“Ali está ele, eternamente, um sacerdote, a verdadeira figura do Filho de Deus” (Hb 7,3).
Na primeira live do mês vocacional recebemos alguns padres da Arquidiocese de Londrina para partilharem o seu testemunho de Vocação Sacerdotal.
Mediação: Pe. Paulo Alencar – Pároco da Paróquia São João Batista, Bela Vista do Paraíso
Participação: Pe. Paulo Rorato – Reitor do Seminário Teológico São Paulo VI Pe. Sebastião Benedito de Souza – Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Decanato Oeste Pe. Valdomiro Rodrigues – orientador espiritual dos Seminários Pedro Antônio de França Junior – Seminarista da Diocese de Paranavaí
Nos três dias, os sacerdotes refletiram sobre a Palavra de Deus, a Pastoral Presbiteral e a espiritualidade em tempos de pandemia
Entre 15 e 17 de junho, os presbíteros da Arquidiocese de Londrina participaram do seu retiro anual on-line. É a primeira vez que o evento é realizado nesta modalidade. Todos os dias, a programação começou com um momento de espiritualidade e a oração das laudes, seguido da colocação de um assessor sobre um tema específico. “Em seguida saímos da sala de reunião e cada padre faz o seu momento de oração pessoal com aquilo que foi orientado pelo assessor. Tudo individual, cada um na sua casa, essa é a particularidade”, comenta padre Djonh Dennys Souza dos Reis, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Rolândia, e orientador do primeiro dia de retiro.
Na sua fala, padre Djonh tratou sobre a “Palavra de Deus, fonte da caridade”. A partir de uma análise de conjuntura, para, assim como a Bíblia surge da experiência do povo, pensar a experiência do povo de Deus hoje, o padre aponta o que nos resta: a fé, a esperança e a caridade. “Sentir tudo isso com Cristo, ser pastor dentro do plano de Ação Evangelizadora”, dentro da realidade da Arquidiocese de Londrina. Na oração, os presbíteros refletiram sobre passagem de Lucas 9 a 14 e sobre a encíclica Deus Caritas est, do Papa Bento XVI.
No segundo dia, dom Walter Jorge Pinto, bispo de União da Vitória, falou sobre a Pastoral Presbiteral. O bispo destacou que os padres de uma diocese devem ser uma comunidade fraterna, não apenas um grupo de padres. Uma família a partir de Cristo, por laços de fé, tão importantes quanto os laços de sangue. “Jesus não chamou um por um, ele chamou os 12, chamou comunidade. Reunidos, cooperando no Senhor, somos uma família que se rege pela lei: ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’”, afirmou dom Walter, que é o bispo referencial da Pastoral Presbiteral do Regional Sul 2 da CNBB.
Hoje, o arcebispo de Londrina dom Geremias Steinmetz trouxe ao último dia de evento a reflexão sobre a espiritualidade em tempos de pandemia. A partir da exortação Gaudete et Exultate, do Papa Francisco, o arcebispo falou sobre o chamado à santidade apontando questões e respostas pastorais.
Participação
O retiro teve a participação de cerca de 40 padres. Anualmente são promovidos dois retiros e os padres optam por qual participar. O objetivo é o aprimoramento do indivíduo e da sua relação com o sagrado, explica padre Laurindo Lopes da Silva, pároco da Paróquia Santa Mônica, Decanato Norte e Nossa Senhora do Rosário, Decanato Leste. “Como é uma opção para quem busca o autoconhecimento, tende a nos permitir uma aproximação maior com Deus, por meio de oração e do silêncio, assim como fez o Papa Francisco quando, em março deste ano, passou uma semana em um local reservado”, completa.
Para o padre, realizar um retiro em casa e on-line é um desafio, “pois facilmente somos tentados a atender outras demandas da nossa rotina, dos afazeres pastorais da paróquia e etc.”. Ele destaca que é uma experiência nova e necessária por ocasião da pandemia, “porém não substitui o retiro tradicional, que nos tira da rotina e nos leva para um lugar de espiritualidade maior, nos isola dos afazeres diários”, conta padre Laurindo.
Para o padre Ildo Borges Valadão, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Decanato Leste, esta foi uma experiência nova muito válida. “Sobretudo com uma colocação bem feita [pelo orientador do retiro] e depois a gente pode, a partir dos textos bíblicos, fazer a reflexão durante a manhã”, destaca.
Como cada padre faz a sua própria organização do retiro, padre Ildo conta que medita os textos indicados pelos assessores e permanece em silêncio até as 15h, quando faz a oração diante do Santíssimo Sacramento, e encerra o dia de retiro para iniciar os atendimentos na paróquia. “Você fica ali concentrado, depois vai no teu local afastadinho, faz a tua reflexão, a tua meditação”, conclui o padre.
Padres da Arquidiocese de Londrina que compõe uma parcela do grupo dos Padres da Caminhada do Paraná escreveram uma nota pública sobre pandemia da covid 19 em Londrina e toda a região.
Segue a nota com as assinaturas:
A Vida humana não tem preço.
Nós, padres de Londrina, parcela do grupo Padres da Caminhada do Paraná,
Sabemos que Jesus Filho de Deus veio ao mundo para que todos tivessem vida e a tivessem em abundância. (Jo10,10). Que a sua passagem por este mundo, ungido pelo Espírito, foi descrita por Pedro nos Atos, como uma vida “fazendo bem” (At10,38). Que derramou o seu sangue por amor a todos sem exceção, nos dando uma dignidade de Filhos de Deus (Jo 1,12). Acreditamos, portanto, que a vida é mais do que um valor. É um bem inestimável. Ela tem a marca do criador que viu que tudo estava bem feito e era muito bom (Gn1.31) e do seu Filho Jesus que fazia bem todas as coisas (Mc7,32)
Reconhecemos com pesar e dor, que a vida no Brasil vive hoje seu maior risco. Seja pelas condições precárias do nosso povo e principalmente por uma Pandemia em completo descontrole sem nenhuma coordenação central. Ao nos aproximarmos dos 300 mil mortos, constatamos um colapso total no Sistema Público e Particular da Saúde, sem nenhuma perspectiva de vermos melhorar o quadro nos próximos dias. Com um presidente da república debochando da doença desde o primeiro momento, sem nenhum plano de vacinação oportuno e vendo agora a escassez da vacina e dos insumos golpearem o país e o mundo. O desprezo é tanto que em seis dias não temos um Ministro da Saúde que possamos chamar de fato e de direito! Milhares de vidas foram perdidas pela inércia, pelo crime da omissão, pela politização da pandemia! O Brasil não merecia uma conjugação tão grande de fatores nefastos de uma vez só!
Com toda esta situação, é com imenso pesar e indignação, que vemos líderes religiosos atrelados a políticos de plantão e alheios ao sofrimento dos seus concidadãos, promovendo passeatas e convocando aglomeração de pessoas (ainda que de carro), sem nenhuma empatia com os profissionais da saúde da linha da frente, extenuados por um ritmo de trabalho alucinante. Bem como nenhuma compaixão pelos familiares que já perderam seus entes queridos. Demonstram um equívoco perverso e iníquo ao esbravejarem pela defesa da democracia e da liberdade quando no fundo querem calar imprensa, desrespeitam as Instituições do Estado de Direito e em alguns casos avocam uma intervenção militar, que nos remete a um período da nossa história onde as liberdades individuais e coletivas, não só foram negadas, mas reprimidas.
Nós, ministros ordenados, protestamos veementemente contra os que desejam levar uma vida normal em plena mortandade! As experiências internacionais e até aqui em nosso país, já provaram sobejamente que lockdowns regionais ou nacionais são a única saída para diminuir as internações. A economia sacrificada e principalmente os cidadãos vulneráveis, devem ter da parte do Estado o socorro adequado. Sem parcimônia, com coragem. Com endividamento se necessário for. Portanto exigimos que o Estado, nas suas três instâncias, promova projetos de auxílio emergencial, enquanto durar a pandemia!
Aproveitamos também para reafirmar a convicção de que as Igrejas não devem reclamar a essencialidade dos seus serviços durante a calamidade que atravessamos. Existem inúmeras formas de serem o que de fato são, sem celebrações presenciais! Em comunhão com muitos nossos irmãos evangélicos, clamamos ao Senhor que nos dê força e coragem para enfrentarmos esta tempestade e apresentamos a nossa solidariedade e preces aos irmãos que estão nos hospitais e também aos familiares que já perderam as pessoas que muito amavam. Uma vida não tem preço.
Dezessete padres participaram, nesta semana, no Recanto Pascal, em Maringá, do retiro anual dos presbíteros da Arquidiocese de Londrina. O retiro teve como pregador padre Clóvis Hernandes, da Diocese de Umuarama, e seguiu a metodologia dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.
Pe. Clovis destacou que os exercícios espirituais contribuem para que os sacerdotes cultivem a intimidade com Cristo e o reencontro com sentido de sua própria vocação. “O nosso sacerdócio é a extensão do sacerdócio de Jesus, e os exercícios espirituais inacianos possibilitam essa intimidade com o Senhor, ou seja, é o agir em nome dele.”
Para Dom Geremias, que esteve presente na abertura e encerramento do retiro, “é muito importante que os padres consigam ter um tempo para si”. Ele considera como um privilégio, num mundo agitado, poder parar e dedicar-se à oração e refazer-se internamente. Ele ressaltou o papel do retiro como espaço de meditação da Palavra de Deus. “Ainda mais nesses nossos tempos, em que somos tão orientados em cima da questão da Palavra de Deus, Leitura Orante da Sagrada Escritura, a Lectio Divina…isso tudo faz parte do cabedal da formação e especialmente para a pastoral, que é uma coisa cada vez mais exigida.”
Ao final do retiro, neste dia 26 de fevereiro, os padres comemoraram o aniversário natalício de nosso arcebispo.
Monsenhor Bernard Gafá e monsenhor José Agius completaram, no último dia 4 de julho, 55 anos de ordenação sacerdotal. Eles foram os primeiros padres ordenados na então Diocese de Londrina, depois elevada a Arquidiocese, junto com outros três padres, os cinco primeiros sacerdotes ordenados aqui. Naturais de Malta, eles vieram a Londrina em 1961 a convite do primeiro bispo dom Geraldo Fernandes Bijos.
Monsenhor Bernard é o atual pároco da Paróquia Imaculada Conceição, no Decanato Centro, paróquia onde iniciou seu trabalho como padre. Monsenhor José Agius é pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, em Rolândia, cidade a qual dedicou 51 dos 55 anos de padre. O aniversário foi marcado por celebrações e homenagens nas duas paróquias que, por causa da pandemia, não tiveram a participação da comunidade.
“Nós éramos em cinco ordenados aqui na Catedral de Londrina, por dom Geraldo Fernandes”, contou monsenhor Bernard em sua homilia. “Não podíamos contar com nossos parentes, com nossos pais, e nem ter notícias sequer. Foi um dia frio, como neste tempo, dia 4 de julho.” “Eu vejo que na minha vida, sinto que foi Deus que dirigiu o meu caminho. Quando eu saí de casa tinha 21 anos de idade. Realmente eu me sentia como Abraão, quando Deus disse: ‘Sai da tua casa, da tua família, deixa tudo pra trás e vai a um lugar que eu vou te mostrar’. E nós viemos ao lugar que não conhecíamos, nem a mínima ideia não tínhamos. Viemos não no escuro não, viemos para cumprir a missão, viemos como missionários pra seguir a Jesus: ‘Ide pelo mundo inteiro’.”
Monsenhor José Agius também recordou as dificuldades e alegrias encontradas nos seus 55 anos de sacerdócio, desde a primeira paróquia que trabalhou, em Pitangueiras, nos quatro anos depois da ordenação. Depois foi transferido para Rolândia, onde está até hoje. “Não posso me queixar de nada. Durante todos os 55 anos, consegui, com a ajuda do povo, realizar um monte de coisas pelas quais quero agradecer o Senhor e agradecer todos os amigos que tenho encontrado durante o meu ministério sacerdotal, de modo especial nesta cidade”, conta. “O padre é padre de acordo com a comunidade que tem. Quando a comunidade é boa o padre é bom, quando a comunidade é mais ou menos, o padre é mais ou menos. A comunidade que faz o padre. Se eu fiz tanta coisa porque teve uma comunidade boa que me ajuda, o mérito não é só meu, é de cada um”, conclui.
Juliana Mastelini Moyses Pascom Arquidiocesana
Fotos Monsenhor Bernard Gafá (Guto Honjo / Valéria Lagana)
De 17 a 21 de fevereiro, padres da arquidiocese participaram de retiro em Maringá com o tema: “Espiritualidade para presbíteros na metodologia inaciana”, pregado pelo padre Renato Carvalho, SJ, do Mosteiro de Itaici dos jesuítas.
25 de janeiro, sábado, 19h30: Paróquia Sagrados Corações – Padre Daniel Alves Castro
26 de janeiro, domingo, 8h: Quase-Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Jardim Sabará – Padre Antônio Carlos Golfetti
26 de janeiro, domingo, 19h30: Paróquia Santo Antônio de Pádua, Jardim Messinânico, Decanato Oeste – Padre Antônio Carlos Golfetti
2 de fevereiro, domingo, 8h: Paróquia Nossa Senhora Aparecida – KM9 – Padre Paulo Roberto Martins
2 de fevereiro, domingo, 16h: Santuário Nossa Senhora Aparecida, Vila Nova, Decanato Leste – Padre Rodolfo G. Trilstz e padre Welinton Ignacio (vigário)
2 de fevereiro, domingo, 19h: Paróquia Sant’Ana, Decanato Centro – Padre Marcelo Aparecido Cruz
7 de fevereiro, sexta-feira, 19h30: Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Silvino, Cambé – Padre Luis Carlos Greco da Silva
8 de fevereiro, sábado, 19h30: Paróquia São Judas Tadeu, Decanato Oeste – Padre Olívio Gerônimo Júnior
9 de fevereiro, domingo, 8h: Paróquia São Martinho, Distrito de São Martinho, Rolândia: Padre Vagne Gama dos Santos
9 de fevereiro, domingo, 19h30: Paróquia São João Batista, Florestópolis – Padre Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos
14 de fevereiro, sexta-feira, 19h30: Paróquia Cristo Rei, Lupionópolis – Padre Jorge Guillermo Arias Santisteban
15 de fevereiro, sábado, 19h: Paróquia Cristo Redentor, Jardim Piza, Decanato Sul – Frei César Gilmar Selbach
1 de março, domingo, 8h: Paróquia São José Bento Cotolengo, Miraselva, Decanato Porecatu – Padre Mauro Batista Pedrinelli
1 de março, domingo, 10h: Paróquia São João Batista, Prado Ferreira, Decanato Porecatu – Padre Mauro Batista Pedrinelli
7 de março, sábado, 19h: Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Shangrilá-B, Decanato Oeste – Padre Nelson Federovicz, OSJ
28 de março, sábado, 19h30: Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Decanato Cambé – Padre Eder Fabrício Lourenço
Padres da Arquidiocese de Londrina ficarão em retiro de hoje até quinta-feira em Maringá. Os sacerdotes vão refletir o discipulado sob a perspectiva do Evangelho de João, a partir da leitura orante da Bíblia. O tema será ministrado pelo padre Délcio José Walker, do Rio Grande do Sul, Regional Sul III da CNBB, membro da Comissão de Animação Bíblico-catequética.
O padre explica que o enfoqueserá em como Jesus prepara seus discípulos para serem os colaboradores de sua obra, principalmente depois que Jesus voltou para junto de Deus. “O objetivo é perceber como o Evangelho pode iluminar a nossa ação evangelizadora hoje e nos inspirar em como Jesus queria que seus discípulos fossem. Vamos entrar mais profundamente no Evangelho de uma forma orante, para que nossa vida se transforme em oração através do Evangelho”, explica padre Délcio.
Segundo ele, é sempre importante os padres cultivarem e renovarem a espiritualidade de discípulos de Jesus e olhar para o Mestre. “Desta vez vamos olhar para Ele a partir do Evangelho de João, buscando a iluminação da nossa vida de hoje, tanto para nossa espiritualidade como para nossa prática pastoral dentro da Igreja.”
Desejo aos os padres que todos sejamos iluminados pelo Espírito Santo e descubramos o que Ele nos pede hoje
Bons pastores
Padre Délcio explica que as instruções dadas por Jesus para que seus discípulos fossem bons pastores são instruções também para nós hoje. “É importante nós voltarmos a refletir sobre este ensinamento de Cristo para que Ele crie em nós o mesmo compromisso que criou nos seus discípulos. E nós hoje somos os corresponsáveis de continuar essa obra de Jesus no mundo.”