas famílias” (Spes non confundit, 13); dedicando uma parte proporcional do próprio tempo livre a atividades de voluntariado, que sejam de interesse para a comunidade, ou a outras formas semelhantes de empenho pessoal.

Todos os Bispos diocesanos ou eparquiais e aqueles que pelo direito lhes são equiparados, no dia mais oportuno deste tempo jubilar, por ocasião da celebração principal na catedral e nas igrejas jubilares individuais, poderão conceder a Bênção Papal com a Indulgência Plenária anexa, que pode ser obtida por todos os fiéis que receberem tal Bênção nas condições habituais.

Para que o acesso ao sacramento da Penitência e à consecução do perdão divino através do poder das Chaves seja pastoralmente facilitado, os Ordinários locais são convidados a conceder aos cónegos e aos sacerdotes que, nas Catedrais e nas Igrejas designadas para o Ano Santo, puderem ouvir as confissões dos fiéis, as faculdades limitadamente ao foro interno, como se indica, para os fiéis das Igrejas Orientais, no cân. 728, § 2 do CCIO, e, no caso de uma eventual reserva, o cân. 727, excluídos, como é evidente, os casos considerados no cân. 728, § 1; para os fiéis da Igreja latina, as faculdades indicadas no cân. 508, § 1 do CDC.

A este propósito, esta Penitenciaria exorta todos os sacerdotes a oferecer com generosa disponibilidade e dedicação a mais ampla possibilidade dos fiéis usufruírem dos meios da salvação, adotando e publicando horários para as confissões, de acordo com os párocos ou os reitores das igrejas vizinhas, estando presentes no confessionário, programando celebrações penitenciais de forma fixa e frequente, oferecendo também a mais ampla disponibilidade de sacerdotes que, por terem atingido limite de idade, não tenham encargos pastorais definidos. Dependendo das possibilidades, recorde-se ainda, segundo o Motu Proprio Misericordia Dei, a oportunidade pastoral de ouvir as Confissões também durante a celebração da Santa Missa.

Para facilitar a tarefa dos confessores, a Penitenciaria Apostólica, por mandato do Santo Padre, dispõe que os sacerdotes que acompanhem ou se unam a peregrinações jubilares fora da própria Diocese possam valer-se das mesmas faculdades que lhes foram concedidas na sua própria Diocese pela autoridade legítima. Faculdades especiais serão depois concedidas por esta Penitenciaria Apostólica aos penitenciários das basílicas papais romanas, aos cónegos penitenciários ou aos penitenciários diocesanos instituídos em cada uma das circunscrições eclesiásticas.

Os confessores, depois de terem amorosamente instruído os fiéis acerca da gravidade dos pecados aos quais estiver anexada uma reserva ou uma censura, determinarão, com caridade pastoral, penitências sacramentais apropriadas, de modo a conduzi-los o mais possível a um arrependimento estável e, segundo a natureza dos casos, a convidá-los à reparação de eventuais escândalos e danos.

Enfim, a Penitenciaria convida fervorosamente os Bispos, enquanto detentores do tríplice múnus de ensinar, guiar e santificar, a ter o cuidado de explicar claramente as disposições e os princípios aqui propostos para a santificação dos fiéis, tendo em conta de modo particular as circunstâncias de lugar, cultura e tradições. Uma catequese adequada às características socioculturais de cada povo poderá propor de forma eficaz o Evangelho e a integridade da mensagem cristã, enraizando mais profundamente nos corações o desejo deste dom único, obtido em virtude da mediação da Igreja.

O presente Decreto tem validade para todo o Jubileu Ordinário de 2025, não obstante qualquer disposição contrária.

Dado em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, 13 de maio de 2024, Memória da Beata Virgem Maria de Fátima.

Angelo Card. De Donatis
Penitenciário-Mor

S.E. Dom Krzysztof Nykiel
Regente

CNBB

Foto de capa: Vatican Media

“Spes non confundit” é o título da Bula de proclamação do Ano Santo de 2025. Os apelos de Francisco são pelos prisioneiros, migrantes, doentes, idosos e jovens dominados pelas drogas e transgressões. No texto, o anúncio da abertura de uma Porta Santa em um presídio, o pedido de perdão da dívida dos países pobres, o incentivo ao aumento da taxa de natalidade, a acolhida dos migrantes, o desejo de criar um fundo para abolir a fome e um maior empenho da diplomacia por uma paz duradoura.

É a esperança que o Papa invoca como dom no Jubileu 2025 para um mundo marcado pelo conflito de armas, morte, destruição, ódio contra o próximo, fome, “dívida ecológica” e baixa taxa de natalidade. A esperança é o bálsamo que Francisco quer derramar sobre as feridas de uma humanidade oprimida pela “brutalidade da violência” ou que se encontra nas garras de um crescimento exponencial da pobreza. “Spes non confundit”, a esperança não decepciona, é o título da Bula de proclamação do Jubileu Ordinário entregue na tarde de hoje, 9 de maio, pelo Papa às Igrejas dos cinco continentes durante as primeiras Vésperas da Solenidade da Ascensão. A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema “Peregrinos de esperança”.

"Spes non confundit", a Bula de proclamação do Jubileu 2025

“Spes non confundit”, a Bula de proclamação do Jubileu 2025

Uma data comum para a Páscoa 

No documento, o Papa Francisco recorda dois importantes aniversários: a celebração em 2033 dos dois mil anos da Redenção e os 1700 anos do primeiro grande Concílio Ecumênico de Nicéia, que entre outros temas tratou também da definição da data da Páscoa. Ainda hoje, “posições diferentes” impedem a celebração no mesmo dia do “o evento fundante da fé”, ressalta, lembrando que, no entanto, “por uma circunstância providencial, isso acontecerá precisamente no ano de 2025” (17). 

“Seja isto um apelo a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente para darem resolutamente um passo rumo à unidade em torno duma data comum para a Páscoa.”

A abertura da Porta Santa

Em meio a essas “grandes etapas”, o Papa estabelece que a Porta Santa da Basílica de São Pedro será aberta em 24 de dezembro de 2024. No domingo seguinte, 29 de dezembro, o Pontífice abrirá a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão; em 1º de janeiro de 2025, Solenidade de Maria Mãe de Deus, a de Santa Maria Maior e, em 5 de janeiro, a Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros. As três Portas serão fechadas no domingo, 28 de dezembro do mesmo ano. O Jubileu terminará com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro em 6 de janeiro de 2026. (6)

A abertura da Porta Santa no Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro de 2015)

A abertura da Porta Santa no Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro de 2015)

Sinais dos tempos

Francisco espera que “o primeiro sinal de esperança” do Jubileu “se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”. 

“Esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência. Faltará ainda a esses povos algo que não tenham já sofrido? Como é possível que o seu desesperado grito de ajuda não impulsione os responsáveis das Nações a querer pôr fim aos demasiados conflitos regionais, cientes das consequências que daí podem derivar a nível mundial? Será excessivo sonhar que as armas se calem e deixem de difundir destruição e morte?”

Apelo em favor da natalidade

Com preocupação, o Papa Francisco observa a “queda na taxa de natalidade” que está sendo registrada em vários países e por vários motivos: “dos ritmos frenéticos de vida”, “dos receios face ao futuro”, “da falta de garantias de emprego e de adequada proteção social” e “de modelos sociais ditados mais pela procura do lucro do que pelo cuidado das relações humanas”. Para o Pontífice, há uma “necessidade urgente” de “apoio convicto” dos fiéis e da sociedade civil ao “desejo” dos jovens de gerar novas crianças, para que o futuro possa ser “marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, venham encher os demasiados berços vazios”. (9)

A ternura de Francisco com uma criança nos braços

A ternura de Francisco com uma criança nos braços

Para os presidiários, respeito, condições dignas, abolição da pena de morte

Na sequência, Francisco pede “sinais tangíveis de esperança” para os presos. Propõe aos governos “formas de amnistia ou de perdão da pena”, bem como “percursos de reinserção na comunidade”. Acima de tudo, o Papa pede “condições dignas para quem está recluso, respeito pelos direitos humanos e sobretudo a abolição da pena de morte”. (10) Para oferecer aos prisioneiros um sinal concreto de proximidade, o próprio Pontífice abrirá uma Porta Santa em uma prisão.

Esperança para os doentes e incentivo para os jovens: “Não podemos decepcioná-los”.

Sinais de esperança também devem ser oferecidos aos doentes, que se encontram em casa ou no hospital: “O cuidado para com eles é um hino à dignidade humana”. (11) A esperança também é necessária para os jovens que, com tanta frequência, “veem desmoronar-se os seus sonhos”. 

“A ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efêmero criam nos jovens, mais do que nos outros, confusão e escondem-lhes a beleza e o sentido da vida, fazendo-os escorregar para abismos escuros e impelindo-os a gestos autodestrutivos.” (12)

Sinais de esperança em relação aos migrantes

Mais uma vez o Papa pede que as expectativas dos migrantes “não sejam frustradas por preconceitos e isolamentos”. 

“A tantos exilados, deslocados e refugiados que, por acontecimentos internacionais controversos, são forçados a fugir para evitar guerras, violência e discriminação, sejam garantidos a segurança e o acesso ao trabalho e à instrução, instrumentos necessários para a sua inserção no novo contexto social.” (13)

O Papa abraça um migrante durante sua viagem a Malta

O Papa abraça um migrante durante sua viagem a Malta

O número de pobres no mundo é escandaloso

Francisco não se esquece, na Bula, dos muitos idosos que “experimentam a solidão e o sentimento de abandono” (14). Também não se esquece dos “bilhões” de pobres que “falta o necessário para viver” e “sofrem a exclusão e a indiferença de muitos”. “É escandaloso”, de acordo com Francisco, que os pobres constituam a maioria da população de um mundo “dotado de enormes recursos destinados em grande parte para armas”. (15) Em seguida, pede ” que seja generoso quem possui riquezas”, e renova seu apelo para a criação de “um Fundo Global para acabar de vez com a fome” com o dinheiro proveniente de gastos militares. (16)

O perdão das dívidas dos países pobres

Outro convite sincero é dirigido às nações mais ricas para que “reconheçam a gravidade de muitas decisões tomadas e estabeleçam o perdão das dívidas dos países que nunca poderão pagá-las”. “É uma questão de justiça”, escreve o Papa Francisco, “agravada hoje por uma nova forma de desigualdade”, como a “dívida ecológica”, especialmente entre o Norte e o Sul. (16)

O testemunho dos mártires

Na Bula do Jubileu, o Papa convida a olhar para o testemunho dos mártires, pertencentes às diversas tradições cristãs, e expressa o desejo de que durante o Ano Santo esteja presente o aspecto ecumênico. 

“Estes mártires, pertencentes às diferentes tradições cristãs, são também sementes de unidade, porque exprimem o ecumenismo do sangue. Durante o Jubileu desejo ardentemente que não falte uma celebração ecumênica para evidenciar a riqueza do testemunho destes Mártires.” (20)

A importância da Confissão e o papel dos Missionários da Misericórdia

Francisco também se refere ao sacramento da Penitência e anuncia a continuação do serviço dos Missionários da Misericórdia, estabelecido durante o Jubileu extraordinário. Aos bispos, pede que os enviem a lugares onde “a esperança está posta a dura prova, como nas prisões, nos hospitais e nos lugares onde a dignidade da pessoa é espezinhada, nas situações mais desfavorecidas e nos contextos de maior degradação, para que ninguém fique privado da possibilidade de receber o perdão e a consolação de Deus”. (23)

Francisco confessa alguns fiéis em uma paróquia de Roma

Francisco confessa alguns fiéis em uma paróquia de Roma

O convite às Igrejas Orientais e aos ortodoxos

O Papa dirige “um convite especial” aos fiéis das Igrejas Orientais que “tanto sofreram, muitas vezes até à morte, pela sua fidelidade a Cristo e à Igreja”. Esses irmãos devem se sentir “particularmente bem-vindos a Roma, que também é Mãe para eles e conserva tantas memórias da sua presença”. O acolhimento também para os irmãos e irmãs ortodoxos que já estão vivendo “a peregrinação da Via-Sacra, sendo muitas vezes obrigados a deixar as suas terras de origem, as suas terras santas, donde a violência e a instabilidade os expulsam rumo a países mais seguros” (05).

Oração nos santuários marianos

Francisco também convida os “peregrinos que vierem a Roma” a rezar nos santuários marianos da cidade para invocar a proteção de Maria, de modo a “experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos”. (24)

O Papa em oração diante da imagem de Nossa Senhora, no Iraque

O Papa em oração diante da imagem de Nossa Senhora, no Iraque

Salvatore Cernuzio
Vatican News

Fotos: Vatican Media

O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, confirmou o gesto concreto de ajuda do Papa aos gaúchos. Através da Esmolaria Apostólica, Francisco enviou à Nunciatura do Brasil um valor em torno de 100 mil euros, equivalente a mais de 500 mil reais

“Fomos informados através da Nunciatura Apostólica de que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados. Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível.” Essas são as palavras de dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quinta-feira, 9 de maio, ao Vatican News.

A preocupação do Papa Francisco

Ao final do Regina Caeli do último domingo (05/05), o Pontífice já havia manifestado sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul:

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.”

Proximidade que se transformou em uma ajuda concreta, conforme confirmado por dom Jaime Spengler. O valor doado pelo Papa Francisco, na moeda local do Brasil, ultrapassa os 500 mil reais, recurso que será gerido pelo Regional da CNBB Sul 3 e que será de grande ajuda ao povo gaúcho.

Os últimos dados

Em todo o estado, 425 municípios foram atingidos, com 107 mortes confirmadas até a manhã desta quinta-feira (09/05), além de 136 desaparecidos, 374 feridos, 164.583 desalojados e 67.542 pessoas em abrigos, 1.476.170 de atingidos. Esses números, que estão em constante atualização, refletem as inundações sem precedentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em meio a novos episódios de chuvas intensas e previsões de ventos fortes, juntamente com a chegada do frio. O Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, inundado pelas águas, permanece fechado até o dia 30 de maio.

O trabalho extraordinário de tantos voluntários

Dom Jaime relata que em Porto Alegre, capital do estado, “o nível das águas quase não baixou, e nas áreas baixas da cidade, as inundações continuam a subir”. No entanto, a solidariedade das pessoas tem sido de grande ajuda:

“Visitei vários locais onde os desabrigados estão sendo acolhidos, e é verdadeiramente um trabalho extraordinário realizado por tantos voluntários, juntamente com as nossas comunidades. É um trabalho muito bonito.”

O arcebispo descreve também que “na parte sul do estado, na região de Pelotas e Rio Grande, quase na fronteira com o Uruguai, estão enfrentando as consequências das águas que estão chegando àquela região”. Lá, eles tiveram tempo para se preparar para isso, completa o presidente da CNBB, “então, de alguma forma pode-se dizer que eles estão numa situação um pouco melhor, mas choveu muito naquela região, e isso certamente contribuirá para o sofrimento ainda maior daquela população”.

Thulio Fonseca
Vatican News

Foto: Vatican Media

Papa recorda durante o Regina Caeli o drama vivido peça população do Rio Grande do Sul. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou ao menos 55 mortes, 74 desaparecidos e 107 feridos até este sábado (4) em meio às fortes chuvas que atingem o estado. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, se manifestou ao Vatican News

Ao final do Regina Caeli deste domingo, 5 de maio, Francisco manifestou sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul com estas palavras:

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Foto: Vatican Media

Por ocasião do Ano da Oração, o Dicastério para a Evangelização preparou uma série de instrumentos e subsídios úteis para apoiar as comunidades cristãs e cada crente no caminho de preparação para o Jubileu 2025.

O subsídio “Ensina-nos a rezar”, cujo título é tirado do capítulo XI do Evangelho de Lucas (Lc 11,1), está disponível on-line, <clique aqui> para baixar. O opúsculo, inspirado no Magistério do Papa Francisco, pretende ser um convite a intensificar a oração como diálogo pessoal com Deus, para levar cada um a refletir sobre a sua fé e sobre o seu compromisso no mundo de hoje, nos diferentes âmbitos em que é chamado a viver. O objetivo é oferecer reflexões, indicações e conselhos sobre como viver mais plenamente o diálogo com o Senhor, na relação com os outros. O subsídio é composto por seções dedicadas à oração na comunidade paroquial, na comunidade familiar, outras dedicadas aos jovens, às comunidades de clausura, à catequese e aos retiros espirituais.

Confira o texto de introdução do subsídio:

No caminho rumo ao Jubileu de 2025, o Papa Francisco quis que este ano de 2024 fosse dedicado à oração, convidando toda a Igreja a um tempo de grande compromisso, em preparação para a abertura da Porta Santa. A Celebração de um Ano Santo, que tem sua origem mais remota na tradição judaica do jubileu (yobel), como tempo de perdão e reconciliação, representa, a partir de 1300, uma oportunidade especial para meditar sobre o grande dom da misericórdia divina que sempre nos espera e sobre a importância da conversão interior, necessárias para poder viver os dons espirituais oferecidos aos peregrinos durante o Ano Santo, tornando novo o vínculo que une os batizados, como irmãos e irmãs em Cristo, com toda a humanidade amada por Deus.


O Jubileu não se limitará à cidade de Roma, mas estender-se-á como um anúncio da misericórdia de Deus ao mundo inteiro, tornando-se assim uma grande oportunidade de evangelização. Como cristãos, somos convidados a dar testemunho como autênticos “Peregrinos da Esperança” que caminham em direção ao Senhor, que abre os braços do seu perdão, braços misericordiosos estendidos também para os irmãos, que ainda esperam que o anúncio do Evangelho chegue até eles.


Este subsídio, inspirado no magistério do Papa Francisco, é um instrumento para acompanhar os fiéis neste tempo que prepara para a iminente abertura da Porta Santa: o convite é intensificar a oração como diálogo pessoal com Deus, m convite que deve levar-nos a refletir sobre a nossa fé, sobre o nosso compromisso no mundo de hoje, nos diversos âmbitos que somos chamados a viver, para que possa ser alimentada uma renovada paixão pela Evangelização do homem moderno. O Papa Francisco, anunciando no Angelus o Ano da Oração que precede o Jubileu 2025, exortou assim os fiéis: «Peço-vos que intensifiqueis a vossa oração, a fim de nos prepararmos para viver bem este acontecimento de graça e experimentar nele a força da esperança de Deus. […] Um ano dedicado a redescobrir o grande valor e a necessidade absoluta da oração na vida pessoal, na vida da Igreja e no mundo» (Angelus, 21 de janeiro de 2024).


Nas suas catequeses, o Papa por várias vezes referiu que a oração é o caminho para entrar em contato com a verdade mais profunda de nós mesmos, onde a luz do próprio Deus está presente, como ensinava Santo Agostinho. O Papa Francisco encoraja a rezar com perseverança, sublinhando como a oração constante transforma não apenas a pessoa, mas também a comunidade que o rodeia, mesmo onde o mal parece vencer.

A oração seja, então, para cada cristão a bússola que orienta, a luz que ilumina o caminho e a força que sustenta na peregrinação que levará a atravessar a Porta Santa. Através da oração poderemos chegar com um coração pronto a acolher os dons de graça e de perdão que o Jubileu oferecerá, como expressão viva da nossa relação com Deus. Mergulhemos, pois, com a oração nesse diálogo contínuo com o Criador, descobrindo a alegria do silêncio, a paz do abandono e a força da intercessão na comunhão entre os santos.


Este subsídio tem como único objetivo ajudar a renovar o espírito de oração em todos os contextos que somos chamados a viver diariamente. Cada parte – desde o significado da oração na dimensão pessoal até à sua prática na vida comunitária – pretende oferecer reflexões, indicações e conselhos para viver mais plenamente o diálogo com o Senhor presente, na relação com os outros e em todos os momentos do nosso dia, com secções à oração na comunidade paroquial, na família e outras dedicadas aos jovens, às comunidades de clausura, à catequese e aos retiros espirituais.

“Ensina-nos a rezar”: Viver o Ano da Oração em preparação para o Jubilaeu 2025