No dia 11 de março, os diáconos permanentes da arquidiocese participaram de sua primeira formação do ano, ministrada pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, no Centro Pastoral Jesus Bom Pastor. O encontro foi aberto também à participação das esposas. A primeira formação do ano é sempre conduzida pelo arcebispo, que, em 2023, tratou sobre a reflexão do Sínodo: “Comunhão Participação e Missão”, a partir do Etapa Continental que ele fez parte em Brasília nos dias 6 a 10 de março, reunindo representantes da Igreja dos países do Cone Sul. Esse encontro teve também a participação de cinco diáconos permanentes, entre eles o presidente da Comissão Nacional dos Diáconos (CND), diácono Francisco, da Arquidiocese de Manaus.
A espiritualidade do Sínodo fala em “alargar a tenda” para conseguirmos nos encontrar com todos, destacou dom Geremias. Com maior abertura um espaço que, por exemplo, é ampliado em 4m², quantas pessoas a mais caberiam, quantas pessoas diferentes dentro do mesmo local, continua.
A Palavra de Deus como experiência iluminadora leva ao diálogo e, consequentemente, à participação. O Sínodo também caminha, nas palavras do Papa Francisco, para uma Igreja em saída, em estado permanente de missão, ir ao encontro do outro, a espiritualidade do abraço, ou seja, a tenda alargada é uma Igreja itinerante, que pode estar em qualquer lugar. Como Igreja, a opção preferencial é pelos pobres e mais necessitados e pela abertura do diálogo com o diferente. O arcebispo também apresentou a síntese das 183 dioceses brasileiras.
No final dom Geremias deixou uma reflexão aos diáconos: “como agir para ser mais sinodal?”
Foi apresentado também o Fundo de Auxílio Fraterno dos diáconos, que consta no regulamento da Comissão Arquidiocesana dos Diáconos, no título IV do documento.
O arcebispo dom Geremias Steinmetz participa nesta semana da etapa continental do Sínodo dos Bispos, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília. Dom Geremias é um dos 183 representantes da Igreja dos países do Cone Sul: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai; na assembleia que visa dar o olhar e as contribuições da América Latina para as próximas etapas do Sínodo.
Nesta terça-feira, 7 de março, segundo dia da assembleia, os grupos debateram sobre três questões, utilizando a metodologia “Conversa Espiritual”, cujo objetivo final é indicar para os padres que participarão da última fase do Sínodo, que estarão reunidos em Roma: quais assuntos de fato eles deveriam se debruçar para pensar a Igreja do futuro.
Dom Geremias integra o grupo com outros três brasileiros, três argentinos, dois chilenos e uma uruguaia. Como os outros grupos, eles conversaram sobre as seguintes questões: 1) Depois de ter lido o documento da etapa continental em ambiente de oração, quais intuições ecoam de modo mais intenso com as experiências e as realidades concretas da Igreja no vosso continente? Quais as experiências vos parecem novas ou iluminadoras? 2) Quais tensões ou divergências substanciais surgem como particularmente importantes na perspectiva do continente latino-americano? e 3) Quais as questões que deveriam ser enfrentadas e levadas em consideração nas próximas fases deste processo sinodal?
Seguindo a metodologia, primeiro o grupo faz uma rodada de partilha: “aquilo que mais nos impressiona, a partir de uma escuta ativa, enquanto alguém fala, todos estão em oração, em silêncio, ouvindo, não se provocam discussões”, comenta dom Geremias. A seguir, em uma segunda rodada vem o refletir: “o que mais me impressionou em tudo aquilo que eu ouvi, aquilo que eu mesmo disse e aquilo que os outros disseram.” E uma terceira rodada de conversa é o escutar o que o Espírito Santo diz, para onde Ele conduz.
Questões
Nas discussões sobre aquilo que responde às necessidades da Igreja na América Latina, dom Geremias diz que foi levanta a questão da Palavra de Deus e do diálogo e participação dos fiéis. “Quando cada indivíduo compreende que ele tem um lugar reservado e é considerado na Igreja, aí ele se motiva para colaborar com a Igreja com alegria, com perseverança.”
Outros aspectos levantados foram a respeito de um laicato maduro, consciente e livre; a ideia da opção preferencial pelos pobres; uma Igreja como casa ou tenda que precisa sempre mais alargada; o cuidado com a Casa Comum; e a formação. “A partir daí vamos ter muitas propostas, por exemplo, uma espiritualidade eclesial centrada na pessoa de Jesus; a ideia de alargar a tenda na questão de acolhida, da misericórdia; as juventudes; o laicato; as mulheres; a comunicação e o mundo digital; são todas questões que estão surgindo com força nos grupos”, finaliza.
O arcebispo dom Geremias Steinmetz participa, entre os dias 6 e 10 de março, em Brasília (DF), da etapa continental do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade: “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão”. A chamada Assembleia Regional do Cone Sul tem a participação de 186 representantes da Igreja Católica da Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Brasil e retoma os apontamentos feitos durante a fase diocesana do sínodo.
Em Londrina, como nas demais dioceses do mundo, a fase arquidiocesana foi realizada de outubro de 2021 a julho de 2022. Nesse período foram ouvidas as lideranças e comunidades, que responderam a um questionário enviado pelo Santo Padre. A partir das respostas das comunidades, uma síntese foi enviada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que elaborou uma nova síntese, levando em consideração as contribuições das 279 dioceses e prelazias do Brasil, além de congregações religiosas, escolas, comissões, pastorais e organismos. “Todas essas sugestões foram resumidas e a síntese brasileira foi enviada para Roma”, explica dom Geremias.
Em Roma uma nova síntese foi feita a partir dos mais de 110 relatórios do mundo, provenientes tanto das conferências episcopais, como de organizações e também outras igrejas cristãs Por um pedido do Papa Francisco, essa síntese feita por Roma volta às bases para ser discutida em âmbito continental.
Devido à grande extensão da América Latina, o território foi dividido em 4 lugares de trabalho: 1) países da América Central e México; países do Caribe; países bolivarianos; e países do Cone Sul.
Dom Geremias pede aos fiéis de Londrina que estejam em oração pelos trabalhos que irão realizar. “Nesta semana, a gente estará dando opiniões e analisando com essas 186 pessoas, guiados pelo Espírito, e para isso peço orações da Igreja londrinense, para que a gente possa de fato indicar questões importantes que precisam ser analisadas nesta última etapa do sínodo, que ocorrerá em duas datas: outubro de 2023 e outubro de 2024.”
Temas
Entre os temas que serão abordados, dom Geremias destaca alguns: papel das mulheres na Igreja; juventude; meio ambiente; anúncio querigmático; análise da atuação da Igreja no mundo. E conclui: “O Papa sempre ressalta que a evangelização deve ser analisada sob a inspiração do Espírito, que é o grande detentor do trabalho de evangelização.” A Igreja é do Espírito Santo e é Ele quem a guia, finaliza dom Geremias.
O arcebispo dom Geremias participou, no dia 25 de fevereiro, do programa CBN Entrevista, conduzido pelo jornalista Gelson Negrão. Na conversa, além da fome, tema da Campanha da Fraternidade deste ano, o arcebispo falou sobre Quaresma, documentos do Concílio Vaticano II, Papa Bento XVI e Papa Francisco. Escute a entrevista completa:
A proposta da Igreja, no Ano Litúrgico, é de uma boa e edificante vivência da Quaresma. Ela tem características próprias e propõe a intensificação da prática do jejum, da esmola e da oração como meios de identificação e solidariedade para com as pessoas que sofrem na carne os sofrimentos de Jesus no alto da cruz. Tudo em vista de um aprofundamento da fé e da vivência do Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim como nós vamos aprofundando a fé, as expressões “Jejum, Esmola e Oração” vão mudando a sua incidência sobre a nossa vida.
A Campanha da Fraternidade é uma consistente expressão de comunhão, conversão e partilha da Igreja no Brasil. Tem alguns objetivos que são permanentes: 1. Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; 2. Educar para a vida em fraternidade; 3. Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária. Sendo que já um trabalho permanente no Brasil, a Campanha da Fraternidade de 2023 traz um tema bastante atual, real e polêmico. O grande tema é a Fraternidade e a Fome. É a terceira vez que ele entra na reflexão da Campanha da Fraternidade. “A primeira vez foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema ‘Repartir o pão’, no clima do Ano Eucarístico que precedeu o Congresso Eucarístico Nacional de Manaus. Com os mesmos tema e lema, desejava intensificar a vivência da Eucaristia em nosso povo” (Texto Base, 17).
Na década de 1980, com outras características da mesma problemática, a CF de 1985, em preparação ao Congresso Eucarístico de Aparecida, tratou o tema “Pão para quem tem fome”. Agora, em 2023, “logo depois do Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Recife, de 11 a 15 de Novembro de 2022, sob o tema “Pão em todas as mesas”, a Igreja no Brasil enfrenta pela terceira vez o flagelo da fome, com um lema que é uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) (pg. 17).
O Objetivo Geral se apresenta com características de convite à missão: “SENSIBILIZAR a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs por meio de compromissos que transformem a realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo”. A metodologia da Campanha da Fraternidade sempre apresenta objetivos mais específicos que mostram a necessidade de uma abordagem ampla do tema: compreender a realidade da fome à luz da fé em Jesus Cristo; desvelar as causas estruturais da fome; indicar contradições de uma economia que mata pela fome, etc. Mas há outros verbos provocativos: investir, estimular, reconhecer, mobilizar, etc.
O texto bíblico que é colocado como base para a reflexão de Mateus 14,13-21. É o primeiro relato no Evangelho de Mateus do episódio conhecido como multiplicação dos pães e localiza-se praticamente na metade do Evangelho. “Isto indica que Jesus já realizara muita coisa, o seu ministério já estava adiantado e, mesmo que não compreendessem totalmente e nem aceitassem completamente o que ele propunha, a sua mensagem se popularizava cada vez mais e as populações o seguiam” (Texto Base,19). Queriam compreender mais profundamente a sua Palavra. O texto aponta para a partilha, a generosidade e para a organização da própria sociedade em vista da superação do flagelo da fome e de outros flagelos que persistem entre nós. Trata-se de uma verdadeira Quaresma social.
Hoje elevamos a nossa prece de Ação de Graças a Deus pelo dom da vida e missão do nosso arcebispo, dom Geremias Steinmetz, que neste dia 9 de fevereiro completa 32 anos de ordenação presbiteral.
Dom Geremias iniciou seu ministério sacerdotal no dia 9 de fevereiro de 1991, em Sulina, sua terra natal, sendo o primeiro padre nascido e criado ali.
Pedimos a intercessão de Nossa Senhora por esse filho e as bênçãos de Deus que chama os escolhidos, capacita-os e os envia. Sagrado Coração de Jesus, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Encerra hoje o curso dos bispos promovido pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Numa das atividades do curso, prelados visitaram Capela São Paulo II no Shopping Via Brasil e o trabalho feito ali pela Comunidade Shalom
“Uma aula prática para nós!” Assim definiu Dom Fernando Rifan, bispo Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, a visita feita pelos bispos na capela São Paulo II no Shopping Via Brasil, zona norte do Rio de Janeiro. A visita foi feita na tarde do dia 25, dentro da programação do 32º Curso para os Bispos do Brasil.
Trabalhando com o tema “Novas comunidades e evangelização hoje”, o curso para os bispos proporcionou uma visita ao trabalho desenvolvido pela Comunidade Shalom nessa realidade tão própria para o nosso tempo que são os shoppings centers. Ali, no meio de uma realidade comercial e de lazer, os missionários apresentam o amor de Cristo ao grande número de pessoas que afluem ao centro comercial carioca.
Shirley Guimarães, missionária da comunidade de aliança, comentou sobre algumas das atividades realizadas pela comunidade Shalom na Arquidiocese do Rio de Janeiro, como eventos, e os centros de evangelização, que são pontos espalhados pela cidade, onde se encontram para os grupos de oração e de formação. “Dentre esses cinco pontos que a comunidade tem na cidade, um deles fica aqui no Shopping Via Brasil, onde há uma capela, aberta diariamente para adorações, missas, acompanhamentos espirituais e grupos de oração. Há também, ao lado da capela, o espaço Lolek, onde acompanhamos os jovens que vem ao shopping e encontram esse espaço para carregar o celular ou se distrair um pouco. Nos aproximamos desses jovens e os evangelizamos, acolhemos e apresentamos a comunidade.”
O Cardeal Arcebispo dom Orani ressaltou que a evangelização nos shoppings centers é uma das várias experiências de evangelização da grande cidade, recordando que há, por exemplo, uma paróquia localizada em um shopping, a Paróquia Santa Cruz do Senhor, em Copacabana. “Ali as pessoas vão para uma refeição, para um momento de lazer – disse dom Orani – e a Igreja é chamada a estar presente em tudo, a estar em saída. Por isso quisemos hoje trazer os bispos numa experiência aqui no Shopping Via Brasil, para ouvir sobre esse trabalho de encontro com pessoas que precisam ser evangelizadas, que precisam acolher a Palavra de Deus que aqui é semeada e que será regada mais tarde, onde outros colherão os frutos da evangelização que começa nesses locais.”
Após a visita à capela e ao espaço de socialização, os bispos seguiram para um momento de diálogo, onde foram apresentados os trabalhos realizados não só pela Comunidade Shalom no shopping Via Brasil, mas também pela Comunidade Católica Remidos no Senhor, no Shopping Bangu, zona oeste, e pela Comunidade do Caos à Glória, no Carioca Shopping. No diálogo, os bispos puderam interagir com perguntas e contribuições junto às falas dos missionários e membros das novas comunidades.
Para dom João Mamede, bispo de Umuarama-PR, a visita “foi muito útil para nós bispos, já que o programa do curso tematiza justamente sobre as novas comunidades. O Espírito Santo está aí, não dorme, está atuando em toda parte, e também aqui no shopping encontra corações sensíveis que acolhem seu impulso e o concretizam em gestos de missão, amor e caridade.”
Após a visita, os bispos seguiram para o Santuário do Cristo Redentor, onde celebraram a oração das Vésperas. Ao fim, a estátua do Cristo recebeu a projeção dos brasões episcopais de todos os bispos participantes do curso.
Eduardo Silva Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Cardeal Geraldo Majella Agnelo está internado desde o final de dezembro na Santa Casa de Londrina. Quadro inspira cuidados, mas é considerado estável
O arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, o Cardeal Geraldo Majella Agnello, de 89 anos, está hospitalizado, na Santa Casa de Londrina, desde o final de dezembro, em virtude de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nos últimos dias, o religioso testou positivo para Covid-19. Seu quadro inspira cuidados, mas é considerado estável, informou Julia Bianconi, secretária de dom Geraldo.
Nestes dias, a Igreja do Brasil tem se unido em oração pela saúde do cardeal que mora em Londrina desde 2014. O prelado, depois de se aposentar em 2011, escolheu a cidade para estabelecer sua residência. Dom Geraldo foi o segundo arcebispo de Londrina, sucedendo dom Geraldo Fernandes Bijos, CMF, ficou à frente da arquidiocese entre 1983 e 1991, quando foi designado secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, na Cúria Romana. No ano passado, celebrou 65 anos de sacerdócio em missa no Santuário Nossa Senhora Aparecida de Londrina.
Em entrevista à jornalista Renata de Paula, da Rádio Alvorada, o arcebispo dom Geremias Steinmetz pede que os fiéis continuem rezando por dom Geraldo. O arcebispo também destacou o papel da arquidiocese neste momento da vida do cardeal. “Nós, como Arquidiocese de Londrina, temos que continuar cumprindo com a nossa missão, a nossa função de rezar e de acompanhá-lo. Ele está hospitalizado aqui, está sendo bem tratado, há pessoas que o visitam quase que diariamente, eu também já o visitei, e vamos continuar rezando para que se faça a vontade de Deus. Neste momento a situação dele está estável, porém aos 89 anos, doente, hospitalizado e ainda nestes últimos dias apresentou um quadro de COVID. Portanto vamos continuar rezando para que Nossa Senhora da Saúde o cubra com suas bênçãos, e Deus continue fazendo e cumprindo a sua vontade com relação a ele”, pediu dom Geremias. Na entrevista, o arcebispo também comentou sobre alguns aspectos marcantes da trajetória do cardeal, principalmente em Londrina.
‘Estar onde as coisas acontecem’
Dentre as características de dom Geraldo, dom Geremias Steinmetz destaca a diplomacia. Para se ter uma ideia de sua personalidade, o atual arcebispo de Londrina relembra uma expressão que ouviu dele nas conversas em Roma quando o conheceu em 1995: “ele dizia que é muito bom estar onde as coisas acontecem!” Segundo dom Geremias, dom Geraldo falava da graça que é estar onde as grandes decisões são tomadas, onde as coisas, também culturalmente falando, acontecem.
Nesse aspecto, o arcebispo aponta que dom Geraldo trabalhou muito no contato com o mundo e com as nações. “Dom Geraldo foi sempre uma pessoa muito diplomática, portanto, ligado também à questão diplomática do Vaticano. Por isso mesmo o cardinalato trouxe uma amplidão pro ministério dele”, destaca. “Tendo sido nomeado membro de congregações em Roma para Liturgia, para Disciplina dos Sacramentos, mas também para os bens culturais da Igreja.”
Traçando um breve itinerário dos cargos que ocupou, em 1991, dom Geraldo foi nomeado pelo Papa João Paulo II como secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Em 1994, membro da Pontifícia Comissão para a América Latina. Em 1995, presidente da Comissão de Liturgia do Grande Jubileu do ano 2000 e membro do mesmo Comitê. Foi ainda membro do Pontifício Comitê dos Congressos Eucarísticos Internacionais. Em 1999, já como arcebispo de São Salvador da Bahia, foi nomeado vice-presidente do Conselho Latino-Americano – CELAM; e em 2000 membro do Pontifício Conselho de Migrantes e Itinerantes. Em 2001 foi criado Cardeal pelo Papa João Paulo II. Também em 2001 nomeado membro da Pontifícia Comissão dos Bens Culturais da Igreja. E em 2003, eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dom Geremias aponta também que, à frente da CNBB, entre 2003 e 2007, dom Geraldo Majella foi responsável por ações importantes, como a criação das Edições CNBB, editora de referência em língua portuguesa dos documentos, livros litúrgicos, subsídios e produtos da Santa Sé, do CELAM, da CNBB e de outras instâncias da Igreja no Brasil. “Hoje [Edições CNBB] é um organismo da CNBB que inclusive produz economicamente pro sustento da conferência”, explica.
Contribuições para Londrina
Como segundo arcebispo de Londrina, além de dar prosseguimento ao trabalho de dom Geraldo Fernandes, desbravador desta diocese, dom Geraldo Majella deixou contribuições importantes para a arquidiocese, que, segundo dom Geremias, percebe-se no trabalho hoje. “Primeiro a questão do dízimo, foi dom Geraldo que fez um trabalho amplo nessa área. Portanto se hoje nós temos uma igreja muito viva neste sentido, [com] a consciência da contribuição do povo de Deus para a manutenção das obras da Igreja, mostrando uma Igreja viva com o laicato, com os presbíteros, assim por diante, foi dom Geraldo que fez um trabalho em todas as paróquias, gerando essa consciência que continua presente até hoje.”
O arcebispo também destaca que foi ele quem começou a desenvolver na arquidiocese um clero “autóctone”, ou seja, oriundo daqui. “Até ali, com dom Geraldo Fernandes, tínhamos em grande parte um clero estrangeiro e um clero religioso. Dom Geraldo Majella começou a se preocupar em formar gente daqui, padres daqui, ordenou padres de fato nascidos em Londrina e nos municípios da Arquidiocese de Londrina. Esse é um detalhe importantíssimo, hoje nós temos um grande número de padres diocesanos.”
Outros pontos do episcopado de dom Geraldo no que diz respeito ao trabalho pastoral em Londrina foram os decanatos, a consolidação dos conselhos, levando em conta a participação do laicato nas pastorais específicas. “Alguns padres comentam que ele tinha um investimento grande nas pastorais específicas, de tal forma que tinha, por exemplo, leigos liberados para as pastorais, como para a juventude, pastorais sociais, catequese, então isso deu uma dinâmica muito grande no trabalho pastoral na arquidiocese.”
Homem de diálogo com a sociedade
“Foram coisas notáveis, importantíssimas que dom Geraldo fez na nossa arquidiocese, no Brasil como um todo, na Igreja do Brasil, e também a nível de diálogo com a sociedade”, continua dom Geremias, que destaca as diversas estruturas criadas por dom Geraldo no diálogo com a sociedade. “Ele dialogou diretamente com a sociedade na universidade, na Pastoral da Criança, no mundo, na Pontifícia Comissão para os bens culturais. Ele dialogou diretamente com a sociedade quando presidente da CNBB, então foi um homem de um diálogo muito intenso com a sociedade, graças a Deus.”
Pastoral da Criança
Em seu ministério em Londrina, dom Geraldo Majella também fundou a Pastoral da Criança, 1983, em parceria com a doutora Zilda Arns, na cidade de Florestópolis (PR), dando uma resposta eficaz para a questão da desnutrição infantil e da mortalidade infantil, que naquele local eras acima dos limites. “Foi um trabalho social de uma visão muito realista do nosso povo do Norte do Paraná que depois se estendeu para todo Paraná, para todo Brasil e para muitos países. Foi um dos trabalhos de dom Geraldo que transbordaram para outros países”, finaliza dom Geremias.
Juliana Mastelini Moyses Pascom Arquidiocesana
Foto de destaque: Terumi Sakai – Missa pelos 65 anos de ordenação presbiteral de dom Geraldo
Santa Missa também comemora os 88 anos da cidade de Londrina
Neste domingo, 11 de dezembro, a Arquidiocese de Londrina celebra os 38 anos da festa da Dedicação da Catedral Metropolitana, a Igreja Mãe da arquidiocese, e os 88 anos da cidade de Londrina, com a Santa Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, às 18h. A dedicação de uma paróquia, catedral ou santuário é um antigo costume da Igreja Católica, no qual se consagra a Deus o templo e tudo que há dentro dele: cruz, sinos, objetos litúrgicos, instrumentos, pias ou fontes batismais. O ritual torna o templo sagrado para o culto a Deus (Diretório Litúrgico da CNBB).
“Esta comemoração expressa com uma riqueza muito grande de simbolismos, o significado daquilo que somos enquanto Igreja de Cristo, formada de ‘pedras vivas’, conforme bela expressão de São Pedro (cf 1 Pd 2,5)”, explica Padre José Rafael Solano Durán, Cura da Catedral.
“A Catedral, essa igreja física, tem que ser sinal de uma igreja concreta, no dia a dia, na qual cada um de nós, todos os batizados, somos tijolos desta construção. Sempre gosto de repetir com que orgulho olhamos para a Catedral no centro da cidade, no alto da colina, mostrando que o povo fez uma experiência muito concreta, uma experiência da fé para construir esta cidade”, destaca dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina.
A Catedral é a igreja/símbolo da comunhão e unidade dos fiéis em torno de Cristo, congregada visivelmente em torno do arcebispo e seus padres. Por isso, na Catedral são realizadas as grandes solenidades da vida da arquidiocese. Nela, o arcebispo ensina a toda a comunidade arquidiocesana, como guia e pastor; celebra os Sacramentos e o culto divino. Na Catedral não se reúne apenas uma comunidade entre tantas outras, mas é congregada toda a grande comunidade arquidiocesana de Londrina.
“Esta é uma ocasião para agradecer a Deus pelos evangelizadores que edificaram a Igreja em Londrina ao longo destas últimas décadas. É também momento de pedir a Deus a graça de sermos ’novos evangelizadores’ para continuar honrando a glória de Deus nesta cidade!”, pontua Padre Rafael.
Serviço:
Aniversário da Dedicação da Catedral Metropolitana Data: Domingo, 11/12 Hora: 18h Celebração Eucarística presidida por dom Geremias Steinmetz – Arcebispo Metropolitano de Londrina