Atualização das orietanções sobre a pandemia – 18/11/2021

 

Diante da Resolução da Secretaria Estadual de Saúde (SESA) 1023/2021, publicada no dia 17 de novembro, sobre as medidas de prevenção, monitoramento e controle da COVID-19 nas instituições religiosas, estabelecemos que, em todas as paróquias e capelas da Arquidiocese de Londrina:

1 – Nas celebrações eucarísticas, o local destinado ao público deve observar a ocupação máxima de 100%, cumprindo-se todas as medidas de segurança e prevenção à COVID-19, a saber:

  1. Todas as pessoas devem usar adequadamente máscaras de proteção individual durante todo o tempo que estiverem no templo;
  2. Cada pessoa que chegar para acompanhar as celebrações deve higienizar as mãos com álcool 70% antes de entrar e ao sair;
  3. As igrejas devem disponibilizar condições para que as pessoas adotem a prática de higiene de mãos;
  4. Todos os ambientes devem ser mantidos constantemente abertos, arejados e ventilados, de preferência de forma natural.
  5. A distribuição da comunhão deve ser feita na mão dos fiéis. Esta pode ser feita em fila;
  6. Devem ser adotadas medidas para evitar qualquer forma de confraternização e agrupamento de pessoas na saída dos templos;
  7. Após a celebração, os locais devem ser rigorosamente higienizados, principalmente nos locais frequentemente tocados, como bancos, maçanetas, microfones, etc.

 

2 – Grupos, pastorais e movimentos podem realizar seus trabalhos nas paróquias e comunidades, assim como reuniões, desde que seguindo estritamente as orientações recomendadas do uso de máscara, prática de higiene de mãos e outras medidas de prevenção.

 

Reforçamos a necessidade de se prezar pela segurança, responsabilidade e cumprimento dessas medidas. Resultados positivos no combate à COVID-19 só serão alcançados e mantidos com comprometimento de toda população.

Londrina, 18 de novembro de 2021

 

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano

 

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ATUALIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES SOBRE A PANDEMIA – 07/10/2021

 

Diante das alterações expostas na última resolução da Secretaria Estadual de Saúde (SESA) (nº 927/2021), sobre as medidas de prevenção, monitoramento e controle da COVID-19 nas instituições religiosas, publicada no dia 6 de outubro de 2021, estabelecemos que, em todas as paróquias e capelas da Arquidiocese de Londrina:

 

1 – Nas celebrações eucarísticas, o local destinado ao público deve observar a ocupação máxima de 70%, garantindo o afastamento mínimo de 1 metro entre as pessoas em todas as direções. Pessoas que moram na mesma casa podem sentar juntos, observando o distanciamento de 1 metro entre o grupo de pessoas;

2 – Devem ser adotadas medidas para evitar qualquer forma de confraternização e agrupamento de pessoas na saída dos templos;

3 – Cada pessoa que chegar para acompanhar as celebrações deve higienizar as mãos com álcool 70% antes de entrar e ao sair;

4 – As igrejas devem disponibilizar condições para que as pessoas adotem a prática de higiene de mãos;

5 – Todos os ambientes devem ser mantidos constantemente abertos, arejados e ventilados, de preferência de forma natural;

6 – Pastorais, movimentos e grupos podem realizar as atividades, respeitando o limite de público de 70%, um metro de distância entre as pessoas e as medidas de higiene;

7 – Ainda não temos condições de liberar as casas de retiros. Os encontros de pastorais e movimentos continuem sendo feitos nas paróquias de acordo com as orientações que acabamos de apresentar.

Reforçamos a necessidade de se prezar pela segurança, responsabilidade e cumprimento dessas medidas. Os párocos e Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) sintam-se autorizados a zelarem por essas normas junto a grupos que virem a desobedecê-las.

Londrina, 7 de outubro de 2021

 

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano

 

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Com o mote de que “Toda vida importa“, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza no próximo sábado, 19 de junho, um dia de sensibilização e orações em memória dos mortos pelo novo coronavírus. Com a previsão de o país atingir 500 mil mortes no próximo sábado, a conferência escolheu a data para manifestar solidariedade, esperança e consolo. 

 

Redes sociais
A iniciativa foi apresentada aos bispos durante a reunião do Conselho Permanente da CNBB, realizada nesta quarta e quinta-feira, 16 e 17 de junho. Cards serão postados nas redes sociais com a hashtag #todavidaimporta. Outra sugestão é que os sinos das Igrejas toquem às 15h de sábado.

 

Missa
No mesmo horário, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, preside a Santa Missa na intenção das 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil. A celebração será no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), com transmissão pelas redes sociais da CNBB e por emissoras de TV de inspiração católica, como TV Horizonte, TV Pai Eterno, Rádio e Rede Imaculada e TV Nazaré.

 

Oração
A CNBB também vai oferecer um vídeo de oração pelos 500 mil mortos na pandemia. Composta pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a oração será narrada pelo jornalista Silvonei José, que atua em Vatican News. A sugestão é que as emissoras de TV utilizem o material ao final dos telejornais, como uma homenagem aos que se foram ou em outros programas. O vídeo também será distribuído nas redes sociais da CNBB e rádios católicas.

 

A oração lembra dos irmãos e irmãs que morreram em decorrência da pandemia do novo coronavírus, “muitas sem o mínimo necessário para o tratamento digno como ser humano”. O pedido é que Deus Pai acolha esses filhos e filhas e conceda-lhes a paz eterna. A prece também é que o povo brasileiro possa trabalhar por solidariedade, acolhimento, partilha, compreensão e resiliência. “Que a saudade seja estímulo à fraternidade!
E que a fé seja o sustento de nossa esperança!”.

 

Aos padres, diáconos e comunidades da Arquidiocese de Londrina

 

Paz e bem!

Tendo consultado os membros do Comitê de Gerenciamento da Crise da COVID-19 da arquidiocese, comunicamos que as atividades presenciais em nossas paróquias e capelas não devem ultrapassar o horário das 20h, prática que já estávamos adotando anteriormente.

O decreto da Prefeitura de Londrina, publicado na sexta-feira, 12 de junho, autoriza diferentemente, porém definimos que manteremos o horário das 20h.

Atenciosamente,

Londrina, 14 de junho de 2021

 

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano

 

 

Frei Nelson Martins dos Santos, OFMCap, falecido na noite de 9 de junho, vítima da COVID-19, participou em novembro do ano passado da Live com o arcebispo dom Geremias sobre a encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco. Na ocasião, frei Nelson expressou muito de sua espiritualidade franciscana. Falou sobre São Francisco de Assis, sobre o Papa Francisco e sobre a encíclica. Confira trechos da participação do frei capuchinho na live.

“São Francisco de Assis, no século XII, já dizia, já se dirigia às pessoas com o nome da encíclica: Fratelli Tutti, somos irmãos, somos irmãs. Já que somos irmãos, irmãs, não nos tratemos como inimigos, não nos tratemos como concorrentes, não nos tratemos como superiores ou inferiores, sejamos irmãos e sejamos irmãs no concreto da vida e não somente na teoria.”

Paz e bem!

 

 

Foto: Guto Honjo

 

O arcebispo dom Geremias Steinmetz, 56, recebeu, na manhã do sábado 15 de maio, a primeira dose da vacina astrazeneca contra COVID-19, no Centro de Imunização da Zona Norte. Dom Geremias, que tem cardiopatia hipertensiva, receberá a segunda dose do imunizante daqui 80 dias.

 

“Estou muito feliz, contente por ter sido vacinado, pelo menos a primeira dose. Claro que a gente precisa continuar se cuidando, mas dá uma liberdade bastante grande no sentido de que pelo menos tem certeza de que já está imunizando, se não totalmente, mas em grande parte.
Desejo que os brasileiros todos possam ser vacinados e possam continuar vivendo bem a sua vida”, falou o arcebispo.

 

Segundo dom Geremias, a expectativa é de que, assim que melhore a situação e haja a possibilidade de reunir grupos, ele quer retome as visitas pastorais. “Eu quero imediatamente retomar as visitas pastorais para poder estar mais perto do povo, perto das paróquias, perto dos padres. E a gente poder ser um testemunho ainda maior na comunidade londrinense, na comunidade como um todo, mostrando o Evangelho sempre mais presente na vida do nosso povo também”, destaca

 

O arcebispo foi atendido no Centro de Imunização pela enfermeira Leila Aparecida da Silva. Leila, que é paroquiana da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Decanato Sul, partilhou que está se preparando para ser missionária na Missão São Paulo VI, do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Quebo, na África. “Ela está se preparando para ser missionária na nossa missão em Quebo. Estava muito feliz, contente, um gesto de cidadania muito interessante”, conclui o arcebispo.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

 

Fotos: Juliana Mastelini Moyses

Querido povo de Deus da Arquidiocese de Londrina,

Diante da Resolução Sesa nº 371/2021, sobre as medidas de contenção, monitoramento e controle da COVID-19 nas instituições religiosas do Paraná, estabelecemos que, em toda Arquidiocese de Londrina:

1 – Nas celebrações eucarísticas, o local destinado ao público deve observar a ocupação máxima de 25%, garantindo o afastamento mínimo de 1,5 metros entre as pessoas em todas as direções. Devem-se seguir as seguintes orientações:

a – Antes, durante e depois da realização das celebrações religiosas, devem ser evitadas práticas de aproximação entre as pessoas e outras formas de contato físico, como dar as mãos, beijos, abraços, apertos de mãos, entre outros. Devem ser adotadas medidas para evitar qualquer forma de confraternização e agrupamento de pessoas na saída dos templos;

b – Todos os fiéis, funcionários e colaboradores devem usar máscaras de tecido recomendadas à população durante todo o período que estiverem fora de suas residências, mantendo seu uso durante as celebrações de forma correta sempre cobrindo boca e nariz;

c – Cada pessoa que chegar para acompanhar a celebração deve higienizar as mãos com álcool 70% antes de entrar e ao sair;

d – Sugere-se que idosos maiores de 60 anos e pessoas do grupo de risco como hipertensos, diabéticos, gestantes, e outros permaneçam em casa e acompanhem as celebrações por meios de comunicação como rádio, televisão, internet, entre outros recursos;

e– Sugere-se que crianças menores de 8 anos não participem das celebrações;

f – Padres, ministros e fiéis devem, obrigatoriamente, higienizar as mãos com álcool 70% antes de realizar a distribuição da comunhão. A paróquia ou capela deve se organizar para promover a higienização das mãos dos fiéis antes da comunhão. A comunhão deve ser entregue na mão do fiel e não na boca;

g – O uso de instrumentos musicais e microfone deve ser individual. Esses devem ser desinfetados após cada uso;

h – Não é permitido o compartilhamento de materiais como bíblia, revista, terços, entre outros. O uso desses deve ser individual;

i – Todos os ambientes devem ser mantidos constantemente abertos, arejados e ventilados, de preferência de forma natural;

j – Após as celebrações o local deve ser rigorosamente desinfetado principalmente nos locais frequentemente tocados, como bancos, maçanetas de portas, microfones entre outros;

k – O padre deve orientar os fiéis sobre práticas preventivas cotidianas como uso de máscaras, higiene das mãos, etiqueta respiratória, bem como a não comparecerem nas celebrações caso apresentem sintomas gripais (tosse, dificuldade para respirar, febre, entre outros), bem como se forem diagnosticados como casos suspeitos ou confirmados de contaminação pela COVID-19;

2– Todos os atendimentos individualizados devem ser pré-agendados e, durante os mesmos, deve ser mantido o afastamento mínimo de 1,5 metros entre as pessoas. Deve ser respeitado o intervalo de no mínimo 15 minutos entre um atendimento e outro para higienização dos ambientes e superfícies;

3 – Permanecem suspensas as reuniões presenciais de pastorais, grupos e movimentos, independente do número de participantes. A preparação dos catequizandos que serão crismados neste ano, bem como os encontros de preparação de pais e padrinhos ao batismo e a preparação de noivos sejam mantidas on-line; (Parágrafo retificado, confira a errata)

4 – No que tange à questão dos horários, as atividades religiosas devem observar o toque de recolher definido pelo Governo do Estado do Paraná no decreto 7.320/2021, a saber, das 23h às 5h da manhã.

Londrina, 23 de abril de 2021

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano

 

 

 

Aos 66 anos de idade, Dom Pedro Zilli faleceu em decorrência dcomplicações da Covid-19 

 

O Regional Sul 2 da CNBB recebeu, com pesar e tristeza, na tarde hoje, 31 de março, a notícia do falecimento de Dom Pedro Carlos Zilli, bispo da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África. Ele estava internado num hospital da cidade de Bissau, desde o dia 11 de março, para tratamento da Covid-19. Segundo o quadro clínico, Dom Pedro tinha feito uma boa recuperação da doença, mas na manhã de hoje teve uma rápida queda na saturação de oxigênio no sangue, necessitou de intubação e não resistiu.

 

Dom Pedro sempre foi muito próximo aos bispos da Igreja do Paraná por ser um “paranaense de adoção”, pois na adolescência veio com a família do interior de São Paulo para Ibiporã (PR). Missionário na Guiné-Bissau desde o ano de 1985, quando foi ordenado sacerdote, Dom Pedro sempre aproximou e envolveu o Paraná da missão que desenvolvia na África.

 

Sendo assim, no ano de 2011, o Conselho Missionário Regional (COMIRE) do Paraná começou a estudar a possibilidade de abrir uma missão Ad Gentes no país da Guiné-Bissau. Após um tempo de discernimento, amadurecimento e muito diálogo entre o COMIRE, os bispos do Paraná e Dom Pedro Zilli, em 2014, foram enviados os primeiros missionários para começar a Missão São Paulo VI, na cidade de Quebo. Uma missão que já caminha para o sétimo ano e, hoje, atua em três frentes: evangelização, saúde e educação.

 

Dom Pedro Zilli foi um grande missionário, um pai e pastor para o povo guineense e para todos os missionários que eram enviados à Guiné-Bissau. Era um homem simples, comunicativo, contador de histórias, amigo de todos, feliz na vocação sacerdotal missionária, enfim, um testemunho vivo do Evangelho.  

 

Biografia 

Dom Pedro Carlos Zilli (PIME) nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) no dia 7 de outubro de 1954. Aos 17 anos mudou-se com a família para a cidade de Ibiporã (PR).

 

Foi ordenado sacerdote no Pontifício Instituto Missões Exteriores (PIME) no dia 5 de janeiro de 1985, na cidade de Ibiporã (PR). Logo após a ordenação, foi enviado em missão para o país da Guiné-Bissau, África, tornando-se vigário paroquial na missão de Bafatá.

 

Foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Bafatá no dia 13 de março de 2001. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 30 de junho de 2001, na cidade de Ibiporã (PR), tendo como ordenante principal o então arcebispo de Londrina (PR), Dom Albano Bortoletto Cavallin. Desde 19 de agosto de 2001, quando foi empossado como bispo diocesano de Bafatá, Dom Pedro pastoreou com muito zelo e amor essa Igreja particular a qual foi enviado.

 

Em um vídeo de testemunho vocacional, gravado em 2016, quando estava em passagem pelo Paraná, Dom Pedro afirmou:  

“Vivo o meu sacerdócio, depois como bispo, com muita tranquilidade, com uma convicção de fé muito profunda. Eu gosto muito daquela palavra de Jesus: “Eis que estarei convosco todos os dias e até o fim dos tempos”. Isso, especialmente nos momentos que a gente fica meio por baixo, e o bispo também fica. Então me vem muito forte essa promessa de Jesus que é uma realidade. E com isso já se foram 31 anos quase, como padre do PIME e como bispo anunciando o evangelho Jesus e vivendo a minha vocação”.  

 

Em seu testamento, Dom Pedro expressou o desejo de ser sepultado na Catedral de Bafatá, se morresse no país. O clero da diocese está organizando para que esse desejo seja atendido. Que Cristo, o bom Pastor, que chamou, enviou e sempre esteve junto a Dom Pedro em sua missão, o acolha em seu Reino e lhe conceda o descanso eterno. 

CNBB Regional Sul 2

 

Padres da Arquidiocese de Londrina que compõe uma parcela do grupo dos Padres da Caminhada do Paraná escreveram uma nota pública sobre pandemia da covid 19 em Londrina e toda a região.

 

Segue a nota com as assinaturas:

 


 

A Vida humana não tem preço.

Nós, padres de Londrina, parcela do grupo Padres da Caminhada do Paraná,

Sabemos que Jesus Filho de Deus veio ao mundo para que todos tivessem vida e a tivessem em abundância. (Jo10,10). Que a sua passagem por este mundo, ungido pelo Espírito, foi descrita por Pedro nos Atos, como uma vida “fazendo bem” (At10,38). Que derramou o seu sangue por amor a todos sem exceção, nos dando uma dignidade de Filhos de Deus (Jo 1,12). Acreditamos, portanto, que a vida é mais do que um valor. É um bem inestimável. Ela tem a marca do criador que viu que tudo estava bem feito e era muito bom (Gn1.31) e do seu Filho Jesus que fazia bem todas as coisas (Mc7,32)

Reconhecemos com pesar e dor, que a vida no Brasil vive hoje seu maior risco. Seja pelas condições precárias do nosso povo e principalmente por uma Pandemia em completo descontrole sem nenhuma coordenação central. Ao nos aproximarmos dos 300 mil mortos, constatamos um colapso total no Sistema Público e Particular da Saúde, sem nenhuma perspectiva de vermos melhorar o quadro nos próximos dias.  Com um presidente da república debochando da doença desde o primeiro momento, sem nenhum plano de vacinação oportuno e vendo agora a escassez da vacina e dos insumos golpearem o país e o mundo. O desprezo é tanto que em seis dias não temos um Ministro da Saúde que possamos chamar de fato e de direito! Milhares de vidas foram perdidas pela inércia, pelo crime da omissão, pela politização da pandemia! O Brasil não merecia uma conjugação tão grande de fatores nefastos de uma vez só!

Com toda esta situação, é com imenso pesar e indignação, que vemos líderes religiosos atrelados a políticos de plantão e alheios ao sofrimento dos seus concidadãos, promovendo passeatas e convocando aglomeração de pessoas (ainda que de carro), sem nenhuma empatia com os profissionais da saúde da linha da frente, extenuados por um ritmo de trabalho alucinante. Bem como nenhuma compaixão pelos familiares que já perderam seus entes queridos. Demonstram um equívoco perverso e iníquo ao esbravejarem pela defesa da democracia e da liberdade quando no fundo querem calar imprensa, desrespeitam as Instituições do Estado de Direito e em alguns casos avocam uma intervenção militar, que nos remete a um período da nossa história onde as liberdades individuais e coletivas, não só foram negadas, mas reprimidas.

Nós, ministros ordenados, protestamos veementemente contra os que desejam levar uma vida normal em plena mortandade! As experiências internacionais e até aqui em nosso país, já provaram sobejamente que lockdowns regionais ou nacionais são a única saída para diminuir as internações. A economia sacrificada e principalmente os cidadãos vulneráveis, devem ter da parte do Estado o socorro adequado. Sem parcimônia, com coragem. Com endividamento se necessário for. Portanto exigimos que o Estado, nas suas três instâncias, promova projetos de auxílio emergencial, enquanto durar a pandemia!

Aproveitamos também para reafirmar a convicção de que as Igrejas não devem reclamar a essencialidade dos seus serviços durante a calamidade que atravessamos. Existem inúmeras formas de serem o que de fato são, sem celebrações presenciais! Em comunhão com muitos nossos irmãos evangélicos, clamamos ao Senhor que nos dê força e coragem para enfrentarmos esta tempestade e apresentamos a nossa solidariedade e preces aos irmãos que estão nos hospitais e também aos familiares que já perderam as pessoas que muito amavam. Uma vida não tem preço.

Pe. Dirceu Fumagali 

Pe. José Cristiano Bento dos Santos

Pe. Paulo Martins

Pe. Manuel Joaquim Santos

Pe. Altair Manieri

Pe. Andre Luís de Oliveira

Pe. Jorge pereira de melo

Pe. Mauro Pedrialli

Pe. Luis Laudino

Pe. Jaime Alonso Gallo

Pe. Carlos Escobar

Pe. Alessandro Zanchi

Pe. Camilo Didone

Pe. Joao Pires

 

Após dois dias de assembleia online, o episcopado paranaense emitou uma nota sobre a situaçao atual da pademia da Covid-19. Os bispos dirigem-se ao governador do estado do Paraná; expressam gratidão aos profissionais de saúde e de outras áreas essenciais de serviços a população; e pedem a colaboração de todo o povo de Deus neste momento de tribulação.

Confira a nota na íntegra:

 


 

Curitiba, 17 de março de 2021

NOTA DOS BISPOS DO PARANÁ SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA PANDEMIA DA COVID-19

“No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: eu venci o mundo” (Jo 16,33)

 

Nós, bispos do Paraná, estivemos reunidos em assembleia virtual nos dias 15 e 16 de março para refletir e discutir sobre a caminhada pastoral da Igreja e os desafios do nosso povo. Vivemos um período longo de grandes tribulações, provocado pela pandemia da Covid-19, com consequências sociais, econômicas, espirituais e psicológicas. Diante desse contexto desolador, nós queremos dirigir nossa mensagem de esperança, coragem e proximidade a todas as pessoas de boa vontade em nosso estado.

 

Dirigimo-nos, primeiramente, ao senhor governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, e aos seus secretários, convidando-os a usar todos os expedientes possíveis para conter o avanço da pandemia, ainda que isso exija medidas mais rigorosas. Asseguramos-lhes que contarão com todo nosso apoio. Quando está em jogo a vida nenhum outro temor pode limitar o cuidado e toda ação efetiva deve ser acionada. Temos consciência de que esta é uma tarefa muito difícil, pois além de cuidar da saúde, é preciso salvaguardar a economia, a educação, a segurança e o bem-estar de todo povo. Exortamos que, neste momento, o bem comum e integral de todos seja o objetivo principal de vossa gestão governamental. Recordamos a nobreza da vossa missão com as palavras do Papa Francisco: “A grandeza política mostra-se quando, em momentos difíceis, se trabalha com base em grandes princípios e pensando no bem comum a longo prazo” (Laudato Sí, 178).

 

Manifestamos nosso total apoio ao “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, assumido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e entidades da sociedade civil. Unimos nossa voz a tantas vozes lúcidas da sociedade para exigir do Governo Federal uma postura firme, articulada com os Governos Estaduais e Municipais, para proteger a vida. Nesse momento grave da nossa história, é preciso cooperação, união e diálogo para buscar a solução, assumindo, seriamente, o que nos indica a Ciência. É nosso direito exigir celeridade na compra das vacinas e que elas sejam acessíveis para todos, pois este é, hoje, o único remédio eficaz contra o vírus.

 

Em segundo lugar, expressamos nossa gratidão e incentivo aos profissionais de saúde, especialmente, àqueles que, há mais de um ano, trabalham na linha de frente do combate à pandemia. Vocês têm sido como um escudo a combater esse vírus, com valentia, resiliência e heroísmo. Nesse momento, como nunca, a profissão de vocês é uma missão nobre. Sabemos que muitos perderam a vida e outros estão exaustos nessa batalha que parece não ter fim. Pedimos, no entanto, que não percam a coragem e a esperança de dias melhores. Vocês são prioridade em nossas orações!

 

Nossa gratidão se estende também a tantos profissionais que prestam serviços essenciais à população, como: os atendentes dos supermercados, das farmácias, das padarias, os motoboys, os (as) motoristas, os agentes de segurança, os que trabalham na limpeza dos hospitais e das vias públicas. Pelo risco que correm, diariamente, exercendo essas funções que não tem a opção de parar, o trabalho de vocês se torna ainda mais nobre e digno. Contem com nossas orações.

 

Por fim, dirigimo-nos a todo o povo de Deus, pedindo que permaneçam firmes na fé, na confiança e na esperança de que essa tribulação vai passar. Pedimos, encarecidamente, que sigam à risca todas as recomendações das autoridades sanitárias. Exortamos, especialmente, aos jovens a assumirem o compromisso do cuidado com a própria vida e a de seus familiares, sabemos que essas exigências são um sacrifício para vocês, mas sejam corajosos e as assumam por amor a Deus e ao próximo. Precisamos que cada um faça a sua parte para impedir que o vírus se espalhe. Lembremos que cuidar da vida é um princípio da nossa fé cristã.

 

Como povo de Deus, nesse tempo quaresmal, intensifiquem as orações por todos que se encontram nos leitos dos hospitais, pelos profissionais da saúde, pelos governantes e também pelo descanso eterno de tantas pessoas que tiveram a vida ceifada nessa pandemia. Agradecemos ao serviço incansável dos sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas em se fazer próximos ao povo, assistindo-os no âmbito espiritual e também no material, em muitos casos. É tempo de nos darmos as mãos, como membros da mesma família humana, a fim de vencermos essa exaustiva batalha contra o vírus e podermos retomar nossas vidas.

 

É Jesus quem nos pede coragem diante dos momentos de tribulação. Olhemos para sua cruz e, com esperança, vislumbremos os sinais de ressurreição. Que Nossa Senhora do Rosário do Rocio, rainha e padroeira do estado do Paraná, nos proteja, nos console e nos encoraje nesse momento de tribulação.

 

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina e Presidente do Regional Sul 2

 

Dom José Antonio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba e Vice-presidente do Regional Sul 2

 

Dom Amilton Manoel da Silva
Bispo de Guarapuava e Secretário do Regional Sul 2

 

Padre Valdecir Badzinski
Secretário executivo da CNBB Regional Sul 2

 

 

 

Assembleia dos Bispos do Paraná 2021 on-line (Foto Regional Sul 2)